No momento em
que o país fazia a transição do Regime Militar para a Democracia em que vivemos
atualmente, o PMDB, então considerado oposição ao governo do Regime, lançava,
em Santarém, a candidatura de Ronaldo Campos para a Prefeitura. Desde a eleição
de Elias Pinto, Santarém não escolhia mais o seu Prefeito. Aqui publicamos as
motivações que levaram Ronaldo Campos a ser candidato. Foi eleito!
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Praça do Mirante em Monte Alegre – 1986
Oferecendo uma
das mais bonitas imagens da “Terra Pinta Cuia”, a Praça do Mirante tinha esse
aspecto no dia 15 de março de 1986, quando, neste local, o prefeito João
Evangelista da Silva oferecia guloseimas para as crianças que estavam presentes
por ocasião do aniversário da cidade de Monte Alegre.
terça-feira, 24 de outubro de 2017
Uma casa da Vila de Palha, em Fordlândia
As primeiras
casas construídas em Fordlândia eram feitas de palha, como a registrada nesta
imagem. A Vila de Palha perdurou até o ano de 1932, quando foi incendiada a
mando do então interventor estadual, Magalhães Barata.
Uma paisagem de Santarém nos anos 1950
Quando ainda não
existia a Praça do Pescador, nem a Avenida Tapajós, um registro fotográfico
feito da ponte do antigo Trapiche Municipal, mostra a paisagem do litoral
santareno nas imediações do Bar Mascote e do Solar do Barão de Santarém. Acervo
ICBS.
Lembranças santarenenses com Manoel Jerônimo Gomes Diniz.
“Eu vim em Santarém, para estudar, em 1945.
Santarém era pequena nessa época. Aqui onde hoje é o Asilo ainda era mato. Só
tinha o Hospital da Fundação SESP. Santarém daquela parte que pega do fim da
Barão para cima era um cajual, onde a gente vinha brincar, apanhar caju, vinha
matar tempo, quando eu tinha a idade mais ou menos de nove anos. Essa foi a
Santarém que eu conheci. Terminava aqui perto da Sete de Setembro. Tinha uma
casa conhecida como “Macaco Branco” e na esquina morava o seu Tertulino que era
caminhoneiro que tinha um caminhão e fazia frete...
Tinha o “Castelo”
onde era ali onde hoje é a Receita Federal, onde a gente ia brincar, corria
pelas laterais e caía na água na época da cheia. Mais para cá tinha o “Canto Redondo”, que era o comércio do
seu Manelito Correa. Mais na frente tinha o Mercado Municipal, passando o
Castelo, para o lado da Primavera. Esse mercado funcionava precariamente, mas
era a única opção que tinha. Quando chegava o mês de julho vinha tempo da falta
de boi. Quando chegava quatro horas da tarde você já encontrava uma fila que
pegava uma rua, onde o pessoal deixava uma cesta com uma pedra dentro ali para
ir comprar carne no outro dia de manhã. Uma carne de péssima qualidade, muito
magra, que minha mãe mandava a gente comprar. Que era uma carne sem qualidade,
muito magra, sem gordura. Esse era o aspecto de Santarém que ainda perdurou
muito tempo, sofríamos com abastecimento de carne em Santarém. Tanto que minha
mãe com meu pai engordavam um porco no interior. Matavam e faziam a “mixira” que a gente trazia era uma
reserva que a gente tinha. Quando não tinha carne a gente ia na lata de “mixira” e fazia a nossa comida.
Era uma vida muito sofrida em Santarém naquela
época, agora era muito bonita. As praias da frente da cidade eram bonitas. No
domingo a gente saía da cidade e íamos para a Vera Paz. A Vera Paz era o nosso
balneário daquela época, uma praia linda. Domingo de manhã todo mundo ia para
aquela praia, inclusive a gente fazia movimento da Igreja, os Marianos, a turma
da Cruzada, os padres... A gente ia para lá fazer feijoada, era uma diversão
que a gente ia. Tinha a Coroa de Areia com uma areia fina e limpinha. Era
bonita à beça. Essa beleza natural era uma coisa muito boa em Santarém”.
Lembranças santarenenses com Eunice Colares Vaz.
“Lembro que cheguei em Santarém em 1948. Vim
para casa de minha madrinha, Nilza Serique. Fiquei sete anos morando com ela,
na rua 15 de Novembro. Íamos à missa na Matriz, era cinco horas da manhã.
Naquele tempo, antes de chegar na matriz tinha a delegacia.
Eu estudei no Frei Ambrósio, no tempo da professora
Tereza Miléo. O Frei Ambrósio tinha as casas lá dentro e tinha um quintal
grande. Morávamos na 15 de novembro e tínhamos que subir aquela escada. Minha
madrinha deixava a gente sair só com uns 15 minutos antes de começar a aula. Já
imaginou a gente tinha que correr para chegar na aula. Tinha uma senhora, que
era zeladora, que ficava no portão. Quando dava sete e meia, batia a campa e
fechava o portão e ninguém podia entrar mais. Já pensou, a gente saía correndo
e chegava lá estava fechando o portão. Até que um dia ela me perguntou porque
sempre eu chegava na hora. Aí expliquei porque eu chegava sempre em cima da
hora. Desse dia em diante ela me esperava e só fechava o portão quando eu
chegava. Estudei no Frei Ambrósio até a quinta série. Depois eu voltei para
Pinhel”.
Lembranças santarenenses com Laurimar dos Santos Leal
“Lembro das brincadeiras de roda. As
pastorinhas, que era uma opereta popular que saía no Natal. Nós ainda temos uma
pessoa viva, duas aliás, que brincavam as pastorinhas naquela época, a
professora Terezinha Miléo, ela era a Nossa Senhora; a outra é uma prima minha,
Maria de Fátima Santos... E tem gente que conhece também a coisa. Judite morreu
agora com cento e poucos anos e a Raquel, que ainda está viva, com cem anos...
Nós tínhamos brincadeiras que aconteciam em
Santarém, exemplo os grupos de carimbo, chegava pelo carnaval ou são João, eles
avisavam na casa das pessoas onde iam dançar. Nós tínhamos aqui em Santarém,
alguns lugares onde tinham barracões. E nesses barracões os negros se juntavam
para dançar carimbo e depois avisavam na casa dos brancos que preparavam alguma
coisa, como aluá, para esperar o pessoal que vinha dançar. Aqui em Santarém
dançavam carimbo primeiro que em Belém. Havia um barracão na frente da Igreja
Batista, outro em frente do Asilo São Vicente de Paula e outro na rua
Curuá-Una, lá no Urumari. Eles cantavam, apontando, assim:
“Que preta é
aquela que vem acolá...
(E respondiam):
É a pretinha da
Angola do Urumarizá,
Do Urumarizá, do
Urumarizá,
É a pretinha da
Angola do Urumarizá...”
Então, aquela do Urumarizá, que era como chamavam o
Urumarizal que depois virou Urumari (hoje bairro de Santarém)”.
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Desembarque de material em Fordlândia – 1929
Uma das cenas
comuns durante o processo de construção da Vila de Fordlândia era a presença do
navio “Lake Ormoc”, da Companhia Ford, que transportou a maior parte do
material que veio dos Estados Unidos até as margens de Boa Vista, no rio Tapajós.
Trabalhadores serrando árvore em Fordlândia em 1929
Durante o
processo de limpeza do terreno usado para implantação da Vila de Fordlândia e
da área destinada ao plantio das seringueiras, um dos trabalhos executados a
exaustão era o de serrar grandes troncos de árvores, como o visto nesta foto.
Notícias do São Francisco Futebol Clube em 1948
Amanhã, a bordo
do confortável e possante barco-motor “Nova Empresa”, partirá com destino à
Belterra, a luzida embaixada do pujante SÃO FRANCISCO FUTEBOL CLUBE, onde na
tarde do mesmo dia, enfrentará o forte esquadrão do COMBINADO BELTERRENSE numa
partida cheia de lances empolgantes e cheia de disciplina e confraternização
esportiva.
Um “Baile no Japão” em Santarém – 1931
De entre as
inúmeras festas com que a Municipalidade e o povo de Santarém vão comemorar o
primeiro aniversário da revolução no Pará, destaca-se o baile que o exmo. Sr.
Prefeito Ildefonso Almeida oferecerá à família santarena no dia 03 de outubro
próximo vindouro, no palacete da Prefeitura Municipal.
A locomotiva da que moveu a construção de Fordlândia
Vinda dos
Estados Unidos, transportada pelo “Lake Ormoc”, a locomotiva que ora vemos na
foto trilhava os mais diversos recantos de Fordlândia, transportando vagões com
madeira ou material para a construção de diversos prédios da cidade de Henry
Ford na Amazônia.
Os primeiros serviços religiosos em Fordlândia
Muitas das
pessoas que vieram trabalhar em Fordlândia, em seus primeiros anos, não tinham
assistência religiosa garantida pela Companhia Ford. Somente com a insistência
do Bispo Dom Amando Bahlmann junto ao Governo Brasileiro e deste último, via
Embaixada nos Estados Unidos, junto à Henry Ford, é que um padre franciscano
alemão começou a visitar pastoralmente os funcionários da Companhia Ford. Henry
Ford, entretanto, não permitia a construção de Igrejas dentro de suas
propriedades. Assim, os serviços eram realizados em Barracões ou Casas da
Companhia que eram cedidos e adaptados para o serviço religioso. Outra
curiosidade é que o primeiro santo de devoção dos fordlandenses era São José,
esposo de Maria. Depois, com a vinda dos frades norte-americanos, a devoção ao
Sagrado Coração de Jesus se fortaleceu e suplantou o primeiro padroeiro. Na
foto: momento de oração em uma capela montada em uma residência de Fordlândia
no início dos anos 1930, com altar dedicado a São José.
sábado, 21 de outubro de 2017
Construção da Usina de Eletricidade em Fordlândia
Uma das
primeiras infraestruturas montadas pela Companhia Ford nas margens do rio
Tapajós foi a Usina de Eletricidade. A estrutura em ferro e vidro, foi montada
com a ajuda de um guindaste que aparece também nesta ilustração.
Primeiro refeitório dos trabalhadores de Fordlândia – 1930
Os primeiros
trabalhadores da Companhia Ford não tiveram tantos privilégios como muitos
pensavam. Esta cena do antigo refeitório, feito de madeira e coberto de palha,
com rústicas mesas e bancos, ilustra este primeiro período da vida dos
trabalhadores de Fordlândia.
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Uma animada partida de futebol em Fordlândia em 1931
O Futebol era
uma das atividades esportivas também disputadas nas terras da Companhia Ford
Industrial no Brasil em Boa Vista do Tapajós. Fordlândia possuía dois times de
futebol tradicionais naqueles primeiros anos o União Sport Club (camisa
listrada, branco e preto) e outra do Scrath Amazonia Aliança.
Trecho de trilhos em Fordlândia em 1930
A infraestrutura
implantada por Henry Ford na Amazônia incluía uma rede de estrada de ferro com
locomotivas que ajudaram o transporte e a condução de material. Na foto podemos
ver uma parte da estrada de ferro com algumas casas ao fundo.
Lavagem de roupa em Santarém em 1930
Uma cena típica
da cidade de Santarém, já registrada em desenhos do século XIX e que ainda
perdurava nas primeiras décadas do século XX. As lavadeiras de roupa que se
dirigiam até a praia para lavarem as roupas de suas famílias e de outras
famílias da cidade que pagavam por esse serviço.
Restaurante de Fordlândia em uma noite da década de 1930
Um dos lugares
de encontro na Fordlândia em seus primeiros anos era o Restaurante da Companhia
Ford, local onde, além de uma boa refeição, os funcionários se encontravam para
colocar a conversa em dia.
terça-feira, 17 de outubro de 2017
ARTIGO: Cartografia sobre Santarém... Antes de Santarém...
Por Pe. Sidney
Augusto Canto
Esqueça o que
aprendemos na Escola. Muitas coisas que nossos professores nos ensinaram sobre
nossa história está mudando. Novas descobertas documentais e arqueológicas tem
revelado uma nova luz, uma nova visão sobre o passado das muitas “Amazônias”
que existem ou já existiram...
Em minha última
viagem ao Rio de Janeiro me entretive com muitas pesquisas, fosse no Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro ou na Biblioteca Nacional. Entre diversos
documentos que me chamaram atenção, estavam os mapas que foram desenhados nos
anos de 1500. Muitos deles mostrando a Amazônia.
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Os pescadores do cais de arrimo em Santarém – 1986
Uma cena comum
da orla santarena. Várias pessoas que se dirigiam ao antigo cais de arrimo para
“pegar o almoço” (ou o jantar). O instantâneo foi feito dias antes de começarem
os trabalhos de reforma do cais de arrimo e de parte do mesmo ter desabado
naquele ano de 1986.
Visita de Getúlio Vargas ao Hospital de Belterra – 1940
Na agenda de
visita do Presidente Getúlio Vargas à Belterra, a visita ao Hospital de Henry
Ford para seus trabalhadores chamou atenção da comitiva presidencial. Os
hospitais da Companhia Ford (Belterra e Fordlândia) eram considerados os
melhores do Brasil, na época. Foto acervo ICBS.
Aproxima-se a Grande data
Poucas semanas
nos separam do dia 24 de Outubro, data em que, pela lei provincial n.º 145, foi
a nossa querida Santarém elevada à categoria de cidade.
E é com
satisfação, com orgulho mesmo, que todos nós acompanhamos, pela imprensa e pelo
radio, as elogiosas referências que nos fazem aqueles que conhecem a nossa
terra e que conosco tiveram a oportunidade de conviver, durante anos e anos.
Igreja da Santíssima Trindade em Aritapera – 1978
Uma das
comunidades mais tradicionais do interior do município de Santarém, na região
da várzea do rio Amazonas, a vila de Aritapera que celebrava a Santíssima
Trindade, tinha esta capela em idos de 1978.
Momento Poético: Acróstico
Por: Emery Cohen
Jesus, tu és
santo e divino,
Excelso filho do
bom Deus,
Senhor: guia-me
no teu tino
Usando teu servo
em tua vinha,
Selando a mim
com os filhos teus.
Conserva teu
servo o bom Cristo
Humilde, e em
santificação,
Reprime maus
atos e o vício,
Impróprios a
todo o ser cristão;
Santifica a mim
para tua vida
Tão certa,
almejada e linda,
O dia da grande
salvação!
domingo, 8 de outubro de 2017
Dom Tiago Ryan no Seminário São Pio X – 1981
Um registro
fotográfico do momento em que o então Bispo de Santarém, Dom Tiago Ryan, saindo
da capela do Seminário São Pio X, recebe o carinho dos então seminaristas do
curso ginasial.
A visita de Getúlio Vargas a Belterra – 1940
O Presidente da
República tem sido alvo de carinhosas manifestações da população radicada aqui
(em Belterra), cuja grande maioria trabalha na plantação de seringais. Ontem,
durante toda a tarde, o presidente da República percorreu as terras as terras
da Empresa Ford.
Cerca de dois
milhões de seringais racionalmente plantados povoam a região. Belterra, ou
melhor, “Bella Terra”, pertence ao município de Santarém.
Cerca de sete
mil almas habitam a região. Belterra possui hospital, grupos escolares, cinema,
luz própria e água encanada.
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Elevação de Óbidos à categoria de cidade – 1854
No dia 02 de outubro a então Vila de Óbidos passou à categoria de cidade.
O projeto para elevação foi apresentado na Assembleia Provincial pelo deputado
José Bernardo Santarém, que propôs na ordem do dia 15 de setembro de 1846 o
projeto de lei Nº 227, que elevaria à condição de cidade as Vilas de Cametá,
Santarém, São José do Rio Negro (hoje Manaus) e Óbidos. Não sabemos o motivo
pelo qual Óbidos foi excluído da elevação ocorrida, no ano de 1848, onde as três
outras vilas foram feitas cidades. No entanto, seis anos depois a devida justiça
seria feita à uma das mais importantes vilas do Grão-Pará, conforme podemos ver
no decreto abaixo publicado.
domingo, 1 de outubro de 2017
Doações recebidas pela Biblioteca Municipal de Santarém – 1931
O nosso distinto
amigo sr. Dr. Augusto Meira, que aqui exerceu o honroso cargo de Promotor
Público da Comarca, com muita inteligência, acaba de oferecer à nossa
Biblioteca Municipal as seguintes obras:
1 – Eis o livro,
estudos de filosofia, religião e história;
2 – Estesia
filológica (variações pronomes);
3 – Discursos;
4 – Autonomia
Acreana;
5 – Direito e
Arbítrio (impostos inter estaduais);
6 – Ruy Barbosa
e Rio Branco;
7 – Operariado
nacional e os novos calabraes [sic];
8 – Educação
nacional e payegologia [sic] da Grande Guerra.
Outubro na História do Baixo Amazonas e Tapajós
01 – O
Presidente da Província do Pará extingue a subdelegacia de polícia de Terra
Santa incorporando o seu território à 1ª subdelegacia de Faro, na Comarca de
Óbidos – PA (1885).
02 – É apresentada em sessão do Supremo Tribunal de
Justiça do Império do Brasil, uma carta do bacharel João Batista Gonçalves
Campos, juiz de direito da Comarca de Santarém, acompanhada da respectiva
certidão de posse na dita Comarca (1846).
03 – Por meio de
um decreto deste dia é declarada sem efeito a nomeação do bacharel José
Francisco Lopes Lima Júnior para Juiz Municipal e de Órfãos dos termos reunidos
de Óbidos e Faro, pelo fato de o mesmo não ter entrado no exercício de suas
funções no prazo legal (1866).
04 – Chega a Santarém (na época denominada Vila dos Tapajós) a esquadra de
guerra enviada pelo Presidente da Província do Pará, Soares de Andréa, com o
objetivo de retomar o poder legal da Vila, que estava sob o domínio dos
cabanos. Derrotados, os cabanos se aquartelam em Ecuipiranga (1836).
05 – Neste dia, circulava em “Número Único” o jornal denominado “5 DE
OUTUBRO”, uma homenagem da colônia portuguesa radicada em Santarém ao seu país
natal, exaltando com saudade a história da “Terrinha” (1911).
06 – Em carta dirigida ao Capitão Geral do Grão Pará, Cristóvão da Costa
Freire, o Rei de Portugal ordena que a Fortaleza do Tapajós (cuja construção
fora iniciada no século anterior), seja definitivamente dada por concluída
(1707).
07 – Há 20
anos... Dom Lino Vombömmel inaugura a TV VIDA, Canal 17
(UHF). É a primeira emissora católica de TV aberta a entrar no ar em toda a
região oeste do Pará. Posteriormente a TV Vida foi transformada em TV Encontro,
que além do sinal da Rede Vida, transmite também o sinal da TV Nazaré, Canal 26
(1997).
08 – A Diretoria de Instrução Pública da Província
do Pará abre, neste dia (pelo prazo de 30 dias) um concurso público para suprir
a vacância da cadeira de ensino público feminino na cidade de Santarém (1859).
09 – Através da
Lei Nº 704 é aprovado e publicado o novo Plano Diretor do Município de Alenquer
(2007).
10 – Falece em Belém o Padre João Maria Gorzoni,
missionário dos rios Tapajós e Xingu. Italiano de nascimento, este Jesuíta era
músico e em finais do século XVII, quando trabalhava na Aldeia dos Tapajós
ajudou a introduzir diversos costumes musicais na catequese dos indígenas,
sendo a ele, comumente atribuído a introdução do Sairé (que em sua origem era
um instrumento de catequese) em Santarém (1711).
11 – Há 60
anos... Dom Floriano Loewenau é nomeado primeiro Prelado de Óbidos. Partiu dele
a sugestão de divisão da então Prelazia de Santarém, junto a Santa Sé, para ser
criada a Prelazia de Óbidos, cidade onde o mesmo Dom Floriano já havia
trabalhado, antes mesmo de receber o episcopado (1957).
12 – Como resultado das recentes crises e revoltas que antecederam a adesão
do Pará à Independência do Brasil, o Governo Provincial cria a Comarca do Baixo
Amazonas, com sede na Vila de Santarém. Todavia, sem provê-la de um juiz de
direito. Por questões muito mais políticas do que jurídicas, a implantação da
Comarca só viria a ocorrer alguns anos mais tarde (1823).
13 – Surge um
protesto sobre o armazenamento dos canhões furtados da bateria do Forte de
Óbidos, que foram usados para equipar os navios afundados em Itacoatiara, na
batalha de 1932. Posteriormente retirados do fundo do rio Amazonas foram parar
em um armazém das docas do Rio de Janeiro ao invés de serem devolvidos para o
seu local de origem (1933).
14 – Proveniente da cidade de Rio Branco, no Acre, chega a Santarém o
presidente da República, Getúlio Vargas, que, acolhido pelo povo e pelas
autoridades locais, permanece cerca de meia hora na Igreja Matriz. Casou-lhe
admiração o “Ex-voto de Martius” pois não imaginava que o famoso naturalista
pudesse ter feito tal doação à uma Igreja do interior do Brasil (1940).
15 – Em sua viagem pelo rio Tapajós (feita sob encomenda do Governador
Lauro Sodré), o cientista Henri Coudreau deixa a casa do Senhor Maurício
Rodrigues da Silva, ex-comandante do destacamento de Itaituba, em direção à
Salto Augusto, no rio Tapajós. Sua próxima parada será na Cachoeira de todos os
Santos (ou de Paulo Leite), onde o mesmo aprenderia parte do dialeto (ou
língua) dos Apiacá (1895).
16 – Por meio da Lei Provincial Nº 266, o presidente
Sebastião do Rego Barros cria a Vila de Brasília Legal, que abrangia também as
povoações de Pinhel, Aveiro, Itaituba e as aldeias indígenas de Ixituba, Santa
Cruz e Cury. Na mesma ocasião é criada a Paróquia (freguesia) de Santa Ana que,
pouco tempo depois teria sua sede transferida para a vila de Itaituba (1854).
17 – O
Presidente da Província do Pará, Sebastião do Rego Barros, determina que o
cirurgião Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque se dirija para Santarém
a fim de prestar socorros aos doentes vitimados por uma epidemia de febra
amarela que grassava na cidade (1855).
18 – Dom Floriano Loewenau, Bispo Prelado de
Santarém, proíbe “rigorosamente” a celebração da santa Missa, a benção dos
anéis e quaisquer cerimônias religiosas para solenidades de “Formaturas
Escolares” se, por acaso, não forem removidos dos programas e convites os
“Bailes de Formatura” (1951).
19 – A Vila de Santarém presta seu Juramento de Fidelidade a Dom Pedro I,
Imperador do Brasil, e finalmente adere à Independência do Brasil. Assim Palma
Muniz descreve o ato: “Reunidos os
Oficiais do Senado e mais Autoridades a um grande número de Povo, recitou o
Procurador uma eloquente oração, e depois logo se entoaram os Vivas ao muito
alto e Poderoso Senhor Dom Pedro I, Imperador do Brasil, ao que respondi com
três descargas de alegria com a Salva Real de 21 tiros de Artilharia,
seguindo-se logo o auto de juramento, que com toda a solenidade prestaram as
Autoridades presentes” (1823).
20 – Falece vítima de acidente marítimo às margens
do Igarapé do Atumã (Alenquer) o deputado estadual e médico, Dr. Everaldo de
Sousa Martins. Além de deputado, foi Prefeito de Santarém por dois mandatos: o
primeiro (por eleição) entre 1963/67 e o segundo (1971/74) por indicação do
Governador Fernando Guilhon (1982).
21 – Falece no
Hospital das Clínicas, na capital paulista o artista e músico Joaquim Toscano
de Vasconcelos. Era telegrafista da Amazon Telegraph, e durante muitos anos foi
ator do Teatro vitória, tenor dos corais da cidade (ou mesmo em “solo”) e
baterista da “jazz-bands” “Assembleia” e “Euterpe” (1956).
22 – A Assembleia Provincial vota aprova a Lei 83, que pela primeira vez
aprovava os recursos destinados a todos os municípios do Pará. Para Santarém,
além do montante de 1.670$000 (Hum mil seiscentos e setenta contos de réis)
para o biênio 1841/42, foi destinada uma verba “extra” para a construção da
“Cadeia Pública”, recurso esse que nunca foi empregado na dita construção
(1840).
23 – Chega a Óbidos o Governador Geral do Grão Pará, Martinho de Souza e
Albuquerque. “Subindo à vila, foi nela
recebido pelo senado da câmara, debaixo de um arco triunfal, recitando-lhe o
juiz ordinário uma oração de boas vindas”. Em seguida o Governador visitou
a Igreja Matriz de Santana, “e sendo-lhe
representado a grande ruína que havia a dita igreja, e a precisão e desejo que
tinha a irmandade da dita Santa de edificar outra no lugar que fosse mais
próprio, ouviu o sargento mor engenheiro sobre a escolha do terreno, encarregando-o
igualmente da delineação de um risco para ela” (1784).
24 – O Governador da Província Ataíde Teive reclama
da situação da Igreja Matriz de Óbidos e do pároco daquela Igreja, Padre
Nazário de Novais Campos, que não providenciou nem mesmo que sua igreja fosse
“colada” (1768).
25 – A empresa
aérea PANAIR inaugura uma nova linha de viagens aéreas ligando Manaus a Belém,
com escala em Breves, Gurupá, Prainha, Santarém, Óbidos, Parintins e
Itacoatiara. A passagem de Belém a Manaus custava 975$000 (1933).
26 – Nasce em Pombal (Diocese de Coimbra), Portugal,
o Padre José da Gama, missionário do rio Tapajós. Foi ele que em 1722 fundou a
Missão de São José de Matapuz (atual Pinhel). Esse padre Jesuíta, era confessor
do Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado e foi um dos poucos que não
foi deportado com a expulsão dos Jesuítas (1690).
27 – Toma posse como Juiz de Direito da Comarca de Santarém o Dr. Joaquim
Pimenta Magalhães, que após nove meses de trabalho seria promovido à Juiz da 1ª
Vara da Capital e posteriormente assumiria o cargo de Chefe de Polícia da
Província do Pará (1845).
28 – Volta a circular, pela segunda vez no município de Santarém, o jornal
“AMAZONIENSE”, sendo impresso na oficina tipográfica do Partido Liberal. Não
durou muito tempo por conta dos altos e baixos da política na região (1883).
29 – As tropas “legais” com cerca de 200 homens sob o comando de Inácio
Egídio Gonçalves dos Santos que partiram de Juruti retomam a vila de Faro do
poder dos Cabanos. Os que não foram mortos pelos legalistas fugiram para os
matos (1836).
30 – O Presidente da Província do Pará encaminha ao
Tesouro Provincial o pedido de ajuda pecuniária feita pelo pároco de Almeirim
para que se fizesse reparos na Igreja Matriz que se encontrava bastante arruinada
e precisando de urgentes concertos (1860).
31 – Diversos
eleitores conservadores da paróquia de Santarém protestam contra a validade da
eleição acontecida no último dia 19 de outubro onde, segundo os ditos
eleitores, não constavam os votos dos mesmos registrados nas atas de apuração
da referida eleição (1883).
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