Apesar do zelo
da higiene da Capital Federal, a gripe acaba de romper com virulência no Rio,
sendo possível que dentro de pouco tempo se alastre pelo interior do país. A
saúde do porto, em Belém, vem exercendo vigorosa vigilância para evitar ou
atenuar a provável invasão da terrível moléstia, que tantas vítimas fez por
ocasião da sua primeira visita.
A
municipalidade (de Santarém) já deveria estar agindo no sentido de nos defender
de semelhante perigo, entretanto, até agora, nada se tem feito de defesa, senão
aquilo que está no alcance dos denodados esforços do médico municipal, dr.
Theodorico Macedo, que foi incansável na primeira invasão e que será uma segura
garantia de defesa se a Comuna, como é de espera, proporcionar todos os
elementos de profilaxia defensiva. O dr. Rodrigues dos Santos, que tem uma
dupla responsabilidade, como médico e como intendente, não deve recusar os
necessários meios para o chefe da higiene municipal poder nos defender com
energia e eficiência.
Em se tratando
de uma medida urgente, é preciso agir antes do mal nos bater às portas, para
não termos que lastimar a demora da adoção das providências de defesa.
Este aviso nos
é inspirado pelo desejo que nutrimos em relação aos interesses da população.
NOTA:
Publicado no jornal Tapajós de 18 de fevereiro de 1920.
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