quinta-feira, 23 de março de 2023

Documentos da Cabanagem: Carta de Joaquim Rodrigues dos Santos sobre a Cabanagem em Santarém.

 Redigida no ano de 1874, passados quase trinta anos dos acontecimentos, o liberal Joaquim Rodrigues dos Santos publica a carta abaixo narrando a sua versão sobre os fatos da Cabanagem em Santarém. Este documento serviu de base que, anos mais tarde, seu sobrinho, o historiador santareno Paulo Rodrigues dos Santos, escrevesse sobre esse assunto na sua grande obra: “Tupaiulândia”. Este documento chama atenção pois, nele, vemos o futuro Barão de Santarém como um dos líderes da Cabanagem no município. Esta carta também está publicada no livro “Pequena cronologia da Cabanagem no Baixo Amazonas e Tapajós” (2019. Imagem ilustrativa da cabanagem feita pelo desenhista Denilson Borges.

 


Documentos da Cabanagem: Ofício sobre a tomada de Ecuipiranga pelas forças legais em 1837.

Abaixo transcrevemos o ofício do Comandante Antônio Firmo Coelho sobre a tomada do quartel cabano em Ecuipiranga. Apesar de o ataque ter iniciado em 10 de julho, Ecuipiranga só foi tomada pelas tropas legais nas primeiras horas do dia 12 de julho de 1837. Este ofício também está publicado no livro “Pequena cronologia da Cabanagem no Baixo Amazonas e Tapajós” (2019. Imagem ilustrativa da cabanagem feita pelo desenhista Denilson Borges.

 


Documentos da Cabanagem: Termo de adesão da Vila de Santarém ao governo cabano em 1836.

             Em 09 de março de 1836, a vila de Santarém (então Vila de Tapajós), reconhece o governo cabano de Eduardo Angelim tornando-se, assim, oficialmente desligada do poder central do Império do Brasil. O documento original compunha-se de 227 assinaturas, a versão que nos chegou em mãos e que está publicada no livro “Pequena cronologia da Cabanagem no Baixo Amazonas e Tapajós” (2019), contém somente as primeiras. Imagem ilustrativa da cabanagem feita pelo desenhista Denilson Borges.

 


Documentos da Cabanagem: Ofício sobre a tomada de Santarém pelos cabanos em 1834.

 

Abaixo publicamos um dos documentos reproduzidos na obra: “Pequena cronologia da Cabanagem no Baixo Amazonas e Tapajós” (2019). Este ofício fala da tomada de Santarém (então denominada Vila de Tapajós), por cerca de 300 cabanos que invadiram a vila exigindo a expulsão de todos os portugueses que moravam em Santarém naquele tempo. Alguns chegaram a ser expulsos, conforme documento (Lista nominal) também já publicado neste blog. Na imagem: “O cabano” em concepção e pintura do artista santareno Elias Lopes do Rosário.

 


quarta-feira, 22 de março de 2023

Mapa dos rios Tapajós, Juruena e Arinos – 1862

 



 Cartografia feita por Chandless, em 1862, mostrando os rios Tapajós, Juruena e Arinos. Chama atenção nesta cartografia a descrição dos povos e tribos indígenas que existiam nas margens destes rios do sul do Grão-Pará na segunda metade do século XIX, indicando, inclusive algumas vilas habitadas por Mundurucus e Apiacás. No lado oposto à Itaituba, onde hoje se acha Miritituba, se encontrava, justamente, uma dessas vilas do povo Mundurucu.

Mapa de limites entre Pará, Amazonas e Mato Grosso – 1798

 



Cartografia com a linha de limites entre Amazonas, Pará e Mato Grosso, feito pelos desenhistas José Joaquim Freire e Manoel Tavares da Fonseca, no ano de 1798. Note-se, naquele ano, não havia menção à Vila de Aveiro (que já existia). Acima de Pinhel, somente é colocada a indicação da nova Aldeia de Acupá.

Mapa de limites entre Pará e Mato Grosso – 1802

 



Este mapa, que faz parte de um trabalho maior encomendado pelo governo da então Capitania do Mato Grosso, mostra os limites entre o Grão Pará e aquela Capitania pelo rio Tapajós.

Uma cena de inundação nas margens do rio Amazonas – 1900

 



Desenho de G. Vuillier a partir de uma fotografia, retratando a várzea do Rio Amazonas durante o período da cheia dos rios amazônicos, no ano de 1900 (possivelmente a fotografia usada para validar o desenho é anterior a esta data). Ainda hoje é possível ver uma cena semelhante nas margens de nossos rios e lagos amazônicos neste período de enchentes.

terça-feira, 21 de março de 2023

A Procissão do Encontro

 



Santarém verá acontecer novamente, neste ano de 2023, a Procissão do Encontro. Este ato religioso faz parte dos eventos da Semana Santa na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição – Catedral Metropolitana de Santarém. Ela acontece, ao que sabemos, desde o século XIX (pode ser que seja até mesmo mais antiga). O relato documental mais antigo que temos do uso da imagem do “Bom Jesus dos Passos” data de 1871. Naquele ano, um ofício do Presidente da Província do Pará, dr. Joaquim Pires Machado Portella, datado de 07 de março de 1871, dirigido ao Comandante Superior Militar de Santarém, mandava que o mesmo fornecesse uma guarda de honra do batalhão da cidade tapajônica para acompanhar a imagem do Bom Jesus dos Passos que deveria sair da Igreja Matriz em procissão no dia 31 de março daquele ano.