O registro
fotográfico mostra o então prefeito de Santarém, Everaldo Martins, pronunciando
seu primeiro discurso pelo microfone da Rádio Rural de Santarém, quando da
inauguração da emissora. Presentes na foto: Dom Tiago Ryan, Prelado de
Santarém, Dom Alberto Ramos, Arcebispo de Belém, Dom João de Souza Lima,
Arcebispo de Manaus. Além dos bispos, se faziam presentes (vistos parcialmente)
Osmar Simões e Antônio Pereira, que faziam parte do corpo técnico da Rádio
Rural.
sexta-feira, 28 de abril de 2017
Uma vista do Porto de Santarém em 1962
Vista do Porto
de Santarém (antigo Trapiche) no verão de 1962. Mantive a legenda original da
foto por conta dos detalhes descritivos. O Trapiche deu lugar ao novo porto na
década seguinte, entrando em ruínas. Em seu lugar foi construído um novo
trapiche que hoje serve também como ponto turístico do município.
Artigo: Santarém e seus primórdios musicais (parte 02)
Por Pe. Sidney
Augusto Canto
Com a vinda
dos povos africanos, a música regional ganhou um toque mais lúdico do que
religioso. O Século XIX viu nascer, por influência da cultura africana, os
folguedos, como as danças de boi-bumbá e cordões de pássaros. Duas datas eram
importantes momentos de realização dos folguedos: Natal e Festas Juninas
(principalmente as de São João). Uma das principais contribuições, sem dúvida,
é o folguedo de Boi-Bumbá (vede neste livro um texto sobre esse assunto).
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Trecho do cais de arrimo de Santarém em 1965
Outro trecho
do cais de arrimo mandado construir pelo prefeito Everaldo Martins em
fotografia de 1965, compreendendo a vista que se tinha de frente da Praça Barão
de Santarém em direção à Rua do Imperador, no bairro da Prainha.
Uma portaria da Polícia Civil sobre a Fazenda Taperinha – 1931
Tendo o sr.
dr. Godofredo Hagmann comparecido a esta Delegacia a fim de solicitar
providências sobre a invasão feita pelos moradores do Ituqui, vizinhos ao lugar
“Taperinha” de sua propriedade e cujos os limites são os seguintes: do lado de
cima com o igarapé Pauapixuna até o igarapé dos Patos, onde faz limite com os
terrenos do sr. Coronel Rodrigues dos Santos e, do lado da várzea, correndo do
igarapé Cavado até o igarapé Arrozal, inclusive, menos uma posse loga abaixo do
igarapé Tachytuba, pertencente aos herdeiros de Manoel Frutuoso Pereira, sendo
incluídos os campos do rio Ayaya; determino ao sr. Comissário de Polícia do rio
Ituqui e aos seus agentes que façam cessar de uma vez para sempre essa prática
abusiva.
A Associação Comercial de Santarém e a questão do transporte na Amazônia – 1947
A Associação Comercial de Santarém avisa aos seus
associados que tem envidado os maiores esforços para a normalização dos
transportes na Amazônia, conforme poderá ser constatado nos telegramas abaixo:
Memória da Propaganda: Futebol entre Monte Alegre e Santarém
Propagando do
jogo entre as equipes do São Raimundo Esporte Clube, de Santarém e o Paituna
Esporte Clube, de Monte Alegre, em partida que seria realizada no dia 14 de
setembro de 1947, publicada no Jornal de Santarém.
Aula de Corte e Costura para as educandas do Santa Clara, na década de 1920
As alunas
internas do então Orfanato Santa Clara possuíam, além da instrução das
disciplinas curriculares do conhecimento, o aprendizado prático das então
consideradas “tarefas do dia a dia” das mulheres. Entre essas habilidades a
serem aprendidas, havia o curso de corte e costura, ministrado pelas freiras
para as jovens educandas do Santa Clara, conforme podemos ver neste registro
fotográfico feito por Apolônio Fona.
Visita da Imagem de Nossa Senhora de Nazaré – 1962
Por ocasião da
inauguração do Seminário São Pio X, no ano de 1962, Dom Alberto Gaudêncio Ramos
trouxe consigo, de Belém, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré que peregrinava
no Círio da capital paraense (a réplica atual foi confeccionada na Itália
posteriormente). Nesta foto, em frente da Catedral, podemos ver o registro da
chegada da imagem em terras santarenas.
Momento Poético: Alma a Sorrir
Por Raymundo Fona
Vivo, querida,
A padecer.
Porque sonhei
Com te querer
Na ilusão do amor.
Vivo, ó Flor,
A sonhar, a sonhar
Com este amor sismador.
Ninhos de afeto então farei;
Alma a sorrir
Eu cantarei.
E meu coração padecendo
Te almeja,
Ó mulher que mais amei!
Grupo de Congregados Marianos de Monte Alegre
A Congregação Mariana dos Moços de Santarém foi um
movimento religioso que começou por iniciativa de Frei Ambrósio. De Santarém,
essa iniciativa se espalhou por todo o Baixo Amazonas e Tapajós. Em Monte Alegre,
os Marianos marcaram a vida religiosa do município entre os anos de 1930 e
1960. Esta foto registra uma das atividades da Congregação Mariana
Monte-alegrense. Foto enviada por Luciandro Tássio.
O novo administrador das Plantações Ford de Belterra – 1956
Ficara
esperado para o dia 31 de maio, nesta localidade, o dr. Abnor Gondim, nomeado
pelo diretor do IAN (Instituto Agronômico do Norte), dr. Rubens Rodrigues Lima,
como administrador substituto das ditas plantações. Sabedores desta tão grata
notícia os seus amigos preparam-lhe uma condigna recepção onde ficaria
patenteada a estima de que se tornou credor. E quando a condução que julgavam
trazê-lo foi avistada, espocaram no ar centenas de foguetes. Entretanto, por
motivos que visavam somente uma agradável surpresa para os seus subordinados,
deixou ele de vir na dita condução.
Artigo: Santarém e seus primórdios musicais (parte 01)
Por Pe. Sidney Augusto Canto
No ano de 2015, fui
procurado por um grupo de alunos e professores da Universidade Federal do Oeste
do Pará – UFOPA, que estavam atrás de dados sobre os primórdios históricos da
arte musical em Santarém.
Sendo a música uma arte humana,
podemos afirmar, sem nenhuma sombra de dúvida, que Santarém é uma terra de
musicalidade tão antiga quanto a presença humana na foz do “Paraná-Pixuna” (o
Rio Preto), que hoje conhecemos como Rio Tapajós. Os indígenas da foz do rio
Tapajós, bem como outros povos que habitavam a região do Baixo-Amazonas e
Tapajós, tinham uma cultura artística e rituais que outrora pareceram estranhos
para os conquistadores espanhóis, franceses, ingleses e portugueses que para cá
vieram nos séculos XVI e XVII. Infelizmente, pouco se registrou da música
desses indígenas. O pouco que temos, entretanto, leva-nos a crer que eram povos
ativamente musicais. Para ilustrar, vejamos a descrição feita por Maurício Heriarte
sobre a vida cultural dos Tapajós:
quarta-feira, 26 de abril de 2017
A Construção de 150 “Casas Populares” em Santarém – 1947
Conforme
noticiamos há tempos, esta cidade mereceu a quota de cento e cinquenta casas na
distribuição das construções a serem realizadas pela Fundação da Casa Popular.
Dos detalhes referentes à démarche para a realização desta grandiosa ideia já
toda a população é conhecedora pela leitura dos jornais.
Ressurge o São Raimundo Esporte Clube – 1971
Depois de
passar algum tempo afastado das vitórias e mesmo do “Estádio Elinaldo Barbosa”,
dando ensejo a que um nosso confrade da Rádio Rural afirmasse, por algumas
vezes, que ele andava fugido, ressurge o “Pantera Negra” com uma fibra nova e,
no espaço de 86 horas, brinda sua grande torcida com duas expressivas vitórias
fazendo com que seus aficionados voltassem a experimentar aquela sensação de
que há muito estavam afastados.
O Trapiche Municipal em 1965
Visão do
antigo Trapiche Municipal de Santarém na época em que o então prefeito
municipal de Santarém, Everaldo Martins, procedia a construção do cais de
arrimo para contenção das águas fluviais, podendo-se ver parte do muro de
arrimo em construção.
Vista de um trecho da orla fluvial de Santarém – 1965
Mais uma
fotografia do cais de arrimo construído pelo prefeito Everaldo Martins, ao
longo da orla de Santarém, visto da parte do Trapiche municipal em direção ao
bairro da Prainha.
Vista da cidade de Monte Alegre em fins do século XIX
Um viajante
que visitasse a cidade de Monte Alegre em fins do século XIX, teria essa vista
ao chegar próximo da antiga Missão dos Gurupatuba. Pode-se ver, além da orla
fluvial, o casario antigo e a antiga capela de Santa Luzia. FOTO: Colaboração
de Luciandro Tassio.
Sobre a Biblioteca Municipal de Santarém – 1931
Da diretoria
da Biblioteca Pública recebemos, para publicar, o seguinte:
Desde 23 do mês
de Março próximo findo que já estão colocadas as estantes mandadas preparar
pelo sr. Prefeito Municipal, em número de dez.
O diretor da
Biblioteca já está arrumando os livros, a fim de proceder depois os catálogos
na devida ordem.
A peça teatral “O Divino Martírio” – 1933
Não nos
podemos furtar a um comentário justo e sincero sobre o “Divino Martírio”, da
autoria de Flávio Tapajós e desempenho de um grupo de meninas de nossa
sociedade.
Ansiosos por
presenciar a exibição dessa peça, estivemos domingo último no Theatro Victoria,
quando se anunciou ser este o último dia em que a mesma iria à cena.
quinta-feira, 20 de abril de 2017
Sede do São Francisco Futebol Clube em 1965
Um dos mais
tradicionais clubes esportivos da cidade de Santarém, tinha sua sede no
cruzamento das ruas Rui Barbosa com Turiano Meira. A sede apresentava esse
aspecto no ano de 1965. Sofreu reformas posteriores até que foi vendida. O
local serve hoje como templo uma Igreja Universal.
O cais de arrimo da Avenida Adriano Pimentel em 1965
Obra do então
prefeito, Everaldo Martins, o muro de contenção da orla fluvial da Avenida
Adriano Pimentel assim se apresentava no ano de 1965. Anos mais tarde essa obra
foi ampliada para dar espaço onde hoje se encontra a Praça e o Bar Mascotinho.
Frente do município de Aveiro no ano de 1982
Vista de um
trecho da orla fluvial da cidade de Aveiro no ano de 1982, podendo-se ver o
antigo trapiche que existia servindo ao embarque e desembarque de passageiros.
As Torres da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição – 1934
O povo de
Santarém vai, finalmente, ter a satisfação de contemplar, brevemente, as duas
torres de nossa Matriz que, num labor contínuo e eficiente, se eleva aos céus
como dois braços súplices que se dirigem a Deus, rendendo-lhe graças,
rogando-lhe bênçãos.
Informações sobre a saúde pública em Santarém – 1934
Regressou do
Ituqui a comissão sanitária que para ali seguiu no motor “São Francisco”,
fretado pela Prefeitura Municipal, chefiada pelo dr. Aleixo Simões, Inspetor
Sanitário Regional.
Com o médico
seguiram os guardas sanitários, João C. Araújo Pinto e Guilherme Portilho
Bentes, este designado pela Prefeitura.
quarta-feira, 19 de abril de 2017
Costumes indígenas no Baixo Amazonas e Tapajós: Pinturas e tratos corporais.
Entre as mais antigas tradições indígenas, a
da pintura corporal é uma das que mais chamava atenção ao homem branco. De
fato, os índios não andavam nus, andavam pintados. A pintura era sua roupa. Em
algumas tribos era permanente (um modo de tatuagem) noutras temporárias (para
proteção, festas ou guerras). A pintura era marca de uma identidade grupal até
mesmo dentro de uma etnia, a exemplo dos Mundurucus, que se dividiam em três
grupos de cores: brancos, vermelhos e pretos. O corpo contava ainda de outros
cuidados. Vejamos algumas descrições...
Costumes indígenas no Baixo Amazonas e Tapajós: Construções e moradias.
Algumas tribos errantes não construíam mais do
que simples malocas ou abrigos provisórios onde moravam. As malocas mais
elaboradas eram vistas em aldeias fixas, onde os índios já se dedicavam à
agricultura. Em si, todos viviam em malocas sem divisões. Pais, filhos, avós,
tios, sobrinhos, primos, enfim, toda uma grande família cabia dentro de uma
maloca. Além dos utensílios de caça, pesca, roçado e guerra havia a rede. Isso
escandalizava os portugueses que não eram acostumados com essa falta de
privacidade. Mendonça Furtado tentou impor à força, por meio do “Diretório” que
as casas dos índios fossem feitas à moda dos brancos. Uma coisa, entretanto é
comum até hoje: o uso da palha como material principal das casas indígenas
típicas da região.
Costumes indígenas no Baixo Amazonas e Tapajós: Guerras e conflitos intertribais.
Não foi somente contra o homem branco que se
faziam guerras. A maioria das nações existentes na Amazônia, na época da
chegada dos colonizadores viviam em guerra frequente contra nações vizinhas. Os
portugueses chegaram a se aproveitar disso para legitimar a escravidão dos que
eram feitos escravos (e que geralmente eram comidos em festas rituais, por isso
chamados pelos portugueses de “escravos de corda”, destinados à pratica do
canibalismo). Algumas tribos como os Mundurucus, Muras, Parintintins, entre
outras, chamadas de índios de “corso”, viviam em frequente migração, lutando
vorazmente contra inimigos ou assaltando nações que viviam de forma mais
sedentária (que dedicavam-se, geralmente, à agricultura). Abaixo, vejamos
alguns relatos sobre as guerras entre os índios:
Costumes indígenas no Baixo Amazonas e Tapajós: Danças e Festas
Nem só de caçadas, pescarias e roças viviam os
índios. A vida era intercalada de diversas festas. Havia festas para celebrar
as referidas caçadas, pescarias, plantações, mas também se celebravam as
guerras, as vitórias, os nascimentos, a maioridade (puberdade)... Algumas
destas festas sofreram adaptações ou inclusões de elementos da cultura
estrangeira (negros e portugueses). Uma delas é a realização do Sayré,
que encantou o Bispo Dom João de São José em Vila Franca. Algumas destas festas
duravam semanas ou até mais dias. Não faltavam danças, (acompanhadas de
instrumentos, ou não) e também bebida, muita bebida... Vejamos alguns relatos:
sábado, 1 de abril de 2017
Abril na História do Baixo Amazonas e Tapajós
01 – Começa a funcionar, em Santarém, o Posto Médico de Saúde. O mesmo
funcionava na antiga “Pharmacia Amazonas” e era mantido por uma sociedade que
cobrava uma taxa para a manutenção do referido Posto (1912).
02 – Dom Lino Vombommel cria a paróquia de São José,
no Planalto Santareno. Dom Severino Batista de França, neste mesmo dia, instala
a paróquia e da posse ao primeiro pároco, o Padre Luis Carlos Fernandes (2006).
03 – Em conseqüência de disputas políticas regionais e estaduais, por meio
da Lei Estadual Nº 729, são extintos os municípios de Juruti e Oriximiná, com
seus respectivos territórios sendo incorporados aos municípios de Faro e
Óbidos. Mais tarde, por novos ventos políticos no Estado esses municípios são
restaurados (1900).
04 – Em resposta à Câmara Municipal de Santarém, que
pedia (pela segunda vez em quase um século, a primeira havia sido em 1759) a
concessão de légua e meia de terra para o aumento das suas rendas, O Presidente
da Província, Luiz do Rêgo Barros, não somente negou a concessão de terras como
ainda extinguiu, nesta data, o ensino de Latim da escola pública, o que
dificultou o acesso dos alunos santarenos às escolas superiores do Império,
onde o latim era obrigatório (1856).
05 – O Barco/Motor “COR JESU” de propriedade da Ordem Franciscana de
Santarém, naufraga no rio Tapajós quando estava em viagem para Missão do
Cururu, estando a bordo Frei Plácido Toelle, OFM (1966).
06 – Realiza-se em Santarém o encontro dos Bispos do
Movimento de Educação de Base – MEB. Participaram do Encontro os seguintes
Bispos: Dom Luciano Duarte, Dom José Coutinho, Dom José Brandão, Dom Estevão
Avelar, Dom Mario Anglin, Dom Joaquim de Lange, Dom Nivaldo Monte, Dom José
Freire Falcão, Dom Antonio Barbosa e Dom Tiago Ryan (1972).
07 – Toma
posse em Alenquer o “Primeiro Conselho de Intendência” presidido por Fulgêncio
Firmino Simões. Após a Proclamação da República, todas as Câmaras Municipais
foram extintas, substituídas por Conselhos de Intendência. A de Alenquer teve
sua extinção determinada pelo Governo Provisório do Pará a 15 de março de 1890,
pelo Decreto n° 107. No mesmo dia, o Decreto n° 108 criava o Conselho, nomeando
Fulgênio Firmino Simões, primeiro Intendente de Alenquer (1890).
08 – Nasce na cidade de Óbidos, PA, José Veríssimo
Dias de Matos. Era filho do Capitão José Veríssimo de Matos e de dona Ana Flora
Dias de Matos. Professor e Crítico Literário foi membro fundador da Academia
Brasileira de Letras e também pertencia ao quadro de sócios do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB (1857).
09 – Devido o
acentuado progresso apresentado pela Freguesia de Juruti, o Governo Provincial
determinou a sua elevação à categoria de Vila, de acordo com a Lei n° 1.152, de
9 de abril de 1883. A nova vila foi instalada somente a 9 de março de 1885,
tomando posse, na ocasião, Marciolino Alves Pontes como primeiro Presidente da
Câmara Municipal (1883).
10 – Pela Bula “Cum sit animorum”, do Papa Pio XII, é
criada a Prelazia de Óbidos, com território desmembrado da Prelazia de
Santarém. A nova Prelazia foi confiada aos franciscanos da Província de Santo
Antônio (1957).
11 – A Câmara
Municipal de Santarém solicita ao governo da Província uma “Guarda de Honra” do
Batalhão Nº 26 da Guarda Nacional para que acompanhasse e desse maior
brilhantismo à Procissão de Corpus Christi, que seria organizada pela dita
Câmara (1874).
12 – A Câmara Municipal de Santarém solicita que o
seu Procurador providencie, o quanto antes, o aterro de uma enorme vala que se
abriu na Praça da Imperatriz, devido as fortes chuvas (1856), na mesma sessão a
dita Câmara aprovou as contas (até 31 de março) do dito Procurador (1856).
13 – Realiza-se em Santarém a primeira partida “oficial” de futebol.
Enfrentaram-se o time do “Grupo Esportivo”, formado por “gente da terra” e uma
equipe mista formada por ingleses, oficiais do vapor “Viking” da Amazon
Telegraph e marujos brasileiros, tripulantes do mesmo navio. O time da casa
ganhou o jogo pelo placar de 4 X 1 (1913).
14 – A Câmara de Alenquer, por meio de seu
procurador, Antônio Anastácio de Senna, proíbe que adultos se banhem “nus ou
vestidos”, na frente da cidade, devendo os infratores pagar multa de dez mil
réis ou três dias de prisão (1885).
15 – Circula em Santarém o primeiro número do jornal MONARQUISTA SANTARENO.
Sob a direção de Antonio da Cunha Mendes (cuja filha, Antonia, casou-se com o
santareno Américo Avelino de Nóvoa, dando origem à família Mendes de Nóvoa), o
Monarquista circulou até fins de 1866. Circulava aos sábados e recebia 120 mil
réis por ano, para a publicação dos atos da Câmara Municipal (1857).
16 – Carta Régia ao Governador Geral do Maranhão e
Grão Pará, mandando que mande o Ouvidor Geral do Pará à Aldeia dos Tapajós para
que se faça a devassa do delito cometido por Francisco Soeiro de Vilhena que
puxou da espada ferindo de morte ao jesuíta Padre Antônio Gomes (1706).
17 – O Capitão
Joaquim Xavier de Oliveira Pimentel, apresenta ao governo da Província do Pará
o orçamento para a construção de uma Ponte para Embarque e Desembarque de
passageiros (trapiche) a ser construído na cidade de Santarém, importando o
valor da obra em 25:512$820 – vinte e cinco contos, quinhentos e doze mil e
oitocentos e vinte réis (1869).
18 – No elegante palacete da senhora Anastácia
Diniz, situado na rua 24 de Outubro, no bairro da Aldeia, em Santarém, é
fundado o “Royal Club Recreativo”, destinado à elite daquele bairro (1926).
19 – Chegam em Óbidos as Irmãs Franciscanas Missionárias de “Maria Hilf”.
Vieram a convite de Dom Amando, que queria prover as cidades da Prelazia com
religiosas que ajudassem principalmente na educação das crianças (1911).
20 – Inicia o combate entre as vilas de Monte Alegre e
Santarém. Esta última, com um destacamento sob o comando do ajudante de
Milícias, Manoel José dos Santos Falcão, invade a “parte baixa” de Monte Alegre
na noite deste dia, ocupando sem grandes dificuldades aquela “planície” (1824).
21 – A Câmara
Municipal de Santarém coloca em vigor novos artigos de suas “Posturas
Municipais” que tratam principalmente da limpeza pública, que na época não era
obrigação dos governantes, mas dos moradores. Quem não limpava o terreno de sua
casa ou sua rua podia pagar multa pecuniária ou ser recolhido à prisão (1856).
22 – Sabendo as intenções do Governador Mendonça
Furtado, em erigir a Aldeia dos Tapajós à condição de Vila de Santarém, o Bispo
do Grão Pará, Dom Frei Miguel de Bulhões e Sousa cria a Paróquia de Nossa
Senhora da Conceição suprimindo assim a Missão dos Jesuítas junto à foz do rio
Tapajós. Na mesma ocasião nomeia o Padre Francisco Xavier Eleutério como
primeiro pároco (1757).
23 – Falece em São Boaventura, Nova York, nos Estados Unidos Madre Maria
Imaculada de Jesus (Elizabeth Maria
Tombrock), co-fundadora das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição. Veio
para Santarém a pedido de Dom Amando, Bispo da Prelazia e muito trabalhou para
a educação do povo santareno no início do século XX (1938).
24 – O prefeito municipal de Santarém, Ildefonso
Almeida, nomeia uma comissão para todos os títulos ou cartas de aforamento
expedidos pela municipalidade até a referida data a fim de apontarem falhas,
erros ou vícios, bem como sugerir medidas para regularizar os referidos
serviços (1931).
25 – Realiza-se
na cidade de Monte Alegre, um leilão em benefício da construção da Capela de
Santa Luzia, na “Cidade Baixa”, para o qual concorreram diversas oferendas
doadas pelos devotos da santa. O evento foi promovido pelo Procurador da dita
santa, e então responsável pela construção da Igreja, o sr. José Augusto dos
Santos (1886).
26 – É instalada oficialmente a Comarca do
município de Alenquer. A comarca havia sido criada sete anos antes, mas somente
neste dia, o juiz municipal Symphoronio de Menezes, cumpriu a decisão de instalá-la
com frieza e contra gosto. Neste mesmo dia o juiz municipal assumiu a função de
juiz de direito e o senhor Raymundo Francisco Alves de Souza assumiu a função
de promotor público da comarca alenquerense (1890).
27 – Com ajuda de uma escuna de guerra que fora enviada de Manaus para
Santarém, inicia neste dia o bloqueio da Vila de Monte Alegre pelas forças
“legais” da Província. Posteriormente o comando destas forças foi passado do
comandante Bibiano ao tenente José Coelho de Miranda Leão (1824).
28 – Nasce, em Santarém, Felisbelo Jaguar Sussuarana,
poeta, cronista, jornalista, escritor e teatrólogo santareno, além de percorrer
também pelos caminhos da política local de sua terra. Era filho de Alexandre
Alves da Silveira Sussuarana e de Filomena Nóvoa Sussuarana (1891).
29 – O
Conselho da Intendência Municipal de Alenquer, proíbe a criação de porcos na
cidade, sendo apreendidos e vendidos os que forem encontrados na zona urbana da
mesma (1891).
30 – Falece
no Colégio Jesuíta em Belém, o Padre Manuel Rebelo, cognominado “missionário
exímio”. Foi ele o fundador da Missão de Nossa Senhora da Assunção dos índios
Arapiuns e Comarus, no lugar onde hoje se encontra Vila Franca, no rio Tapajós.
Foi sepultado na Igreja de Santo Alexandre (1723).
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