Felisbelo Jaguar Sussuarana
Esta mangueira outr’ora tão
copada,
Abrigo muita vez do caminheiro,
É morta agora, e triste, e
abandonada...
– Mudo fantasma em meio do terreiro!
Era formoso vê-la! A passarada,
Desde o nascer de Apolo
alvissareiro
Ao seu final tristonho, uma
balada
Cantava na mangueira em tom
fagueiro!
O vento transformou-lhe o belo
porte...
As aves dela fogem qual da
morte,
Não a procura o caminheiro mais!
Sorte igual tem a gente: na
ventura,
Amigos há de mais, na
desventura,
Todos nos fogem – só nos resta
ais...
NOTA: Poesia escrita usando o
pseudônimo “Flávio Tapajós”.
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