quinta-feira, 25 de junho de 2020

CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Nossa homenagem para Ruy Barata, o poeta...

Que poeta nasceu poeta?
Poeta não nasce, se faz...
Tu te fizeste poeta pela vida?
Foi a leitura? Foi tua obra?
Ou a certeza que as incertezas
Em nossa vida trás?...

Que poesia te fez poeta?
Poesia que corre no sangue
De tuas veias? Ou ilumina
Tua consciência de poeta
A sempre lutar pela justiça
E jamais desistir da paz?...

Que te alegra ser poeta?
Tuas vitórias ou derrotas?
Tuas tristezas ou incertezas?
Que poeta és tu? O Ruy,
O Guilherme, Paranatinga,
Ou o Barata, e nada mais?...

Que poeta és tu, poeta?
Que em imaginárias linhas
Nos abismos viu um anjo...
Ele te inspirou amizades?
Ele te inspirou a saudade?
E esse amor que te refaz?...

Que dizer de ti, poeta?
És o filho, o pai, o marido,
O santareno, o paraense,
E mais centenários adjetivos...
Que a memória de ti, hoje,
Seja vívida, jamais fugaz!


Santarém, 25 de junho de 2020. Homenagem do signatário do blog pela passagem do centenário poeta de minha terra, que inspirou e ainda inspira vidas e lutas amazônicas, para o bem coletivo da nossa sociedade e cultura. Na foto ilustrativa, os deputados santarenos Silvio Braga e Ruy Barata, com suas esposas Luci e Norma. Acervo pessoal do amigo Tito Barata. Viva Ruy Barata!

CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Um espaço histórico do Poeta...


CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Ruy Barata por Romero Ximenes


CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Ruy Barata por Bernardino Santos


CENTENÁRIO DE RUY BARATA: A biografia e o biógrafo...


CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Um discurso pela democracia


Em seguida falou o sr. Ruy Barata, em nome das bancadas do PSP e UDN que discorreu longamente em torno da Constituição.
Elogiou a Democracia, dizendo que esta é a única adaptável aos anseios do povo brasileiro. Disse que a existência da Democracia está ameaçada pelos asseclas do extremismo totalitário.
Terminou dizendo que devemos defende-la em todos os terrenos.

CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Ruy Barata e a Petrobrás


O professor e poeta Ruy Barata enviou o seguinte telegrama ao presidente José Sarney a propósito das transferências de funcionários da Petrobrás lotados em Belém:
“Quando a Petrobrás era apenas um sonho, alimentado por poucos e malsinado por muitos, ao nosso lado estavam Mariano Klautau de Araújo e Sandoval Barbosa, hoje perseguidos na empresa que ajudaram a construir. Rogo ao presidente, que é também um intelectual, fazer cessar as mencionadas perseguições, que desmerecem os que as praticam e que sei não serem de seu temperamento. Cordiais Saudações.
Ruy Barata”.

CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Ruy Barata e Felipe Patroni


O poeta Ruy Guilherme Barata está fazendo um levantamento da obra poética de Felipe Patroni, político e poeta paraense do começo do século passado. A revelação dos textos de Patroni está destinada a ter igual ou maior sucesso do que a revisão de Souzândrade, feita por Augusto de Campos.
Patroni é considerado, pelos que conhecem sua obra, como um poeta da maior importância na história da literatura brasileira.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Ruy e a nacionalização da indústria da borracha


A nacionalização da indústria pesada da borracha será muito bem recebida no Pará, declarou-nos ontem o deputado Ruy Barata. É falso pensar-se que essa nacionalização, ligada à criação de uma indústria de borracha sintética, prejudique a região amazônica. Ao contrário disso, uma e outra medidas estabilizarão os negócios e arrancarão a economia amazonense da situação atual, em que é visível a influência colonialista.
Também considera o deputado do PSP como positiva a fixação do preço da juta, que embora não tendo atingido os níveis preiteados por certos produtores, trás para essa indústria um ambiente de tranquilidade, livrando-a das oscilações arbitrariamente determinadas pelos compradores.

CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Poema didático


És.
E enquanto a solidão se faz palavra
No silêncio da creche a luz se apaga
E te tornas visível no poema.

Fiel ao que ocultaste
Morrerás sem resposta
E o que chamaste céu
E afagaste no catre
Desdobra-se em padrões
De tédio e fome.

Inútil repetir o comer e o dormir.
Dentro de ti
Fora de ti
Em qualquer parte de tua vida asséptica
E negada ao sargaço
Há um dardo de sol dourando a espada
Um ser astuto que difunde a revolta
Explode em mocidade e quer cantar.

A isto chamarás permanecer
Durar
E até mesmo inefável
Ou talvez madrugada punitiva
Que gera a violência
E prega o amar.

Que restou do perfil
Comprometido pela sombra do musgo?
Do vazio que atrelaste
Ao relógio-pulseira?
Da memória infiel
Que afogaste no álcool?

Tens quinze anos agora
E o gozo de criar
Em hora imprópria
E data não precisa
Juntando sal e terra ao diagrama
No digrama ser e não cantar.

Não cantar e não ser embora claro
E nítido à canção que se desenha
No silêncio marcado pela chaga.

Teme pois esta egressa juventude
Que te faz marcial e prenuncia
O látego do tempo flagelando
O instante que roubaste à poesia.

CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Canção dos quarenta anos


Poema, suspende a taça
Pelos dias que vivi.
Espelho, diz-me em que jaça
Mais fiel me refleti.
Quarenta anos correram
E neles também corri.
Quarenta anos, quarenta.
Quantos mais inda virão?
Morrerei hoje de infarto
Ou amanhã de solidão?
Serei pasto da malária?
Serei presa do avião?
A morte engendra esperança.
A morte sabe fingir.
A morte apaga a lembrança
Da morte que vai ferir.
E em cada instante que passa
A morte pode surgir.
Quem pode medir um homem?
Quem pode um homem julgar?
Um homem é terra de sonhos,
Sonho é mundo a decifrar.
Naveguei ontem no vento,
Hoje cavalgo no mar.
Hoje sou. Ontem não era.
Amanhã de quem serei?
Um homem é sempre segredos.
Por qual deles purgarei?
Dos meus netos, qual o neto
Em que me repetirei?
Que virtudes foram minhas?
Que pecados confessar?
Que territórios de enganos
A meus filhos vou legar?
A quem passarei meu canto
Quando meu canto passar?
Ah! Como a vida é ligeira!
Ah! Como o tempo deflui!
Este espelho não mais fala
Da criança que já fui.
Das minhas rugas ruindo
Apenas um nome rui.
Quede rede balançando?
Quede peixinho do mar?
Quede figo da figueira
Pru passarinho bicar?
E o anel que tu me deste
Em que dedo foi parar?
Dezembro chama janeiro.
Fevereiro irá chamar?
Monte-Cristo se me visse
Não iria acreditar.
Como está velho, diria
A donzela Dagmar.
Um homem cresce espalhando
O reino em que foi feliz.
Onde Athos? Onde Porthos?
Onde o tímido Aramis?
Um homem cresce querendo
E cresce quando não quis.
Crescer é rima de vida
Mas também é de morrer.
Crescer é terna ferida
Que só dói no entardecer.
Em cada raiz de morte
Há sempre um verbo crescer.
E cresço: macho e poeta.
Subo em linha, volto em cor.
Cresço violentamente.
Cresço em rajadas de amor.
Cresço nos filhos crescendo.
Cresço depois que me for.
Cresço em tempo e eternidade,
Cresço em luta, cresço em dor,
Não fiz meu verso castrado
Nem me rendo ao opressor.
Cresço no povo crescendo,
Cresço depois que me for.
E cresço na aurora livre
Galopando esse corcel.
Cresço no verso espumando
Entre as linhas do papel.
Cresço rubro de esperança
Na barba de Don Fidel.
Quarenta anos, quarenta.
E nem sequer percebi.
Quarenta anos correram
E neles também corri.
E nesses quarenta anos,
Oitenta de amor por ti.

CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Vinte e sete anos quase vinte e oito


A silenciosa espera, a valsa, o ramalhete,
O jeito de sofrer, a fronte larga,
O coração fiel e inviolável.

Forte sou ainda que seja fraco
Entre as espécies reino soberano,
O drama situou-me entre vigílias
E o poema devasta mais que o aniversário.

Se dou é para tirania da beleza,
A poesia em mim cortou-me as pernas,
Asas não tenho e bem queria tê-las.
O Fauno adormecido vive ainda
E o corvo segreda: nunca mais.

Poemas e orações tenho segredo,
Palavras de doer guardo também,
Uma delas Ruy,
Outra Guilherme,
Maninha, céu, outrora, devaneio,
Heloisa já foi e não é mais.

O amigo fiel chama-se Chico,
O amigo infiel onde andará?
Mais ce que veux voir dans ce matin
C’est le marin sans bateau,
Le pauvre Lelian,
O poeta que amei e ainda amo,
O tendre voiux du Quartier Latin.

Geograficamente, o azul é a minha pátria
Politicamente, o amor é o meu governo.
E o sobrenatural a grande vocação.
E este jeito de amar que é quase escudo
(a timidez de amar embora ame)
E este riso feroz que é o meu demônio.

Porém forte sou ainda que seja fraco
(não passei junto a ti sem lágrimas na face?)
(não tomei tua mão sem comoção alguma?)
Mas nunca sou tão forte como agora
Quando digo ao poema: vai-te embora.

terça-feira, 23 de junho de 2020

CENTENÁRIO DE RUY BARATA: Pensamentos do poeta!


Sobre o cristianismo:
“O cristianismo nas suas origens é uma espécie de socialismo utópico. A figura do Cristo aparece, na realidade, na aplicação aos pobres, aos deserdados, e não quando a Igreja se organiza e se torna uma instituição. Aí ela se torna o lado dos poderosos”.

Sobre sua passagem pelo Colégio Marista em Belém:
“Foi uma época difícil para a minha fé. Rezava-se compulsoriamente a maquinalmente, até para tomar banho”.

Amizades cristãs e materialistas:
“Foi Chico (Francisco Paulo Mendes) que me fez conhecer Jacques Maritain, Andre Mauriac, George Bernanos e, sobretudo, Leon Bloy, nomes da maior importância, na evolução do pensamento cristão. Com Dalcídio (Dalcídio Jurandir) li, pela primeira vez, o Manifesto Comunista”.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Um registro da arquitetura santarena em 1932



Nesta imagem podemos ver a Casa de Nº 21-C, na Avenida Adriano Pimentel, na época uma propriedade do fazendeiro senhor Ângelo Rodrigues. Aparecem, com menos destaque a então residência do advogado Alarico Barata, onde também residiu o jovem poeta Ruy Barata. Acima, o antigo prédio do Grupo Escolar de Santarém (como se vê no letreiro), um pavilhão não mais existente nos dias atuais, visto que a nova construção foi feita mais afastada da beira do precipício do Morro da Fortaleza, onde atualmente se encontra a Escola Frei Ambrósio. Acervo Biblioteca Nacional.

O São Francisco Sport Club em 1931



Uma imagem das origens do time do São Francisco, de Santarém, quando ainda era constituído pelos alunos do Colégio São Francisco, fundado por Frei Ambrósio Philipsemburg, OFM. Na foto, além dos jogadores podemos ver a primeira bandeira do time santareno que tem, hoje, no São Raimundo, seu principal adversário, ao contrário dos que são citados naquele distante ano de 1931. Acervo Biblioteca Nacional.

Uma excursão de pernambucanos em Santarém



No ano de 1932 a cidade acolheu um grupo de estudantes que faziam uma coleta em benefício da “Casa do Estudante Pobre”. Foram acolhidos pelo prefeito municipal e pelo juiz da Comarca, no momento em que tiraram esta fotografia. Acervo Biblioteca Nacional.

O Maestro Raymundo Fona e o Jazz Olympia...



Santarém é terra de musicalidade por excelência. Nesta publicação podemos ver o conjunto do “Jazz Olympia”, em 1930, com a participação especial de um tocador de banjo dos EUA, de passagem pela cidade de Santarém. O conjunto era dirigido pelo maestro Raymundo Fona. Acervo Biblioteca Nacional.

Sociedade Santarena em 1930



Diversos momentos da sociedade santarena no ano de 1930, muitos deles feitos pelo prestigioso fotógrafo santareno Apolônio Fona. Momentos que deixam registrado a vida e os costumes de pessoas que fizeram parte da história de Santarém. Acervo Biblioteca Nacional.

O grande trabalho de Apolônio Fona...



Em 1929, a cidade de Santarém possuía um ateliê de fotografia, de propriedade do fotógrafo santareno Apolônio Fona, aqui retratado juntamente com alguns dos seus trabalhos em fotografia. Acervo Biblioteca Nacional.

Santarém e santarenos de 90 anos atrás...



Uma página da revista Vida Doméstica, retratando um pouco da paisagem fluvial que desfrutava um viajante ao ver Santarém em fins de 1929. Além da paisagem pode-se ver a beleza das mulheres santarenas, uma criança, um empresário e o famoso poeta local, Silvério Sirotheau Corrêa, que teve diversas poesias publicadas na página da citada revista. Acervo Biblioteca Nacional.

Uma colação conjunta de colégios em Santarém



No ano de 1959 as turmas concluintes do Colégio Dom Amando (masculino) e do Colégio Santa Clara (feminino) se uniram para fazer uma única cerimônia de colação de grau com a presença das duas ordens religiosas mantenedoras daquelas instituições de ensino da Igreja Católica em Santarém. Foto cedida ao blog pela amiga Solimar Vasconcelos.

domingo, 21 de junho de 2020

As primeiras professoras formadas no São Raimundo



Grupo de alunas da primeira turma do Ginásio Normal São Raimundo Nonato, no Bairro da Aldeia, em Santarém que se formaram no Curso Normal para serem professoras de várias escolas em Santarém, em 1963. Foto cedida ao blog pela amiga Jercyra Carneiro do Valle.

Um grupo de alunos da Escola São Francisco



Grupo de alunos da Escola Paroquial São Francisco, no bairro central de Santarém. Fundado por Frei Ambrósio Philipsemburg, o prédio atual da Escola foi construído por Frei Vianney Miller, na década de 1960, quando foi tirada esta fotografia.

Uma sala de aula no Seminário São Pio X



Grupo de alunos do curso ginasial do Seminário São Pio X, em Santarém. Localizado no Bairro da Esperança, assim eram as salas de aula na década de 1970, quando foi feito este registro.

Dez notas históricas sobre a educação em Santarém


Por Pe. Sidney Augusto Canto

01. Educação antes da chegada dos colonizadores
Os primeiros registros sobre a educação na foz do rio Tapajós foram feitos pelos colonizadores. Trata-se do modo como os indígenas ensinavam, de forma oral e prática, a sua cultura: suas crenças, suas lendas, seus filhos a pescar, cultivar o solo, produzir louças de barro, pintar cuias, e fazer os famosos artefatos de palha que eram trocados com os colonizadores por facas, machados, anzóis e outros utensílios até então desconhecidos por aqueles povos.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Os “Banhos de Cheiro” em Santarém – 1927


São João, neste ano, deitou as manguinhas de fora.
Dos recônditos labirintos da Aldeia, às remansosas plagas prainhenses, formigavam as fogueiras numa alacridade única, a festejar o santo da pataqueira, da manjerona e da priprioca.
A “bicharada”, na ânsia de escapar às garras do Malheiros, caiu na farra, ao som dos pinhos e dos zambubas.
O “cisne”, o “japiim”, a “pipira”, a “borboleta”, a “preguiça”, o “boi”, farandularam até a madrugada.

A festa de Nossa Senhora da Saúde em Santarém em 1923


Convido o povo católico de Santarém para a festividade de Nossa Senhora da Saúde, a iniciar-se no dia 21 de junho do corrente, em minha residência, à rua de São Sebastião, e constante de novenário, transladação, missa e procissão.
O novenário começará naquele dia e terminará a 28, após o que será feita a transladação da imagem da Santa para a nossa Catedral.

A festa de São João pela Sociedade Artística em Santarém


Em homenagem ao glorioso São João, a velha Sociedade Artística festejará o dia de amanhã, auspiciando-se brilhantes os festejos projetados.
À tarde, à Avenida Rui Barbosa, no trecho fronteiro à sede da conceituada associação operária, haverá a tradicional corrida às argolinhas, para a que se inscreveram distintos “sportmen” conterrâneos.

A Associação Comercial de Santarém em 1923


Às vezes a história oferece capítulos interessantes a serem escritos. Um documento, uma fotografia, um jornal, um achado arqueológico, enfim, algo que é encontrado depois de muito tempo, pode dar um novo olhar para aquilo que pensamos ser já conhecido e aceito.
Pois bem. É ciente de todos nós que, em 1945, foi fundada a Associação Comercial do BAIXO AMAZONAS [o grifo é meu], que pugnava por defender os interesses do comércio não somente na cidade de Santarém, mas em toda a região de abrangência desta cidade. Posteriormente, a Associação Comercial do Baixo Amazonas, deixou de ser regional e passou a ter o alcance local. O que pouca gente sabe, entretanto, é que já existia, antes da associação regional, uma associação local do comércio santareno.

terça-feira, 16 de junho de 2020

Momento poético: O Trovador

Por Silvério Sirotheau Corrêa

Alta noite, – e que noite escura e fria! –
Ouvi cantar humilde trovador,
Que relembrava todo a imensa dor
Que o peito enfraquecido lhe invadia.

Também venho cantar, neste meu verso,
A tristeza que vai dentro em minh’alma:
A tristeza, esse mar que não se acalma,
Esse mar, em que vou já quase imerso.

Oh, meu Deus! E que mágoa infinda a minha!
Quando me pesa ao peito o sofrimento!
Para tamanha dor não acho alento,
Não acho alento à dor que me definha:

Associação dos Amigos do Lago Grande do Curuai


Foi criada no dia 13 de junho de 1969, na Vila de Curuai, a Entidade acima epigrafada, que tem como finalidade pugnar pelos interesses sócio econômicos da região lagograndense.
A sua primeira diretoria ficou assim organizada:
Presidente: Sansão Bento Lourido
Vice: José de Almeida Campos
1º Secretário: Armênio G. Miranda
2º Secretário: Noêmia L. Ferreira
Tesoureiro: Frei Gilberto Wood.
São objetivos da diretoria:

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Sobre a venda de carne em Santarém em 1923


Corre com insistência a nova de que os srs. Marchantes locais têm em mira suspender o preço da carne verde, criando assim mais embaraços ao bem estar da população.
Não admira que venha a realizar-se a “profeta” em foco, visto o mesmo haver acontecido nos demais anos, não obstante as frequentes reclamações dos consumidores.

A festa do Sagrado Coração de Jesus em 1923


Tiveram início a 1º do corrente as homenagens que ao S. Coração de Jesus são prestadas todos os anos, durante o mês de Junho, pelos católicos santarenses.
Conforme já noticiamos a festividade realizar-se-á na próxima sexta-feira, 08 do vigente.
Nesse dia haverá missa solene às 8 horas da manhã e à tarde Procissão e “Te Deum”.

Notícias de Boim em 1923


Com as solenidades concernentes, realizaram-se nesta vila os festejos do mês Mariano sempre assistidos por grande número de fiéis não só desta vila como dos arredores
A bordo da lancha "Luiz Bastos", seguiu para Santarém o estimado sargento Antônio Francisco, comandante do destacamento desta vila, deixando a todos os habitantes vivas saudades pelo corretismo com que se houve no desempenho de seu espinhoso cargo.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

A nova Usina de Eletricidade de Santarém – 1934


Conforme comunicação telegráfica que de Belém nos transmitiu o sr. Prefeito Luiz Gentil e afixamos à porta de nossa redação, foi por s. ex. assinado o contrato da nova usina para fornecimento de energia elétrica, tendo sido já paga a primeira prestação no valor de cinquenta contos de réis.
Os materiais da nova usina ora na capital do Estado, serão conduzidos pelo vapor “Tenente Portella”, em sua próxima viagem.

Sobre Educação em Alenquer em 1934


“O Município”, órgão oficial da Prefeitura de Alenquer noticia o seguinte, que extraímos das notas da excursão do Prefeito Mesquita, ao interior:
À tarde, s.s. seguiu para o quarteirão “Cabeceira” onde encontrou a escola local entregue a uma menina e a professora ausente já há dias, etc.
Passando a verificar a casa e os papéis referente à escola, encontrou o livro de ponto, dando como presentes todos os alunos matriculados, até o último dia do mês, apesar de ser ainda dia 28!

terça-feira, 9 de junho de 2020

Vida teatral em Santarém no ano de 1924


A 14 de julho vindouro, segundo comunicação que nos fez um dos interessados, será levado, no “Theatro Victoria”, um espetáculo a cargo de um grupo de amadores.
À frente do grupo está o sr. comandante Nhonhô Guimarães, velho conhecedor dos segredos do palco e que é, por isso, uma garantia para o êxito do espetáculo em apreço.
UMA REVISTA DE COSTUMES LOCAIS
Obedecendo ao sugestivo título – EU VOU TELEGRAPHAR! – um intelectual da terra, sob a “camouflage” de “Mundico Malagueta”, acaba de concluir uma Revista que brevemente entrará em ensaios para ser exibida entre nós por um grupo de amadores.

A posse do Intendente de Itaituba em 1924


Com a solenidade do estilo e após haver prestado o compromisso legal perante o Juiz de Direito da Comarca, o nosso amigo e conterrâneo, coronel Moraes Sarmento, tomou posse a 14 de junho do corrente, do cargo de Intendente de Itaituba, para o qual fora nomeado pelo sr. dr. Governador do Estado.
Ao ilustre santarense, velho batalhador a prol do engrandecimento do Pará e cujos serviços do município tapajônico são por demais conhecidos para que os enalteçamos, daqui mandamos os nossos cumprimentos pela acertada escolha da nomeação.

A Procissão Fluvial de São Pedro em 1948


A Agência da Capitania dos Portos lança seu apelo aos senhores proprietários de embarcações e solicita de cada um, sua parcela de contribuição para o brilhantismo e tradição da Festa do Pescador, no próximo dia 29, fazendo o possível, todos, para concorrerem com a presença de suas embarcações no cortejo fluvial da Procissão de São Pedro, Padroeiro dos Pescadores.

Apresentações no “Theatro Victoria” em 1924


Terça-feira última, os “habituès” do “Victoria” assistiram a representação da Revista “Mama ou não mama?” levada a efeito pela Troupe Regional. Foi, de fato, uma noite de risos. Dico Rocha, no papel de português, esteve impecável, posto estivesse adoentado. Os demais artistas da Troupe muito bem se conduziram, mas, justiça se faça, Dico Rocha dominou a plateia.
Alcançou desusado êxito a representação da Revista “É... DO LASCA!” da lavra de João Andrade e Carlos Campos, “Seu Bobó” e “Coronel Macário Mandioca”, assim como Rocha, no papel de hortelão português, receberam os mais justos aplausos da nossa plateia, quinta-feira passada. O ato de variedades, nessa noite, foi esplêndido. Toscano, fazendo de “seu Figueirêdo”, na “Capitá Federá” de Azevedo, arrancou, com muito merecimento, aplausos gerais da assistência. João Andrade cantou, com muito chiste, “Os Valentões” e, afinal, “trepou” a valer em alguns presentes e terminou “trepado” pela orquestra.

Histórias dos Botequins de Santarém em 1924


Potó e o maestro “Zé Agostinho”
Potó, o do “Firmeza”, é zeloso por tudo quanto diz respeito ao seu botequim. Abespinha-se logo se alguém risca uma das mesas, as paredes do prédio, o pano verde do bilhar, etc.
Uma sobretarde, à hora costumeira do aperitivo para o jantar e após haver-se jogado uma partida de bilhar, foi o nosso herói fazer a limpeza do referido e ao verificar nele garatujas, caretas, notas musicais, feitas a giz, entesou logo e bradou:

O pão santareno que diminui de tamanho em 1929

Incide em nosso reparo o fato de alguns proprietários de padaria desta cidade estarem a diminuir tanto o tamanho dos pães, principalmente os que são vendidos por $100, que de mignon passarão ao tamanho de um tablete de chocolate, se não houver uma reflexão dos donos das padarias e repulsa dos consumidores.
Não há razão para semelhante diminuição. Basta citar que o quilo do trigo, a retalho, é vendido ao preço de 1$000, custando, portanto, o quilo em saca abaixo desse preço. Nem ao tempo da Grande Guerra, em que tivemos o trigo escasso e caro, o pão atingiu ao tamanho dos atuais, de certas padarias.

A quadra joanina em 1930


Têm estado animadíssimos os folguedos joaninos, não se tendo registrado ocorrência alguma desagradável, felizmente.
Tem a primazia nos folguedos, “A Cuia e o Cheiro”, “O Coelho” que tem agradado imenso e a mimosa “Garrafa de Cheiro”, cujo elenco é um primor, adaptando-se-lhe deliciosas músicas e letras, tudo bem desempenhado, sob gerais aplausos.

A Colônia de Pescadores e o preço do pescado em 1930


Já tivemos ocasião de registrar um fato que estava reclamando seria intervenção em benefício da coletividade: a alta do preço do pescado sem cerimoniosamente feita pelos pescadores locais.
Contínuas queixas eram ouvidas da parte do “Zé-povinho”, que se via na contingência de não poder adquirir uma cambada de peixe, tal a exorbitância do preço deste gênero alimentício taxativamente imposto pelos homens da Z-II.

A Festa de “Corpus Christi” em Santarém em 1933


A Paróquia de Santarém festejará de modo condigo a passagem de um dos maiores dias da cristandade: o dia do Corpo de Deus, quinta-feira próxima, 15 de junho.
Nesse dia, à tarde, conforme ocorre todos os anos, haverá Procissão da Sagrada Partícula com benção em diversos pontos da cidade, em altares devidamente preparados para a solenidade.

Notícias da Quadra Joanina em 1933


Estamos no mês dos folguedos joaninos e Santarém parece que vai ter uma temporada bem desanimada.
A crise monetária que tudo avassala, deixa cabisbaixo os foliões, não havendo, parece, este ano, os costumados pássaros, que tanto alegravam os nossos bairros, divertindo a nossa gente rica e pobre com seus cantares regionais, com acompanhamento de instrumentais, etc.

Festa do Sagrado Coração de Jesus em Santarém – 1933


Prosseguem com relativa animação e regular frequência os atos religiosos do mês de junho, em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus.
A festa está marcada para o dia 25, último domingo do mês, muito embora as novenas ainda se prolonguem até o dia 30.
A sra. Presidente do Apostolado convida as senhoras Zeladoras e suas associadas a frequentarem com assiduidade os atos religiosos, dando, assim, maior imponência aos festejos do seu Divino Patrono.

Instrução Pública em Santarém em 1933


O nosso Grupo Escolar acusa a elevada matrícula de trezentos e dez alunos, sendo em breve inaugurado um pavilhão recém-construído, que está recebendo o respectivo mobiliário, ficando assim o acreditado estabelecimento de ensino dotado de melhores acomodações.
Estes melhoramentos estão sendo feitos sob as vistas do sr. Prefeito Ildefonso Almeida.

Saúde Pública no Interior de Santarém em 1933


Está funcionando a cargo do guarda sanitário João C. de Araújo Pinto, o subposto de Boim, atingindo a zona de Tauary, Peny, Maray e circunvizinhanças, com farta ambulância para os tratamentos de paludismo e verminoses.
Também o de Aveiro a cargo do guarda sanitário Simplício Bandeira de Queiroz, está funcionando, atendendo a toda extensa zona de Aveiro e Pinhel.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Uma inspeção do Colégio Santa Clara em 1933


Cumprindo determinações da Diretoria de Ensino, a normalista Olympia Lima, diretora do Grupo Escolar desta cidade, esteve inspecionando o curso de adaptação ao Curso Normal Rural, no orfanato regido pelas Irmãs Clarissas. A referida preceptora julgou conveniente o adiamento dos exames das alunas para outubro próximo, tendo o sr. Doutor Diretor Geral aprovado essa sugestão.

O retorno do prefeito Ildefonso Almeida em 1933


Pelo “Tenente Portella” regressou a esta cidade, sábado último pela manhã, o nosso estimado amigo, sr. Ildefonso Almeida, honrado Prefeito deste município, que foi alvo de carinhosa manifestação por parte dos seus amigos e correligionários do Partido Liberal.
Ao Trapiche Municipal compareceu grande número de famílias da nossa sociedade, autoridades, membros do comércio e grande massa de povo.
Ao saltar, foi s. ex. saudado pelo dr. Anysio Chaves, que em nome do Partido Liberal apresentou ao distinto viajante os seus mais ardentes e sinceros votos de boas-vindas.

Uma feijoada no Bosque Municipal em 1933


Promovida pelo Prefeito Ildefonso Almeida realiza-se amanhã pela manhã, no Bosque Municipal, a feijoada oferecida por aquele cavalheiro aos seus correligionários do Partido Liberal que prestaram sua colaboração para a vitória esmagadora que vem de alcançar no pleito eleitoral de 03 de maio último, àquela poderosa facção política. O ponto de reunião é na residência do Prefeito, das 8 e meia para as 9 horas. 

Santarenos da Festa de Alenquer em 1933


Preparam-se os Marianos desta cidade para seguir até Alenquer, onde comungarão no dia da Festa do Padroeiro da aplausível cidade vizinha. Muitas famílias daqui, também pretendem ir apreciar a festa, se houver transporte. Ouvimos que a lancha “Luiz Bastos” fará uma viagem até ali.

Festa de Santo Antônio em Santarém – 1933


Em conjunto com as celebrações do mês do Sagrado Coração de Jesus, está se realizando na Matriz desta cidade a Festa de Santo Antônio, no corrente ano.
Essa Festa será encerrada com as solenidades habituais na terça-feira, 13, dia consagrado pela Igreja Católica ao grande Taumaturgo português. Nesse dia haverá missa solene às oito horas, procissão à tarde e benção à noite.