Por entre o
inebriante perfume das ervas e raízes passou o São João de 1933, deixando um
rastilho de saudades e criando uma legião de esperanças!
Os banhos da
felicidade que eram o “pivor” da alegre temporada dos bichos e bumbás, vão como
estes, perdendo a influência, com tendências a desaparecerem.
Poucas pessoas,
presas ainda às tradições da época, ficaram ranzinzas, e assim encontramos
cheirando a patixouli [sic], cipó-catinga e japana, o nosso amigo Manduca do
CORREIO, Octavio da PALMEIRINHA, Moraes da CHAVE DE OURO, Bebé Bezerra da
POLÍCIA, Zé Antônio e seu sócio Chiquinho Frazão, Toscano do JAZZ, o Bello da
PAPELARIA (este então passou o banho na fogueira, disque pra tirar o azar no
31), Tonico também do JAZZ e o Zé Agostinho.
As fogueiras
felizmente estiveram dando uma ideia das antigas homenagens a São João. Os compadrescos
e parentela (como diz o amigo Reça) estiveram animados. O Sabazinho, Diniz,
Vinoco e Topázio apadrinharam o CAURÉ, único bicho que teve topete para
aparecer em campo e um boizinho que teve por padrinho o Héro e Augusto Lopes.
Felizmente ficou
quase limpo o campo dos sucots [sic], pois a garotada e mesmo gente barbada,
trouxe de lá montes respeitáveis para as fogueiras.
A sorte do ovo
no copo, feita pelo Manduca do Correio, diz que ele casará no ano vindouro, se
o Governo mandar mudar a repartição dos Correios e Telégrafos daquele pardieiro
imundo que ameaça ruínas.
O Manduca e
telegrafistas que se munam de salva-vidas, paraquedas, para quando o prédio for
caindo, salvarem-se pelo ar... Quanto ao Sunders, Rosas e Borges, a sorte disse
que continuarão todos num mar de rosas...
NHUNES.
NOTA: Publicado
no Jornal de Santarém de 01 de julho de 1933.
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