sexta-feira, 30 de março de 2018

Momento Poético: Miss Santarém


Por Felisbelo Jaguar Sussuarana

A mais formosa, a mais linda,
Aquela que mais me encanta,
Que não foi vencida ainda,
És tu, és tu, minha santa.

És a princesa encantada
Do meu palácio risonho;
És a célica balada
Que me embala no meu sonho... 

Homenagem a Dom Amando Bahlmann – 1938


Por ocasião das comemorações dos 50 anos de ordenação sacerdotal de Dom Amando Bahlmann (22 de setembro de 1938), foi tirada uma fotografia que, no dia 15 de dezembro do mesmo foi reproduzida como homenagem em uma página revista Excelsior.


Um quadrangular de “lanternas” no campeonato santareno – 1955


Pela tabela do quadrangular, teríamos, amanhã (06 de março) o encontro São Raimundo X América, quando seria conhecido o “lanterna” do torneio, pois tanto o São Raimundo como o América nada mais aspiram neste quadrangular.
Mas acontece que o América vem de receber uma tentadora proposta para excursionar domingo até Óbidos, o que aceitou, desistindo do seu jogo contra o São Raimundo. O que vale dizer que o América, de sua livre vontade, empunha a 1ª lanterna do 1º quadrangular.

quinta-feira, 29 de março de 2018

Portaria Nº 18, sobre os menores em Santarém no ano de 1949


O Capitão Eutropio de Souza, Delegado de Polícia do Município de Santarém, Estado do Pará, por nomeação legal, etc.
RESOLVE:
I – Fazer ciente aos pais, tutores e responsáveis dos menores residentes nesta cidade, que vai tomar medidas energéticas, com referência a vadiagens e outras disposições impostos pelo Código de Menores, de acordo com a portaria de 30 de novembro do ano de 1948, do meritíssimo dr. Juiz de Direito, o que transcreve na íntegra os itens da mesma, para o conhecimento geral.

Sobre a questão da energia elétrica em 1931


Passageiro do vapor “Tupy”, da Amazon River, encontra-se já em Monte Alegre, desde 24 de janeiro, o engenheiro eletricista da Companhia Siemens, dr. Bruno Savari, a fim de ali proceder a instalação e montagem da Usina de Luz Elétrica. O dr. Arnóbio Franco, atual gestor do vizinho município vai, assim, dotar a terra que tão dignamente dirige com um melhoramento de vulto capaz, só por si, de recomendar e exaltar a sua administração.
Óbidos dispõe já, também, há alguns anos, de excelente iluminação elétrica – tanto acontecendo à cidade de Alenquer.

Sobre um mutirão de limpeza da estrada do Cucurunã – 1921


Lista dos nomes dos moradores que auxiliaram o agente de segurança pública, cidadão Sebastião Amândio Pereira, na limpeza feita na estrada pública do lugar Cururunã, distrito desta cidade de Santarém, iniciados os trabalhos no dia 15 de maio do ano corrente, comparecendo o mesmo agente todos os dias ao serviço, acompanhado dos seguintes cidadãos:

terça-feira, 27 de março de 2018

Mensagem dos funcionários municipais ao PRIMEIRO PREFEITO de Santarém – 1931


Na ocasião em que v. Exa. deixa a proveitosa direção administrativa deste município, onde os surtos de sua valiosa operosidade tanto concorreram para a paz e a felicidade de nosso município, o funcionalismo municipal não podia ouvir suas delicadas palavras de afastamento, sem testemunhar a v. Exa. pela presente MENSAGEM, o intenso pesar que experimentam os seus empregados ao se verem privados, assim tão de pronto, não só da sua invejável competência de administrador como dos excepcionais característicos do seu coração nobre, sobremodo lhano e atencioso, servido pelo mais inatacável caráter de chefe honesto, exato, probo e austero.

Momento Poético: Velas ao Sol Poente


Por Augusto Lopes

Passam as velas no horizonte
            Com deusa-panda na bujarrôna...
            Vão enfunadas, quase defronte,
Daquele sol que se desmorona.

Umas são brancas, outras azuis,
            Cortando o mar em arrebol...
            Vento Galerno, todas tafuis,
Singram as velas ao pôr do sol. 

Memórias do Lago Grande de Curuai



ANO 1961
24 de maio – Celebração, em sua nova capela (1), da festa de Nossa Senhora Auxiliadora, em Aracuri.
27 de maio – Celebração da Primeira Festa de Nossa Senhora da Salvação, em Peré.
02 de julho – Celebração, em sua nova capela (1), da Festa de Nossa Senhora das Graças, em Ajamuri.
05 de agosto – Chegada de Frei Benjamim Link, OFM, que ficou em substituição de Frei Gilberto Wood, OFM, que foi aos Estados Unidos da América. Veio acompanhado por José Campos da Silva no motor “São José”. Desta data em diante, passaram os padres a fixar residência nesta Vila.

Memória da Propaganda: às mulheres eleitoras em 1934


A presença da mulher na democracia brasileira é algo relativamente recente em nossa história. Nesta propaganda, a “Chefe Feminina” do Partido Liberal de Santarém, sra. Ubaldina Imbiriba dos Santos, conclama as mulheres santarenas a participarem da eleição de 1934 em prol dos candidatos “baratistas”.



segunda-feira, 26 de março de 2018

A Procissão do Senhor Morto, em Santarém


Uma das mais antigas tradições religiosas da Semana Santa em Santarém é a “Procissão do Senhor Morto”. Percorrendo as ruas do centro da cidade de Santarém, com as paradas nos chamados “Passinhos”, onde se ouve o lamento do canto da “Verônica”, o toque das matracas e a presença de duas das imagens barrocas da Igreja Catedral: o esquife com Jesus morto e a de Nossa Senhora das Dores. Acervo ICBS.



Uma Festa de São Francisco no Bairro do Caranazal


Tendo como fundo a antiga Igreja de São Francisco, uma procissão em honra ao santo padroeiro do bairro do Caranazal, segue pela Avenida Plácido de Castro, ainda sem cobertura asfáltica, com acompanhamento do vigário de então, Frei Fabiano Merz, OFM, no início dos anos 1980. Acervo ICBS.



sexta-feira, 16 de março de 2018

Dez curiosidades sobre a História da Comarca de Santarém...



Por Pe. Sidney Augusto Canto

01. Tempos de vacância na Comarca de Santarém...
Em 03 de novembro de 1841, em substituição ao dr. José Bernardo de Loyola (que nesse mesmo dia foi transferido para a Comarca de Sapucaí – MG), foi nomeado juiz de direito da Comarca de Santarém o dr. Antônio Thomaz de Godoy, até então juiz da Comarca de Jequitinhonha, em Minas Gerais, que teve carta registrada a 04 de maio de 1842, mas que, apesar de tomar posse por procuração, não colocou os pés em sua comarca até o ano de 1843, quando o Ministro da Justiça do Império declarou Santarém como uma Comarca Abandonada pelo seu juiz titular, nomeando como novo juiz o bacharel Antônio Gonçalves da Silva Porto, nomeado a 17 de maio de 1843 que teve sua carta de nomeação registrada a 28 de novembro do mesmo ano. O referido juiz Silva Porto, só recebeu a notícia de sua nomeação a 21 de fevereiro de 1844, quando ainda exercia a função de juiz de direito na Comarca de Pastos Bons (MA). Não chegou a assumir a Comarca de Santarém, pois a 13 de abril do mesmo ano (1844) foi o mesmo removido para a Comarca de Crato (CE).

02. O Juiz que foi enterrado dentro da Igreja Matriz...
No dia 13 de abril de 1844, era nomeado um novo juiz de direito para a Comarca de Santarém na pessoa do paraense dr. Raymundo José de Lima (natural de Acará, próximo da Capital). O referido bacharel teve sua carta de nomeação registrada no Supremo Tribunal de Justiça a 08 de agosto de 1845, quando já havia tomado posse da mesma. Este foi o primeiro juiz a morrer no exercício de sua função na Comarca de Santarém. Morreu ignorando que não era mais juiz da comarca, pois faleceu a 01 de novembro desse mesmo ano de 1845, sem saber que já havia sido, inclusive, transferido de Santarém para a 1ª Vara da Capital da Província, a 26 de setembro do mesmo ano. No entanto, recebeu todas as pompas fúnebres como tal. Seu corpo foi sepultado no interior da Igreja Matriz, atual Catedral de Santarém, onde talvez ainda jazem seus ossos até os presentes dias em sepultura de local ignorado. Digo talvez, pois por ocasião da reforma da Catedral (1965/68), foram retirados alguns ossos que se pensavam ser de indígenas, mas que talvez eram de algumas pessoas notáveis que foram lá sepultadas, tal qual o do nobre juiz acima citado.

03. O último juiz a condenar alguém à morte por enforcamento...
Com a morte do juiz Raymundo José Lima, foi nomeado como juiz de direito da Comarca de Santarém o bacharel José Joaquim Pimenta Magalhães, que teve sua carta de nomeação registrada no Supremo Tribunal de Justiça a 19 de maio de 1846. Contudo o mesmo não chegou a assumir a Comarca, pois a 11 de setembro o mesmo bacharel pedia ao Supremo Tribunal de Justiça que registrasse sua carta de nomeação para juiz da 1ª Vara da Capital da Província do Pará, que também já estava vaga pela morte do juiz José Lima. Nesse mesmo ano foi nomeado e tomou posse da Comarca de Santarém o bacharel João Batista Gonçalves Campos que teve sua carta de nomeação registrada no Supremo Tribunal de Justiça a 02 de outubro de 1846. Este mesmo juiz, em 1848 acumularia, interinamente, além da Comarca, a função de Chefe de Polícia da Província do Pará, deixando como juiz de direito interino da Comarca o bacharel Antônio Felix de Alvellos Goes de Brito Inglez (promotor público da Comarca). João Batista Gonçalves Campos, ficou à frente da Comarca de Santarém até 1852; foi mais tarde Barão e Visconde de Jari, galgando diversos cargos na administração pública e também na justiça, chegando a Ministro do Supremo Tribunal de Justiça do Império. Sua gestão passou para a história por, nela, ter acontecido a execução da última pena de morte na Comarca de Santarém, em fevereiro de 1851.

04. O juiz que deixou a Comarca pelo amor de sua jovem esposa...
Em 03 de fevereiro de 1852, foi nomeado para juiz de direito da Comarca de Santarém o bacharel dr. Francisco de Assis Bezerra de Menezes, que somente em fins de 1853 (outubro) chegou ao Pará para assumir a sua nova função. O mesmo, sendo natural de Quixeramobim, no Ceará (assim como sua distinta esposa, sra. Maria de Souza Bezerra, que lá ficou apartada de seu marido, com quem havia se casado quando ela contava apenas 15 anos de idade), não se acostumou com a cultura local e a distância de sua Quixeramobim; e muito mais ainda com a ausência da sua amada esposa, pedindo transferência para sua terra natal, ou local mais próximo, pudesse compartilhar da companhia de sua consorte. Atendido seu pedido, foi logo transferido de Santarém para a de Granja, no Ceará a 20 de outubro de 1854. Nesse mesmo dia, foi nomeado o bacharel Francisco de Araújo Lima, para substituí-lo. Não gozou o dr. Assis Bezerra, entretanto, da companhia da esposa por muito tempo, pois a mesma veio a falecer, em 16 de junho de 1857.

05. Óbidos propõe a emancipação da Comarca de Santarém...
Em 1857, registra-se um fato importante para a atual historiografia emancipativa do Estado do Tapajós. Os nobres vereadores da Câmara Municipal de Óbidos, enviam um Requerimento pedindo ao governo imperial que a Comarca de Santarém (da qual Óbidos fazia parte) seja desmembrada da Província do Grão-Pará e emancipada como uma nova Província do Império. O Ministério do Império encaminha o Requerimento, juntamente com um ofício da Província do Pará ao Parlamento Imperial, que é lido no expediente do dia 02 de julho de 1857 e encaminhado para a Comissão de Estatística.

06. O promotor que reduziu pessoa livre à condição de escravo...
Em 1858, o promotor público da Comarca de Santarém, Francisco Mendes Pereira, foi demitido de suas funções pelo presidente da Província pelo fato de o mesmo haver reduzido um menor, que estava livre, à condição de escravidão. O mais interessante é que o referido promotor assim agiu sem forma alguma de processo, apenas usando como base um requerimento do interessado eleitor da Comarca. Sendo chamado pelo presidente da Província a prestar contas do fato, o referido promotor prometeu remediar o fato e devolver o menor à liberdade. Voltando a Santarém, entretanto não o fez, por se achar as vésperas da eleição e não querendo afrontar os ânimos do eleitor que se apossou do menor de idade, tornando-o escravo, o Promotor voltou atrás de sua palavra e nada fez para mudar o caso em que deveria promover a justiça. O fato foi demais para o presidente da Província que, diante da descabida ação do Promotor Público, não teve outra ação a não ser demiti-lo.

07. O juiz que pediu para deixar a Comarca por escassez de carne...
Em 08 de junho de 1861, foi nomeado para juiz de direito da Comarca de Santarém o dr. Francisco Urbano da Silva Ribeiro que, até então, exercia a função de Chefe de Polícia na Província do Piauí. Mesmo gozando da estima do Barão de Santarém e do tenente coronel Joaquim Rodrigues dos Santos, o referido juiz não se acostumou ao clima da Comarca e havendo, segundo o mesmo magistrado, muita escassez de carne em Santarém, o ilustre juiz chegou a usar essa desculpa em alguns jornais para justificar o pedido de sua remoção para alguma comarca vaga no Maranhão, a que atendeu S. M. o Imperador, removendo-o da Comarca de Santarém a 30 de abril de 1862, sendo-lhe dada a Comarca de Ipu.

08. Os primeiros juízes da Comarca de Santarém...
Desde sua criação, em 1833, até o ano de 1880, a Comarca de Santarém viu passar pela magistratura quinze bacharéis que foram nomeados como juízes de direito da referida Comarca, cujos nomes apresentamos abaixo pela ordem de atuação:
01 – Joaquim Rodrigues de Souza
02 – João Bernardo de Loyola
03 – Raymundo José de Lima
04 – José Joaquim Pimenta de Magalhães
05 – João Batista Gonçalves Campos
06 – Francisco de Assis Bezerra de Menezes
07 – Francisco de Araújo Lima
08 – Francisco Urbano da Silva Ribeiro
09 – Ovídio Guilhon
10 – Francisco de Faria Lemos
11 – João Rodrigues Chaves
12 – Abel Graça
13 – Inocêncio Pinheiro Correa
14 – Manuel do Nascimento Teixeira
15 – Ernesto Adolpho de Vasconcelos Chaves

09. Os primeiros juízes municipais e de órfãos da Comarca...
Criados pela Lei de 03 de dezembro de 1841, a função de juízes municipais e de órfãos, teve os seguintes ocupantes na Comarca de Santarém entre os anos de 1842 a 1880, pela ordem:
01 – Antônio José Lopes Damasceno
02 – José Gomes de Paiva
03 – Felix Gomes do Rego
04 – Inocêncio Pinheiro Correa
05 – Manuel de Sá e Souza
06 – Belarmino Pereira de Oliveira
07 – José Antônio Nunes

10. Os primeiros promotores públicos em Santarém...
Neste mesmo período (até o ano de 1880), a Comarca contou com a atuação dos seguintes promotores públicos, a saber:
01 – Francisco Xavier de Azevedo Coutinho
02 – Manoel de Azevedo Coutinho
03 – Antônio Felix de Alvellos Goes de Brito Inglez
04 – Felix Gomes do Rego
05 – Manoel Joaquim Portilho Bentes
06 – Romualdo de Souza Paes de Andrade
07 – Francisco Mendes Pereira
08 – Inocêncio Pinheiro Correa
09 – Raymundo José Rebello
10 – Manuel de Sá e Souza
11 – Manuel José de Oliveira Miranda
12 – Pedro R. Epifânio Batista
13 – João Clímaco Lobato

quinta-feira, 15 de março de 2018

Os novos dirigentes do “Ypiranga Sport Club” – 1929


Conforme fora anunciado, realizou-se à noite de 06 de janeiro andante, a posse dos novos norteadores deste grêmio esportivo.
Sob a presidência do sr. Felipe Castro, membro do Conselho Superior, correram os trabalhos na máxima ordem, tendo sido empossada a diretoria, que assim se constitui: presidente, dr. Selezio Campos; vice-presidente, João B. Mello; 1º secretário, Silvério Sirotheau Correa; 2º dito, Almiro Nóvoa; 1º tesoureiro, João Ramiro Vieira; 2º dito, Bernadino Vieira; orador, dr. Anysio Chaves; consultor, solicitador Jonathas Almeida; diretor de esportes, Finéas Araújo; capitão geral, Oscar Maia. CONSELHO SUPERIOR: Presidente, coronel Silvino Campos; membros – Felisbello Sussuarana, farmacêutico Felipe Castro, Raymundo Figueira e José Antônio de Oliveira. SECÇÃO RECREATIVA: Presidente, Antero Guimarães; secretário, Miguel Amílcar Paixão; tesoureiro, Sebastião Mota; diretores – Raymundo Fona Pereira, Alcides Fialho e Raymundo Campos; adido, João Mello.

O lugre “Venturoso” da Marques Pinto – 1923


Amanheceu ontem (05 de janeiro) em nosso porto, rebocado pelo “Nilo Peçanha”, o lugre português “Venturoso”, consignado à firma Marques Pinto & Irmão, para o transporte de madeira e diversos gêneros deste município para Portugal.
O referido veleiro, que é a primeira vez que vem à Santarém, é o de maior capacidade de quantos tem ancorado em águas tapajônias.
O “Venturoso” que é de quatro mastros e registra 413 toneladas líquidas, veio sob o comando do capitão José Ançã e tem como piloto o sr. Antônio Leopoldo Santos. A guarnição compõe-se de nove homens.

O Réveillon do Euterpe Jazz – 1932


Aproxima-se pungente e concorridíssimo o vasto réveillon com que o EUTERPE JAZZ vai festejar a passagem do Ano, nos seus elegantes salões sociais, no bairro da Aldeia.
O entusiasmo que reina entre os seus habitues e as graciosas jovens que fazem o encanto das suas festas, é de molde a afirmar com a certeza de uma verdade incontestável, que o retumbante festival para a recepção do ANO NOVO fixará época nos fastos da vitoriosa história do EUTERPE, o qual, segundo nos consta, está aprestando o seu magnífico conjunto com as mais novas e saltitantes músicas da atualidade carioca, chegados pelos últimos paquetes, especialmente para essa festa.

Momento Poético: Estações da Vida


Por Carlos Chaves de Oliveira

PRIMAVERA! Começo de uma vida;
Início de um romance a desdobrar,
Visão longínqua, vaga, indefinida...
Perfumes de inocência a se evolar.

VERÃO! Estrada a percorrer florida;
Sonhos de glórias, ambições sem par;
Primeiro beijo da mulher querida,
A primeira lição do verbo Amar. 

quarta-feira, 14 de março de 2018

Homenagem à Imprensa pelo Cinema São José em Santarém – 1954


A empresa proprietária do “Cinema São José”, que já se firmou entre o nosso público como grande lançadora de filmes novos e de geral aceitação, homenageará o pessoal dos jornais, estação de rádio e serviço de alto falantes de Santarém, com uma sessão especial no próximo domingo (10 de janeiro), às 9 horas da manhã, durante a qual será exibido o monumental filme “Ponte de Waterloo”, que tão grande sucesso vem causando entre os aficionados da arte que imortalizou Rodolfo Valentino.

Notícias do campeonato santareno de futebol – 1949


No jogo realizado domingo último (31 de julho), em prosseguimento ao Campeonato de Futebol entre as esquadras do São Raimundo Esporte Clube e América Futebol Clube, saiu vitorioso o time do São Raimundo, pela contagem de 3X1, cujos pontos foram conquistados por Chaná, Vicente e Orlando. O único ponto do América foi conquistado por Romano.

Sobre um caso de “fetichismo” obidense – 1901


A “Cidade de Óbidos” em uma de suas últimas edições, tratando do grande número de foliões ou especuladores que exploram a crença popular, aproveitando a safra do cacau, com imagens de todas as qualidades e invocações, termina assim a sua local, onde nos apresenta duas santas novinhas da silva, e que estão chamando a atenção das autoridades locais: N. Sra. do Alimento e N. Sra. do Pau.

Sobre a construção da Rodoviária de Santarém – 1979


A posição da Associação Comercial de Santarém e do Clube de Diretores Lojistas solicitando ao FTERPA a revisão do projeto da Estação Rodoviária, é louvável. Primeiro pela preocupação das dimensões do terreno que vai abrigar o imóvel; segundo pelas dimensões da Estação que, segundo sabe-se, é igual a Estação de Capanema. A verdade é que ninguém em Santarém tem conhecimento do projeto detalhado, talvez, simplesmente porque não houve um projeto para Santarém e sim uma adaptação de um projeto padrão utilizado pelo FTERPA.

Um apelo por Santarém em 1921


Não há negar que o nosso município tem evoluído em sua vida agrícola, graças, quiçá, à descida vertiginosa que, na cotação do comércio mundial, sofreu a borracha – o dourado de quantos, atraídos pela fortuna, se embrenhavam nas ínvias matas amazônicas. Desfeita a ilusão desses denodados bandeirantes, começaram todos de compreender o erro em que permaneciam entregando-se exclusivamente ao cultivo da hevea, que colossais riquezas proporcionou, é verdade, mas que, por isso mesmo, a muitos deixou arruinados para não mais se erguerem.
Desafiando o braço e a dedicação do lavrador, terras úberes aí estavam aptas à policultura, abandonadas, porém, por aqueles que só no “ouro negro” viam o veículo de suas ambições de fortuna.

Momento Poético: Por que?


Por Clotilde de Mattos

Eu vivo perto de ti,
Vivo junto de ti,
Girando noite e dia em torno de ti,
Mas, tu não me conheces.

Os teus olhos vivem, apaixonadamente, alucinadamente,
Olhando para mim,
Mirando para dentro de mim,
Cravados no fundo dos meus olhos,
Mas, tu não me vês. 

terça-feira, 13 de março de 2018

Um bilhete aos vereadores de Santarém – 1951


Dorme no esquecimento da terra mocoronga o nome de um homem que muito fez pela mocidade que aqui vive e aqui trabalha, deixando para comprovar sua grande dedicação, jovens musicistas que, pelo seu grande desenvolvimento, bem dizem da competência que possuía aquele que, em vida, chamou-se José Agostinho da Fonseca.
Homem de uma modéstia fora de comum, o professor José Agostinho muito trabalhou pelo desenvolvimento da arte musical em nossa cidade, às vezes lecionando gratuitamente, dispondo para isso até das horas que lhe sobravam para repousar, não esmorecendo ante os tropeços que se lhe eram apresentados pelos que não olham com amor a terra que lhes dá hospedagem.

Notas falsas em Santarém – 1962


Os jornais de Belém vêm noticiando o derrame de notas de Cr$ 1.000,00 falsas nesta região.
Quinta-feira última (02 de agosto), no “guichet” do Banco do Brasil, o “caixa”, com elogiável perícia e zelo profissional, apreendeu três notas viciadas. Vale salientar que o gesto do funcionário do Banco do Brasil, foi antes de circular, nesta cidade, o jornal de Belém, onde noticiava o novo derrame de notas falsas, que são facilmente reconhecidas por serem de papel mais grosso e outras pequenas falhas nas vinhetas das cédulas.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Uma festa para construir a nova sede do Centro Recreativo – 1938


Com o alto patrocínio de distintas senhoras de nossa sociedade, o Centro Recreativo realizará, na noite de 21 de abril próximo, na sede social, uma festa lítero-musical que obedecerá à caprichosa organização do esforçado associado sr. Joaquim Toscano, cujo produto reverterá em favor da “Caixa Pró Construção da Sede” desse Club.
Tratando-se de um benefício de grande significação para o Centro Recreativo, com certeza os sócios e admiradores desse Grêmio muito auxiliarão os dirigentes recreativenses para o feliz êxito da linda festa de arte de 21 de abril vindouro. 

Um desastre na usina de energia elétrica em Santarém...


Com alguns dias de funcionamento da nova Usina Elétrica, e quando toda gente esperava não mais haver interrupção da luz, eis que às onze horas da noite de quarta-feira (02 de janeiro), um desastre nas máquinas nos condena à escuridão completa por muitas semanas ou meses.
Por defeito de colocação, ou por qualquer motivo – incluindo o azar, – um cilindro, peça principal e do valor aproximado de 5 contos, arrebentou, quebrando ainda outras peças vizinhas.
Não houve vítimas.
Na impossibilidade de fazer funcionar tão cedo o dínamo grande, trabalha a Empresa no sentido de, adaptando um dínamo menor, fornecer por estes dias a luz pública, sendo provável que a iluminação particular seja cortada temporariamente.

sábado, 10 de março de 2018

Reflexões políticas e filosóficas dos nossos líderes...



"É absolutamente injusto INCULPAR os poderes públicos deste Estado, por esquecimento ou indiferença para com as precisões do interior".

(Lauro Sodré – foto – governador do Estado do Pará, em 1896 - Reconhecendo a culpa do Governo Estadual em ESQUECER ou ser INDIFERENTE com o interior do Estado do Pará).


Um Cruzeiro Turístico em Santarém – 1934


À noite de 30 de maio último, ancorou em nosso porto o luxuoso paquete “Almirante Jaceguay”, em que viajam, num cruzeiro de turismo organizado pela patriótica instituição “Touring Club do Brasil”, elementos de destaque nas letras, no comércio, na indústria e no jornalismo do sul do país, cujo intuito, visando o norte brasileiro, é conhece-lo de visu, para melhor conhecer a grandeza da pátria.
Dentre os cento e muitos passageiros do garboso paquete do Lloyd Brasileiro, todos ilustres, destacam-se, pela deferência concedida aos organizadores do cruzeiro, o sr. Embaixador do Chile e exmas. Esposa e filha. É também elemento de relevo na embaixada turística, a eminente escritora sra. Maria Amélia Queiroz Carneiro de Mendonça, que viaja em companhia de seu esposo, o industrial dr. Marcos Mendonça.

Os afamados “Bonecos de Pano” fabricados em Santarém – 1934


Surpreendeu-nos agradavelmente, a ponto de entusiasmar-nos a grafar estas linhas, a coleção de bonecos de pano que a “Porta Larga” tem a dias em exposição.
Já conhecíamos trabalhos similares, aqui mesmo colecionados, mas sem o acabamento e a originalidade que presidem as que ora nos ocupam a atenção.
Os bonecos a que nos referimos, criação de modestas, mas inteligentes moças conterrâneas, são bem a prova do gênio inventivo de nossa gente, em cujo meio, de vez em vez, surgem verdadeiros artistas, que a falta de recursos não dá asas a maiores voos.
Os trabalhos expostos na “Porta Larga”, pelo gosto artístico que revela a pacharra dum trabalho manual organizado por uma força de vontade capaz de superar a exiguidade de elementos materiais de que se ressente o meio, se tivessem origem estrangeira ou apresentassem ao menos rotulagem de extramuros, teriam certamente o sabor das grandes novidades, das importantes criações que a Europa nos envia a preços fabulosos.

O aniversário da Escola Frei Ambrósio em 1948


No próximo dia 03 de maio corrente, o Grupo Escolar desta cidade comemora o 48º aniversário de sua criação.
Constituindo esse fato um acontecimento de real interesse para a população, o corpo docente daquele importante estabelecimento de ensino resolveu, para que não passe desapercebida tal data, mandar celebrar missa, às 8 horas, na Igreja Matriz, após o que serão os alunos reunidos naquele educandário para a execução de um “programa escolar”, caprichosamente organizado pelas diligentes preceptoras que ali empregam suas atividades, sob a direção de sua esforçada diretora, professora Stela de Macedo Veiga.

Poema em prosa: No silêncio de uma noite hibernal


Por Apolônio Fona

Porque choras?
Interrogação certante como lamina afiada e perfurante como a ponta de um punhal. E, contudo, é a verdade: choro, sinto correrem-me pelas faces polidas rios de lágrimas quentes como fogo e que, no me lavarem os lábios amargam como fel.
E ris!

O Circo Wallace em Santarém no ano de 1929


Estreou quinta-feira (17 de janeiro) a companhia de variedades que acode pela denominação acima.
A assistência foi avultada, ficando a arquibancada literalmente cheia.
Os trabalhos apresentados agradaram, constando o programa de pretidigistação, ilusionismo, cançonetas, canções sertanejas, etc.
Pedro Brandão, o clown nacional, agradou imenso no papel de violeiro nordestino.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Visita dos Escoteiros Paraenses ao Baixo Amazonas – 1944


A Federação Paraense de Escoteiros, instituição de caráter patriótico e educativo da nossa juventude, iniciara, há tempos, a criação de tropas no interior do nosso Estado, com franco e decidido apoio do exmo. Sr. Coronel Magalhães Barata, Interventor Federal no Estado.
E desejando intensificar o escotismo no Baixo Amazonas, conforme os desejos da Interventoria, empreendeu uma excursão de 40 escoteiros à sede deste município, onde permanecerá durante uns oito dias, mostrando às autoridades a ação escoteira, por meio de intensa propaganda, com demonstrações em praça pública, dos ensinamentos recebidos com espetáculos do “Teatro Escoteiro”, de fins educativos e recreativos, competições esportivas infanto-juvenis, etc., após o que será estudada a possibilidade de ser instalada, neste município, sob o patrocínio do exmo. Sr. Coronel Magalhães Barata, Interventor Federal, e exmo. Sr. Ildefonso Almeida, Prefeito Municipal, uma tropa escoteira, cujo desenvolvimento muito contribuirá para a educação da juventude santarenense.

Uma descrição dos primórdios de Oriximiná em 1882


Quando, em 1882, fizemos uma viagem pelo rio Trombetas, foi para nós uma agradável surpresa, avistando a engraçada e nascente povoação do Uruátapera, fundada pela diligência do padre José Nicolino.
A escolha do lugar, quanto a beleza e posição geográfica, demonstra claramente a inteligência de quem o escolheu.
Uruátapera está colocada na margem esquerda do rio Trombetas, na parte em que este grande tributário do Amazonas recebe as águas do Jamundá, pelo largo e profundo canal do Sapucuá, que deságua na margem direita, mesmo fronteiro à povoação, tendo, pouco abaixo, cerca de um quilômetro, o paraná-miry do Cachoery.

Momento Poético: Alma Doente


Por Paulo Rodrigues dos Santos

Oh! Porque não fui eu simples bloco de mármore,
Que talhado a cinzel ingressasse na História,
E na eterna mudez de veneranda estátua,
Evocasse, silente, alma sonho de glória
            de um artista de fama! 

O esporte aliado à educação em Santarém – 1932


Na colônia Saubal, deste município, foi inaugurada a 15 de março próximo findo, por iniciativa do Cruzeiro Sport Club, daquela localidade, uma escola particular destinada exclusivamente aos filhos dos seus associados.
O amplo e confortável salão em que está funcionando esta escola, na sede própria do Cruzeiro, foi, por deliberação de sua diretoria, no ato inaugural, denominado Capitão Almeida, em singela, mas expressiva homenagem daquela conceituada agremiação desportiva ao nosso ínclito prefeito municipal, capitão Ildefonso Almeida, que vem felicitando a nossa terra com uma administração honesta, fecunda e laboriosa.

Uma visita do Governador Fernando Guilhon à Santarém...


Encontra-se em Santarém, desde ontem, o preclaro Governador do Estado, engenheiro Fernando José Leão Guilhon que, acompanhado dos seus auxiliares imediatos, inspeciona obras, preside inaugurações e toma outras providências ligadas aos órgãos de sua administração, instalados em nosso município.
À tarde de ontem (14 de janeiro), sua excelência, em companhia do dr. Everaldo Martins, prefeito do município, visitou a comunidade de Cucurunã, onde presidiu a solenidade de inauguração da nova Escola Municipal da localidade. Hoje à tarde (15 de janeiro), estará seguindo para a região do Una, até a Baixa do Cipó, onde presidirá a inauguração de uma Escola, e na volta visitará a Vila de Mojuí dos Campos, onde inspecionará as obras que lá se realizam.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Outras dez curiosidades sobre a História de Óbidos...



Por Pe. Sidney Augusto Canto

01. Conflitos entre lideranças obidenses...
No ano de 1874 um conflito abalou os líderes responsáveis pela segurança do povo obidense. O juiz de órfãos, arrogando a si mesmo poderes que a lei não lhe conferia, procurou intervir em atos de competência do subdelegado de polícia (como inspetor de prisões em seu distrito) e do tenente coronel comandante da Guarda Nacional (como chefe desta milícia). Apesar do mal-estar, as coisas foram sendo resolvidas com intervenção do governo da Província.

02. Alistamento militar em Óbidos em 1876...
A comarca de Óbidos, procedendo ao alistamento militar para o ano de 1876, alistou 90 cidadãos assim distribuídos: 55 foram alistados para todo o serviço, seja em tempo de paz ou de guerra; 07 foram isentos do serviço em tempos de paz; 28 foram dispensados de todo o serviço.

03. A ajuda para os flagelados da seca no Nordeste...
Em decorrência da grande seca que afligiu o Nordeste Brasileiro, no ano de 1877, o povo obidense, sensibilizado pela situação de penúria de seus irmãos nacionais e a pedido do Presidente da Província e dos membros da Junta Comercial do Pará, promoveram uma subscrição que rendeu a quantia de 514$000 (quinhentos e quatorze mil réis) que foram enviados à Província do Ceará.

04. Fundo de emancipação para os escravos obidenses...
Óbidos era uma das cidades do Baixo Amazonas com um grande número de escravos. A liberdade era, muitas vezes, comprada por meio do Fundo de Emancipação, distribuído pelo governo provincial. No ano de 1881, o município comprou a liberdade dos seguintes escravos: Herculano, Thomazia, Gregório e Zeferino. Foram usados 488$000 (quatrocentos e oitenta e oito mil réis) do saldo do Fundo de Emancipação e 1:512$000 (um conto, quinhentos e doze mil réis) de pecúlio.

05. Novos limites entre Santarém e Óbidos...
Com a extinção do município de Vila Franca (que manteve, entretanto, o título de paróquia), seu território foi dividido entre os municípios de Santarém e Óbidos. Assim sendo, a partir do ano de 1885, os limites passaram a ser assim: pertencendo a Óbidos, da boca do Lago Grande, todo o igarapé Juquiri, o igarapé das Fazendas, inclusive os lagos denominados Preguiça, Cabeça d’Onça e Jararaca, abrangendo a fazenda Nazaré e o retiro para cima denominado Livramento até a terra firme; e pertencendo a Santarém das fazendas Santo Antônio, Retiro dos Mirandas e Tezo do Papa-Terra, para baixo, margeando a terra firme.

06. Uma reclamação dos inícios da República...
Em 1890, logo após a proclamação da República, o clima político em Óbidos continuaria tenso. A antiga Pauxis possuía um delegado permanente do Governo na pessoa do sr. Marcos Antônio Nunes, denominado pelos seus conterrâneos de “Papa-rana”, pois se dizia que, em política o mesmo não errava, tal qual o Papa católico em matéria de fé. Os comerciantes locais pediam muito ao governo do recém proclamado regime, que não esquece do interior, porque, até então os olhos dos governantes estavam sempre voltados para a Capital, enquanto Óbidos nem as migalhas para construção de um trapiche não recebia.

07. A reivindicação dos fazendeiros obidenses...
Outra justa luta comercial foi a cobrança feita ao Governo do Estado para que o mesmo abrisse uma estrada para os Campos Gerais da Guiana. Os fazendeiros acreditavam que isto traria a grande melhoria esperada para a criação de gado vacum e cavalar, pois as últimas enchentes do rio Amazonas lhes traziam muitos prejuízos com as criações. Em 20 de janeiro de 1891, o engenheiro Antônio Manoel Gonçalves Tocantins, comunica ao governo que, uma vez aberta a estrada, o fazendeiro obidense Vicente Augusto de Figueiredo estava disposto a começar uma fazenda nos ditos campos, para lá levando a quantia de mil reses bovinas, para servir de exemplo para que outros fazendeiros trocassem os campos de várzea pelo de terra firme.

08. Sobre a saúde em Óbidos em 1894...
O Governo do Estado, por meio da Lei Nº 215, de 30 de junho de 1894, dividiu o Estado do Pará em Regiões Médicas. A primeira Região Médica compreendia Óbidos, Juruti e Faro, tendo Óbidos como sede. Para ocupar o cargo de médico da 1ª Região, foi nomeado o doutor Américo Witruvio Gonçalves Campos.

09. A luta por uma boa educação em Óbidos...
Com o advento da República, foi criado, em Óbidos, um externato que, apesar do esforço e competência de seus diretores, pouco chegava a produzir para o bem da municipalidade. As coisas mudariam, entretanto, com a criação do Grupo Escolar de Óbidos, que só foi possível por meio da reforma feita pela Lei 593, de 25 de junho de 1898. Esta Lei fez com que o Governo fizesse um regulamento que permitia que mulheres pudessem ser professoras de meninos (até então, somente homens podiam fazê-lo) e também a organização de Grupos Escolares. O de Óbidos foi inaugurado solenemente no dia 31 de janeiro de 1901.

10. O papel de Óbidos no combate à fraude fiscal...
Em 1903, o Governo do Estado, para combater fraudes ao fisco, ordena que todos os vapores que naveguem pelo Baixo Amazonas, tenham que tocar no porto de Óbidos para serem fiscalizados pela Mesa de Rendas daquela localidade, aos infratores uma multa de um conto de réis-ouro ao proprietário e comandante da embarcação, respectivamente. A norma surtiu bons efeitos, pois, no ano seguinte, a Mesa de Rendas em Óbidos recolheu 70:569$301 (setenta contos, quinhentos e sessenta e nove mil, trezentos e um réis), tendo como despesa apenas 6:200$000 (seis contos e duzentos mil réis). Desde então, Óbidos tornou-se ponto importante na fiscalização de evasões de divisas e fraudes contra o fisco do Estado do Pará. 

Homenagem dia da mulher: Professora Nilza Serique


Filha de Moisés Júlio Serique e de dona Ana Sirotheau Serique, a professora Nilza Serique trabalhou nas Escolas Frei Ambrósio e no Colégio Santa Clara. Nesta foto de 1942, para a revista Excelsior, ela aparece cercada de guloseimas, muitas das quais ela mesmo gostava de preparar.



Homenagem dia da mulher: Professora Odila Matos


Filha do casal Cesário e Raimunda Matos, a professora Odila Matos lecionou na Escola São Francisco na década de 1940. Registro de uma pose fotográfica publicada na revista Excelsior de 1943.



Homenagem dia da mulher: Professora Maria José Olidense


Uma das primeiras mulheres a lecionar na Escola São Francisco, a professora Maria José Olidense, aqui posa para uma página social da revista Excelsior, no ano de 1941.




Uma orquestra de moças na Santarém de 1927


Não nos causou surpresa o adiantamento em que se acham as moças que fazem parte da orquestra do Ipiranga, porque é, aliás, reconhecida a competência do maestrino Fona.
Moço dotado de boa vontade, afeito ao trabalho, qualquer ideia faz logo realidade. Se os fados o perseguem, não o devemos culpar. É sabido que aqui, causa alguma vai adiante. Quando não fenece no nascedouro, meses, um ou dois anos, desaparecem. Logo, se pouca existência tiver a orquestra do Ipiranga, não o censuremos.

Agressões às mulheres em Santarém no ano de 1929


Quem, com algum interesse, estiver acompanhando o registro dos fatos criminais verificados em nossa Comarca, há de, por força, notar quão assustador é o computo de ofensas ao pudor que, de certo tempo a esta parte, em menos de um ano talvez, transitam ou tem transitado pelo nosso foro.
Absurdo embora pareça, o que é fato é que depois que o ilustre magistrado da vara de Direito, ao assumir o cargo, iniciou forte e decidida campanha em favor das indefesas vítimas dos “caçadores de honra”, proliferou sensivelmente o número dos defloradores como que num desafio à justiça e menosprezo à sua proficiente ação.
Rara é a semana que na Prefeitura de Polícia não se constata a queixa de um caso de ofensa ao pudor, tomando o fato um vulto que está reclamento séria repressão.

A Legião Brasileira de Assistência em Santarém – 1945


Reencetando os seus trabalhos, para assegurar a mui alta finalidade a que foi destinada, a Legião Brasileira de Assistência reorganizou-se entre nós, realizando uma sessão de inauguração do Centro Municipal desta cidade, localizado na própria residência particular de sua digna Presidente, exma. Sra. Regina Lisboa de Almeida, esposa do operoso gestor da Municipalidade, sr. Ildefonso Almeida.
A Legião Brasileira de Assistência tem, atualmente, por finalidade principal, o auxilio imediato à família de todos os convocados pelo Serviço Militar; e volta igualmente as suas vistas para todo indivíduo ou toda família que necessitar de um amparo material.

A Visita de Madre Pacífica em Santarém – 1945


Em visita às 24 casas de sua Congregação, existentes em nosso país, acaba de chegar a esta cidade a Revda. Madre Pacífica I. C. Boenning, Superiora Geral da Congregação das Irmãs Franciscanas Missionárias da Imaculada Conceição.
Sua Revma. veio diretamente de Nova Jersey (N.J.), nos Estados Unidos, de onde dirige os destinos da florescente congregação, à Santarém, pelo motivo de ter sido esta cidade o berço da Congregação fundada sob os auspícios de S. Excia. Revma. Dom Amando Balhmann e da Madre Maria Imaculada de Jesus, (ambos falecidos).
A Revda. Madre tem gostado imensamente desta cidade e de seu povo.

quarta-feira, 7 de março de 2018

A carinhosamente chamada “Nossa Madre” dos santarenos


A professora alemã Elizabeth Tombrock, miraculosamente curada em Lourdes, na França, veio para o Brasil em 1910, fixar residência em Santarém e fundar, juntamente com o Bispo Dom Amando Bahlmann, a atual Sociedade Missionária da Imaculada Conceição – SMIC, ou como carinhosamente chamamos de Irmãs do Santa Clara. Aqui, em terras santarenas, Elizabeth Tombrock se tornou Madre Maria Imaculada de Jesus.




Miss Santarém e Miss Pará em 1978


A senhorita Iranilde Costa Ribeiro, Miss Santarém eleita também Miss Pará em 1978, abre aqui nossa homenagem a algumas das mulheres santarenas que fizeram acontecer em nossa história.