Para
proporcionar apoio às aeronaves, não só da FAB, como as comerciais e
particulares, sem qualquer distinção, que navegam entre a fronteira do
Oiapoque, até o Território do Rio Branco, numa distância de 2.300 quilômetros,
a 1ª Zona Aérea vem de construir dois campos de pouso pioneiros. Às margens do
rio Erepicuru, em Gêmeos e Tiriós, já estão abertos ao tráfego aéreo esses dois
novos campos de pouso, com pistas de 850 e 1.200 metros de extensão,
respectivamente.
Não foi fácil a
tarefa, pois em Tiriós só existiam índios da tribo do mesmo nome, que jamais
haviam mantido contato com os brasileiros, mas apenas com os naturais da Guiana
Inglesa. Em Gêmeos, nem índios existiam. Mas os oficiais da FAB, dando
sequência à sua grande obra pioneira, subindo de canoa o rio Oriximiná, em
viagem demorada e difícil, conseguiram alcançar Tiriós e depois Gêmeos.
Obedecendo ao comando do coronel Athos Fábio Romano Botelho e do major
Dilermando da Cunha Rocha e com a cooperação de Frei Protásio, da Prelazia de Óbidos
e de cinco caboclos, os bravos pilotos da FAB, numa expedição que durou três meses,
concluíram com êxito essa difícil empreitada, segundo relatório já enviado pelo
comandante da 1ª Zona Aérea ao Ministro Francisco de Mello.
NOTA: Publicado
no jornal Poti, de 13 de dezembro de 1959.
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