O ser humano
segue um ciclo temporal de história. Escrevemos a nossa em 2016. No entanto,
2017 é um livro com todas as páginas em branco. Que possamos escrever, a partir
das experiências do passado, uma história melhor no ano que vai começar. O blog
deseja um abençoado e feliz novo ano para todos os leitores!
sábado, 31 de dezembro de 2016
A Feira dos Clubes de Mães – 1986
Com o empenho
da então primeira dama do município, senhora Rosilda Campos, foi realizado no
ano de 1986 a Feira do Clube de Mães, na Praça de São Sebastião, reunindo o
trabalho de muitos clubes espalhados pela cidade, contanto com a apresentação
de muitos grupos culturais de Santarém, entre eles o grupo “A Banda do Sol”,
sob o comando do cantor José Azevedo, que encerrou as apresentações artísticas.
Os caminhões papa-lixo – 1986
Eu era um
garoto de 12 anos quando chegaram a Santarém os famosos caminhões denominados “papa-lixo”
para fazer a coleta domiciliar do lixo em Santarém, dando um impulso na limpeza
urbana do município.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Fordlândia: a grande exportação...
Henry Ford
pode não ter tido sucesso com a exploração da seringa. No entanto, um produto
de exportação foi exaurido ao máximo nos anos de funcionamento da Companhia
Ford no Tapajós: a madeira. Um dos primeiros galpões construídos em Fordlândia
não era para o beneficiamento de borracha, mas uma serraria para beneficiamento
de madeira que servia não somente para a construção das casas, mas era enviada
nos navios americanos para o milionário dono da Fordlândia. Nestas imagens
podemos ver o trem (havia estrada de ferro na possessão de Ford) que trazia a madeira da floresta até a serraria; e um
tronco sendo serrado dentro da mesma.
NOTA: As
imagens foram cedidas para o blog pelo professor Marcos Colón, de Wisconsin,
USA.
Fordlândia: o enigma da mineração...
Esta imagem
mostra o serviço de mineração executado pelos trabalhadores da Companhia Ford,
em Fordlândia. Sabe-se que havia embarques para os Estados Unidos, que eram
realizados somente com a presença de norte-americanos, sem que os nativos
soubessem o conteúdo que era embarcado. Seria ouro? Ou outro minério? Essa é
uma parte da história de Fordlândia que ainda se encontra envolta em mistério.
NOTA: As
imagens foram cedidas para o blog pelo professor Marcos Colón, de Wisconsin,
USA.
Fordlândia: O refeitório depois da revolta...
Uma imagem do
Restaurante da Companhia Ford, em Fordlândia. Muitas pessoas pensam que foi neste local que aconteceu uma das
cenas mais icônicas da Vila de Henry Ford: a revolta do “quebra panelas”. Na verdade, o refeitório era outro: um barracão aberto, coberto de palha. Não
se pode dizer que a comida não prestava, no entanto, a Companhia obrigava os
trabalhadores a seguirem uma dieta que, apesar de comum nos Estados Unidos, era
pouco apreciada pelos trabalhadores amazônicos.
NOTA: As
imagens foram cedidas para o blog pelo professor Marcos Colón, de Wisconsin,
USA.
Fordlândia: saúde era prioridade...
Basta andar
pelas ruínas do antigo cemitério da Vila para perceber o alto índice de
mortalidade em Fordlândia entre os anos de 1929 e 1931. A maioria das mortes se
davam por doenças tropicais (como malária e febre amarela), acidentes de
trabalho e picadas de serpentes venenosas. Por isso, Henry Ford além de
construir um moderno hospital, mantinha uma equipe médica a serviço dos
trabalhadores da Companhia. Nas fotos podemos ver um médico fazendo análise
clínica e o tratamento de um trabalhador no hospital de Fordlândia.
NOTA: As
imagens foram cedidas para o blog pelo professor Marcos Colón, de Wisconsin,
USA.
Fordlândia: maquinário da escavação...
Fordlândia
contava com o melhor aparato tecnológico da época, no interior da Amazônia. Henry Ford mandou para a
Amazônia todo o maquinário necessário para a construção da cidade dos seus
sonhos. Nesta foto podemos ver uma escavadeira em ação no meio da mata.
NOTA: As
imagens foram cedidas para o blog pelo professor Marcos Colón, de Wisconsin,
USA.
Fordlândia: proteção contra incêndio...
Henry Ford
mandou prover sua cidade no interior da Amazônia com o padrão americano de
segurança. Em 1930 foram implantados os hidrantes em toda a extensão da Vila.
Outra inovação foi o serviço de Bombeiros com o carro devidamente equipado no combate
a incêndios, como podemos ver nesta foto.
NOTA: As
imagens foram cedidas para o blog pelo professor Marcos Colón, de Wisconsin,
USA.
Fordlândia: educação era prioridade...
A saga de
Henry Ford na Amazônia proporcionou um avanço no campo educacional. O
milionário norte-americano mandou construir uma escola com o melhor padrão de
qualidade no interior do Estado do Pará para os filhos e funcionários da
Companhia Ford.
O Grupo
Escolar Henry Ford começou a ser construído no ano de 1930 e abriu as portas
para o funcionamento no ano de 1931. Hoje o prédio ainda existe, mas agora com
o nome de Escola Princesa Isabel. Nas fotos um pouco da vida estudantil, em
Fordlândia, naquela distante década de 1930.
NOTA: As
imagens foram cedidas para o blog pelo professor Marcos Colón, de Wisconsin,
USA.
sábado, 26 de novembro de 2016
Círio de Nossa Senhora da Conceição na década de 1960
Com a postagem desta fotografia
da chegada do Círio da Padroeira de Santarém, na década de 1960, o blog deseja
um feliz e abençoado Círio de Nossa Senhora da Conceição de 2016. Naqueles
anos, não havia missa quando o Círio chegava à frente da Catedral. Note-se a
presença de Frei Vianney Miller, agradecendo e abençoando o povo, após a
realização daquele círio, pouco mais de 50 anos atrás...
FOTO cedida ao blog por Pablo Marinho.
FOTO cedida ao blog por Pablo Marinho.
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
A primeira Igreja Matriz de Santarém – 1756
Em 1756, a
mando do governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, foram realizados
desenhos de prospectos das Vilas, Fortalezas e Aldeias do Grão Pará, pelo
desenhista Schuwebel. Entre eles de acha o de Santarém (Tapajós), o qual aqui
destacamos a vista da antiga Igreja da Missão, que serviu ainda como Matriz da
Vila enquanto se concluía a construção da atual Catedral. Pode-se ver também o
Cruzeiro, e o Colégio dos Jesuítas (única construção de dois pavimentos) e as
casas dos indígenas tapajó, no que hoje é o Bairro da Aldeia. Acervo da
Biblioteca Nacional.
Momento Poético: Salve, Regina!...
Por Pe. Manuel
Rebouças Albuquerque
Salve, Rainha,
Mãe Carinhosa,
Misericórdia,
Vida e Doçura...
Salve, mil
vezes, Salve, Rainha,
Nossa
Esperança sempre segura!...
CÔRO:
Salve,
Rainha!... Salve, Rainha!...
Nossa
Senhora!... Nossa Esperança!...
Quem vos
invoca piedosamente
Todas as
graças de Deus alcança!...
As reformas da Catedral – Dom Lino e Pe. Valdir Serra
Posteriormente,
no ano de 1986, Dom Lino Vombommel autorizou o então vigário da Catedral, Padre
Valdir Sôares Serra, a empreender nova reforma no Templo, o que ocorreu no ano
seguinte. Esta reforma proporcionou parte do aspecto que se apresenta em nossos
dias. Deixemos que as palavras do próprio padre Valdir, em uma entrevista
concedida ao Jornal de Santarém (publicada em 01 de outubro de 1987), nos falem dos
motivos que o levaram a este empreendimento:
Artigo: Restaurada a Casa de Deus
Emir Bemerguy
Atribuíram-me a delicada incumbência de preencher
esta página com um comentário sobre a nossa Catedral, cuja reforma está em fase
de ultimação. Tenho, portanto, de fazer uma síntese daquilo que normalmente
talvez exigisse um livro inteiro para ser esmiuçado em seus detalhes.
As reformas da Catedral – Dom Tiago e Frei Vianney Miller
A intervenção
mais significativa, entretanto, foi feito no período de 1965 a 1968. Foi levada
a cabo a pedido de Dom Tiago Ryan, que incumbiu o então vigário da Catedral,
Frei Vianney Müller de realizá-la. Entre os trabalhos executados podemos citar:
Curiosidades sobre a Catedral: Os comícios políticos na “Escadaria da Matriz”.
Uma classe,
porém, gostava de visitar a Matriz e usar das suas escadarias para falar ao
povo: os políticos. A escadaria da Catedral foi, por muitos anos, o palanque
preferido de candidatos a prefeitos, vereadores, governadores e até mesmo
presidentes. Um dos comícios famosos foi o do candidato à presidência da
república, Jânio Quadros que veio “passar sua vassoura” pela escadaria da
Catedral no dia 13 de janeiro de 1960, na companhia do então prefeito Ubaldo
Corrêa. Geralmente esses políticos eram católicos, mas outros não. Isso gerou
um fato curioso acontecido no dia 20 de setembro de 1945 que passamos a
relatar:
As reformas da Catedral – Dom Anselmo Pietrulla
O sucessor de
Dom Amando, Monsenhor Anselmo Pietrulla, procedeu a uma nova reforma que
modificou consideravelmente o aspecto interno do templo. Trata-se da retirada
do piso de assoalho, dos antigos púlpitos e a colocação do piso de mosaicos,
além dos novos bancos para proporcionar maior conforto aos fiéis. Sobre essa
reforma achamos interessante citar o que publicou o jornal “O Mariano” de 25 de
fevereiro de 1942:
Documento histórico: O Inventário da Catedral de Santarém – 1943
Inventário da Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Santarém: 10 de março de 1943
Capela mor:
novo Tabernáculo de aço com moldura feita por Durval Braga em 1943.
A imagem de
Nossa Senhora da Conceição foi substituída pela imagem antiga, guardada até
este ano na capela do batistério.
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Artigo: O Descimento da Cruz
Paulo
Rodrigues dos Santos
O célebre Crucifixo doado por Martius, foi agora,
em virtude os grandes reparos que se efetuam na Catedral, descido da sua cruz,
no dia 5 de janeiro e transportado (por oito homens sob a vigilância de Frei
Vianey) para a sacristia onde aguardará, como há cem anos, que seja novamente
colocado no seu calvário.
Curiosidades sobre a Catedral: O Crucifixo de Von Martius.
Em 1813 assume a Paróquia o
Padre Manoel Fernando Leal (1813-1823) que daria início a um novo período da
nossa história paroquial. Este presbítero era um homem culto, membro benquisto
da sociedade da época, que já havia sido encarregado de negócios das Índias
Orientais. No período em que esteve à frente da paróquia, Santarém recebeu a
visita de cientistas famosos como Johann Baptist von Spix e Carlos Frederico
Felipe von Martius, este último, doador da imagem do crucificado que hoje se
encontra no altar-mor da Catedral.
As reformas da Catedral – Monsenhor José Gregório
Na década de
1870, no entanto, a vinda do Arcediago Monsenhor José Gregório Coelho para
Santarém, mudou significativamente essa situação. O referido padre fez voltar
antigas tradições do povo santareno (inclusive o Sairé), o que animou e
incentivou novas devoções do povo. Contando com o apoio da sociedade e dos
políticos de influência local, padre José Gregório lutou para promover as
reformas necessárias, mas acabaram por descaracterizar por completo o plano
original da obra.
Curiosidades sobre a Catedral de Santarém: Seu solo já foi cemitério.
Consta que a
igreja foi construída sobre os restos de um antigo cemitério indígena, tal fato
pode ser comprovado pela considerável incidência de objetos de cerâmica típicos
da cultura dos povos que habitavam a região antes da chegada dos colonizadores
europeus, que se encontram ao fazer escavações ao redor do templo. Durante a
reforma promovida por Frei Vianney Miller, a mando de Dom Tiago, o professor
Emir Bemerguy relata um fato interessante no seu “Diário”, na data de 11 de
julho de 1968:
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
A Igreja Matriz de Santa Anna, em Óbidos (Parte 01)
Pe. Sidney Augusto Canto (*)
Antes da construção da atual
Igreja Matriz de Santana, havia apenas uma capela, no antigo Forte, que tinha
como orago e padroeiro Santo Antônio. A aldeia missionária propriamente dita
ficava junto à foz do rio Trombetas. Lá construíram os frades franciscanos a
primeira capela em honra a Santa Anna, avó de Jesus. É esta capela que podemos
ver no prospecto desenhado por Schuwebel, no ano de 1756 (vide na ilustração).
Uma vista da pista do Antigo Aeroporto de Santarém – 1956
A imagem que
postamos é da antiga pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Santarém, em
fevereiro de 1956, quando da ocupação feita pelo major Haroldo Veloso e outros
rebelados da aeronáutica em Jacareacanga. Veloso mandou colocar tambores de
combustível na pista para evitar pousos de aeronaves do governo, conforme
podemos ver na foto. Ao fundo ainda se vê a forma cônica do morro do bairro do
Santarenzinho, hoje quase destruída pela ação humana.
Um protesto dos moradores de Paracary – 1888
Os abaixo assinados, fazendeiros e moradores do
lago Paracary, sabendo que Senhorinho Marcos Batista continua no propósito de
conseguir por compra ao Governo os campos de várzea que marginam o Amazonas,
desde a barreira do Cury-cuára correndo águas acima até o marco do Pedro
Alexandrino, dentro já do Igarapé de Alenquer, em frente aos campos firmes do
mesmo Paracary, e que de tempo imemorial pertencem aos abaixo assinados, onde
apascentam os seus gados em todo o tempo da seca, vem por isso protestar contra
o dito Senhorinho, ou outro qualquer que pretenda esbulha-los do direito de
propriedade que a mais de um século aí possuem.
Imigrantes alemães em Santarém – 1921
Por iniciativa do Governo do Estado e do Dr.
Rodrigues dos Santos, esforçado Intendente de Santarém, segue no vapor “Paes de
Carvalho” para aquele município a família de agricultores alemães a pouco
chegada do sul.
De uma hora para outra jorrará petróleo em Alter do Chão – 1955
Notícias chegadas de Santarém dão conta de que a
sonda petrolífera que perfura na localidade denominada Alter do Chão, nas
proximidades daquela cidade, ao atingir 800 metros, encontrou uma formação
salina, idêntica a de Nova Olinda.
Os escoteiros e uma animada luta de boxe em Fordlândia na década de 1930
Henry Ford não
trouxe somente a arquitetura e a linha de produção para o Brasil,
especificamente para seu projeto em Fordlândia. Como podemos ver neste registro
fotográfico feito na década de 1930, a cultura norte-americana também era
ensinada às crianças e jovens. Além do golfe (já visto em postagens
anteriores), o escotismo trazido para Fordlândia pelos chefes da Companhia
também veio aliado a um dos esportes preferidos das terras do tio Sam, como é o
caso desta luta de boxe, que contava com avultada plateia brasileira.
A questão da saúde no rio Tapajós – 1928
Como é do domínio público o Estado do Pará fez
concessão de grandes áreas de terras no Tapajós à Companhia Ford, que já deu
começo à exploração dessas terras, para o plantio da seringa.
Infelizmente o estado sanitário da região não é de
molde a assegurar, presentemente, a vida dos trabalhadores que, deixando outros
lugares em que moirejam, se vão deixando seduzir pelas apregoadas vantagens da
empresa americana.
Do nosso brilhante confrade “Folha do Norte”, da
capital do Pará, extraímos as notas abaixo:
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Laguinho do Carumucury no município de Óbidos – 1908
Um aspecto da
geografia lacustre do município de Óbidos no início do século XX através desta
fotografia do lago do Carumucury (ou Curumucury). Foto do Álbum do Pará de
1908.
Chegada de 350 toneladas de asfalto para Santarém – 1986
A foto
registra o momento em que a cidade de Santarém recebia 350 toneladas de asfalto
que foram utilizados para a pavimentação asfáltica das Avenidas Turiano Meira,
Marechal Rondom (no trecho entre Silvino Pinto e Curuá-Uma) e o recapeamento asfáltico
da Avenida Mendonça Furtado. Adelerme Maués Cavalcante era o Secretário de
Obras do Município.
A navegação a vapor no rio Tapajós – 1872
Apesar de a navegação comercial a vapor pelo rio Amazonas ter iniciado
regularmente em 1853, demorou ainda alguns anos para que os vapores singrassem
o rio Tapajós. E a “Guerra do Paraguai” teve uma contribuição importante para
que tal navegação pudesse acontecer.
A estrada entre Santarém e o Maranhão - 1838
Corria o ano de 1838. O governador da Província do Grão Pará tentava
reorganizar os trabalhos necessários para recompor a segurança e a “ordem
pública” recém-abalada pelo movimento da Cabanagem, do qual ainda havia
resquícios no rio Tapajós e em alguns outros lugares do Baixo Amazonas. Uma de
suas preocupações era justamente a da comunicação.
Feira do Produtor Rural em Itaituba – 1986
Há 30 anos
atrás, o prefeito em exercício da cidade de Itaituba, o professor Felipe Melo,
tentava conter as ações dos atravessadores na Feira do Produtor Rural na cidade
de Itaituba, que prejudicavam os colonos locais e os consumidores, que viam o
preço dos gêneros irem a preços exorbitantes.
domingo, 18 de setembro de 2016
O Sairé de Alter do Chão na década de 1970
Desprovido da
pompa e majestade, mas revestido da simplicidade do povo da Vila dos Borari, o símbolo
da festa do Sairé era apresentado em frente da Igreja de Nossa Senhora da
Saúde, dando a abertura dos festejos na década de 1970. Foto: Acervo ICBS.
Momento Poético: O Hino do Sairé
Composto em
1980, a pedido da Comissão Organizadora do Sairé, se tornou oficial naquele
mesmo ano. A música e a letra foram uma criação conjunta de Aparício Garcia,
Oscar Lobato (músicos) e Terezinha Lobato (artesã), moradores de Alter do Chão.
O Cruzador Tupi no Sairé de Alter do Chão
O Cruzador tupi era uma das danças resgatadas com o Festival Folclórico
que fez ressurgir o Sairé em 1973 (na foto abaixo a sua apresentação durante o Sairé de 1979). Segundo os pesquisadores João de Jesus e
Violeta R. Loureiro, que tiveram informações de Nice Lobato Gonçalves, moradora
de Alter do Chão:
Uma curiosidade sobre a lenda do boto...
Apesar de
muito popular na Amazônia, não há registro da lenda do boto antes do século
XIX. E, por incrível que pareça a primeira referência escrita sobre a lenda,
não foi de boto que vira homem para seduzir as mulheres, mas de uma mulher
que seduz os homens. Ela foi citada por Henry Walter Bates, naturalista
que viveu na Amazônia de 1848 a 1859, conforme abaixo:
Cantos e orações usadas durante o Sairé
Além
das quadras cantadas e rezadas, já descritas anteriormente pelo Padre Borromeu,
passamos a apresentar outras orações e cantigas de Sairé recolhidas, em sua
maioria, por Barbosa Rodrigues (em tupi, não em nheengatu, as traduções também
o são dele). Algumas quadras estão incompletas, outras de difícil compreensão
em seu significado. Apresentamos também outras versões existentes na língua
brasílica (tupi) diferentes da apresentada por Barbosa Rodrigues.
sábado, 17 de setembro de 2016
O homem que colocou o “Ç” no Sairé
Os calorosos
debates que surgem, principalmente nesta época do ano, é sobre a grafia do
Sairé. Já escrevi algumas linhas sobre isso, inclusive no meu livro “Alter do
Chão e Sairé: Contribuição para a história”. Mas a pedido de algumas pessoas, vamos
responder a pergunta que me fizeram hoje pelo whatsapp.
Bem, até 1872,
Sairé se escrevia com “S”. E quem colocou o “Ç”?
Foi o botânico
João Barbosa Rodrigues (foto).
A pitoresca praia de Alter do Chão na década de 1970
Conhecida hoje
no Brasil e no mundo, a praia de Alter do Chão tinha este aspecto em fins da
década de 1970. Poucas pessoas se aventuravam a ir visitar Alter naqueles
tempos. A praia era desprovida de qualquer vestígio de ocupação humana e
primava pela visão do morro denominado de “Serra Piroca”, sem barracas de
comércio e sem os banhistas que hoje lhe disputam espaço. Foto: Acervo ICBS.
O retorno do Sairé no ano de 1973
Depois da proibição de 1943, o Sairé passou a ser uma história, quase
uma lenda, contada para poucas pessoas. Entre as pessoas que ouviram as
histórias estava o Governador do Estado do Pará, Fernando Guilhon que,
entusiasta da arte e da cultura, incentivou a que se reavivassem antigas tradições
da Vila de Alter do Chão. Agora não mais sob os auspícios da Igreja Católica,
mas independente dela. O Sairé voltou como um festival folclórico. Esse retorno
foi assim documentado pelo “O Jornal de Santarém”, publicado no dia 23 de junho
de 1973:
A proibição do Sairé nos anos 1940
Monsenhor Anselmo Pietrulla, então Admistrador Apostólico da Prelazia de
Santarém, em sua primeira Carta Circular, datada de 15 de março de 1942, pede
aos párocos e sacerdotes que cortem os abusos que se viam nas festas religiosas
e repassa o teor da portaria Nº 41, de 12 de fevereiro de 1942, cujo teor era o
seguinte:
A Valsa da Ponta de Lenço
Era uma das danças próprias da Vila de Alter do Chão. Na vila ela foi
revivida quando do retorno do Sairé, no Festival Folclórico de 1973. De sua
realização naquela década, temos a seguinte descrição a partir de informações
que foram repassadas pela professora Laurenice L. Gonçalves à João de Jesus e
Violeta R. Loureiro:
A Música em Alter do Chão
Para ilustrar
e compartilhar um pouco de conhecimento sobre a musicalidade da Vila de Alter
do Chão, passo a me valer do relatório feito pela senhora Meive Ausonia Piacesi
para colaborar com alguns dados referentes à música na antiga Aldeia Borari.
Primórdios da Educação em Alter do Chão
Alter do Chão
não foi esquecida pelo Governo da Província no que se trata de Educação. Desde
meados do século XIX que o governo designou professores para aquela freguesia.
A cadeira de instrução primária foi criada por portaria de 24 de maio de 1855,
para o sexo masculino. Seu primeiro professor foi nomeado em 20 de agosto de
1856, na pessoa do senhor Silvestre Silveira Guaporé, que não ficou muito tempo
em Alter do Chão.
O Grupo "Espanta Cão" na década de 1970
Apresentação
do grupo musical “Espanta Cão”, uma das tradicionais atrações do Sairé, que
possuía notória importância quando do retorno da tradição, em 1973. Foto:
Acervo ICBS.
A Missão dos Boraris
A primeira
menção dos Boraris data de idos 1682, quando da chegada do missionário jesuíta
Padre Antônio Pereira à missão de Nossa Senhora da Conceição dos Tapajós. Os
Boraris, juntamente com os Cayoanas e Tapaipurus, foram descidos pelo dito
missionário para a Missão dos Tapajós. A Aldeia dos Boraris ou Ibiraib
(conforme cita o jesuíta João Daniel) ficava no rio Tapajós acima.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
O Terceiro Congresso Eucarístico de Santarém (1980)
O Terceiro
Congresso Eucarístico de Santarém foi realizado no período de 20 a 22 de junho
de 1980. O tema central deste evento foi “A Eucaristia e o Migrante”. Novamente,
a Praça de São Sebastião serviu como palco de realização deste evento.
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
O Segundo Congresso Eucarístico de Santarém (1974)
Entre os dias
12 e 15 de dezembro de 1974, aconteceu o Segundo Congresso Eucarístico de
Santarém. Na primeira noite do Congresso aconteceu uma procissão luminosa de
abertura com os cristãos dos diversos bairros convergindo para o encontro
fraternal na Praça de São Sebastião (vide foto).
O Dentista Dr. Charles Platon em Santarém – 1931
Uma das
propagandas de diversos dentistas que atendiam na cidade de Santarém no início
do século XX. Trata-se do dr. Charles Platon que oferecia seus serviços na
cidade de Santarém, no ano de 1931.
Alter do Chão e o Turismo como fonte de riqueza – 1971
Santarém, para gaudio de seus filhos, mereceu da
natureza muita prodigalidade, aquinhoando-a com um dos mais belos recantos
dessa imensa Amazônia, que não nos fartamos de afirmar que também é Brasil e,
graças a Deus, está sendo integrada ao resto do plano de desenvolvimento
nacional. Não sabemos, entretanto, aproveitar muitas das suas riquezas que,
certamente, representam enormes fontes de divisas para a economia municipal.
Vejamos, por exemplo, o Turismo: possuímos os mais belos recantos, as mais
belas praias, lugares pitorescos, entre os quais destacamos a bucólica Vila de
Alter do Chão com suas belas praias e o seu Lago Verde, onde, segundo os mais
antigos, ainda se encontram os famosos muiraquitãs.
O Campo de Golfe de Fordlândia em 1941
Os
encarregados das possessões de Henry Ford, que vinham dos Estados Unidos para
morar em Fordlândia, tinham alguns confortos da vida que tinham em seu país
natal, um deles era o campo de golfe feito para os momentos de descontração, localizado
próximo à Vila Americana, para alegria dos norte-americanos.
Momento poético: Sonetos A.B.C. (Parte III)
Por Augusto
Lopes
Creio nas rosas que por mim colhestes,
Creio nas juras que por mim jurastes,
Creio nos sustos que por mim tomaste,
Creio no tempo que por mim perdeste.
Creio na luta que por mim venceste,
Creio nas preces que por mim rogaste,
Creio nos sonhos que por mim sonhaste,
Creio nas dores que por mim sofreste.
terça-feira, 16 de agosto de 2016
O Primeiro Congresso Eucarístico de Santarém (1960)
Na foto: Altar do primeiro Congresso Eucarístico, montado na Praça Rodrigues dos Santos.
No período de
14 a 18 de dezembro de 1960, realizou-se, com excepcional brilhantismo, o nosso
primeiro Congresso Eucarístico, que seguiu, resumidamente, a seguinte
programação:
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Momento poético: Sonetos A.B.C. (Parte II)
Por Augusto
Lopes
Beijei-te a mão, litúrgica, divina,
Beijei-te a face, alvinitente e pura,
Beijei-te a boca, rósea, pequenina,
Beijei-te o seio de opalescente alvura.
Beijei-te os olhos, cor da noite escura,
Beijei-te os lábios, rubros de cravina,
Beijei-te alfim, a tua formosura,
Beijei-te a trança delicada e fina.
O Falecimento do Jogador Quinino – 1928
A traiçoeira e inexorável Parca, no seu afã
incansável de ceifar as criaturas, acaba de roubar do seio carinhoso de seus
queridos genitores e do convívio amistoso dos companheiros de “tropa”, onde era
estimadíssimo e acatado pelo seu valor incontestável de futeboler [sic] disciplinado
e correto, o infortunado jovem Raymundo Barbosa, conhecido nas rodas
desportivas por QUININO – esse simpatizado player do popularíssimo e querido
SANTA CRUZ SPORT CLUB, de cuja primeira turma era, sem exagero, uma das figuras
que se destacavam não só pela constância de verdadeiro escravo do belo e
incomparável jogo bretão, mas também pela lealdade desportiva com que tratava
os seus rivais nas pelejas fragorosas em que tomava parte saliente.
Memória da Propaganda: Mercearia Cravo Roxo – 1925
Um dos
estabelecimentos comerciais do Bairro da Aldeia, funcionando no lugar do “Antigo
Mercadinho”, no ano de 1925, assim oferecia sua propaganda aos seus clientes a
Mercearia “Cravo Roxo”:
A Feira Livre em Santarém no ano de 1939
Por iniciativa de nossas autoridades municipais e
policiais será efetuado no próximo sábado, dia 1º de abril, uma feira livre, a
fim da população santarena poder comprar por preços atrativos os gêneros de
primeira necessidade.
sábado, 6 de agosto de 2016
O Litoral Santareno numa manhã de 1972
Vista das
embarcações sobre o rio Tapajós em frente à cidade de Santarém, numa manhã de
cheia em 1972. Ainda não existia a Avenida Tapajós e o imponente “Castelo”
ainda dominava a paisagem de quem passava pela orla da encantadora Pérola do
Tapajós.
Momento poético: Sonetos A.B.C. (Parte I)
Por Augusto
Lopes
Amo dos prados, as flores mimosas,
Amo das matas o eternal verdor,
Amo das ondas, o vago rumor,
Amo do tempo as noites primorosas.
Amo da glória a desejada cor,
Amo da tarde, as sombras vaporosas,
Amo do céu, as estrelas formosas,
Amo do mundo, os momentos de amor.
Uma curiosa estatística do Cinema em Santarém – 1930
Em 1930 foram exibidos nos cinemas locais –
OLYMPIA e VICTORIA – 192 filmes das seguintes procedências:
Norte americana, 170;
Alemã, 9;
Brasileira, 2;
Procedências diversas, 11;
(divididos em um total de 1449 partes).
Memória da Propaganda: Casa de Saúde de São Sebastião – 1971
De propriedade
do médico Dr. Waldemar Penna, a Casa de Saúde São Sebastião era uma referência
regional em diversos campos da medicina na cidade de Santarém. Localizava-se em
um edifício que a sanha do tempo botou abaixo.
Quando a Comarca de Santarém ficou dois anos sem Juiz de Direito – 1843
O Ministro da Justiça sofreu na Câmara dos
Deputados, na sessão de 8, uma violentíssima acusação que lhe fez o senhor
Barros Pimentel. Segundo este deputado, o fato é tal que prova evidentemente a
demência, de quem o praticou: foi violação manifesta de um artigo da
Constituição; foi nada menos que demitir um magistrado do seu lugar, que foi o
bacharel Antônio Thomaz de Godoy. Era este bacharel Juiz de Direito da Comarca
de Jequitinhonha e foi mudado para a de Santarém: mas o Ministro da Justiça
considerou este lugar como abandonado e assim demitiu aquele bacharel. Horresco referens!
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