domingo, 10 de novembro de 2019

Sucessão Municipal em Santarém


O Prefeito de Santarém, pode-se afirmar, é uma autoridade esvaziada. Primeiro, sua condição de nomeado, portanto, dependente pela confiança do governador do Estado. Segundo, por um dever de lealdade, chega mesmo a esquecer os princípios da autonomia administrativa, transformando-se de prefeito em mero secretário extraordinário para assuntos de Santarém.

Fala-se agora que o futuro Governo do Estado (executivo) pretende descentralizar várias secretarias para operar em Santarém. Essa provável descentralização não virá a criar um maior esvaziamento da autoridade Municipal? Ou haverá uma tendência de substituir em definitivo a figura do prefeito consagrada na Constituição? Questões da maior importância que devem ser repassadas em pensadas pelas autoridades responsáveis.
De 1973 a 1979 Santarém já teve nada menos do que cinco prefeitos, dando média um ano de administração para cada gestor. Seria ótimo que a Administração Municipal fosse um sistema que funcionaria, independente de quem estivesse na chefia. Isso, entretanto, não ocorre. Muito pelo contrário, tudo fica na dependência da chefia que assume.

NOTA: Publicado no Jornal do Baixo Amazonas de 20 de janeiro de 1979.

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