Em 1924, a pedido do
intendente de Óbidos, o Ministro da Guerra da nação, autorizou a demolição do
Forte Pauxis. Segundo o prefeito, o motivo era o de embelezar a cidade de
Óbidos. Houve, entretanto, forte reação à ideia do prefeito, inclusive na
capital federal (Rio de Janeiro), conforme se pode ler em um trecho do jornal
“Beira-Mar” de 04 de maio daquele ano. O protesto foi eficaz, o Ministro da
Guerra voltou atrás de sua decisão e o Forte Pauxis manteve-se de pé. Eis a
notícia:
“Será por inimizade às tradições do nosso
curto passado que o prefeito obidense investe numa fúria devastadora contra a
prisca praça que resistiu até hoje, guapamente, aos assaltos das intempéries, como
nos dias de epopeia, às flechas dos silvícolas? Por que desmoronar essa
impassível testemunha do progresso, do apogeu, da decadência da Amazônia, e que
viu passar, rio acima, com a surpresa nos corações, os cientistas maravilhados
e os aventureiros do ouro negro; as caravelas, as pirogas dos flecheiros e os
transatlânticos colossais? Será por falta de terras para o prolongamento da
cidade? Nunca!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário