quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Artigo: Carnavais santarenos de antigamente... (Parte final, por enquanto).

Pe. Sidney Augusto Canto

Para muitas pessoas que eram jovens nos anos de 1970 e 1980, a cidade de Santarém viveu os “Anos Dourados” do Carnaval de Rua. De fato, nesta época, o carnaval santareno chegou a ser considerado como o melhor carnaval do interior do Estado.

No final do anos 1960, era introduzido no carnaval de rua, agremiações de Enredo. Até então os blocos eram de animação e empolgação, muitas vezes conhecidos como “blocos de sujo”, onde além da animação musical e fantasias, havia o resquício dos antigos “entrudos”, feitos com muita maisena e trigo.


Uma batalha de confete na Avenida Tapajós no início dos anos 1980

Promovidos pela Prefeitura, as “Batalhas de Confetes” ocorriam em praças e avenidas da cidade de Santarém, em finais de semana que antecediam o carnaval santareno, houve anos que elas aconteceram durante todo o mês de janeiro ou em todos os domingos de fevereiro, conforme a data móvel do carnaval. Nesta foto podemos ver o “Bloco da Cruzada” participando de uma Batalha de Confete na Avenida Tapajós, próximo à Praça Tiradentes. Foto: Acervo do Instituto Cultural Boanerges Sena.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O Rei Momo do Carnaval Santareno em 1987

No ano de 1987, Jácome Pita (foto) foi escolhido para ser o Rei Momo do carnaval de Santarém; pesando 120 quilos e com muita alegria, o mesmo abriu o carnaval santareno naquele ano, oficialmente na Praça de São Sebastião, que contou com a ausência do prefeito e do secretário de cultura, por conta da forte chuva que caía na cidade. Foto: acervo do Instituto Cultural Boanerges Sena.


O Carnaval da “Melhor Idade” em Santarém – 1987

Por iniciativa da então primeira dama municipal, Rosilda Campos, foi promovido o primeiro Baile dos Idosos no ano de 1987, na sede do São Francisco Futebol Clube. O evento contou com a escolha de rainhas e reis momos da “melhor idade” das comunidades de Alter do Chão, Mojuí dos Campos e Santarém.


Memória da Propaganda: Rainha das Rainhas - 1987

Em 1987, o recém-criado jornal “O Tapajós”, promovia o Baile Rainha das Rainhas, nas dependências do Iate Clube de Santarém. O Convite trazia a premiação da Rainha e da 1ª e 2ª Princesa do Carnaval Santareno.


Bloco de Rua no carnaval de Monte Alegre – 1980

Um dos atrativos do carnaval de rua são os populares “blocos de sujo”, remanescente das antigas brincadeiras de “entrudo”, espalhando trigo e maisena pelas ruas de Monte Alegre no ano de 1980.


O baile infantil do Bancrévea em Oriximiná – 1980

Um animado baile de carnaval infantil, realizado na sede do Bancrévea, em Oriximiná, no ano de 1980. “Mulher Maravilha”, “Ciganas”, “Odaliscas”, “Curumins Indígenas”, “Baianas”, entre outras fantasias, animavam a garotada.


O bloco “Fofão” descendo a Avenida na década de 1980.

Um dos blocos de animação que descia a Avenida Barão do Rio Branco na década de 1980 era o “Fofão”, onde os brincantes tradicionalmente se vestiam de palhaços, alguns mascarados. Foto do acervo do Instituto Cultural Boanerges Sena.


Carro abre alas do bloco “Unidos da Saudade” em Santarém

Santarém já chegou a possuir mais de dez blocos de enredo descendo a Avenida Barão do Rio Branco. Um deles era o “Unidos da Saudade”, que descia a avenida atrás de um bonito carro abre-alas, na década de 1980. Foto: acervo do Instituto Cultural Boanerges Sena – ICBS.


domingo, 19 de fevereiro de 2017

Memória da Propaganda: Baile do Hawai – 1987

Realizado pelo Tropical Hotel de Santarém, a propaganda do “Baile do Hawai” do ano de 1987, trazia como atração especial o cantor “Jamelão”, puxador da escola de samba “Mangueira”, do Rio de Janeiro.



A Escola “Chapeuzinho Vermelho”, campeã do carnaval de 1982

Apostando no enredo “Festa do Sairé”, a escola de samba “Chapeuzinho Vermelho” conquistou o título de campeã do carnaval de rua em Santarém, no ano de 1982, graças ao vigor do presidente da Escola, dr. Telmo Alves.



O bloco “Big T” no carnaval santareno de 1981

Os bailes carnavalescos do Centro Recreativo também eram animados por diversos blocos. Um deles, o “Big T”, foi presença confirmada no baile “Alegria até o Sol Raiar”, promovido pelo clube em 1981.



A Escola “Ases do Samba”, campeã do carnaval de 1979

Com o enredo “Lendas e Mitos”, a Escola “Ases do Samba” conquistava o título de campeã do carnaval santareno de 1979. O diretor da Escola, Laurimar Leal, apostou na simplicidade e na cultura amazônica e santarena para ganhar o título. A música do samba enredo foi composta por Vicente Fonseca, com letra de Renato Sussuarana.


sábado, 18 de fevereiro de 2017

Artigo: Carnavais santarenos de antigamente... (Parte 04)

Pe. Sidney Augusto Canto

As décadas de 1940 e 1950 viram acontecer diversas mudanças no carnaval Santareno. A principal delas foi a solidificação, cada vez maior, dos bailes de salão. Por outro lado, os bailes promovidos nas residências das famílias santarenas, os “assaltos” e os “sustos” foram diminuindo até desaparecerem, para a felicidade de muitas “assustadas“ vítimas.


Em 1949, além dos bailes dos clubes, o carnaval de rua continuava a acontecer, conforme podemos ver na notícia publicada no Jornal de Santarém de 26 de fevereiro daquele ano:

Memória da Propaganda: Loja “A Pernambucana”, em Santarém – 1935

Época de Carnaval também é tempo de anunciar e vender. A loja “A Pernambucana” aproveitava o carnaval para fazer isso com poesia e muita criatividade ao povo de Santarém.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Um distante e animado grupo musical em Santarém da década de 1930

Nos anos de 1930, era comum organizar grupos de músicos que animavam uma turma que iam brincar carnaval de casa em casa, “assustando” os moradores, pois não avisavam nada sobre a “invasão”. Nesta foto podemos ver um desses pequenos e animados grupos musicais, destacando-se, ao centro, o professor Luiz Barbosa.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Artigo: Carnavais santarenos de antigamente... (Parte 03)

Pe. Sidney Augusto Canto


Continuando nos anos de 1930, não podemos deixar de citar alguns fatos inusitados desses antigos carnavais santarenos. Um deles, marcante naquele tempo, sem dúvida nenhuma era a realização do “assustado”.

O “assustado” era organizado em dia de semana, geralmente quarta-feira, onde um grupo de foliões faziam coleta (a famosa vaquinha) para pagar um grupo de músicos. Reunido o grupo, partiam para uma casa pré-escolhida e, sem nenhum aviso prévio, entravam e faziam a festa deixando o dono da casa “assustado” (daí o nome). O pior, era que não acontecia somente o “susto”, havia também o “Assalto”, costume ligado ao primeiro, onde, literalmente se “assaltava” a dispensa (comida e bebida) dos já “assustados” moradores da cidade. Algumas famílias recebiam bem a inusitada trupe, outros, revidavam até mesmo na base da bala aos intrépidos foliões. Na década de 1930, um dos blocos que “assustavam” e “assaltavam” o povo santareno era o “Cigana Salientes”, que o faziam nos domingos e terças de janeiro. 

A posse da “Ilha Ponta Negra” em 1947

Em 1947, o Jornal de Santarém apresentava ao público a notícia da posse da “Ilha Ponta Negra”, no município de Santarém. A terra, formada por barro aluvião do rio Amazonas, curiosamente se tornou pertencente a uma “Olaria”.


O Bloco da Pulga na Avenida Barão do Rio Branco

A animação dos brincantes do Bloco da Pulga quando desciam a Avenida Barão do Rio Branco no início dos anos 1980. FOTO: Acervo do Instituto Cultural Boanerges Sena – ICBS.


O desabamento do Cais de Arrimo em 1986

Um forte temporal que caiu sobre a cidade de Santarém, na madrugada do dia 14 de outubro, uma terça-feira, provocou o desabamento de aproximadamente 40 metros do cais de arrimo na Avenida Tapajós. Curiosamente a empresa Estacon, já estava recuperando outra parte do cais, vizinho ao local do desabamento.


A agenda de eventos que Elinaldo Barbosa não cumpriu em 1969

Um fato interessante da história política (e também esportiva e educacional) de Santarém, pouco conhecida, é a agenda de inaugurações na região do planalto santareno no dia 15 de fevereiro, que seriam feitas pelo prefeito Elinaldo Barbosa, gestor municipal. Contudo, na manhã deste dia, o prefeito seria assassinado em seu gabinete, na prefeitura de Santarém, e o que seria festa, virou luto. Dias antes, a notícia das inaugurações estava estampada no “Jornal de Santarém”, de 08 de fevereiro de 1969, abaixo transcrita: 

Uma nota sobre a “Escola Jesus Maria José”, em Santarém

No dia 11 de setembro de 1906 foi fundada em Santarém a Escola Jesus Maria José, pela piedosa senhora d. Ana de Miranda, que durante muitos anos lecionou as primeiras letras às criancinhas santarenas.
Do ano de 1918 em diante a referida Escola foi regida pela incansável preceptora d. Delfina de Jesus Amorim, que dividiu as aulas por classes, passando a ministrar o ensino de acordo com as exigências do regulamento oficial, o que vinha facilitar aos alunos um padrão de estudos mais elevados.

Reinstalada a luz elétrica em Boim – 1949

Desejoso de dar imediata assistência às nossas localidades do interior do município, o nosso digno e operoso prefeito municipal, sr. Aderbal Corrêa, providenciou com desvelado carinho reinstalar a iluminação elétrica na Vila de Boim, suspensa em virtude de um desarranjo no motor gerador de luz ali instalado na administração do doutor Ismael Araújo, de cuja gestão Boim recebeu esse significativo melhoramento.

O projeto de criação da Escola de Comércio de Santarém – 1947

Coroando uma série de justas reinvindicações para os municípios do Baixo Amazonas, é com satisfação que a Associação Comercial publica, linhas abaixo, o projeto de Lei pelo qual funcionará nesta cidade, servindo, porém, aos outros municípios, a futura Escola de Comércio de Santarém. 

Um estranho “monstro marinho” avistado no Trapiche Municipal de Santarém – 1933.

Na noite de 09 do corrente, cerca de meia noite, várias pessoas encontravam-se no Trapiche Municipal desta cidade, à espera dos vapores “Barão de Cametá” e “Rio-Mar”, quando um dos circunstantes, o sr. Lauro Neves, antigo trabalhador do Trapiche, chamou a atenção dos presentes para um vulto negro, de consideráveis proporções, que avançava contra a correnteza do rio, em direção do Trapiche e ao largo da praia mais ou menos sessenta metros.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Uma reflexão sobre história e turismo em Santarém...


Hoje, conversando com um jovem empreendedor do turismo em Santarém (e aproveitando outra conversa anterior), me veio a necessidade de fazer uma reflexão a partir da seguinte pergunta: Porque não se agregar mais valor histórico à paisagem e potencial turístico de Santarém?
Explicando... Geralmente se mostram pontos turísticos tradicionais do centro da cidade (centro de ocupação historicamente portuguesa), tais como museus, igrejas, praças, etc., e pouco se fala (e se mostra), por exemplo, aos austríacos e franceses: que o bairro da Aldeia tanto encantou os membros da Expedição Langsdorff (patrocinada pela primeira Imperatriz do Brasil) que contou com a participação de ilustres membros destas duas nações.
Aos britânicos não se mostram os lugares onde estiveram alguns dos botânicos mais famosos do Reino Unido (Richard Spruce, Henry Bates e, principalmente Alfred Russel Wallace – coautor da Teoria da Evolução), levando os turistas aos lugares onde esses grandes cientistas estiveram (Mapiri, Laguinho, Maicá) coletando espécimes que hoje se encontram nos museus da Europa.
Pouco exploramos os arredores do Diamantino, onde os confederados norte-americanos foram colonizar após a Guerra Civil Americana (e também onde o famoso inglês Henry Wickham cultivou e preparou as mudas de seringa que foram enviadas para a Inglaterra). E o bairro do Maicá, onde os Riker fizeram a primeira experiência de plantação de seringuais (muito antes de Henri Ford).
Não aproveitamos turisticamente os bairros do Ipanema e Cambuquira (além dos lugares adjacentes, que serviram de lar para os primeiros imigrantes cearenses que aqui vieram).
Isso sem falar nas colônias japonesa (que possuía campo de beisebol, em Santarém), alemã, italiana, portuguesa, espanhola e tantos outros povos que ajudaram a construir nossa cidade, agregando valor histórico ao nosso potencial ecológico, paisagístico e turístico.
Esses exemplos são somente para ilustrar a reflexão que proponho aos amigos e amigas que trabalham o potencial turístico de Santarém... (com meu obrigado ao Karin e Rafael pela colaboração no parto desta reflexão).
Santarém, 07 de fevereiro de 2017.

Pe. Sidney Augusto Canto

Grupo dos 20 no carnaval obidense nos anos 1930.

Assim como aconteceu em Santarém, o carnaval obidense deixava os bailes de salão e das residências das elites da cidade para tomar as ruas e ladeiras da “Cidade Presépio”, um dos grupos de animação da rua era o Grupo dos 20. Nesta foto, pode-se ver, há mais de 80 anos atrás, a presença de crianças mascaradas no carnaval pauxis.



Baile de Carnaval no Atlético Cearense em Santarém – 1978

A década de 1970 foi um ano de ouro para os bailes de salão (que nunca saíram de moda na cidade). Aqui postamos o registro de um baile no tradicional clube santareno do Comercial Atlético Cearense no ano de 1978. Foto enviada ao blog pelo amigo Eudi Bertier.



Artigo: Carnavais santarenos de antigamente... (Parte 02)

Por Pe. Sidney Augusto Canto

Os anos de 1930 foram anos de mudanças no carnaval santareno. Ainda continuavam a existir os bailes de salão e o carnaval pomposo das residências das famílias tradicionais. No entanto, em 1931, assumia o governo municipal o prefeito Ildefonso Almeida. Gestor que deu grande impulso cultural e administrativo à urbe tapajônica. Foi ele o primeiro gestor a organizar o CARNAVAL DE RUA em Santarém, oferecendo uma oportunidade para aquelas pessoas que não tinham condições de organizar bailes em suas residências.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

“Unidos da Cruzada” no carnaval santareno em 1984

Outro bloco que agremiava os brincantes de Momo da nossa tapajônia no ano de 1984 era o “Unidos da Cruzada”, com muita irreverência e alegria. FOTO: Acervo do Instituto Cultural Boanerges Sena.


A “Mocidade Independente da Turiano Meira”

O “Bloco Mocidade Independente da Turiano Meira” era outra agremiação carnavalesca que fazia a alegria dos santarenos quando de sua descida pela “Avenida do Samba” no ano de 1984. FOTO: Acervo do Instituto Cultural Boanerges Sena.


O Bloco da Pulga na Avenida em 1984

Um dos mais tradicionais blocos de Santarém na atualidade, o “Bloco da Pulga” mostrava sua empolgação no carnaval santareno de 1984. FOTO: Acervo do Instituto Cultural Boanerges Sena.


O Breguelhegue nos carnavais dos anos 1980

A Avenida Barão do Rio Branco era a “Avenida do Samba” no início dos anos 1980, quando o bloco “Breguelhegue” descia a avenida com destaque para o “Abre Alas” que ocupava toda a largura da pista. FOTO: Acervo do Instituto Cultural Boanerges Sena.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Artigo: Carnavais santarenos de antigamente... (Parte 01)

Por Pe. Sidney Augusto Canto

Como algumas pessoas, inclusive alguns amigos da imprensa santarena, me pediram informações sobre como era o carnaval no passado de nossa cidade, mergulhei em meus arquivos para expor uma ideia das alegrias que marcaram os fevereiros (às vezes indo até março) de nossa cidade.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Artigo: Óbidos, sua história e a sua paisagem evocativa



Por Rubem Murillo

Situada à margem esquerda do Amazonas, Óbidos, pela sua situação topográfica, pelas características de sua paisagem, é uma visão evocativa daqueles tempos do “Eldorado” misterioso e tão cobiçado pelo gênio aventureiro de Orellana.
O passageiro das “gaiolas”, que embrenhar o espírito na história do “rio das Amazonas”, recordará um sem número de fantasias criadas pelos primeiros aventureiros que, partindo do litoral peruano, ali chegaram, de surpresa em surpresa, de assombro em assombro pelos imprevistos da natureza misteriosa e gigantesca. As nativas, tão guerreiras como os homens, despertaram em frei Gaspar de Carvajal, estas palavras da mais profunda admiração:

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Notícias de Itaituba – 1925

Festejou-se aqui o Glorioso Mártir São Sebastião, sendo juiz da festa o capitão Antônio Rodrigues Lobato, Vogal do Conselho Municipal, começando as novenas no dia 11 de janeiro. 
À bordo do vapor “Santo Elias”, que fundeou neste porto a 14 de janeiro à noite, chegou o reverendo padre Frei Aloysio Walter, que veio presidir os atos religiosos. O piedoso franciscano foi recebido pelo sr. Intendente do município, que o acolheu com aquela lhaneza e boa vontade que o caracteriza como católico prático.

Um Apelo em favor da Escola Comercial do Baixo Amazonas – 1959

O dr. Ubaldo Corrêa endereçou circunstanciado telegrama ao sr. Governador do Estado, apelando para que sejam pagas as subvenções devidas pelo Estado a esse estabelecimento de ensino. Eis o telegrama:

Momento poético: Os tempos mudam...

Pastor Evangelista Damasceno

No meu tempo de menino
Andava tudo direito,
Tinha menos desatino
Dentro da ordem e respeito!

Nem só ladrão e assassino,
(Pederasta ou outro sujeito,
Fosse corno ou libertino).
Ninguém lhe dava conceito!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Um irreverente protesto contra o preço do pão em Santarém – 1931

Não se pode dizer que o povo brasileiro, e entre eles os santarenos, possuem grande criatividade em protestar. Um exemplo disso é o texto que abaixo publicamos, intitulado de “Pai Nosso dos Santarenenses” contra o abusivo preço do pão no ano de 1931:

Fevereiro na História do Baixo Amazonas e Tapajós



01 – Pela Bula “Unius Apostolicae Sedis” do Papa Pio XII, é criada a Prelazia de Macapá, com área desmembrada da Prelazia de Santarém (1949).
02 – Falece em Gurupatuba (Monte Alegre) o Padre Manuel de Borba, SJ. Foi sepultado na igreja de Nossa Senhora da Conceição daquela Missão (1691).
03 – Na então vila de Faro, neste dia juramentaram-se o juiz ordinário da Câmara da Vila, Joaquim Gomes da Silva e o seu procurador , Braz Gonçalves (1800).
04 – Inauguração da Mini-Hidroelétrica de Kanebitaibiri, que passa a prover a Missão Cururu, dos índios Mundurucus de energia elétrica (1940).
05 – O Padre Sebastião Fusco então responsável pela Missão dos índios Tapajós, recebe a profissão solene dos Jesuítas Júlio Pereira e Salvador de Oliveira (1732).
06 – Chega à Monte Alegre, procedente de Prainha, para realização de vários espetáculos a trupe do “Circo Gymnastico” (1886).
07 – Começa a circular, na cidade de Santarém, o jornal “Gazeta do Norte”, redigido por Silvério Sirotheau Corrêa (1931).
08 – Perante a presença do Padre Raimundo Sanches de Brito e do comandante Militar do Baixo Amazonas, Major Roberto Aires Carneiro, com as solenidades que o momento e meio permitiam, foi inaugurada a Igreja Matriz de Sant’Ana, em Óbidos (1827).
09 – Chega à Santarém, para tomar posse como prefeito no dia seguinte, o dr. João Ismael Nunes de Araújo (1947).
10 – No clima de tensão pós-independência, a Câmara da Vila de Óbidos repreende o envio de forças vindas da Vila de Santarém, bob o comando do capitão Bibiano Luiz do Carmo, considerado pela edilidade pauxiara como um insulto dos mais escandalosos (1825).
11 – Início da Revolta de Jacareacanga, chefiada pelos militares Haroldo Veloso e José Chaves Lameirão (1956).
12 – O cônego Antônio Feliciano de Souza, diretor do Colégio Nossa Senhora da Conceição, em Santarém, faz sua defesa pública contra as acusações a ele feitas pelos senhores Miguel Antônio Pinto Guimarães e seu genro, o dr. Antônio Joaquim Gomes do Amaral (1871).
13 – Chega a Alenquer e abre a primeira visita pastoral, o Bispo do Grão-Pará, Dom Frei João de São José e Queiroz (1763).
14 – Chega à Aldeia de São José dos Matapuz (Pinhel) o sertanista João de Souza, ao que se sabe, o segundo homem a descer o rio Tapajós, vindo do Mato Grosso (1749).
15 – O Prefeito de Santarém, Elinaldo Barbosa dos Santos é assassinado dentro do gabinete da Prefeitura Municipal (hoje Museu João Fona) pelo senhor Severino Frazão, ex administrador do Mercado Municipal (1969).
16 – Carta Régia que autoriza os padres da Companhia de Jesus (jesuítas) a transferirem a Missão e Aldeia dos índios Cuçari (ou Guzary, ou Gonçari), que se localizavam nas margens do rio Amazonas (lado oposto à Monte Alegre) para onde hoje se encontra, atual município de Curuçá (1691).
17 – Com toda a pompa possível, a imagem do Senhor Bom Jesus dos Passos é solenemente transladada da Matriz da cidade de Óbidos para a nova capela a ele dedicada e inaugurada (1871).
18 – O Bispo do Grão Pará, Dom Frei João de São José e Queiroz chega a Monte Alegre e abre a primeira visita pastoral naquela paróquia (1763).
19 – Por meio do Decreto n° 54, é criado o Conselho de Intendência Municipal da Cidade de Juruti e nomeado para Presidente (e primeiro Intendente) o senhor: Dário Rodrigues de Souza (1890).
20 – Falece, na Missão Cururu, Frei Berardo Erckmann, OFM, irmão leigo, que era carpinteiro e foi responsável por várias das obras naquela missão (1920).
21 – É constituída uma Comissão Popular para angariar recursos para a construção da Igreja de São Sebastião, em Santarém (1872).
22 – O Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado instala a Vila de Almeirim e cria a Paróquia (ou Freguesia) de Nossa Senhora da Conceição (1758).
23 – A comissão da Assembleia Legislativa do Estado do Pará emite parecer favorável para que o Governo do Estado ajude na construção do Teatro de Santarém (Theatro Victoria), provocando reações contrárias na imprensa da capital. A ajuda, entretanto, liberada somente depois da construção do teatro, foi recusada pelos santarenos (1896).
24 – O Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado eleva a condição de “Lugar de Outeiro” a antiga Aldeia de Urubuquara (localizada às margens do rio com o mesmo nome), fundada pelo jesuíta Padre José Barreiros, sob a invocação de São Francisco Xavier (1758).
25 – Falece, em Belém, o historiador João Bento Veiga dos Santos, autor, entre outras obras, dos “Anuários” da Prelazia/Diocese de Santarém (1987).
26 – O médico regional de Santarém, dr. Pedro Juvenal Cordeiro, foi designado pelo governo do Estado para tratar da epidemia de varíola que assolava o município de Vigia (1896).
27 – O Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado instala a Vila de Monte Alegre e cria a Freguesia de São Francisco de Assis, no que antigamente era a Aldeia de Gurupatuba (1758).

28 – O Juiz de Direito da Comarca de Santarém (à época denominada de Vila do Tapajós), Dr. Joaquim Rodrigues de Sousa, sofre tentativa de assassinato por parte dos revolucionários cabanos (1836).