quarta-feira, 25 de março de 2020

Óbidos vista do rio Amazonas em 1936



Paisagem da cidade de Óbidos, como se apresentava a cidade para um viajante que a ela chegasse, navegando pelo rio Amazonas, no ano de 1936.

Orla fluvial de Óbidos na década de 1940



Trecho da orla fluvial de Óbidos, como se apresentava a quem estivesse em uma embarcação atracada no porto da cidade na década de 1940.

Um elogio aos vencedores da revolta de 1932


O Ministro da Marinha, em nome do chefe do governo, elogiou nominalmente o capitão de fragata Alberto Lemos Bastos, capitão de corveta Alfredo Miranda Rodrigues, capitães tenentes Antonio Pojucan e Jeorge Ferreira Bondim, assim como os suboficiais, inferiores e praças sob suas ordens, os quais comandaram e tripularam os navios mercantes requisitados para o serviço militar e armados de metralhadoras, atacando e pondo a pique dois navios mercantes armados com 4 canhões de 75, tripulados pela guarnição revoltada de Óbidos, quando subiam o rio Amazonas, em frente a Itacoatiara.

Sobre a batalha fluvial de 1924


Nas proximidades do Forte de Óbidos, os revoltosos, armando em guerra o vapor fluvial “Cary”, que conduzia perto de 400 homens, atiraram-se com verdadeira loucura contra os destroyers “Sergipe” e “Mato Grosso”, que foram obrigados a repelir o ataque, metendo o navio rebelde a pique com 5 disparos. Salvaram-se os revoltosos que foi possível recolher a bordo.

A fortificação da Serra da Escama – 1907


O sr. marechal Hermes da Fonseca, Ministro da Guerra, resolveu mandar preparar a Fortificação de Óbidos, no Estado do Pará, designando o major Manoel Luiz de Mello Nunes, para desempenhar essa comissão.
Para esse fim foi contratada uma lancha automóvel.
A Fortificação de Óbidos será dotada de dois canhões Krupps de 0m,15 e oito obuzeiros de calibre 0m,28.

A um benemérito farmacêutico de Óbidos – 1927


Transcorreu ontem (5 de março), a data natalícia do distinto tenente farmacêutico Benjamin d’Acampora que, pelas suas elevadas qualidades de espírito e de coração é justamente estimado no seio de nossa sociedade.
Esse ilustre oficial, que embarcará talvez no primeiro vapor do Lloyd, para Manaus, leva enorme folha de serviços prestados à nossa população, inclusive o de ter evitado que a varíola se propagasse em Óbidos.

Sobre a Fortaleza de Óbidos em 1915


O grande Amazonas, o cuidado de fortificação do seu mais estreito passo – Óbidos, e que no passado regimen, apesar de defendido, não obstou que dois pequenos vapores peruanos zombassem dos nossos canhões, permanece, por incúria da República, no mesmo lamentável estado de perfeita carência de defesa.
A fortaleza de Óbidos, que Mallet sonhou tornar uma obra de real valor, nada vale atualmente e não serão os seus antiquados e mal localizados canhões que barrarão a entrada do grande rio.

A situação do Batalhão de Óbidos – 1913


Para satisfazer-se interesses da oligarquia dos Lemos, o 4º Batalhão de Artilharia, que estacionava em Belém, foi transferido para Óbidos, onde não há um quartel habitável, mas um velho forte em ruínas, sem acomodações.
Esse batalhão devia ter a seguinte oficialidade: um coronel, um major, três capitães, dois primeiros tenentes, quatro segundos tenentes, um médico e um farmacêutico: isso, no mínimo.

Sobre Epidemias em Santarém (parte final)

Por Sidney Augusto Canto

Em 1850 uma grande epidemia de febre amarela se manifestou em Belém. Sabedores das notícias vindas da capital, o povo se voltou para a fé no santo padroeiro católico contra as pestes: São Sebastião, bem como aos tiros dados pelos canhões. De algum modo, talvez pela falta do vetor da doença (o mosquito Aedes Aegypti), a doença não chegou à Santarém e a cidade se viu agradecida a São Sebastião, sem, contudo, lhe construir a Capela prometida.
Depois de terminada a epidemia de cólera, a febre amarela chegou entre os santarenos, manifestando-se com frequência nos anos seguintes. Em 1860, entretanto, a doença se manifestou de tal sorte que flagelou a muitas pessoas na cidade. Em seu relatório de 15 de agosto de 1860, o presidente da Província, Angelo Thomaz do Amaral, assim se manifesta sobre a epidemia:

terça-feira, 24 de março de 2020

Sobre Epidemias em Santarém (parte 02)


Por Sidney Augusto Canto

O século XIX não foi um século de muitas melhorias na saúde pública. Epidemias de doenças como a varíola, cólera e febre amarela, malária, lepra, etc. continuavam assolando o Grão-Pará, incluindo a cidade de Santarém.
A varíola, também conhecida popularmente como bexiga, causada por um vírus, foi responsável pela mortandade de grande número de pessoas na Amazônia. Diz Arthur Vianna (foto abaixo) que no início da Cabanagem (1835), uma epidemia de varíola grassou na Capital e no interior da Província deixando-a reduzida a uma situação muito precária.

Sobre Epidemias em Santarém (parte 01)


Por Sidney Augusto Canto

Nestes dias de quarentena, por conta do “corona vírus”, aproveito para fazer um breve relato de algumas coisas do passado que, muitas vezes, deixamos de aprender, fazendo com que a histeria dê lugar à prevenção, e que nossos governos deixem de investir na saúde e na educação para tratar apenas da economia, deixando a própria economia à mercê das constantes epidemias que nos afetam.

Magalhães Barata e uma história de Monte Alegre


Disse-nos inicialmente o Cel. Barata:
“Minha principal preocupação é dificultar a permanência de colonos nas cidades, extinção da continuação do latifúndio, sendo o Pará e o Amazonas os únicos Estados que podem se orgulhar por serem os únicos onde não existe o trabalho rural de “meias” (termo caboclo). Por isso, não vemos, paraenses e amazonenses, a não ser da classe média, pelo Sul. Os paupérrimos ou lavradores são persuadidos a não deixarem a terra. O Instituto Agronômico do Norte, tendo à frente o sr. Felisberto Camargo, infelizmente não tem podido fazer muito porque a ignorância ainda não foi vencida. Narremos aqui uma história absolutamente verídica passada em Monte Alegre, no Pará:

segunda-feira, 23 de março de 2020

Momento Poético: Carta


Por Rui Guilherme Barata

Chico, não é o poema que me traz aqui neste momento.
Não é o poema, Chico, é este cansaço, este medo de ter tantos caminhos,
Tantos e tão poucos satisfazem.

Não é o poema, Chico, é este desejo de contigo sair por estas velhas ruas,
Velhas ruas onde há muito envelhecemos,
Porque – sabes, Chico? – vazio é o nosso olhar de todas as promessas
E nossas almas teem para mais de mil e tantos anos.

Vamos, Chico, não me negues a graça da presença.
Se eu te pedir a lua, por favor, vai correndo buscar,
Se eu te pedir a estrela, manda a empregada comprar,
Se eu desejar a morte. – Por que me fazer esperar?

Algumas descobertas da Missão Rondon – 1929


O general Rondon, presentemente em Óbidos, transmitiu ao sr. Mário Mello, no Recife, o seguinte Radio-telegrama:
Descobrimos e identificamos a única linha das fronteiras que se mantinha desconhecida e ignorada no Brasil e dos brasileiros. Pelo caminho que trilhamos encontramos vestígios arqueológicos de povos primitivos, que foram deixando nas pedras e nos lajedos das cachoeiras gravuras esculpidas em granito, a golpes de pedra sobre pedra.

O embargo das sementes para Fordlândia


O governo do Estado [do Amazonas], sob o fundamento de que a lei proíbe a exportação de sementes de seringueira, negou licença para a saída do território amazonense de grande quantidade daquelas sementes, destinadas às plantações do sr. Henry Ford, no Tapajós.
A primeira partida embargada pelo fisco estadual consiste em 14 caixas de sementes e 10 amarrados e mudas de hevea.

Igreja Matriz de Santo Antônio de Alenquer



Vista da Igreja Matriz de Santo Antônio, da cidade de Alenquer como se apresentava ao olhar nesta fotografia do início da década de 1950.

Busto do fundador de Itaituba



Busto em homenagem ao tenente coronel Joaquim Caetano Corrêa, considerado fundador de Itaituba. Foto publicada no Álbum do Pará em 1939.


Grupo Escolar de Oriximiná



Imagem do Grupo Escolar, principal escola de Oriximiná no início do século XX. Foto publicada no Álbum do Pará em 1939.


Grupo Escolar de Monte Alegre



Assim se apresentava o antigo Grupo Escolar da cidade de Monte Alegre na década de 1930. Foto publicada no Álbum do Pará em 1939.

Notícias da Câmara Municipal de Vila Franca – 1868


Tendo me esta Camara representado sobre o estado de ruina da velha Igreja que servia de Matriz, e a necessidade de concluir-se as obras da que está projectada, autorisei a repartição de Obras Publicas a mandar examinar o estado d’essa obra, e apresentar o respectivo orçamento para a conclusão da dita Igreja.
Tendo-se suscitado um conflicto entre as Camaras de Villa Franca e Obidos, sobre os seus respectivos limites do Lago Grande, declarei-lhes que competia á cada uma d’ellas uma margem do referido lago, sendo que a direita pertence á Villa Franca, e a esquerda á Obidos, á qual pertencem conseguintemente os lugares Preguiça e Marimary, situados na ilha que tambem lhe pertence.

Notícias da Câmara Municipal de Alenquer – 1868


Segundo consta da representação feita pela Camara Municipal dessa villa, é de indeclinavel necessidade autorisar-se:
1.º Conclusão das obras da matriz, paralisadas ha mais de dous annos, com o risco de estragar-se a parte já feita.
2.º Construcção de uma cadeia, assim como de uma capella no cemiterio.
A falta de uma linha de vapores que toque pelo menos uma vez, no porto, dessa villa, é urna necessidade por demais palpitante, e que já foi reconhecida pela Assembléa Provincial do anno passado, a qual autorisou-me a contractar essa linha, mas não fixou para esse fim subvenção sufficiente. 

Notícias do Forte de Santarém em 1868


Nesta Cidade se acha o capitão de engenheiros Luiz Antonio de Souza Pitanga encarregado de dirigir a construcção da fortificação que ali mandou o Governo Imperial edificar.
Estão em andamento regular as obras dessa fortificação existindo, já realizada boa parte de alvenaria e algum trabalho de aterro e nivelamento.
Tem-se gasto com as obras dessa fortificação 11:273$120 réis. 

Notícias do Forte de Óbidos em 1868


Tem-se feito n’esse Forte algumas obras, como concluir a platafórma no alto da colina, tendo sido preciso empregar tijolo por não haver cantaria, reparar o emboço e reboco de todo o parapeito. Fechou-se o Forte com duas cortinas de Leste e Oeste, comportando banquetas na parte interior para defeza d’ellas, a do lado d’Oeste tem extensão menor á que devia ter, para não embaraçar o transito.
Além da substituição de maior diametro nas seis carretas de marinha, foi preciso alterar o restante das mesmas. 

domingo, 22 de março de 2020

Sobre as Alfandegas de Cametá e Santarém – 1868


Como complemento da livre navegação do Amazonas e seus principaes affluentes, baixou o Decreto nº. 3920 de 31 de Julho de 1867, creando alfandegas nas Cidades de Cametá, Santarém, Manáos, São Paulo de Olivença, e Borba, e sendo-me recommendado pelo Ministerio da Fazenda em Aviso de 14 de Janeiro do corrente anno, que procedesse, em execução ao mesmo Decreto, á nomeação provisoria dos empregados que tinhão de compor o pessoal das duas alfandegas criadas nesta Provincia e desse providencias no sentido de serem logo creadas effectivamente essas duas alfandegas, expedi em data de 5 de Março ultimo as seguintes instrucções para essas alfandegas, e nomeei no dia seguinte os respectivos empregados que constão do quadro annexo sob nº. 17.

sábado, 21 de março de 2020

Ataques indígenas na região – 1877


Os índios que assaltaram os mocambos do rio Curuá, e mataram grande número de quilombolas, passaram, em seu regresso às campinas, no dia 27 de novembro pelo sítio Coruçá, de propriedade do sr. capitão Paulo José Lopes Christo, no rio Cupary, distrito de Aveiros.
Pressentidos pelos moradores do sítio e acossados pelos seus cães, internaram-se nas matas e desapareceram, sem causarem os estragos e devastações que assinalam sua passagem. 

A morte do agente consular português em Santarém – 1876


Na cidade de Santarém faleceu o negociante português José Francisco Ferreira que por muito tempo exerceu o lugar de agente consular de Portugal.
De 78 anos que contava 50 tinham se passado no Brasil.
Deixou livres 40 escravos e legou-lhes ainda o usufruto de um sítio, terras e plantações em Ituqui. Deixou também doze contos de réis a uma irmã que tem em Portugal e valiosos legados a estabelecimentos pios daquele reino, e à Casa de Misericórdia e Colégio do Amparo da capital da Província em que faleceu. 

Notícia sobre a Comarca de Óbidos – 1868


Criada pela lei provincial n. º 520 de 23 de Setembro de 1867, foi ella por Decreto n.° 4047 de 21 de Dezembro do mesmo anno declarada de 2ª. entrancia pelo Governo Imperial, que para ali removeo o Juiz de Direito da de Parentins, o Doutor Marcos Antonio Rodrigues de Souza, que tomou posse a 16 de Fevereiro do corrente anno.
O Decreto 4048 marcou 800$000 réis de ordenado ao Promotor publico de Obidos.

Notícias de Monte Alegre – 1872


As necessidades mais urgentes d'esse municipio e para as quaes a respectiva camara pede providencias, são:
1ª. Calçamento da estrada que parte d'aquella villa para o porto da mesma.
2ª. Construcção de urna ponte sobre o rio Ereré. 

Inauguração de monumento em Arapixuna



Para comemorar o centenário de inauguração da Igreja Matriz de Santa Ana, na Vila de Arapixuna, em Santarém, um monumento foi erigido na praça ao lado da referida matriz, sendo inaugurada por Dom Tiago Ryan, no ano de 1980.


Imagens da BR 163 na primeira metade da década de 1970


No início da década de 1970, foi confiada aos engenheiros militares a realização da tão esperada obra da estrada que ligaria as cidades de Cuiabá, no Mato Grosso até Santarém, no Pará. Um projeto que estava previsto desde o Império, pode ser visto em algumas imagens da década de 1970 nesta página.

Relação de lideranças cabanas do Baixo Amazonas presas na corveta “Defensora”.


Abaixo transcrevemos um quadro dos cabanos do Baixo Amazonas que foram presos a bordo da corveta “Defensora”, conforme livro de registro da citada corveta, aberto em janeiro de 1840, que hoje faz parte do acervo do Arquivo Público do Estado do Pará. Interessante que, além de paraenses, há nos registros inclusive pessoas de outras Províncias do Império e até mesmo estrangeiros e, ao contrário do que comumente se pensa, muitos brancos, além de indígenas e negros.

sexta-feira, 20 de março de 2020

Inauguração do Posto Lira



Imagens da inauguração do Posto Lira, na década de 1970. Localizado no cruzamento da avenida Mendonça Furtado com a avenida Santarém-Cuiabá. Fotografias cedidas ao blog pela senhora Neide Lira.

Escola São Francisco na década de 1960



 Imagens da Escola São Francisco, no pavilhão que fica de frente para a Avenida Mendonça Furtado, logo após terem sido construídos pelo frade franciscano, Frei Vianney Miller, OFM, na década de 1960.

Dom Floriano em visita ao Santa Clara


Registro de uma visita do Bispo da Prelazia de Santarém, Dom Floriano Loewenau, ao Colégio Santa Clara, em Santarém, na década de 1950. Foto cedida ao blog pela professora “Ida” Marinho.


Notícias de Monte Alegre – 1871


Igreja de Monte Alegre. Continnão em andamento as respectivas obras, tendo-se obrigado ao arrematante a demolir as torres, por não terem sido feitas de conformidade com o respectivo plano.
(...)
As necessidades mais urgentes d'esse município, segundo representa a respectiva camara, são:

Notícias da Câmara Municipal de Santarém – 1871


A carnara, municipal de Santarém pede augmento de suas rendas, e n'este sentido enviou-me uma proposta que vos será apresentada.
Julgo de conveniencia o que ella propõe; porque sendo o municipio de Santarém de alguma importancia, as rendas da calmara devem ser um pouco mais avultadas para que possa acudir ás suas necessidades.

Sobre a Igreja Matriz de Alenquer – 1871


Já teve lugar o recebimento provisorio desta igreja, e nessa occasião foi reconhecida a necessidade de se mandar fazer coberturas sobre as escadas dos pulpitos, para os quaes se faz a entrada por fóra da igreja, e estão por isso sujeitas a infiltração das aguas da chuva. 

Sobre a Colônia de Imigrantes em Santarém – 1871


Da colonia norte-americana, estabelecida nas proximidades de Santarém sob a direcção do finado major Hastings, e para a qual o governo imperial, além da concessão de 60 leguas quadradas de terras, concorreu com avultadas quantias restão poucas familias que, segundo parece, eram a flôr dos immigrantes. Os mais retiraram-se para o seu paiz, não tendo permanecido na colonia senão em quanto acharam quem os sustentasse.

terça-feira, 10 de março de 2020

A indústria da balata no Pará em 1927


A extração da balata até então embrionária no Estado, acaba de ter um impulso animador, graças à iniciativa do dr. Dionísio Bentes, que tem o intuito de proteger e incentivar essa indústria.
Sua excelência reduziu os seus impostos de 15 para 5 %. Desse modo, a exportação do ano passado atingiu apenas 32.000 quilos; já no semestre último, porém, alcançou cerca de 200.000, havendo fundadas esperanças de ser maior a colheita no próximo ano, pois o Estado do Pará possui imensos balataes inexplorados, alguns de bastante vulto, tirante os que foram agora descobertos nos municípios de Óbidos e Santarém.

NOTA: Publicado na Revista Braz Cubas de 30 de julho de 1927.

Sobre a Missão entre os Mundurucús no rio Tapajós – 1873


Cerca de 300 e tantas milhas distantes da Cidade de Santarém e cento e tantas da villa de Itaituba, está situado a margem direita do Tapajós o aldeamento do Bacabal, onde já se achão reunidos mais de 700 indios da tribu Mundurucús, que começam a sujeitar-se á disciplina da civilisação. Aldeados estes indios, que são o terror e espanto dos demais, se tornará menos difficil o aldeamento das outras tribus que numerosas vagueião errantes sem domicilio certo. 

Um antigo piquenique nas margens do Tapajós – 1906



Registro de algumas das autoridades da cidade de Santarém em uma fotografia publicada em 1906 na Revista “O Malho”, logo após a realização de um piquenique nas margens do rio Tapajós, em frente da cidade. Acervo da Biblioteca Nacional.


Empregados do Comércio Santareno – 1908



Alguns dos funcionários do Comércio da cidade de Santarém, em um registro fotográfico publicado na Revista “O Malho” no ano de 1908. Entre os retratados, está o “sub-agente” da Revista, senhor Antônio Mendes. Acervo da Biblioteca Nacional.


Uma partitura musical – 1920



Partitura da música “Jeca Tatu”, um maxixe composto pelo maestro José Agostinho da Fonseca, publicada nas páginas da Revista “O Malho” de 31 de janeiro de 1920. Acervo da Biblioteca Nacional.



segunda-feira, 9 de março de 2020

Notícias da Câmara Municipal de Santarém – 1873


Solicita esta Camara, que a autoriseis para construir n'aquella cidade á custa de seus cofres, um hospital onde sejam recolhidos e tratados os indigentes accommettidos das febres intermittentes que em certas epochas de todos os annos flagellam a população; e pede augmento para diferentes verbas tanto da receita como da despeza do respectivo orçamento inclusive a de trezentos mil reis aos vencimentos annuaes do amanuense da sua secretaria. 

Notícias da Câmara Municipal de Alenquer – 1873


Apresenta esta camara como primeiras necessidades do seu município a construcção de uma cadêa e da capella do cemiterio para o que vos pede a auxilieis pelos cofres provinciaes. Pede tambem que seja provida de alfaias e paramentos a Igreja Matriz, que em bem da administração da justiça e em vista do incremento da população seja creado um 2.° districto de paz desmembrado do 1.°, e elevado o municipio á cathegoria do termo judiciario, e finalmente que se proceda a uma nova divizão dos limites do districto da villa com os de Santarem e Obidos pela forma indicada no seu relatorio, ficando assim revogada a lei provincial n. 636 de 19 de outubro de 1870. 

Notícias da Câmara de Vila Franca – 1873


Villa Franca. Solicita um auxilio de 1:000$000 reis para applicar ao pagamento de suas dividas demonstradas no respectivo orçamento, e á compra de uma mobilia para a casa de suas sessões. Pede tambem que por conta dos cofres do thesouro decreteis a edificação de uma casa para camara e cadêa da Villa, attendendo á pobreza do seu municipio que não tem rendimentos com que possa levar a effeito taes obras. 

Notícias da Câmara Municipal de Faro – 1873


Pede a Camara Municipal d'esta villa lhe concedais um auxilio para concertar a Igreja Matriz muito arruinada, que seja elevada a 2:000$000 a verba para reparos da casa da camara e cadêa, e augmentadas algumas de suas rendas especiaes, conforme indica no respectivo orçamento.

Notícias da Cadeia de Santarém – 1873


A [Cadeia] de Santarem funcciona tambem no mesmo edificio do paço municipal, mandado construir pela provincia e concluido em março de 1864: a parte occupada pela cadeia consta de cinco salas espaçosas, limpas e bem arejadas, todas as portas e janellas estão guarnecidas de grade de ferro, que foram collocadas em 1869, e tem todas as condições de commodidade e salubridade para os presos. 

Notícia da Cadeia de Óbidos – 1873


Na cidade de Obidos tambem ha uma cadeia que funcciona no mesmo edificio do paço municipal, mas apenas tem duas salas, uma das quaes serve para prisão dos homens e outra muito pequena para mulheres: de tal modo que não é possivel estabelecer-se a separação e classificação recommendada na lei. 

Notícias da Câmara Municipal de Santarém – 1881


Apresenta esta camara, como de urgente necessidade, concertos no alpendre do paço municipal, caiação e pintura do mesmo, reparos no curro publico, continuação da rua dos Mercadores na parte em que está interceptada pelo morro do Castello, até communical-a com a Praça Municipal.
Foi autorisada esta camara por officio de 24 de novembro do anno ultimo, a adoptar em seu municipio, na parte em que fosse exequivel, o codigo de posturas da camara municipal da capital, até que por esta assembléa fosse approvado o codigo por ella organisado. 

Notícias da Câmara Municipal de Prainha – 1881


Creado o municipio em virtude da lei n. 941 de 14 de agosto de 1879, teve lugar a sua installação no dia 7 de janeiro do corrente anno.
Pede esta camara a approvação de seu codigo de posturas e que sejam marcados novos limites para seu município. 

Informação sobre o Forte de Óbidos – 1881


Os reparos e concertos d'este forte foram orçados pelo antecessor do referido Capitão em 7:398$117 réis.
Approvado pelo governo este orçamento, ordenei a execução das obras administrativamente, encarregando ao mesmo engenheiro da sua execução.
Pelos exames á que procedeu verificou poder modificar o orçamento, sem prejudicar a solidez das obras, do que resultou um saldo a favor dos cofres publicos, de réis 3:566$449, que foi recolhido á tesouraria de fazenda. 

sábado, 7 de março de 2020

Notícia do falecimento de Dom Amando



No dia 05 de março de 1939, Dom Amando Bahlmann, Bispo Prelado de Santarém, faleceu na Itália, quando se dirigia para a visita “Ad Limina”, em Roma. Abaixo publicamos a notícia de seu falecimento publicado no Jornal A Cruz, de 12 de março de 1939.

Dom Amando e o caso dos indígenas do Amapá



Um protesto de Dom Amando Bahlmann para um padre francês, noticiado na coluna do jornal Diário de Notícias de 08 de agosto de 1930, sobre a liberdade de escolha de cidadania dos indígenas, acima publicado. Naquela época, o atual Estado do Amapá fazia parte da então Prelazia de Santarém.

O Bispo de Santarém e o Presidente dos Estados Unidos



Acima publicamos a notícia, publicada no Jornal O Paiz de 16 de novembro de 1922, sobre a visita de Dom Amando Bahlmann, Bispo Prelado de Santarém, ao Presidente dos Estados Unidos da América, Warren G. Harding.


sexta-feira, 6 de março de 2020

Notícia sobre a Cadeia de Santarém – 1881


Foram orçadas as obras desta cadeia em réis 1:987$753, e acham-se em arrematação.
N'estas obras do interior ha grande difficuldade em achar arrematante para pequenas obras, e é tambem claro que não é possivel distrahir para cada uma um engenheiro, pelo que a administração é obrigada a lançar mão de commissões, que d'isso se queiram encarregar.

terça-feira, 3 de março de 2020

Sobre a Igreja Matriz de Monte Alegre (Parte 03 - Final)


Por Pe. Sidney Augusto Canto

 As descrições de abandono das obras da Igreja Matriz começam a mudar a partir do ano de 1860. Naquele ano, o presidente da Província do Pará, dr. Antônio Coelho de Sá e Albuquerque, em uma viagem pelo interior da Província, realizado entre os dias 20 de março e 05 de abril de 1860, à bordo do vapor “Monarcha”, da Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas, fica sensibilizado pela situação do estado em que se encontrava a edificação da Igreja Matriz, conforme podemos ver em seu relato: