Paisagem da
cidade de Óbidos, como se apresentava a cidade para um viajante que a ela
chegasse, navegando pelo rio Amazonas, no ano de 1936.
quarta-feira, 25 de março de 2020
Orla fluvial de Óbidos na década de 1940
Trecho da orla
fluvial de Óbidos, como se apresentava a quem estivesse em uma embarcação atracada
no porto da cidade na década de 1940.
Um elogio aos vencedores da revolta de 1932
O Ministro da
Marinha, em nome do chefe do governo, elogiou nominalmente o capitão de fragata
Alberto Lemos Bastos, capitão de corveta Alfredo Miranda Rodrigues, capitães
tenentes Antonio Pojucan e Jeorge Ferreira Bondim, assim como os suboficiais,
inferiores e praças sob suas ordens, os quais comandaram e tripularam os navios
mercantes requisitados para o serviço militar e armados de metralhadoras,
atacando e pondo a pique dois navios mercantes armados com 4 canhões de 75,
tripulados pela guarnição revoltada de Óbidos, quando subiam o rio Amazonas, em
frente a Itacoatiara.
Sobre a batalha fluvial de 1924
Nas proximidades
do Forte de Óbidos, os revoltosos, armando em guerra o vapor fluvial “Cary”,
que conduzia perto de 400 homens, atiraram-se com verdadeira loucura contra os
destroyers “Sergipe” e “Mato Grosso”, que foram obrigados a repelir o ataque,
metendo o navio rebelde a pique com 5 disparos. Salvaram-se os revoltosos que
foi possível recolher a bordo.
A fortificação da Serra da Escama – 1907
O sr. marechal
Hermes da Fonseca, Ministro da Guerra, resolveu mandar preparar a Fortificação
de Óbidos, no Estado do Pará, designando o major Manoel Luiz de Mello Nunes,
para desempenhar essa comissão.
Para esse fim
foi contratada uma lancha automóvel.
A Fortificação
de Óbidos será dotada de dois canhões Krupps de 0m,15 e oito obuzeiros de
calibre 0m,28.
A um benemérito farmacêutico de Óbidos – 1927
Transcorreu
ontem (5 de março), a data natalícia do distinto tenente farmacêutico Benjamin
d’Acampora que, pelas suas elevadas qualidades de espírito e de coração é
justamente estimado no seio de nossa sociedade.
Esse ilustre
oficial, que embarcará talvez no primeiro vapor do Lloyd, para Manaus, leva
enorme folha de serviços prestados à nossa população, inclusive o de ter
evitado que a varíola se propagasse em Óbidos.
Sobre a Fortaleza de Óbidos em 1915
O grande
Amazonas, o cuidado de fortificação do seu mais estreito passo – Óbidos, e que
no passado regimen, apesar de defendido, não obstou que dois pequenos vapores
peruanos zombassem dos nossos canhões, permanece, por incúria da República, no
mesmo lamentável estado de perfeita carência de defesa.
A fortaleza de Óbidos,
que Mallet sonhou tornar uma obra de real valor, nada vale atualmente e não serão
os seus antiquados e mal localizados canhões que barrarão a entrada do grande
rio.
A situação do Batalhão de Óbidos – 1913
Para
satisfazer-se interesses da oligarquia dos Lemos, o 4º Batalhão de Artilharia,
que estacionava em Belém, foi transferido para Óbidos, onde não há um quartel
habitável, mas um velho forte em ruínas, sem acomodações.
Esse batalhão
devia ter a seguinte oficialidade: um coronel, um major, três capitães, dois
primeiros tenentes, quatro segundos tenentes, um médico e um farmacêutico: isso,
no mínimo.
Sobre Epidemias em Santarém (parte final)
Por Sidney
Augusto Canto
Em 1850 uma
grande epidemia de febre amarela se manifestou em Belém. Sabedores das notícias
vindas da capital, o povo se voltou para a fé no santo padroeiro católico
contra as pestes: São Sebastião, bem como aos tiros dados pelos canhões. De
algum modo, talvez pela falta do vetor da doença (o mosquito Aedes Aegypti), a
doença não chegou à Santarém e a cidade se viu agradecida a São Sebastião, sem,
contudo, lhe construir a Capela prometida.
Depois de
terminada a epidemia de cólera, a febre amarela chegou entre os santarenos,
manifestando-se com frequência nos anos seguintes. Em 1860, entretanto, a
doença se manifestou de tal sorte que flagelou a muitas pessoas na cidade. Em
seu relatório de 15 de agosto de 1860, o presidente da Província, Angelo Thomaz
do Amaral, assim se manifesta sobre a epidemia:
terça-feira, 24 de março de 2020
Sobre Epidemias em Santarém (parte 02)
Por Sidney Augusto
Canto
O século XIX não
foi um século de muitas melhorias na saúde pública. Epidemias de doenças como a
varíola, cólera e febre amarela, malária, lepra, etc. continuavam assolando o
Grão-Pará, incluindo a cidade de Santarém.
A varíola,
também conhecida popularmente como bexiga, causada por um vírus, foi
responsável pela mortandade de grande número de pessoas na Amazônia. Diz Arthur
Vianna (foto abaixo) que no início da Cabanagem (1835), uma epidemia de varíola
grassou na Capital e no interior da Província deixando-a reduzida a uma
situação muito precária.
Sobre Epidemias em Santarém (parte 01)
Por Sidney Augusto
Canto
Nestes dias de
quarentena, por conta do “corona vírus”, aproveito para fazer um breve relato
de algumas coisas do passado que, muitas vezes, deixamos de aprender, fazendo
com que a histeria dê lugar à prevenção, e que nossos governos deixem de
investir na saúde e na educação para tratar apenas da economia, deixando a
própria economia à mercê das constantes epidemias que nos afetam.
Magalhães Barata e uma história de Monte Alegre
Disse-nos
inicialmente o Cel. Barata:
“Minha principal
preocupação é dificultar a permanência de colonos nas cidades, extinção da
continuação do latifúndio, sendo o Pará e o Amazonas os únicos Estados que
podem se orgulhar por serem os únicos onde não existe o trabalho rural de “meias”
(termo caboclo). Por isso, não vemos, paraenses e amazonenses, a não ser da
classe média, pelo Sul. Os paupérrimos ou lavradores são persuadidos a não deixarem
a terra. O Instituto Agronômico do Norte, tendo à frente o sr. Felisberto
Camargo, infelizmente não tem podido fazer muito porque a ignorância ainda não
foi vencida. Narremos aqui uma história absolutamente verídica passada em Monte
Alegre, no Pará:
segunda-feira, 23 de março de 2020
Momento Poético: Carta
Por Rui
Guilherme Barata
Chico, não é o poema que me traz aqui
neste momento.
Não é o poema, Chico, é este cansaço,
este medo de ter tantos caminhos,
Tantos e tão poucos satisfazem.
Não é o poema, Chico, é este desejo de
contigo sair por estas velhas ruas,
Velhas ruas onde há muito envelhecemos,
Porque – sabes, Chico? – vazio é o nosso
olhar de todas as promessas
E nossas almas teem para mais de mil e
tantos anos.
Vamos, Chico, não me negues a graça da
presença.
Se eu te pedir a lua, por favor, vai
correndo buscar,
Se eu te pedir a estrela, manda a
empregada comprar,
Se eu desejar a morte. – Por que me
fazer esperar?
Algumas descobertas da Missão Rondon – 1929
O general
Rondon, presentemente em Óbidos, transmitiu ao sr. Mário Mello, no Recife, o
seguinte Radio-telegrama:
“Descobrimos e identificamos a única linha
das fronteiras que se mantinha desconhecida e ignorada no Brasil e dos
brasileiros. Pelo caminho que trilhamos encontramos vestígios arqueológicos de
povos primitivos, que foram deixando nas pedras e nos lajedos das cachoeiras
gravuras esculpidas em granito, a golpes de pedra sobre pedra.
O embargo das sementes para Fordlândia
O governo do
Estado [do Amazonas], sob o fundamento de que a lei proíbe a exportação de
sementes de seringueira, negou licença para a saída do território amazonense de
grande quantidade daquelas sementes, destinadas às plantações do sr. Henry
Ford, no Tapajós.
A primeira
partida embargada pelo fisco estadual consiste em 14 caixas de sementes e 10
amarrados e mudas de hevea.
Igreja Matriz de Santo Antônio de Alenquer
Vista da Igreja
Matriz de Santo Antônio, da cidade de Alenquer como se apresentava ao olhar
nesta fotografia do início da década de 1950.
Busto do fundador de Itaituba
Busto em
homenagem ao tenente coronel Joaquim Caetano Corrêa, considerado fundador de
Itaituba. Foto publicada no Álbum do Pará em 1939.
Grupo Escolar de Oriximiná
Imagem do Grupo
Escolar, principal escola de Oriximiná no início do século XX. Foto publicada
no Álbum do Pará em 1939.
Grupo Escolar de Monte Alegre
Assim se
apresentava o antigo Grupo Escolar da cidade de Monte Alegre na década de 1930.
Foto publicada no Álbum do Pará em 1939.
Notícias da Câmara Municipal de Vila Franca – 1868
Tendo me esta
Camara representado sobre o estado de ruina da velha Igreja que servia de
Matriz, e a necessidade de concluir-se as obras da que está projectada,
autorisei a repartição de Obras Publicas a mandar examinar o estado d’essa
obra, e apresentar o respectivo orçamento para a conclusão da dita Igreja.
Tendo-se
suscitado um conflicto entre as Camaras de Villa Franca e Obidos, sobre os seus
respectivos limites do Lago Grande, declarei-lhes que competia á cada uma d’ellas
uma margem do referido lago, sendo que a direita pertence á Villa Franca, e a
esquerda á Obidos, á qual pertencem conseguintemente os lugares Preguiça e
Marimary, situados na ilha que tambem lhe pertence.
Notícias da Câmara Municipal de Alenquer – 1868
Segundo consta
da representação feita pela Camara Municipal dessa villa, é de indeclinavel necessidade
autorisar-se:
1.º Conclusão
das obras da matriz, paralisadas ha mais de dous annos, com o risco de
estragar-se a parte já feita.
2.º Construcção
de uma cadeia, assim como de uma capella no cemiterio.
A falta de uma
linha de vapores que toque pelo menos uma vez, no porto, dessa villa, é urna
necessidade por demais palpitante, e que já foi reconhecida pela Assembléa
Provincial do anno passado, a qual autorisou-me a contractar essa linha, mas
não fixou para esse fim subvenção sufficiente.
Notícias do Forte de Santarém em 1868
Nesta Cidade se
acha o capitão de engenheiros Luiz Antonio de Souza Pitanga encarregado de
dirigir a construcção da fortificação que ali mandou o Governo Imperial
edificar.
Estão em
andamento regular as obras dessa fortificação existindo, já realizada boa parte
de alvenaria e algum trabalho de aterro e nivelamento.
Tem-se gasto com
as obras dessa fortificação 11:273$120 réis.
Notícias do Forte de Óbidos em 1868
Tem-se feito n’esse
Forte algumas obras, como concluir a platafórma no alto da colina, tendo sido
preciso empregar tijolo por não haver cantaria, reparar o emboço e reboco de
todo o parapeito. Fechou-se o Forte com duas cortinas de Leste e Oeste,
comportando banquetas na parte interior para defeza d’ellas, a do lado d’Oeste
tem extensão menor á que devia ter, para não embaraçar o transito.
Além da
substituição de maior diametro nas seis carretas de marinha, foi preciso
alterar o restante das mesmas.
domingo, 22 de março de 2020
Sobre as Alfandegas de Cametá e Santarém – 1868
Como complemento
da livre navegação do Amazonas e seus principaes affluentes, baixou o Decreto
nº. 3920 de 31 de Julho de 1867, creando alfandegas nas Cidades de Cametá,
Santarém, Manáos, São Paulo de Olivença, e Borba, e sendo-me recommendado pelo
Ministerio da Fazenda em Aviso de 14 de Janeiro do corrente anno, que
procedesse, em execução ao mesmo Decreto, á nomeação provisoria dos empregados
que tinhão de compor o pessoal das duas alfandegas criadas nesta Provincia e desse
providencias no sentido de serem logo creadas effectivamente essas duas
alfandegas, expedi em data de 5 de Março ultimo as seguintes instrucções para
essas alfandegas, e nomeei no dia seguinte os respectivos empregados que
constão do quadro annexo sob nº. 17.
sábado, 21 de março de 2020
Ataques indígenas na região – 1877
Os índios que
assaltaram os mocambos do rio Curuá, e mataram grande número de quilombolas,
passaram, em seu regresso às campinas, no dia 27 de novembro pelo sítio Coruçá,
de propriedade do sr. capitão Paulo José Lopes Christo, no rio Cupary, distrito
de Aveiros.
Pressentidos
pelos moradores do sítio e acossados pelos seus cães, internaram-se nas matas e
desapareceram, sem causarem os estragos e devastações que assinalam sua passagem.
A morte do agente consular português em Santarém – 1876
Na cidade de
Santarém faleceu o negociante português José Francisco Ferreira que por muito
tempo exerceu o lugar de agente consular de Portugal.
De 78 anos que
contava 50 tinham se passado no Brasil.
Deixou livres 40
escravos e legou-lhes ainda o usufruto de um sítio, terras e plantações em
Ituqui. Deixou também doze contos de réis a uma irmã que tem em Portugal e
valiosos legados a estabelecimentos pios daquele reino, e à Casa de
Misericórdia e Colégio do Amparo da capital da Província em que faleceu.
Notícia sobre a Comarca de Óbidos – 1868
Criada pela lei
provincial n. º 520 de 23 de Setembro de 1867, foi ella por Decreto n.° 4047 de
21 de Dezembro do mesmo anno declarada de 2ª. entrancia pelo Governo Imperial,
que para ali removeo o Juiz de Direito da de Parentins, o Doutor Marcos Antonio
Rodrigues de Souza, que tomou posse a 16 de Fevereiro do corrente anno.
O Decreto 4048
marcou 800$000 réis de ordenado ao Promotor publico de Obidos.
Notícias de Monte Alegre – 1872
As necessidades
mais urgentes d'esse municipio e para as quaes a respectiva camara pede providencias,
são:
1ª. Calçamento
da estrada que parte d'aquella villa para o porto da mesma.
2ª. Construcção
de urna ponte sobre o rio Ereré.
Inauguração de monumento em Arapixuna
Para comemorar o
centenário de inauguração da Igreja Matriz de Santa Ana, na Vila de Arapixuna,
em Santarém, um monumento foi erigido na praça ao lado da referida matriz,
sendo inaugurada por Dom Tiago Ryan, no ano de 1980.
Imagens da BR 163 na primeira metade da década de 1970
No início da década
de 1970, foi confiada aos engenheiros militares a realização da tão esperada
obra da estrada que ligaria as cidades de Cuiabá, no Mato Grosso até Santarém,
no Pará. Um projeto que estava previsto desde o Império, pode ser visto em
algumas imagens da década de 1970 nesta página.
Relação de lideranças cabanas do Baixo Amazonas presas na corveta “Defensora”.
Abaixo
transcrevemos um quadro dos cabanos do Baixo Amazonas que foram presos a bordo da
corveta “Defensora”, conforme livro de registro da citada corveta, aberto em
janeiro de 1840, que hoje faz parte do acervo do Arquivo Público do Estado do Pará.
Interessante que, além de paraenses, há nos registros inclusive pessoas de
outras Províncias do Império e até mesmo estrangeiros e, ao contrário do que
comumente se pensa, muitos brancos, além de indígenas e negros.
sexta-feira, 20 de março de 2020
Inauguração do Posto Lira
Imagens da
inauguração do Posto Lira, na década de 1970. Localizado no cruzamento da avenida
Mendonça Furtado com a avenida Santarém-Cuiabá. Fotografias cedidas ao blog
pela senhora Neide Lira.
Escola São Francisco na década de 1960
Dom Floriano em visita ao Santa Clara
Registro de uma
visita do Bispo da Prelazia de Santarém, Dom Floriano Loewenau, ao Colégio
Santa Clara, em Santarém, na década de 1950. Foto cedida ao blog pela
professora “Ida” Marinho.
Notícias de Monte Alegre – 1871
Igreja de Monte
Alegre. Continnão em andamento as respectivas obras, tendo-se obrigado ao
arrematante a demolir as torres, por não terem sido feitas de conformidade com
o respectivo plano.
(...)
As necessidades
mais urgentes d'esse município, segundo representa a respectiva camara, são:
Notícias da Câmara Municipal de Santarém – 1871
A carnara, municipal
de Santarém pede augmento de suas rendas, e n'este sentido enviou-me uma proposta
que vos será apresentada.
Julgo de
conveniencia o que ella propõe; porque sendo o municipio de Santarém de alguma importancia,
as rendas da calmara devem ser um pouco mais avultadas para que possa acudir ás
suas necessidades.
Sobre a Igreja Matriz de Alenquer – 1871
Já teve lugar o
recebimento provisorio desta igreja, e nessa occasião foi reconhecida a
necessidade de se mandar fazer coberturas sobre as escadas dos pulpitos, para
os quaes se faz a entrada por fóra da igreja, e estão por isso sujeitas a
infiltração das aguas da chuva.
Sobre a Colônia de Imigrantes em Santarém – 1871
Da colonia
norte-americana, estabelecida nas proximidades de Santarém sob a direcção do
finado major Hastings, e para a qual o governo imperial, além da concessão de
60 leguas quadradas de terras, concorreu com avultadas quantias restão poucas
familias que, segundo parece, eram a flôr dos immigrantes. Os mais retiraram-se
para o seu paiz, não tendo permanecido na colonia senão em quanto acharam quem
os sustentasse.
terça-feira, 10 de março de 2020
A indústria da balata no Pará em 1927
A extração da
balata até então embrionária no Estado, acaba de ter um impulso animador,
graças à iniciativa do dr. Dionísio Bentes, que tem o intuito de proteger e
incentivar essa indústria.
Sua excelência reduziu
os seus impostos de 15 para 5 %. Desse modo, a exportação do ano passado
atingiu apenas 32.000 quilos; já no semestre último, porém, alcançou cerca de
200.000, havendo fundadas esperanças de ser maior a colheita no próximo ano,
pois o Estado do Pará possui imensos balataes inexplorados, alguns de bastante
vulto, tirante os que foram agora descobertos nos municípios de Óbidos e
Santarém.
NOTA: Publicado
na Revista Braz Cubas de 30 de julho de 1927.
Sobre a Missão entre os Mundurucús no rio Tapajós – 1873
Cerca de 300 e
tantas milhas distantes da Cidade de Santarém e cento e tantas da villa de
Itaituba, está situado a margem direita do Tapajós o aldeamento do Bacabal,
onde já se achão reunidos mais de 700 indios da tribu Mundurucús, que começam a
sujeitar-se á disciplina da civilisação. Aldeados estes indios, que são o
terror e espanto dos demais, se tornará menos difficil o aldeamento das outras
tribus que numerosas vagueião errantes sem domicilio certo.
Um antigo piquenique nas margens do Tapajós – 1906
Registro de
algumas das autoridades da cidade de Santarém em uma fotografia publicada em
1906 na Revista “O Malho”, logo após a realização de um piquenique nas margens
do rio Tapajós, em frente da cidade. Acervo da Biblioteca Nacional.
Empregados do Comércio Santareno – 1908
Alguns dos
funcionários do Comércio da cidade de Santarém, em um registro fotográfico
publicado na Revista “O Malho” no ano de 1908. Entre os retratados, está o “sub-agente”
da Revista, senhor Antônio Mendes. Acervo da Biblioteca Nacional.
Uma partitura musical – 1920
Partitura da
música “Jeca Tatu”, um maxixe composto pelo maestro José Agostinho da Fonseca,
publicada nas páginas da Revista “O Malho” de 31 de janeiro de 1920. Acervo da Biblioteca Nacional.
segunda-feira, 9 de março de 2020
Notícias da Câmara Municipal de Santarém – 1873
Solicita esta
Camara, que a autoriseis para construir n'aquella cidade á custa de seus
cofres, um hospital onde sejam recolhidos e tratados os indigentes
accommettidos das febres intermittentes que em certas epochas de todos os annos
flagellam a população; e pede augmento para diferentes verbas tanto da receita como
da despeza do respectivo orçamento inclusive a de trezentos mil reis aos
vencimentos annuaes do amanuense da sua secretaria.
Notícias da Câmara Municipal de Alenquer – 1873
Apresenta esta
camara como primeiras necessidades do seu município a construcção de uma cadêa e
da capella do cemiterio para o que vos pede a auxilieis pelos cofres provinciaes.
Pede tambem que seja provida de alfaias e paramentos a Igreja Matriz, que em
bem da administração da justiça e em vista do incremento da população seja
creado um 2.° districto de paz desmembrado do 1.°, e elevado o municipio á
cathegoria do termo judiciario, e finalmente que se proceda a uma nova divizão
dos limites do districto da villa com os de Santarem e Obidos pela forma indicada
no seu relatorio, ficando assim revogada a lei provincial n. 636 de 19 de
outubro de 1870.
Notícias da Câmara de Vila Franca – 1873
Villa Franca.
Solicita um auxilio de 1:000$000 reis para applicar ao pagamento de suas
dividas demonstradas no respectivo orçamento, e á compra de uma mobilia para a
casa de suas sessões. Pede tambem que por conta dos cofres do thesouro decreteis a edificação de uma casa para camara e cadêa da Villa, attendendo á pobreza
do seu municipio que não tem rendimentos com que possa levar a effeito taes
obras.
Notícias da Câmara Municipal de Faro – 1873
Pede a Camara
Municipal d'esta villa lhe concedais um auxilio para concertar a Igreja Matriz
muito arruinada, que seja elevada a 2:000$000 a verba para reparos da casa da camara
e cadêa, e augmentadas algumas de suas rendas especiaes, conforme indica no
respectivo orçamento.
Notícias da Cadeia de Santarém – 1873
A [Cadeia] de
Santarem funcciona tambem no mesmo edificio do paço municipal, mandado
construir pela provincia e concluido em março de 1864: a parte occupada pela
cadeia consta de cinco salas espaçosas, limpas e bem arejadas, todas as portas
e janellas estão guarnecidas de grade de ferro, que foram collocadas em 1869, e
tem todas as condições de commodidade e salubridade para os presos.
Notícia da Cadeia de Óbidos – 1873
Na cidade de Obidos
tambem ha uma cadeia que funcciona no mesmo edificio do paço municipal, mas
apenas tem duas salas, uma das quaes serve para prisão dos homens e outra muito
pequena para mulheres: de tal modo que não é possivel estabelecer-se a
separação e classificação recommendada na lei.
Notícias da Câmara Municipal de Santarém – 1881
Apresenta esta camara,
como de urgente necessidade, concertos no alpendre do paço municipal, caiação e
pintura do mesmo, reparos no curro publico, continuação da rua dos Mercadores
na parte em que está interceptada pelo morro do Castello, até communical-a com a
Praça Municipal.
Foi autorisada
esta camara por officio de 24 de novembro do anno ultimo, a adoptar em seu
municipio, na parte em que fosse exequivel, o codigo de posturas da camara
municipal da capital, até que por esta assembléa fosse approvado o codigo por
ella organisado.
Notícias da Câmara Municipal de Prainha – 1881
Creado o
municipio em virtude da lei n. 941 de 14 de agosto de 1879, teve lugar a sua installação
no dia 7 de janeiro do corrente anno.
Pede esta camara
a approvação de seu codigo de posturas e que sejam marcados novos limites para seu
município.
Informação sobre o Forte de Óbidos – 1881
Os reparos e
concertos d'este forte foram orçados pelo antecessor do referido Capitão em
7:398$117 réis.
Approvado pelo
governo este orçamento, ordenei a execução das obras administrativamente,
encarregando ao mesmo engenheiro da sua execução.
Pelos exames á
que procedeu verificou poder modificar o orçamento, sem prejudicar a solidez
das obras, do que resultou um saldo a favor dos cofres publicos, de réis
3:566$449, que foi recolhido á tesouraria de fazenda.
sábado, 7 de março de 2020
Notícia do falecimento de Dom Amando
No dia 05 de março de 1939, Dom Amando
Bahlmann, Bispo Prelado de Santarém, faleceu na Itália, quando se dirigia para
a visita “Ad Limina”, em Roma. Abaixo publicamos a notícia de seu falecimento
publicado no Jornal A Cruz, de 12 de março de 1939.
Dom Amando e o caso dos indígenas do Amapá
Um protesto de Dom Amando Bahlmann para
um padre francês, noticiado na coluna do jornal Diário de Notícias de 08 de
agosto de 1930, sobre a liberdade de escolha de cidadania dos indígenas, acima
publicado. Naquela época, o atual Estado do Amapá fazia parte da então Prelazia
de Santarém.
O Bispo de Santarém e o Presidente dos Estados Unidos
Acima publicamos a notícia, publicada
no Jornal O Paiz de 16 de novembro de 1922, sobre a visita de Dom Amando
Bahlmann, Bispo Prelado de Santarém, ao Presidente dos Estados Unidos da
América, Warren G. Harding.
sexta-feira, 6 de março de 2020
Notícia sobre a Cadeia de Santarém – 1881
Foram orçadas as
obras desta cadeia em réis 1:987$753, e acham-se em arrematação.
N'estas obras do
interior ha grande difficuldade em achar arrematante para pequenas obras, e é
tambem claro que não é possivel distrahir para cada uma um engenheiro, pelo que
a administração é obrigada a lançar mão de commissões, que d'isso se queiram
encarregar.
terça-feira, 3 de março de 2020
Sobre a Igreja Matriz de Monte Alegre (Parte 03 - Final)
Por Pe. Sidney
Augusto Canto
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