Corria o ano de 1910. O Bispo Dom
Amando Bahlmann sofria algumas perseguições políticas na Prelazia de Santarém.
Em retribuição ao grupo político que mantinha-se ao lado do Bispo e defendendo
o mesmo na imprensa local, Dom Amando conseguiu que o Papa Pio X concedesse o
título de “Cavaleiro” a dois santarenos: José Joaquim de Moraes Sarmento
(Deputado Estadual) e Manoel Valentim de Oliveira da Paz (Secretário da
Intendência). Eis o texto dos decretos pontifícios:
“PIO Papa X. Amado Filho (Manoel Valentim de
Oliveira da Paz), saudação e bênção apostólica. Tendo nós sido informado e
reconhecendo nós por documento importantíssimo do Antistite titular de Argos, o
Prelado Nullius de Santarém, seres tu pessoa honrada de preclares virtudes e
que assiduamente empregas todo o zelo e trabalho no cargo de presidente da
Conferência dos Vicentinos, que exercita a caridade para com os pobres, deveras
te achamos digno de nós te honramos com o título honorífico e prêmio. Portanto,
por estas letras te fazemos, constituímos e proclamamos Cavaleiro da ordem
eqüestre de São Silvestre Papa, alistando-te nas fileiras destes cavaleiros
distintíssimos. Concedemos com este intento a ti, amado filho, que possas livre
e licitamente por a farda própria dessa ordem eqüestre como também trazer a
respectiva insígnia a saber: a cruz áurea, octógona, em cuja alva superfície há
no centro a efígie de São Silvestre Papa, pendente em fita de seda bicolor
vermelha e preta, sendo vermelha nas orlas, no lado esquerdo do peito, como
usam os outros cavaleiros. Mas para que não haja diferença, quer no traje, quer
na maneira de trazer a dita cruz, mandamos que a ti se entregue o figurino
anexo. Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 5 de
julho de 1910, sétimo do nosso pontificado. Raphael Cardeal Merry de Val,
Secretário de Estado”.
“PIO Papa X. Amado Filho (José Joaquim de
Moraes Sarmento), saudação e bênção apostólica. Teus exímios méritos pela causa
católica a os comunicados e provados pelo autorizado testemunho do Bispo
titular de Argos e Prelado Nullius de Santarém é sobretudo o elogio do afeto
com que assiduamente exercitas o múnus de presidente do conselho particular das
Conferências Vicentinas que de algum modo nos obrigam a conferir-te um título e
prêmio conspícuo. Nesta mira pela presente Letras te fazemos, constituímos e
proclamamos Cavaleiro Comendador da ordem de São Silvestre Papa e te alistamos
no número desta mesma belíssima ordem eqüestre. Portanto, amado filho, te
concedemos que possas livre e licitamente por a farda própria dessa ordem
eqüestre e seu grau e trazer a respectiva insígnia maior a saber: a cruz áurea,
octógona, em cuja alva superfície há no centro a efígie de São Silvestre Papa,
suspensa numa fita de seda bicolor vermelha e preta, sendo vermelha nas orlas,
lançada ao redor do Pescoço. Mas para que não haja diferença, quer no traje,
quer na maneira de trazer a referida cruz, mandamos que a ti se entregue o
figurino anexo. Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, , no
dia 5 de julho de 1910, sétimo do nosso pontificado. Raphael Cardeal Merry de
Val, Secretário de Estado”.
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