Por Flávio
Tapajós
À alguém, deusa e mulher,
que me ressurgiu para a
Vida e para o Amor...
Vi-te! E
minh’alma, qual fora um astro sobredoirando meu Padecer, de flores rubras de
Amor e Sonhos encheu-se toda, floriu, vibrou!
Vi-te! E um
perfume raro, esquisito – sândalo ou mysrha – não sei dizer, inebriou-me,
sugestionou-me e ébrio deixou-me de gozos bons.
Vi-te! E
adorei-te! Vi-te! E prendi-me nas áureas tramas d’uma Afeição! Foste a centelha
viva, escarlata desta Ventura que adivinhei!
Foste o Consolo
da Vida Triste! Foste o Conforto d’um pária e ateu! Foste a Esperança no
Desespero! Foste a Fé viva que me salvou!
E como te amo,
divina Essência do Amor que ensalma todo o meu Ser! E como aspiro ver-te
endeusada no doce Afeto que me prendeu!
Teu lindo nome
que bem reflete toda a doçura de estranho mel, é um salmo sacro que vou
relendo, cheio de Crença, cheio de Amor!
Salve! Rainha,
Vida e Doçura, minha Esperança, meu grande Amor! Creio em teus olhos, plenos de
Mágoa! Creio em teu riso pleno de Luz!
Creio na Vida
que me prometes! Creio, sim, creio que sou Feliz! Creio que és minha! Creio que
és minha! Creio, sim, creio na Redenção!
NOTA: Poesia
escrita por Felisbelo Jaguar Sussuarana, publicada com este pseudônimo no ano
de 1928.
Nenhum comentário:
Postar um comentário