segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Propaganda política de Ronaldo Campos em 1985

No momento em que o país fazia a transição do Regime Militar para a Democracia em que vivemos atualmente, o PMDB, então considerado oposição ao governo do Regime, lançava, em Santarém, a candidatura de Ronaldo Campos para a Prefeitura. Desde a eleição de Elias Pinto, Santarém não escolhia mais o seu Prefeito. Aqui publicamos as motivações que levaram Ronaldo Campos a ser candidato. Foi eleito!


Praça do Mirante em Monte Alegre – 1986

Oferecendo uma das mais bonitas imagens da “Terra Pinta Cuia”, a Praça do Mirante tinha esse aspecto no dia 15 de março de 1986, quando, neste local, o prefeito João Evangelista da Silva oferecia guloseimas para as crianças que estavam presentes por ocasião do aniversário da cidade de Monte Alegre.


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Uma casa da Vila de Palha, em Fordlândia

As primeiras casas construídas em Fordlândia eram feitas de palha, como a registrada nesta imagem. A Vila de Palha perdurou até o ano de 1932, quando foi incendiada a mando do então interventor estadual, Magalhães Barata.



Uma paisagem de Santarém nos anos 1950

Quando ainda não existia a Praça do Pescador, nem a Avenida Tapajós, um registro fotográfico feito da ponte do antigo Trapiche Municipal, mostra a paisagem do litoral santareno nas imediações do Bar Mascote e do Solar do Barão de Santarém. Acervo ICBS.



Lembranças santarenenses com Manoel Jerônimo Gomes Diniz.




Eu vim em Santarém, para estudar, em 1945. Santarém era pequena nessa época. Aqui onde hoje é o Asilo ainda era mato. Só tinha o Hospital da Fundação SESP. Santarém daquela parte que pega do fim da Barão para cima era um cajual, onde a gente vinha brincar, apanhar caju, vinha matar tempo, quando eu tinha a idade mais ou menos de nove anos. Essa foi a Santarém que eu conheci. Terminava aqui perto da Sete de Setembro. Tinha uma casa conhecida como “Macaco Branco” e na esquina morava o seu Tertulino que era caminhoneiro que tinha um caminhão e fazia frete...
Tinha o “Castelo” onde era ali onde hoje é a Receita Federal, onde a gente ia brincar, corria pelas laterais e caía na água na época da cheia. Mais para cá tinha o “Canto Redondo”, que era o comércio do seu Manelito Correa. Mais na frente tinha o Mercado Municipal, passando o Castelo, para o lado da Primavera. Esse mercado funcionava precariamente, mas era a única opção que tinha. Quando chegava o mês de julho vinha tempo da falta de boi. Quando chegava quatro horas da tarde você já encontrava uma fila que pegava uma rua, onde o pessoal deixava uma cesta com uma pedra dentro ali para ir comprar carne no outro dia de manhã. Uma carne de péssima qualidade, muito magra, que minha mãe mandava a gente comprar. Que era uma carne sem qualidade, muito magra, sem gordura. Esse era o aspecto de Santarém que ainda perdurou muito tempo, sofríamos com abastecimento de carne em Santarém. Tanto que minha mãe com meu pai engordavam um porco no interior. Matavam e faziam a “mixira” que a gente trazia era uma reserva que a gente tinha. Quando não tinha carne a gente ia na lata de “mixira” e fazia a nossa comida.
Era uma vida muito sofrida em Santarém naquela época, agora era muito bonita. As praias da frente da cidade eram bonitas. No domingo a gente saía da cidade e íamos para a Vera Paz. A Vera Paz era o nosso balneário daquela época, uma praia linda. Domingo de manhã todo mundo ia para aquela praia, inclusive a gente fazia movimento da Igreja, os Marianos, a turma da Cruzada, os padres... A gente ia para lá fazer feijoada, era uma diversão que a gente ia. Tinha a Coroa de Areia com uma areia fina e limpinha. Era bonita à beça. Essa beleza natural era uma coisa muito boa em Santarém”.

Lembranças santarenenses com Eunice Colares Vaz.


Lembro que cheguei em Santarém em 1948. Vim para casa de minha madrinha, Nilza Serique. Fiquei sete anos morando com ela, na rua 15 de Novembro. Íamos à missa na Matriz, era cinco horas da manhã. Naquele tempo, antes de chegar na matriz tinha a delegacia.
Eu estudei no Frei Ambrósio, no tempo da professora Tereza Miléo. O Frei Ambrósio tinha as casas lá dentro e tinha um quintal grande. Morávamos na 15 de novembro e tínhamos que subir aquela escada. Minha madrinha deixava a gente sair só com uns 15 minutos antes de começar a aula. Já imaginou a gente tinha que correr para chegar na aula. Tinha uma senhora, que era zeladora, que ficava no portão. Quando dava sete e meia, batia a campa e fechava o portão e ninguém podia entrar mais. Já pensou, a gente saía correndo e chegava lá estava fechando o portão. Até que um dia ela me perguntou porque sempre eu chegava na hora. Aí expliquei porque eu chegava sempre em cima da hora. Desse dia em diante ela me esperava e só fechava o portão quando eu chegava. Estudei no Frei Ambrósio até a quinta série. Depois eu voltei para Pinhel”.

Lembranças santarenenses com Laurimar dos Santos Leal


Lembro das brincadeiras de roda. As pastorinhas, que era uma opereta popular que saía no Natal. Nós ainda temos uma pessoa viva, duas aliás, que brincavam as pastorinhas naquela época, a professora Terezinha Miléo, ela era a Nossa Senhora; a outra é uma prima minha, Maria de Fátima Santos... E tem gente que conhece também a coisa. Judite morreu agora com cento e poucos anos e a Raquel, que ainda está viva, com cem anos...
Nós tínhamos brincadeiras que aconteciam em Santarém, exemplo os grupos de carimbo, chegava pelo carnaval ou são João, eles avisavam na casa das pessoas onde iam dançar. Nós tínhamos aqui em Santarém, alguns lugares onde tinham barracões. E nesses barracões os negros se juntavam para dançar carimbo e depois avisavam na casa dos brancos que preparavam alguma coisa, como aluá, para esperar o pessoal que vinha dançar. Aqui em Santarém dançavam carimbo primeiro que em Belém. Havia um barracão na frente da Igreja Batista, outro em frente do Asilo São Vicente de Paula e outro na rua Curuá-Una, lá no Urumari. Eles cantavam, apontando, assim:
“Que preta é aquela que vem acolá...
(E respondiam):
É a pretinha da Angola do Urumarizá,
Do Urumarizá, do Urumarizá,
É a pretinha da Angola do Urumarizá...”
Então, aquela do Urumarizá, que era como chamavam o Urumarizal que depois virou Urumari (hoje bairro de Santarém)”.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Desembarque de material em Fordlândia – 1929

Uma das cenas comuns durante o processo de construção da Vila de Fordlândia era a presença do navio “Lake Ormoc”, da Companhia Ford, que transportou a maior parte do material que veio dos Estados Unidos até as margens de Boa Vista, no rio Tapajós.


Trabalhadores serrando árvore em Fordlândia em 1929

Durante o processo de limpeza do terreno usado para implantação da Vila de Fordlândia e da área destinada ao plantio das seringueiras, um dos trabalhos executados a exaustão era o de serrar grandes troncos de árvores, como o visto nesta foto.


Notícias do São Francisco Futebol Clube em 1948

Amanhã, a bordo do confortável e possante barco-motor “Nova Empresa”, partirá com destino à Belterra, a luzida embaixada do pujante SÃO FRANCISCO FUTEBOL CLUBE, onde na tarde do mesmo dia, enfrentará o forte esquadrão do COMBINADO BELTERRENSE numa partida cheia de lances empolgantes e cheia de disciplina e confraternização esportiva.

Um “Baile no Japão” em Santarém – 1931

De entre as inúmeras festas com que a Municipalidade e o povo de Santarém vão comemorar o primeiro aniversário da revolução no Pará, destaca-se o baile que o exmo. Sr. Prefeito Ildefonso Almeida oferecerá à família santarena no dia 03 de outubro próximo vindouro, no palacete da Prefeitura Municipal.

A locomotiva da que moveu a construção de Fordlândia

Vinda dos Estados Unidos, transportada pelo “Lake Ormoc”, a locomotiva que ora vemos na foto trilhava os mais diversos recantos de Fordlândia, transportando vagões com madeira ou material para a construção de diversos prédios da cidade de Henry Ford na Amazônia.




Os primeiros serviços religiosos em Fordlândia

Muitas das pessoas que vieram trabalhar em Fordlândia, em seus primeiros anos, não tinham assistência religiosa garantida pela Companhia Ford. Somente com a insistência do Bispo Dom Amando Bahlmann junto ao Governo Brasileiro e deste último, via Embaixada nos Estados Unidos, junto à Henry Ford, é que um padre franciscano alemão começou a visitar pastoralmente os funcionários da Companhia Ford. Henry Ford, entretanto, não permitia a construção de Igrejas dentro de suas propriedades. Assim, os serviços eram realizados em Barracões ou Casas da Companhia que eram cedidos e adaptados para o serviço religioso. Outra curiosidade é que o primeiro santo de devoção dos fordlandenses era São José, esposo de Maria. Depois, com a vinda dos frades norte-americanos, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus se fortaleceu e suplantou o primeiro padroeiro. Na foto: momento de oração em uma capela montada em uma residência de Fordlândia no início dos anos 1930, com altar dedicado a São José.




sábado, 21 de outubro de 2017

Construção da Usina de Eletricidade em Fordlândia

Uma das primeiras infraestruturas montadas pela Companhia Ford nas margens do rio Tapajós foi a Usina de Eletricidade. A estrutura em ferro e vidro, foi montada com a ajuda de um guindaste que aparece também nesta ilustração.



Primeiro refeitório dos trabalhadores de Fordlândia – 1930

Os primeiros trabalhadores da Companhia Ford não tiveram tantos privilégios como muitos pensavam. Esta cena do antigo refeitório, feito de madeira e coberto de palha, com rústicas mesas e bancos, ilustra este primeiro período da vida dos trabalhadores de Fordlândia.


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Uma animada partida de futebol em Fordlândia em 1931

O Futebol era uma das atividades esportivas também disputadas nas terras da Companhia Ford Industrial no Brasil em Boa Vista do Tapajós. Fordlândia possuía dois times de futebol tradicionais naqueles primeiros anos o União Sport Club (camisa listrada, branco e preto) e outra do Scrath Amazonia Aliança.


Trecho de trilhos em Fordlândia em 1930

A infraestrutura implantada por Henry Ford na Amazônia incluía uma rede de estrada de ferro com locomotivas que ajudaram o transporte e a condução de material. Na foto podemos ver uma parte da estrada de ferro com algumas casas ao fundo.




Lavagem de roupa em Santarém em 1930

Uma cena típica da cidade de Santarém, já registrada em desenhos do século XIX e que ainda perdurava nas primeiras décadas do século XX. As lavadeiras de roupa que se dirigiam até a praia para lavarem as roupas de suas famílias e de outras famílias da cidade que pagavam por esse serviço.




Restaurante de Fordlândia em uma noite da década de 1930

Um dos lugares de encontro na Fordlândia em seus primeiros anos era o Restaurante da Companhia Ford, local onde, além de uma boa refeição, os funcionários se encontravam para colocar a conversa em dia.




terça-feira, 17 de outubro de 2017

ARTIGO: Cartografia sobre Santarém... Antes de Santarém...

 Por Pe. Sidney Augusto Canto

Esqueça o que aprendemos na Escola. Muitas coisas que nossos professores nos ensinaram sobre nossa história está mudando. Novas descobertas documentais e arqueológicas tem revelado uma nova luz, uma nova visão sobre o passado das muitas “Amazônias” que existem ou já existiram...
Em minha última viagem ao Rio de Janeiro me entretive com muitas pesquisas, fosse no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ou na Biblioteca Nacional. Entre diversos documentos que me chamaram atenção, estavam os mapas que foram desenhados nos anos de 1500. Muitos deles mostrando a Amazônia.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Os pescadores do cais de arrimo em Santarém – 1986

Uma cena comum da orla santarena. Várias pessoas que se dirigiam ao antigo cais de arrimo para “pegar o almoço” (ou o jantar). O instantâneo foi feito dias antes de começarem os trabalhos de reforma do cais de arrimo e de parte do mesmo ter desabado naquele ano de 1986.


Visita de Getúlio Vargas ao Hospital de Belterra – 1940

Na agenda de visita do Presidente Getúlio Vargas à Belterra, a visita ao Hospital de Henry Ford para seus trabalhadores chamou atenção da comitiva presidencial. Os hospitais da Companhia Ford (Belterra e Fordlândia) eram considerados os melhores do Brasil, na época. Foto acervo ICBS.



Aproxima-se a Grande data

Poucas semanas nos separam do dia 24 de Outubro, data em que, pela lei provincial n.º 145, foi a nossa querida Santarém elevada à categoria de cidade.
E é com satisfação, com orgulho mesmo, que todos nós acompanhamos, pela imprensa e pelo radio, as elogiosas referências que nos fazem aqueles que conhecem a nossa terra e que conosco tiveram a oportunidade de conviver, durante anos e anos.

Igreja da Santíssima Trindade em Aritapera – 1978

Uma das comunidades mais tradicionais do interior do município de Santarém, na região da várzea do rio Amazonas, a vila de Aritapera que celebrava a Santíssima Trindade, tinha esta capela em idos de 1978.


Momento Poético: Acróstico

Por: Emery Cohen

Jesus, tu és santo e divino,
Excelso filho do bom Deus,
Senhor: guia-me no teu tino
Usando teu servo em tua vinha,
Selando a mim com os filhos teus.

Conserva teu servo o bom Cristo
Humilde, e em santificação,
Reprime maus atos e o vício,
Impróprios a todo o ser cristão;
Santifica a mim para tua vida
Tão certa, almejada e linda,
O dia da grande salvação!

domingo, 8 de outubro de 2017

Dom Tiago Ryan no Seminário São Pio X – 1981

Um registro fotográfico do momento em que o então Bispo de Santarém, Dom Tiago Ryan, saindo da capela do Seminário São Pio X, recebe o carinho dos então seminaristas do curso ginasial.




A visita de Getúlio Vargas a Belterra – 1940


O Presidente da República tem sido alvo de carinhosas manifestações da população radicada aqui (em Belterra), cuja grande maioria trabalha na plantação de seringais. Ontem, durante toda a tarde, o presidente da República percorreu as terras as terras da Empresa Ford.
Cerca de dois milhões de seringais racionalmente plantados povoam a região. Belterra, ou melhor, “Bella Terra”, pertence ao município de Santarém.
Cerca de sete mil almas habitam a região. Belterra possui hospital, grupos escolares, cinema, luz própria e água encanada.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Elevação de Óbidos à categoria de cidade – 1854

No dia 02 de outubro a então Vila de Óbidos passou à categoria de cidade. O projeto para elevação foi apresentado na Assembleia Provincial pelo deputado José Bernardo Santarém, que propôs na ordem do dia 15 de setembro de 1846 o projeto de lei Nº 227, que elevaria à condição de cidade as Vilas de Cametá, Santarém, São José do Rio Negro (hoje Manaus) e Óbidos. Não sabemos o motivo pelo qual Óbidos foi excluído da elevação ocorrida, no ano de 1848, onde as três outras vilas foram feitas cidades. No entanto, seis anos depois a devida justiça seria feita à uma das mais importantes vilas do Grão-Pará, conforme podemos ver no decreto abaixo publicado.




domingo, 1 de outubro de 2017

Doações recebidas pela Biblioteca Municipal de Santarém – 1931

O nosso distinto amigo sr. Dr. Augusto Meira, que aqui exerceu o honroso cargo de Promotor Público da Comarca, com muita inteligência, acaba de oferecer à nossa Biblioteca Municipal as seguintes obras:
1 – Eis o livro, estudos de filosofia, religião e história;
2 – Estesia filológica (variações pronomes);
3 – Discursos;
4 – Autonomia Acreana;
5 – Direito e Arbítrio (impostos inter estaduais);
6 – Ruy Barbosa e Rio Branco;
7 – Operariado nacional e os novos calabraes [sic];
8 – Educação nacional e payegologia [sic] da Grande Guerra. 

Outubro na História do Baixo Amazonas e Tapajós


01 – O Presidente da Província do Pará extingue a subdelegacia de polícia de Terra Santa incorporando o seu território à 1ª subdelegacia de Faro, na Comarca de Óbidos – PA (1885).
02 – É apresentada em sessão do Supremo Tribunal de Justiça do Império do Brasil, uma carta do bacharel João Batista Gonçalves Campos, juiz de direito da Comarca de Santarém, acompanhada da respectiva certidão de posse na dita Comarca (1846).
03 – Por meio de um decreto deste dia é declarada sem efeito a nomeação do bacharel José Francisco Lopes Lima Júnior para Juiz Municipal e de Órfãos dos termos reunidos de Óbidos e Faro, pelo fato de o mesmo não ter entrado no exercício de suas funções no prazo legal (1866).
04 – Chega a Santarém (na época denominada Vila dos Tapajós) a esquadra de guerra enviada pelo Presidente da Província do Pará, Soares de Andréa, com o objetivo de retomar o poder legal da Vila, que estava sob o domínio dos cabanos. Derrotados, os cabanos se aquartelam em Ecuipiranga (1836).
05 – Neste dia, circulava em “Número Único” o jornal denominado “5 DE OUTUBRO”, uma homenagem da colônia portuguesa radicada em Santarém ao seu país natal, exaltando com saudade a história da “Terrinha” (1911).
06 – Em carta dirigida ao Capitão Geral do Grão Pará, Cristóvão da Costa Freire, o Rei de Portugal ordena que a Fortaleza do Tapajós (cuja construção fora iniciada no século anterior), seja definitivamente dada por concluída (1707).
07 – Há 20 anos... Dom Lino Vombömmel inaugura a TV VIDA, Canal 17 (UHF). É a primeira emissora católica de TV aberta a entrar no ar em toda a região oeste do Pará. Posteriormente a TV Vida foi transformada em TV Encontro, que além do sinal da Rede Vida, transmite também o sinal da TV Nazaré, Canal 26 (1997).
08 – A Diretoria de Instrução Pública da Província do Pará abre, neste dia (pelo prazo de 30 dias) um concurso público para suprir a vacância da cadeira de ensino público feminino na cidade de Santarém (1859).
09 – Através da Lei Nº 704 é aprovado e publicado o novo Plano Diretor do Município de Alenquer (2007).
10 – Falece em Belém o Padre João Maria Gorzoni, missionário dos rios Tapajós e Xingu. Italiano de nascimento, este Jesuíta era músico e em finais do século XVII, quando trabalhava na Aldeia dos Tapajós ajudou a introduzir diversos costumes musicais na catequese dos indígenas, sendo a ele, comumente atribuído a introdução do Sairé (que em sua origem era um instrumento de catequese) em Santarém (1711).
11 – Há 60 anos... Dom Floriano Loewenau é nomeado primeiro Prelado de Óbidos. Partiu dele a sugestão de divisão da então Prelazia de Santarém, junto a Santa Sé, para ser criada a Prelazia de Óbidos, cidade onde o mesmo Dom Floriano já havia trabalhado, antes mesmo de receber o episcopado (1957).
12 – Como resultado das recentes crises e revoltas que antecederam a adesão do Pará à Independência do Brasil, o Governo Provincial cria a Comarca do Baixo Amazonas, com sede na Vila de Santarém. Todavia, sem provê-la de um juiz de direito. Por questões muito mais políticas do que jurídicas, a implantação da Comarca só viria a ocorrer alguns anos mais tarde (1823).
13 – Surge um protesto sobre o armazenamento dos canhões furtados da bateria do Forte de Óbidos, que foram usados para equipar os navios afundados em Itacoatiara, na batalha de 1932. Posteriormente retirados do fundo do rio Amazonas foram parar em um armazém das docas do Rio de Janeiro ao invés de serem devolvidos para o seu local de origem (1933).
14 – Proveniente da cidade de Rio Branco, no Acre, chega a Santarém o presidente da República, Getúlio Vargas, que, acolhido pelo povo e pelas autoridades locais, permanece cerca de meia hora na Igreja Matriz. Casou-lhe admiração o “Ex-voto de Martius” pois não imaginava que o famoso naturalista pudesse ter feito tal doação à uma Igreja do interior do Brasil (1940).
15 – Em sua viagem pelo rio Tapajós (feita sob encomenda do Governador Lauro Sodré), o cientista Henri Coudreau deixa a casa do Senhor Maurício Rodrigues da Silva, ex-comandante do destacamento de Itaituba, em direção à Salto Augusto, no rio Tapajós. Sua próxima parada será na Cachoeira de todos os Santos (ou de Paulo Leite), onde o mesmo aprenderia parte do dialeto (ou língua) dos Apiacá (1895).
16 – Por meio da Lei Provincial Nº 266, o presidente Sebastião do Rego Barros cria a Vila de Brasília Legal, que abrangia também as povoações de Pinhel, Aveiro, Itaituba e as aldeias indígenas de Ixituba, Santa Cruz e Cury. Na mesma ocasião é criada a Paróquia (freguesia) de Santa Ana que, pouco tempo depois teria sua sede transferida para a vila de Itaituba (1854).
17 – O Presidente da Província do Pará, Sebastião do Rego Barros, determina que o cirurgião Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque se dirija para Santarém a fim de prestar socorros aos doentes vitimados por uma epidemia de febra amarela que grassava na cidade (1855).
18 – Dom Floriano Loewenau, Bispo Prelado de Santarém, proíbe “rigorosamente” a celebração da santa Missa, a benção dos anéis e quaisquer cerimônias religiosas para solenidades de “Formaturas Escolares” se, por acaso, não forem removidos dos programas e convites os “Bailes de Formatura” (1951).
19 – A Vila de Santarém presta seu Juramento de Fidelidade a Dom Pedro I, Imperador do Brasil, e finalmente adere à Independência do Brasil. Assim Palma Muniz descreve o ato: “Reunidos os Oficiais do Senado e mais Autoridades a um grande número de Povo, recitou o Procurador uma eloquente oração, e depois logo se entoaram os Vivas ao muito alto e Poderoso Senhor Dom Pedro I, Imperador do Brasil, ao que respondi com três descargas de alegria com a Salva Real de 21 tiros de Artilharia, seguindo-se logo o auto de juramento, que com toda a solenidade prestaram as Autoridades presentes” (1823).
20 – Falece vítima de acidente marítimo às margens do Igarapé do Atumã (Alenquer) o deputado estadual e médico, Dr. Everaldo de Sousa Martins. Além de deputado, foi Prefeito de Santarém por dois mandatos: o primeiro (por eleição) entre 1963/67 e o segundo (1971/74) por indicação do Governador Fernando Guilhon (1982).
21 – Falece no Hospital das Clínicas, na capital paulista o artista e músico Joaquim Toscano de Vasconcelos. Era telegrafista da Amazon Telegraph, e durante muitos anos foi ator do Teatro vitória, tenor dos corais da cidade (ou mesmo em “solo”) e baterista da “jazz-bands” “Assembleia” e “Euterpe” (1956).
22 – A Assembleia Provincial vota aprova a Lei 83, que pela primeira vez aprovava os recursos destinados a todos os municípios do Pará. Para Santarém, além do montante de 1.670$000 (Hum mil seiscentos e setenta contos de réis) para o biênio 1841/42, foi destinada uma verba “extra” para a construção da “Cadeia Pública”, recurso esse que nunca foi empregado na dita construção (1840).
23 – Chega a Óbidos o Governador Geral do Grão Pará, Martinho de Souza e Albuquerque. “Subindo à vila, foi nela recebido pelo senado da câmara, debaixo de um arco triunfal, recitando-lhe o juiz ordinário uma oração de boas vindas”. Em seguida o Governador visitou a Igreja Matriz de Santana, “e sendo-lhe representado a grande ruína que havia a dita igreja, e a precisão e desejo que tinha a irmandade da dita Santa de edificar outra no lugar que fosse mais próprio, ouviu o sargento mor engenheiro sobre a escolha do terreno, encarregando-o igualmente da delineação de um risco para ela” (1784).
24 – O Governador da Província Ataíde Teive reclama da situação da Igreja Matriz de Óbidos e do pároco daquela Igreja, Padre Nazário de Novais Campos, que não providenciou nem mesmo que sua igreja fosse “colada” (1768).
25 – A empresa aérea PANAIR inaugura uma nova linha de viagens aéreas ligando Manaus a Belém, com escala em Breves, Gurupá, Prainha, Santarém, Óbidos, Parintins e Itacoatiara. A passagem de Belém a Manaus custava 975$000 (1933).
26 – Nasce em Pombal (Diocese de Coimbra), Portugal, o Padre José da Gama, missionário do rio Tapajós. Foi ele que em 1722 fundou a Missão de São José de Matapuz (atual Pinhel). Esse padre Jesuíta, era confessor do Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado e foi um dos poucos que não foi deportado com a expulsão dos Jesuítas (1690).
27 – Toma posse como Juiz de Direito da Comarca de Santarém o Dr. Joaquim Pimenta Magalhães, que após nove meses de trabalho seria promovido à Juiz da 1ª Vara da Capital e posteriormente assumiria o cargo de Chefe de Polícia da Província do Pará (1845).
28 – Volta a circular, pela segunda vez no município de Santarém, o jornal “AMAZONIENSE”, sendo impresso na oficina tipográfica do Partido Liberal. Não durou muito tempo por conta dos altos e baixos da política na região (1883).
29 – As tropas “legais” com cerca de 200 homens sob o comando de Inácio Egídio Gonçalves dos Santos que partiram de Juruti retomam a vila de Faro do poder dos Cabanos. Os que não foram mortos pelos legalistas fugiram para os matos (1836).
30 – O Presidente da Província do Pará encaminha ao Tesouro Provincial o pedido de ajuda pecuniária feita pelo pároco de Almeirim para que se fizesse reparos na Igreja Matriz que se encontrava bastante arruinada e precisando de urgentes concertos (1860).
31 – Diversos eleitores conservadores da paróquia de Santarém protestam contra a validade da eleição acontecida no último dia 19 de outubro onde, segundo os ditos eleitores, não constavam os votos dos mesmos registrados nas atas de apuração da referida eleição (1883).