Mais de uma
vez, destas colunas, convictos de prestarmos um inestimável benefício à nossa
terra, temos chamado a atenção dos poderes competentes para essa récua de
menores vagabundos que, infestando as ruas e praças de nossa pacata “urbs”, se pervertem
na jogatina e outros divertimentos prejudiciais, quase sempre acompanhados de
palavrões que fazem corar até um frade de pedra.
A polícia,
atendendo ao nosso reclamo, põem-se em campo e consegue por algum tempo sanar
esse mal de funestas consequências; acontece, porém, que, passados alguns
meses, volvem os futuros cidadãos à vida desregrada sem que os por eles
responsáveis procurem dar-lhes o necessário corretivo.
Atualmente é o
jogo de dados e botões, quando não é o “papagaio” que os prende à rua, com
prejuízo não só do seu futuro, como também dos patrões ou pais que os mandam a
serviço de compras e recado.
Grande serviço
faria o senhor prefeito se, de uma vez para sempre conseguisse afastar esses
menores dessa vagabundagem desenfreada. Com ele não só lucrariam os próprios
transviados de seus deveres, mas também esta terra que, pelo seu progresso, não
mais comporta essas manchas que a deprimem.
NOTA:
Publicado no jornal A Cidade, de 06 de fevereiro de 1926.
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