Ao professor José Bentes de Sousa

Nascido na Vila de Brasília Legal, nas margens do rio Tapajós (município de Aveiro), no dia 23 de junho de 1942, véspera da grande festa daquela vila, cujo padroeiro é São João Batista. O jovem José Bentes de Sousa começou a lecionar aos 16 anos de idade e se tornou querido como professor de muitos alunos do ensino médio e universitário e um grande estudioso das coisas da Amazônia.

Acróstico do Sairé

Por Sidney Canto

S alve!

A esperança, o confiar...

I ndígena, caboclo,

R eúne pra celebrar...

É alegria!

S alve!

A fé! O acreditar...

I ndígena, amazônico,

R eúne para bailar...

É festa!

S alve!

A caridade, o amor...

I ndígena, tapajônico,

R eúne com fulgor...

É vida!

Hoje de manhã ao visitar Alter do Chão fiz esta foto panorâmica que me inspirou o Acróstico acima. Para todos os leitores e leitoras o blog deseja uma abençoada festa do Sairé e um bom final de semana!

Procissão dos mastros do Sairé em 1987

Vista da abertura da procissão dos mastros na abertura da festividade do Sairé do ano de 1987. Antigamente era feita somente o levantamento de um único mastro. Neste ano, entretanto, já se registra a presença de dois mastros, um levantado pelas mulheres e outro pelos homens. Acervo ICBS.

A Praça de Alter do Chão no Sairé de 1987

Durante muitos anos, a festividade do Sairé ocorrida na Praça da Comunidade, construída em frente da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde. Nesta foto, de 1987, podemos ver as barraquinhas feitas em palha e a ornamentação da praça. Acervo ICBS.

Foliões e cortejo do Sairé em Alter do Chão

Marca registrada na procissão do arco simbólico do Sairé e a presença de foliões que, não somente empunham bandeiras em honra do Divino Espírito Santo, como também cantam músicas que lembram a devoção católica do qual nasceu o Sairé, como podemos ver nesta foto de 1987. Acervo ICBS.

Sobre a Colônia e o Colégio São José

Por Pe. Sidney Augusto Canto

Fundada em 1910, a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição logo adotou o carisma educacional, um campo em que a cidade de Santarém estava muito necessitada, principalmente no atendimento às crianças pobres e órfãs.

Contudo, com o crescimento do número de religiosas e também das crianças atendidas pelo "Orfanato Santa Clara", o Bispo Dom Amando Bahlmann, OFM e Madre Maria Imaculada de Jesus, decidiram partir para uma nova empreitada, conforme nos revela um cronista da época:

Eu vou para o Sairé...

Eu vou para o Sairé...

Para o encanto que espanta: Espanta cão, o cão espanta. Espanta tristeza, o desencanto, espanta e encanta...

Eu vou para o Sairé...

Para ver “Turiua”, a Alegria! Salve! Salve! A dança, a festa, o gingado alegre, da moça que dança a dança de fita...

Eu vou para o Sairé...

Sairé de Alter do Chão, da terra, do chão, do arco que passa e abençoa, em Alter, do Alto, à irmã e o irmão...

Eu vou para o Sairé...

Para a praia, para a serra “Piroca” (para outros “Pira-oca”), para a maloca, na praia, no lago, será a minha oca...

Eu vou para o Sairé...

Com “S” do Marambiré, do Lundu, do Cruzador Tupi, ou com o “Ç”, do boto, do show, de dançar até o amanhecer...

Eu vou para o Sairé...

Da moça bonita, morena encantadora, que refaz a lenda na realidade, e da mãe que acalenta o filho que nasce...

Eu vou para o Sairé...

E quem não vai não espanta o cão, não espanta a tristeza, não se encanta, não vive o amor, a alegria e a fé...

Eu vou, vou sim, eu vou para o Sairé!

Santarém, 15 de setembro de 2019.

Grupo Escolar de Santarém na década de 1930

Linhas originais do Grupo Escolar de Santarém em fotografia de fins da década de 1930. O prédio original, construído sobre as ruínas da antiga Fortaleza do Tapajós, já recebeu diversas reformas. Hoje o antigo Grupo Escolar é a Escola Frei Ambrósio.

Escola Paroquial São Francisco

Fotografia que mostra a construção de um dos pavilhões da Escola Paroquial São Francisco, obra que foi realizada na década de 1960 por iniciativa de Frei Vianney Miller, OFM.

Antigo Aeroporto de Santarém em foto de 1966

Vista do terminal de passageiros do antigo Aeroporto de Santarém em uma tarde nublada do ano de 1966. Acervo familiar de Hélcio Amaral.

Apreensões quando Santarém passou a ser Área de Segurança Nacional – 1969

Em qualquer parte onde possamos ir vamos encontrar como assunto obrigatório nos comentários o enquadramento de Santarém na faixa da Segurança Nacional e a criação do Território Federal do Tapajós, tendo a Pérola como sua capital, surgindo daí as opiniões mais desencontradas possíveis sobre os dois assuntos. Muitos até já sabem quem será o futuro Governador e o Prefeito nomeado para o Município. Outros apontam os dedos às instituições que terão suas atividades encerradas e seu pessoal e patrimônio transferido para outras áreas do Estado, e ainda outros que discutem sobre o adjetivo que designará os naturais do novo território.

O ferro para a construção de Curuá-Una – 1969

Pelo navio “Ponta d’Areia”, as Centrais Elétricas do Pará – CELPA, receberam uma grande partida de ferro que se destina às obras de implantação da Hidroelétrica de Curuá-Una, na Cachoeira do Palhão. O ferro que acaba de chegar será usado na construção da Casa de Força e da barragem para o aproveitamento do potencial hidráulico da cachoeira.

Sobre um craque santareno campeão paulista pelo Santos – 1969

Aproveitando a folga que o “Santos Futebol Clube” proporcionou aos seus atletas, o jovem craque santareno, “Campeão Paulista de 69”, Manoel Maria, veio à “Pérola do Tapajós” para abraçar seus pais e rever os amigos, gozando os últimos dias da quadra junina.

Proibição feita pelo juiz da Comarca – 1969

Digna de todos os encômios, sem dúvida alguma, é a medida que acaba de ser tomada pelo exmo. Sr. dr. Alvaro Elpídio Vieira Amazonas, meritíssimo Juiz de Direito de nossa comarca, com relação aos menores deste município. Estamos certos de que ela será acatada pelos pais, e posta em prática pela autoridade policial a quem cabe zelar pelo seu cumprimento, pois era, até certo ponto, deprimente ver-se o grande número de adolescentes que, uniformizados ou não, frequentavam as sessões de cinema, os salões de bilhares e de boites de baixa reputação que proliferam nos arredores da cidade. A medida veio a tempo e, de nossa parte, só podemos louvar a iniciativa corajosa do ilustre magistrado.

A “Festa da Cultura” em Santarém – 1969

Acontecimento ímpar na vida do nosso município, foi a “Festa da Cultura”, realizada na última semana do mês que passou. Mesmo levando em consideração a impropriedade do período de provas em que se encontravam todos os colégios, verificamos que foi um grande motivo para movimentar os estudantes, numa festa do congraçamento, onde o bom gosto andou de mãos dadas com a originalidade, demonstrando a capacidade de nossa juventude.

Programação da festa do Sairé no ano de 1979

A Comissão Organizadora da Festa do Sairé que será realizada de 21 a 24 do próximo mês de junho já elaborou o programa, que ficou assim distribuído:

Dia 21 – quinta-feira – às 16 horas: abertura com o Hino Nacional cantado em Tupi-Guarani, pelos alunos da Escola Dom Macedo Costa; às 16:30 horas – deslocamento do Sairé; às 17 horas – Levantamento do Mastro; às 18 horas – Visita às barracas de artesanato; às 20 horas – desfile dos Grupos Folclóricos, obedecendo a seguinte ordem: Quadrilha, Carimbo, Tipiti, Cruzador Tupi e Pássaro Sabiá.

O Sairé na visão de Abguar Bastos

O Sairé está praticamente desaparecido. Era composto de uma procissão dançada, que tinha por emblema um artefato de cipó, com três arcos superpostos apoiados numa haste horizontal. Uma outra vara sustentava o objeto, dividindo, em sentido vertical, os três arcos paralelos. Trazia uma cruz ao alto com duas outras laterais. O objeto era enfeitado de algodão e fitas, algumas vezes com um pequeno espelho. Não se tratava de um emblema estereotipado pois sofria pequenas modificações em sua estrutura, conforme as vilas ou povoados onde tais procissões se realizavam.

Carta sobre um antigo roubo em Alter do Chão em 1757

Cópia de uma carta do Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, pertencente ao Arquivo do Conselho Ultramarino de Lisboa, escrita em 28 de julho de 1857, tratando dos objetos e utensílios eclesiásticos que foram roubados por Bento Alvares Silva e seus companheiros da Igreja de Alter do Chão (antes Aldeia de Borary), endereçada ao Bispo do Pará para que dê providências sobre os objetos encontrados.

Santarém em fins da década de 1970

 Vista da cidade de Santarém, podendo ver parte da orla fluvial junto à avenida Adriano Pimentel, com seu casario típico, podendo-se ver a Escola Frei Ambrósio, a Casa de Saúde São Sebastião e o antigo Trapiche Municipal em fins da década de 1970.

Alter do Chão no início dos anos 1970

Vista da Vila de Alter do Chão no início da década de 1970, quando ainda apresentava a singeleza de um perfeito equilíbrio com a natureza em que estava incrustada.

Santarém 1976 – Praça da Matriz

Vista da igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição com a praça do seu entorno, incluindo outros dois prédios icônicos da cidade: a Garapeira Ypiranga e o Cinema Olímpia (o filme em cartaz era “O dia do Chacal”).

Santarém 1976 – Prédio do Fórum

Vista do prédio do Fórum de Santarém, recém-inaugurado pelo governador Aloysio da Costa Chaves, aqui apresentando as suas linhas originais.

Santarém 1976 – Praça do Pescador

Vista área de Santarém em 1976, podendo-se ver a Praça do Pescador, o Bar Mascote, o Solar do Barão de Santarém e parte do antigo Trapiche Municipal.

Escola Frei Othmar

Nestas duas fotografias podemos ver alunos da Escola Frei Othmar, em Santarém, durante um desfile da Semana da Pátria na década de 1970. Foto do acervo familiar da professora Benedita Pereira Brasil.

Escola Rodrigues dos Santos

Desfile dos alunos do Colégio Rodrigues dos Santos em fins da década de 1950, na Praça Barão de Santarém, com seu tradicional uniforme. Foto do acervo familiar de Antônio Pereira.

Escola Janelinha do Saber

Desfile de alunos da Escola Infantil Janelinha do Saber da professora Marlice Cunha, em Santarém, passando em frente da antiga Prefeitura Municipal em 1980. Foto do acervo familiar de Paulo Dias.

Missa Campal pela Independência em Belterra

Celebração de Missa Campal em comemoração pelo dia 07 de Setembro, realizada aos pés do antigo “Cruzeiro” da Praça Brasil em fins da década de 1960. Acervo ICBS.

Desfile da Independência em Belterra

Desfile de alunos escolares da Vila de Belterra na década de 1970 mostrando os produtos da agricultura e comércio local, dando ênfase para a produção de borracha. Acervo ICBS.

Representação da Inconfidência em Belterra

Como parte das comemorações cívicas de 07 de setembro, moradores da então Vila de Belterra fazem representação teatral da Inconfidência Mineira (em homenagem a Tiradentes) na Praça Brasil em idos da década de 1970. Acervo ICBS.

Sete notícias de outros meses de setembro...

1850 – O Ministro da Justiça do Império do Brasil nomeia, a 12 de setembro, o bacharel Felix Gomes do Rego, Juiz Municipal e de Órfãos dos termos reunidos de Óbidos e Faro.

1868 – O deputado provincial Marcos Antônio Rodrigues de Souza, na sessão da Assembleia Provincial de 22 de setembro, pede que o governo provincial destine a quantia de três contos de réis para que a Irmandade de Santa Ana, em Óbidos, possa concluir a construção do Cemitério daquela cidade, que servirá não somente ao enterramento dos membros da irmandade, como para a população em geral.

1871 – O Presidente da Província do Grão-Pará nomeia o bacharel Manoel José de Oliveira Miranda para exercer a função de Promotor Público da Comarca de Santarém.

1879 – O Presidente da Província do Grão-Pará, José Coelho da Gama e Abreu nomeia, a 11 de setembro, uma comissão formada pelo pároco monsenhor José Gregório Coelho, coronel João Severiano de Miranda e Antônio Joaquim Rodrigues dos Santos, incumbida de administrar os trabalhos de reforma da igreja matriz de Santarém, com inspeção técnica do engenheiro João Antônio Luiz Coelho.

1945 – Em vista dos conflitos existentes na cidade de Santarém quando da passagem do líder comunista Ivan Ribeiro, a polícia civil abre inquérito para apurar as responsabilidades dos atos violentos, atribuídos pelo correspondente do jornal “Estado do Pará” a “antigos e conhecidos elementos filiados à Ação Integralista Brasileira e estrangeiros de nacionalidade alemã, reconhecidamente nazistas”.

1948 – Para mandar confeccionar uniformes para os alunos pobres do Grupo Escolar de Santarém (atual Escola Frei Ambrósio – foto abaixo), os professores daquela instituição organizaram duas promoções para angariar recursos: uma sessão cinematográfica no Cinema Olímpia (em 20 de setembro) e uma festa dançante no Centro Recreativo (sábado, 25 de setembro).

1979 – No dia 04 de setembro tem início a construção do novo cais de arrimo na orla fluvial do município de Óbidos. No final do mesmo mês as obras foram vistoriadas pelo diretor regional do Departamento Nacional de Obras e Saneamento – DNOS, o senhor Nelson Chaves.