Mau grado a
torrencial chuva que desabou na cidade, na manhã do dia 23 do corrente,
prejudicando sensivelmente o brilho das homenagens dos Marianos à sua Excelsa
Mãe Maria Santíssima, realizou-se a festa da “Congregação Mariana dos Moços”,
de conformidade com o programa anunciado.
Em virtude da
inundação das ruas da cidade, foi impossível fazer-se o desfile do Colégio São
Francisco à Matriz, dirigindo-se de suas residências para a Igreja os marianos
que moram mais próximo do Templo Católico.
Cerca de 150
marianos compareceram para assistirem a Santa Missa, que teve início às 9h da
manhã, depois da admissão de candidatos e consagração de novos marianos.
Cantaram a
Missa, acompanhada à grande instrumental, os marianos do Corpo de Cantores da
Congregação, recebendo a Santa Comunhão, por essa ocasião, todos os Marianos
presentes. Terminada esta, já às 10,30 horas, dirigiram-se os Marianos
incorporados, até o Colégio de Santa Clara, onde sorveram o esperado chocolate.
À tarde realizou-se a sessão solene, com a comparência de sua Revma. Dom
Amando; Dr. Borges Leal, prefeito municipal; Dr. Climério Mendonça, D. Juiz de
Direito desta Comarca, e muitos marianos e diversas pessoas gradas.
Iniciando-a, usou da palavra o Diretor atual da Congregação Mariana, Frei Pio,
que dá a presidência à sua Revma. Dom Amando. Aberta a sessão, o presidente
empossa a nova diretoria da Congregação, que regerá o seu destino no período de
1937-38. Pelo Secretário é lida a ata da sessão anterior. Toma a palavra o
presidente da Congregação, Osman Bentes de Souza, que profere brilhante oração.
Usaram da palavra os oradores da Congregação – Adamor Macedo e Jorge Sarmento.
Depois de cantado o hino dos Marianos, Frei Pio convida as autoridades e os
Marianos a irem até a Praça da Matriz, a fim de ser batida uma chapa
fotográfica do grande dia.
À noite,
depois da admissão de candidatos e consagração de novos marianos que não
puderam comparecer pela manhã, foi cantada pelos marianos a Ladainha,
acompanhada à grande orquestra.
A
ornamentação, como nos demais anos, graças aos esforços de Osman Bentes e
comissão encarregada, esteve magnifica, despertando admiração geral dos que
tiveram a ventura de penetrar na Igreja Matriz nessa noite. Ao terminar a
Ladainha, a “Philarmonica Santa Cruz” executou, no Coreto Central da Praça
Monsenhor José Gregório, várias partituras de seu repertório.
NOTA:
Publicado no Jornal O Mariano de 30 de maio de 1937.
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