Não fora o
respeito que consagro ao público oriximinaense, com o qual convivo há onze
anos, merecendo-lhe as mais robustas provas de consideração, não me abalaria a
articular palavra com relação a umas tantas aleivosias que a meu respeito
vomitou o “República” em seus números 240 e 251, já por conta própria, já por
conta de uma correspondência que diz ter recebido de aqui, assinada por “O
Vigilante”.
Pois bem! Ao
“República” não darei resposta porque não descerei a sustentar polêmica com
quem só conheço pela companhia difamatória a que se entrega diariamente contra
os poderes constituídos, não sendo, portanto, de admirar que invista também
contra a minha humilde pessoa, na qualidade de intendente deste futuroso
município, onde ultimamente tem aparecido os representantes do aludido jornal
no revoltante interesse de comprarem espíritos, conseguindo aquisição de um que
deixaram a seus serviços. A este, porém, que deve ser o “Vigilante”, peço, como
cavalheiro que sou, para declinar o seu nome, pois só assim poderá fazer jus a
uma resposta digna.
Costumo viver
às claras, e jamais afivelei a máscara da hipocrisia de que muitos procuram
tirar partido, deixando assim respondidas as tais publicações, até que “O
Vigilante”, que já demonstrou seu deturpamento moral, demonstre também seu
físico.
Oriximiná, 12
de janeiro de 1900.
Emygdio
Martins Ferreira – Intendente Municipal.
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