quarta-feira, 21 de junho de 2017

A Catedral, o Castelo e a beleza de um Rio Azul...


Três ícones da cidade de Santarém, que memorizam a beleza e os encantos da “Pérola do Tapajós”: A Catedral da Imaculada Conceição, que representa a fé cristã trazida pelo padre Bettendorf; o rio Tapajós e seu majestoso azul, que recebeu o nome dos povos que aqui habitavam e o famoso “Castelo”, prédio encantador que a ganância, o progresso e o desleixo com a memória do passado, acabaram destruindo. Fotografia de fins da década de 1960.

Uma imagem de Santarém em idos de 1940...



Vista de parte da orla fluvial de Santarém, mostrando a antiga Rua João Pessoa (hoje Lameira Bittencourt), com o casarão do Barão de Santarém em destaque e a praia que antes havia no local hoje ocupado pela Praça do Pescador. Foto do acervo Ignácio Neto.

Folguedo de Pássaro Junino em Fordlândia no ano de 1931



Tempos de festas juninas eram tempos de dramatização dos folguedos pastoris. Um deles era o do pássaro, morto por um caçador e ressuscitado pelo poder do pajé indígena. Nesta foto podemos ver a representação de um Pássaro Junino na Vila de Fordlândia, acompanhado por um violino (rabeca) e dois violões (ou violas) que davam, junto com a percussão, a animação do canto pastoril.

Dança Pastoril do Boi-Bumbá na Vila de Fordlândia em 1931


O boi-bumbá (ou bumbá-meu-boi) era uma dança típica dos negros da Amazônia. Em Santarém acontecia desde a metade do século XIX. No ano de 1931, foi feito esse registro deste folguedo pastoril na Vila de Fordlândia, rio Tapajós.


terça-feira, 20 de junho de 2017

Uma descrição de um holandês do século XVII sobre o povo Tapajó.

Pe. Sidney Augusto Canto (*)

Costuma-se dizer, inclusive nos meios acadêmicos, que a história é escrita e contada pelos vencedores. Mas, a própria história, muitas vezes nos prega peças, ou, como costumo dizer a meu círculo de amigos com quem compartilho essa paixão pela pesquisa histórica, a história também é feita de surpresas...

(Aldeia dos indígenas Tapajó, na cidade de Santarém - 1828 - Desenho de Hercule Florence)

Em minhas pesquisas sou sempre surpreendido pelos documentos que encontro que, muitas vezes, tem colocado luz em cima de fatos obscuros ou destruído mitos. Foi assim que, ano passado (2016), enquanto eu pesquisava sobre a Cabanagem, alguns amigos do Rio de Janeiro e de Manaus muito me ajudaram, enviando documentação oitocentista para minha pesquisa.
Foi aí que veio a surpresa, no meio de farto material, um texto publicado há muitos anos, por um holandês, chamado Pedro Moreau, cujo título denomina-se “Relação Verídica do que se passou na Guerra do Brasil feita entre os portugueses e os holandeses, etc.”, cuja existência me era desconhecida, até então, descrevendo em suas páginas, a vida dos holandeses (que, vale ressaltar, perderam a guerra contra os portugueses pela posse de terras no Brasil) e sua relação com os indígenas Tapajó, que habitavam nossa região.
Transcrevo, agora, como esse holandês via nossos antepassados em princípios dos anos 1600, época das batalhas entre holandeses e portugueses por estas terras, que expõe uma nova perspectiva e olhar sobre nossos antepassados, além daquelas clássicas descrições que já conhecemos. Eis o texto:

Os selvagens (diz Pedro Moreau), que nada mais presavam do que a vida ociosa... não mostram-se ingratos por este rico presente da liberdade que lhes restituíam; ao passo que eles antes, não podendo viver em segurança, procuravam os desertos como guarida, e tinham tal terror pelas armas portuguesas e ao fogo produzido pelos seus mosquetes, e que sem vê-lo causava-lhes feridas mortais, que eles desabituavam-se à conversão dos cristãos. Enlevados, pois, de uma graça tão inesperada, eles próprios vieram oferecer-se ao serviço de seus benfeitores que, astuciosos, os domesticavam com pequenos presentes e ensinaram aos brasileiros o manejo das armas e a atirar reto com eles. Mas os Tapajós, nação mais brutal, e que nus como sua mão, não vivem senão nos bosques à maneira de vagabundos, não cuidam nunca em acostumar-se a isso. Lançavam-se logo por terra, logo que lhes apresentavam uma arma de fogo, levantaram-se prontamente, sem dar, às vezes, tempo de as tornar a carregar, e unicamente traziam clavas, chatas na extremidade, fabricadas de uma madeira rija, com as quais de um só golpe dividiam os homens em duas partes; todavia os holandeses serviam-se mui bem de uns e de outros. Seu exército fazia com eles maravilhosos progressos. Levavam-nos pelos lugares mais ásperos e mais difíceis, eles mesmos levavam a nado os soldados que não ousavam arriscar-se nos grandes rios, andavam e corriam com uma ligeireza não imitada, pela frente, por de traz e de lado, cortavam com machados que lhes entregavam as silvas e as densas sarças, que conservavam antes o mundo todo breve, conduziam de dois a dois em uma maca, que é um tecido de algodão feito à semelhança das redes de pescador, os oficiais cansados ou indispostos, e os oficiais doentes; designavam as emboscadas, conduziam-nos a lugares em que os inimigos fossem surpreendidos e mortos. Se era preciso bater-se em campo, os portugueses tinham certeza de perder a vida se eles se não salvassem; porque estes Tapajós e brasileiros encarniçados queriam mesmo matar aqueles que os retinham prisioneiros; isso também nunca acontecia senão raras vezes, e entre soldados em ausência dos outros.

É a história revelando que a vida segue dinâmica, que as lutas continuam, e que resistir faz parte do sangue tapajoara...


(*) Presbítero da Diocese de Santarém, pároco de Fordlândia – Rio Tapajós. Pós-graduado em História da Amazônia pela Faculdades Integradas do Tapajós – FIT. Membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós – IHGTap e da Academia de Letras e Artes de Santarém – ALAS. 

Crônica de uma viagem de Magalhães Barata pelo Baixo Amazonas em 1944


Faro, Juruti, Oriximiná, Óbidos, Alenquer, Monte Alegre, Santarém, Prainha, Almeirim, Porto de Moz, Gurupá, Breves, Curralinho e Muaná são os municípios deste Estado que estão sendo visitados pelo Interventor Federal, coronel Magalhães Barata, numa longa viagem de inspeção. Uma comitiva composta de médicos, enfermeiros e técnicos acompanha o Chefe do Estado nessa viagem, a fim de que sejam estudados os vários e complexos problemas dessa região e tomadas, imediatamente, as providências que se tornam necessárias.

A pouca conhecida viagem do explorador inglês Savage Landor pelo rio Tapajós e sua estadia em Itaituba – 1911


O nosso serviço telegráfico noticiou a chegada, à Belém, deste notável explorador inglês.
Nos jornais do Pará encontramos as notas abaixo sobre a travessia que realizou:
Savage Landor [foto] penetrou nas matas goianas, convicto de que estava tudo bem disposto e teria bom êxito a sua tentativa. Os animais eram, ao todo, dezesseis.
A expedição atravessou o planalto de Mato Grosso e dirigiu-se às cabeceiras do Arinos, origem do Tapajós.

Inaugurada a Rádio Rural Educadora de Santarém – 1964


Nos últimos dias uma série de melhoramentos vem recebendo o nosso município, o que confirma a posição de vanguarda que ele desfruta como líder do Baixo Amazonas. É uma agência de Banco que se instala, uma rua que se pavimenta, um edifício colegial que recebe radical transformação; tudo testemunha o progresso da “Pérola do Tapajós”.
Domingo passado a cidade e todo o interior do município, foram sacudidos por um desses acontecimentos marcantes a que podemos denominar de grande realização – a inauguração da “Rádio Educadora de Santarém Limitada”.

Sobre explorações minerais no Baixo Amazonas em 1853

A primeira viagem de uma embarcação comercial a vapor entre Belém e Manaus, foi feita entre os dias 01 de janeiro e 23 do mesmo mês, no ano de 1853, pelo vapor “Marajó”. Uma curiosidade é que, nesta mesma primeira viagem, um dos passageiros fazia explorações minerais em nossa região, conforme podemos ler no registro abaixo transcrito: 

Sobre a Escola da Colônia de Pescadores em Santarém – 1933

O Prefeito Almeida, num louvável gesto em prol da instrução dos pescadores, subvenciona a Escola Santos Dumont, da Colônia Z-11.
Por louvável ato, que a seguir noticiamos, transcrevendo o ofício respectivo, o sr. Prefeito Almeida vem de subvencionar a Escola Santos Dumont, da Colônia de Pescadores Z-11.
Ei-lo:

sábado, 10 de junho de 2017

Igarapé do Irurá em Santarém, numa tarde da década de 1970

Antes de Ponta de Pedras, antes mesmo de Alter do Chão, o balneário mais procurado pelos santarenos nas tardes quentes de verão ou nos domingos era o Igarapé do Irurá, louvado em letras e canções pelos santarenos, hoje agoniza, quase morto, sufocado pelo crescimento desordenado da zona urbana. Foto do acervo Ignácio Neto.


Cidade de Aveiro em fins do século XIX.

Uma das mais antigas fotografias feitas da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Aveiro. Feita pelo fotografo Horácio Silva (que fotografou o Baixo Amazonas e Tapajós para a loja Fidanza, em Belém, em idos de 1898) ela mostra, além da Igreja Matriz (recém-construída) várias casas na primeira rua da localidade, muitas delas feitas de taipa de mão.




Frente do município de Alenquer na década de 1970

Outro instantâneo de uma enchente na cidade de Alenquer na década de 1970. Mostra não somente a cidade que observa as águas da enchente como também várias pessoas que aproveitam as águas para seu banho. Foto cedida ao blog pelo amigo Luiz Potyguara.


Grupo de balateiros do município de Alenquer em idos de 1960

O látex extraído da balateira (manilkara bidentata) era um dos produtos extrativistas que movimentavam o comércio de Alenquer na metade do século XX. Nesta foto podemos ver um grupo de “balateiros” no serviço de extração nas matas alenquerenses. Fotografia cedida pelo amigo Luiz Potyguara.


Porto da cidade de Alenquer em tempo de vazante dos rios

Vista das embarcações no porto da cidade de Alenquer na época em que os rios amazônicos estão na vazante, em idos dos anos 1970. A cidade ao fundo, tudo observa. Fotografia cedida ao blog pelo amigo Luiz Siqueira.



sexta-feira, 9 de junho de 2017

Vista aérea de Alenquer em idos dos anos de 1970

Imagem aérea da cidade de Alenquer feita em idos dos anos 1970, mostrando a cidade, com destaque para a Igreja Matriz de Santo Antônio. Fotografia cedida ao blog por Luiz Potyguara.




Vista de Alenquer durante uma enchente nos anos de 1970

Outra perspectiva da cidade de Alenquer durante uma das enchentes que assolam com frequência a região do Baixo Amazonas. Fotografia feita nos anos de 1970 e cedida ao blog por Luiz Potyguara.



Sobre pesos e medidas no comércio de Santarém – 1933

Cumprindo um dispositivo do Código de Posturas Municipais, a Prefeitura acaba de fazer rigorosa aferição dos pesos usados pelos comerciantes desta praça.
Destes, alguns foram pegados em falta, acusando os pesos regular diferença, com o que muito sofre o povo – a eterna vítima desses espertalhões.
Outros, estes em número reduzido, viram comprovadas as suas honestidades, conferindo seus pesos com o peso aferidor.

Momento Poético: Soneto

Por Jocob Roffé

Mirando seu semblante portentoso
Nessa noite de festa tão radiante,
Fiquei na vida todo venturoso
Vendo essa formosura exuberante!

Das conquistas quisera ser triunfante,
Tendo, para mim, esse anjo tão formoso:
Dele fazendo um sonho delirante
Idílio do sublime e majestoso.

Artigo: URGENTE: criem-se mais Territórios Federais



Por J. M. Othon Sidou
(Diretor da Revista “Câmbio”)

Não é a primeira vez, nem será tampouco a última em que nos manifestamos por uma redivisão territorial do Brasil. Que nos importa que essa atitude venha a causar cócegas aos apegados a um colonialismo à século XVI ou aos patriotas à-outrance, estrábicos dentro de um regionalismo contra-producente?
Ideia bastante velha, defendida já no Império pelo Marques do Paraná, que já fazia prosélitos ao slogan dos “Estados Grandes e Estados Pequenos” quando proclamava que “para mim é indiferente que tal Província seja grande ou pequena, o que desejo é que a nação brasileira seja grande”, ideia madura, portanto, com ilustres e abnegados seguidores, a ela sempre desejamos incorporar-nos, porque a consideramos única capaz de fazer o Brasil prosperar; e quando dizemos prosperar não aludimos ao progresso urbanista, de fachadas de arranha-céus e ruas asfaltadas, senão ao engrandecimento das regiões mais distantes e mais inóspitas, ricas-paupérrimas, com a vitaminização civilizadora das células orgânicas da Pátria, que são os municípios.

Sobre uma importante Comissão Científica em Santarém – 1890

É este o teor do ofício dirigido ao Governador do Pará pelo capitão José Soares de Souza Fogo, chefe da Comissão de Socorros à Expedição Científica:

Bordo da Lancha Nº 01 da Flotilha do Amazonas, surta em Santarém, 01 de Setembro de 1890.
Tenho a satisfação de vos participar que a Expedição sob meu comando, tendo saído de Manaus à 09 de junho, chegou à 14 à Ilha Goyana, onde, deixando ancorada a lancha, passou-se para uma igarité, subindo as cachoeiras do Tapajós, em cujo percurso gastou 22 dias; entrando no rio São Manoel, gastou 19 dias de viagem, penosíssima e aventurosa, até encontrar a Comissão Científica, logo abaixo do Salto Tavares, em cujo alto permaneceu por seis longos meses a Comissão, sem o poder descer.
Nesse acampamento ficou enterrado o inditoso capitão Antônio Lourenço Telles Pires, que sucumbiu, vitimado pelas manifestações palustres que lhe apareceram.

Um Prelado Missionário


Há dois meses faleceu Dom Frei Amando Agostinho Bahlmann (foto), Bispo titular de Argos e Prelado de Santarém, no Pará.
Doutor em Filosofia e Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, aqui aportou em 1892 e naturalizou-se brasileiro.
Ocupou importantes cargos em sua Ordem e assinalados serviços prestou ao nosso País, como apóstolo e bispo missionário durante um longo período.

A panificadora LUCI no início da década de 1980

Quem nunca comeu um pão quentinho da panificadora Luci? Nesta foto, no início dos anos 1980, já existia só a fachada da mesma (o interior já não era mais o casarão original. Esta mesma fachada foi mantida até os dias de hoje. O casarão ao lado, entretanto, que pertencia à família Reça e que estava todo em sua originalidade do século XVIII, foi demolido em tempos mais recentes... Foto do acervo de Ignácio Neto.


A Secretaria da Intendência Municipal de Santarém

A sala da antiga Secretaria da Intendência Municipal, que funcionava onde hoje é o Centro Cultural João Fona, antes das reformas feitas pelo prefeito Ildefonso Almeida nos anos de 1930. Nesta foto vemos um dia de trabalho da secretaria do município de Santarém possivelmente nos anos de 1910. Foto do acervo de Ignácio Neto.




quinta-feira, 8 de junho de 2017

E o “Theatro Victoria” virou Câmara Municipal

Em 1965 o então prefeito Everaldo Martins descaracterizou por completo o antigo “Theatro Victoria” transformando-o, depois de uma reforma geral, na sede da Câmara Municipal de Santarém, que assim se apresentava aos olhos dos santarenos no ano de 1966 (note-se, na mureta, propaganda do prefeiturável Ubaldo Campos Côrrea, que perdeu a eleição daquele ano para Elias Pinto). FOTO: IBGE.




Trator desembarcando na praia de Boim – 1950

A foto registra o momento de desembarque de um trator na praia da Vila de Boim, no rio Tapajós, no ano de 1950. O maquinário fazia parte do esforço dos frades franciscanos que promoveram diversos melhoramentos na Vila naquela década.


O Antigo Coreto da Praça da Matriz de Alenquer

As festas de Santo Antônio de Alenquer tinham seu charme musical em torno do antigo coreto da Praça da Matriz. As retretas animadas por bandas (algumas delas vindas de fora do município) faziam o charme do passeio pelo Arraial do Santo. Fotografia da década de 1960, cedida ao blog pelo amigo Luiz Potyguara.


quarta-feira, 7 de junho de 2017

O Seminário São Pio X em Santarém na década de 1960

Um pouco mais cedo, no dia de hoje, o blog postou uma foto em que Dom Floriano caminhava com o então Frei Tiago Ryan, em Fordlândia. Em 1958, Dom Tiago sucedeu Dom Floriano Loewenau no pastoreio da então Prelazia de Santarém, cabendo a ele concluir uma obra iniciada por seu antecessor: o Seminário São Pio X, cuja fachada pode ser vista nesta fotografia da década de 1960.


Memória da Propaganda: Venda de fazendas em Santarém – 1856

Um dos grandes fazendeiros de meados do século XIX, José Gouzennes Faget, coloca três de suas propriedades a venda (com ou sem os escravos), como se pode constatar na propaganda publicada no jornal O Tapajoense de 28 de junho de 1856.


A visita do Ministro do Trabalho em Santarém – 1971

Na última quinta-feira nossa cidade teve a honra de hospedar por algumas horas mais um Ministro de Estado do Brasil, o dr. Júlio Barata, da Pasta do Trabalho e Previdência Social.
A visita de S. Exa., teve como objetivo inspecionar as obras em andamento em nossa cidade, ligadas à sua pasta, bem assim como visitar o local onde o IPASE vai construir uma vila de casas para os seus segurados.

Instantâneos de uma Festa de Santo Antônio em Alenquer – 1933

Dia 13 de junho. 06 horas da manhã...
Dia claro, apitos de lancha, hurras, alegria geral, foguetes fendendo os ares, estouros de bombas, preparos de desembarque, azafama, neurose feminina, troca de cumprimentos, apresentações de parte a parte e, o Euterpe surge com a Felicidade de sempre a prender o coração da elite de Alenquer...
Arrumações, agasalho da tropa santarena, animação, disputas de convidados, gentilezas, convites para cá, convites para lá e, finalmente, ninguém sabia a quem atender...

O “Clube dos Vinte e Um”, em Santarém – 1931

Por iniciativa de um grupo de rapazes, pertencente à nossa alta roda social, acaba de ser fundado nesta cidade, o Clube dos Vinte e Um, sociedade recreativa, cuja diretoria ficou assim organizada:
Presidente: Justiniano Moraes; Vice dito: Felippe de Castro; Orador oficial: Alberico Nóvoa; 1º Secretário: Silvério Sirotheau Correa; 2º dito: Laurimar Correa; Tesoureiro: David Serruya.

Dom Floriano Loewenau e Frei Tiago Ryan caminhando por Fordlândia

O então bispo de Santarém, Dom Floriano Loewenau, fazendo sua visita pastoral na paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Fordlândia, na primeira metade da década de 1950, acompanhado do então pároco Frei Tiago Ryan, que veio, pouco tempo depois a sucedê-lo no pastoreio da Prelazia.


Sobre a Colônia dos Confederados norte-americanos em Santarém – 1968

Do Presidente da Província do Grão-Pará ao engenheiro Emílio Gengembre, encarregado da medição e demarcação dos terrenos para a colonização americana em Santarém.
Foi-me presente o seu ofício de 27 do mês próximo findo sobre a falta de planta e documentos a respeito dos trabalhos feitos para demarcação dos terrenos concedidos ao major Hastings para fundação de uma colônia de imigrantes Norte Americanos nesse município.

Uma imagem da feira que acontecia nas praias de Santarém

Esta foto colorida foi feita por agentes do IBGE antes da construção do Cais do Porto, na praia da Vera-Paz. Ela mostra a feira que ocorria nas praias em frente da cidade de Santarém, idos da década de 1960, em tempos do verão amazônico.


Uma imagem de Alenquer na década de 1970

Uma das principais ruas do centro de Alenquer como ela se apresentava na década de 1970, podendo-se observar o casario tradicional da cidade. Foto cedida ao blog pelo amigo Luiz Potyguara.


Distúrbios políticos em Oriximiná – 1952

(Oriximiná, 31) – A população oriximinaense está vivendo horas de sobressalto com a chacina efetuada na manhã do dia de Natal (25 de dezembro de 1952) por soldados do destacamento de polícia desta cidade. Vários milicianos, bêbados, saíram armados de fuzis e revolveres e, impiedosamente, atiraram contra populares indefesos que nada lhe haviam feito.

terça-feira, 6 de junho de 2017

A primeira bandeira do Estado do Tapajós – 1956

(Belém, 19). Falando à reportagem, após o seu regresso da cidade de Santarém, onde permaneceu uma semana, o deputado petebista Elias Pinto, líder do movimento pró-criação do Estado do Tapajós, disse que estava satisfeito com a recepção que havia encontrado nesse trabalho pela criação do novo Estado. Afirmou que ainda mesmo que seja muito difícil a tarefa, não tem a menor dúvida do êxito.


Como exemplo frisante, citou o entusiasmo popular que a ideia vem despertando, sendo que as senhoras representativas da sociedade de Santarém tomara a iniciativa de confeccionar a bandeira do novo Estado, que é toda verde, espelhando o sentimento de brasilidade, com sete estrelas douradas em forma de arco-íris, que representam os sete municípios que formarão a nova unidade federativa e uma estrela maior, bem no centro, toda branca, afirmação indesmentível do propósito de paz que o Tapajós pretende manter para conquistar os dias felizes que o futuro lhe está reservando. Asp.


NOTA: Publicado no Correio da Manhã de 20 de setembro de 1956.

Uma rua alagada em uma cheia no município de Alenquer

Durante uma das cheias da região do Baixo Amazonas, na década de 1970, assim se mostrava a cidade de Alenquer para os olhares dos moradores e visitantes. Fotografia cedida ao blog pelo amigo Luiz Potyguara.


O Salão Paroquial de Alenquer na década de 1970

As paróquias da nossa região possuem um antigo costume de construir um salão paroquial que sirva para encontros, reuniões, catequese e também para festas. Na década de 1970 assim se apresentava o Salão Paroquial de Santo Antônio de Alenquer. Foto cedida ao blog pelo amigo Luiz Potyguara.


Momento Poético: VITA MEA

Por Silvério Sirotheau Côrrea

ONTEM
O meu passado!... Ainda há poucos anos,
Quando, na vida, tudo me sorria,
Nem pensava da vida nos arcanos.

E, na minha infantil filosofia,
A alma cheia de sonhos eu trazia.

O Ginásio Orientado para o Trabalho (GOT) em Santarém – 1971

Os alunos do Ginásio Orientado para o Trabalho, “Álvaro Adolfo da Silveira”, visando a perspectiva do seu ensino estão procurando cada vez mais, elevar seus conhecimentos, para que mais tarde não encontrem barreiras no decorrer de seus ensinamentos. Para isso é que cada dia que se passa, procuram fazer visitas nos órgãos competentes num sintoma de pesquisas proveitosas, para que em suas atividades práticas na oficina sejam bem sucedidos.
Entretanto, queremos ressaltar que essas visitas têm sido uma maneira acolhedora por parte daqueles que nos recebem em suas entidades, nos dando cobertura, para que cresçam os nossos entusiasmos.

Memória da Propaganda: Minerva Modas

Um dos empreendimentos conhecido por muitos santarenos da atualidade, a Minerva Modas começou sua vida no ano de 1971, como atesta o convite aqui publicado. A loja era propriedade do senhor Antônio Augusto Costa.


O Falecimento de José Dantas - 1956

Acometido de pertinaz enfermidade que zombou de todos os recursos da ciência médica, faleceu no dia 17 deste mês, no Hospital do SESP, em Santarém, o nosso pranteado amigo José Dantas, cavalheiro bastante relacionado na região do Tapajós.
Vindo de Piauí (seu berço natal) ainda jovem, aqui nesta Amazônia perdeu a sua mocidade e já no outono da vida, continuava a quere-la como se fosse um dos seus verdadeiros filhos!
Antigo e ex-funcionário das Plantações Ford, serviu tanto em Fordlândia como em Belterra, durante uns vinte e poucos anos da sua preciosa existência.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

O maquinário que chegou a Boim, no ano de 1950.

Os frades franciscanos que trabalhavam no rio Tapajós, trouxeram um relativo progresso para a Vila de Boim que, em 1950, viu chegar grande quantidade de carga e maquinário usado para diversas benfeitorias na localidade.




O trabalho das religiosas no planalto santareno – 1966

A foto registra o trabalho de uma das muitas religiosas, moradoras da colônia São José, no planalto santareno, em uma das muitas capelas existentes que eram atendida pelas Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, no ano de 1966.



Viajantes Ilustres – 1971

Em uma curta viagem de apenas cinco dias, esteve em nossa cidade o dr. Raimundo Ney Sardinha, ativo secretário do Secretário de Estado de Educação e Cultura, dr. Jonatas Athias.
A viagem do nobre representante da Educação, teve como objetivo inspecionar as unidades escolares de Santarém, Itaituba e Aveiro, e voltou muito satisfeito com o que observou nas visitas feitas.
O dr. Ney Sardinha, que tem grande estima por Santarém, prometeu voltar mais vezes a esta cidade, que se tornou a menina dos seus olhos.

Artigo: Um Eleito

Rodrigues dos Santos

O que é que pode, às vezes, ocultar um grosseiro burel?
A alma simples de um justo, o resplendor magnífico de um santo!
Frei Bernardino foi um eleito; e um espírito erudito e culto. E, com sinceridade, jamais acompanhamos o féretro de um justo, com tanta paz, confiança singeleza, como se acompanhássemos o caixão azul de um anjo! O orador, que à beira de sua tumba falou, ofertando em nome coletivo uma gerba de flores, não teve razão para censurar o silêncio dos jornalistas e a mudez dos poetas.
Por acaso ignora o orador, que a pena também às vezes desfalece, e a lira emudece envolta em crepes, pendurada nas ramas dos salgueiros?

Indicador da Cidade de Santarém – 1931

MÉDICOS:
Dr. Gentil Eloy de Figueiredo – Diretor do Hospital de São José
Residência: Rua Galdino Veloso, 06.
Dr. Djalma Ferreira da Cruz
Residência: Praça Dr. Rodrigues dos Santos, 11.
ADVOGADOS:
Dr. Borges Leal
Residência: Av. Ruy Barbosa, 09.
Dr. Júlio de Andrade Gouveia
Residência: Av. Menna Barreto, 15.
Dr. Anysio Chaves
Residência: Praça Barão de Santarém.
Dr. J. J. de Moraes Sarmento
Residência: Av. Menna Barreto, 03.
Dr. Altino Nóvoa
Residência: Trav. 15 de Agosto, 08.
Dr. Trajano Motta
Residência: Trav. 15 de Novembro, 06.
Escritório: Rua Dr. João Pessoa, 14.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Junho na História do Baixo Amazonas e Tapajós


01 – Frei André Noirhomme, OFM funda a Escola Paroquial São Francisco, em Óbidos, PA. No pouco tempo que trabalhou em Óbidos, este frade franciscano muito investiu na educação e na catequese das crianças (1911).
02 – Em reunião convocada por si, o médico Dr. Pedro Juvenal Cordeiro extingue a Comissão responsável pela construção de um Hospital para Santarém. Após prestação de contas o dinheiro que havia sido arrecadado (cerca de seis contos de réis) é repassado ao pároco Mons. Gabriel Thaubi, para auxiliar nas reformas da Matriz e da Capela de São Sebastião (1895).
03 – Frei Lino Vombommel, OFM é nomeado Bispo Titular de “Giunca de Bizacena” e Auxiliar do Bispo de Santarém. Até então o mesmo era Vice-Provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição e Assessor Nacional da Pastoral Nipo-Brasileira, residindo em São Paulo (1981).
04 – Falece Dom Frei João Floriano Loewenau, OFM. Nascido a 24 de maio de 1912 (este ano celebrou-se seu CENTENÁRIO, que passou esquecido por muitos de nós), Dom Floriano foi Bispo titular de Drivasto, quarto Prelado de Santarém e primeiro Prelado de Óbidos, que foi desmembrada de Santarém em 1957. Permaneceu como Bispo Prelado de Óbidos até 1973, indo, como Bispo Emérito, residir como Capelão do Hospital da Caridade em Florianópolis, SC, onde foi sepultado. Em 1986, seu corpo foi trasladado para Óbidos, onde recebeu sepultura na Catedral daquela Diocese (1979).
05 – Em resposta ao Governador e Capitão General do Maranhão e Grão Pará, o rei de Portugal ordena ao Comissário dos padres franciscanos da Província da Piedade, mande prover de padres a Missão que se encontra junto ao Forte, situada na foz do rio Trombetas (que deu origem à cidade de Óbidos). O referido comissário alegava que não tinha missionários tanto para esta como para as demais missões que estão sob os cuidados da dita Província. A desculpa não foi aceita pelo Rei que não somente ordenou o envio de missionários como ameaçou que no caso de não cumprimento de sua ordem as missões seriam confiadas à outra Ordem Religiosa (1715).
06 – Falece em Monte Alegre, vitima de acidente marítimo, Frei Othmar Rollman, OFM. Ele estava levando material para a construção de uma capela no interior. Foi por sua iniciativa que começou a funcionar a Escola do Santíssimo Sacramento, que após sua morte passou a se chamar Escola Frei Othmar (1963).
07 – Sob a direção de Mons. José Gregório Coelho são iniciadas as reformas na Igreja Matriz de Santarém. No dia anterior (06 de junho) os objetos sacros da Matriz foram transferidos para a casa de João Costa Pereira que serviu de Matriz durante as reformas na Igreja paroquial de Santarém (1876).
08 – Circula em Santarém o primeiro número do jornal O MOMENTO. Possuía a direção dos jovens Arbelo e Elpenor Campos Guimarães. O corpo de redatores deste jornal contou ainda com a participação de Augusto Pessoa Montenegro, Antonieta Dolores Teixeira, Cronge da Silveira e do advogado Ezeriel Mônico de Mattos (1935).
09 – Por meio da Lei Estadual Nº 174, desta data, o Governo do Estado do Pará eleva à categoria de Vila, com a denominação de Oriximiná, a antiga povoação de Uruá-tapera, às margens do rio Trombetas (1894).
10 – Depois de ter retomado a condição de Vila (que havia sido cassada em 1833 e lhe foi devolvida em 1848), Alenquer é elevada, pela Lei Nº 1050, à categoria de Cidade. Neste mesmo dia, o Governo Provincial, por meio de portaria, divide o distrito de Itaituba em dois distritos policiais (1881).
11 – Falece na Batalha do Riachuelo (Guerra do Paraguai) o santareno, primeiro tenente da Armada, Joaquim Xavier de Oliveira Pimentel. É mais um dos santarenos que deram a vida pela pátria e que se encontra esquecido da história, inclusive da sua terra que até hoje não tem nenhuma homenagem póstuma à sua memória (1865).
12 – Encerramento da primeira semana de Estudos para o Clero da Prelazia, sob a orientação de Frei Guilherme Baraúna, OFM, perito do Concílio Vaticano II. O encontro teve início no dia 07 de junho e aconteceu por iniciativa de Dom Tiago Ryan, realizando-se no Seminário São Pio X (1965).
13 – Inauguração da Igreja Matriz de Santo Antônio, em Belterra. Essa primitiva Matriz foi construída em madeira pelos primeiros frades americanos no Tapajós, no mesmo padrão das casas da Companhia Ford. Posteriormente foi demolida e em seu lugar construída a atual Matriz de Santo Antônio que se localiza na Estrada 01 daquele município (1946).
14 – O Cônego Irineu Rebouças funda em Santarém o Apostolado de Oração da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, uma das mais antigas confrarias leigas em funcionamento até os dias de hoje (1901).
15 – Com a passagem do navio a vapor peruano “Morona” pela fortaleza da cidade de Óbidos, fazendo-se cordial saudação com salva de tiros entre a embarcação e a fortaleza, põe-se fim a “Questão Peruana”, uma crise diplomática entre o Brasil e o Peru, sobre a navegação no rio Amazonas (1863).
16 – Falece em Santarém, com fama de santidade, Frei Bernardino Wannenmacher, OFM. Entre outros fatos de sua vida dois são bastante comentados pela historiografia: Ele tinha o costume de sempre rezar às 15h diante da imagem do Crucificado (doado por von Martius), onde várias pessoas o viam “flutuando no ar”. Ao ir da Catedral para o Convento (ou vice-versa) sempre distribuía pão (ou doces) para a garotada, que mesmo sendo em grande quantidade nunca ficavam de mãos vazias (seria a multiplicação dos pães?). Frei Bernardino está sepultado em Santarém, no cemitério São João Batista (1936).
17 – Em sua viagem científica pelo rio Tapajós, deixa a Vila de Alter do Chão, em direção ao rio Cupary, o naturalista inglês Henry Walter Bates (1852).
18 – Nasce no Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Maria, o Padre Silvio Coppetti, CSSR. Em Santarém ajudou como vigário na comunidade de Nossa Senhora das Graças e foi capelão do 8º BEC (1912).
19 – Após uma reforma para adaptações necessárias ao prédio é reinaugurado oficialmente o “Centro de Treinamento Emaús”, que anteriormente pertencia a Congregação dos Irmãos de Santa Cruz (1976).
20 – Eclode em Santarém a epidemia de “cólera morbus”. Na noite desse mesmo dia, iniciam-se, na Igreja Matriz, as preces públicas para a proteção contra a “peste” que, infelizmente, levaria muitos santarenos para o túmulo (1855).
21 – Por iniciativa de Frei Vianney Müller é iniciada a reforma da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição que descaracterizou completamente o templo (1965).
22 – O padre João Felipe Bettendorf e o irmão Sebastião Teixeira, missionários Jesuítas chegam a aldeia dos índios Tapajós e cumprindo as ordens do padre Antônio Vieira, superior das Missões Jesuítas no Grão Pará e Maranhão, funda a Missão de Nossa Senhora da Conceição dos índios Tapajós, hoje cidade de Santarém (1661).
23 – Falece na Aldeia dos Tapajós o Padre Antônio Gomes, SJ, em decorrência do golpe de espada feito pelo cabo Francisco Soeiro de Vilhena, que atentou contra o missionário pelo mesmo se recusar a oferecer índios da Missão dos Tapajós para a tropa de resgate do referido cabo. Padre Antônio Gomes é o primeiro mártir de Santarém e foi sepultado na Igreja da Missão (1706).
24 – É lançada a Pedra Fundamental de uma nova residência para os frades de Santarém, localizado na Avenida São Sebastião. A planta original, bem como o projeto de construção, ficou a cargo de Frei Bernardo Erckmann. A construção do Convento contou com o apoio financeiro do Cônego Secundo Bruzzo, Madre Maria Imaculada e dos frades das casas de Monte Alegre e Óbidos (1916).
25 – Chegam a Santarém, provenientes dos Estados Unidos da América os quatro primeiros franciscanos oriundos da Província do Sagrado Coração de Jesus: Frei Tiago Ryan, Frei Tadeu Prost, Frei Junípero Freitag e Frei Severino Nelles (1943).
26 – Ordenação Presbiteral do Padre Jaime Barbosa Sidônio, em Belém, por Dom Frei Alano Pena, OP. Falecido no ano passado, em Belém, Pe. Jaime Sidônio foi reitor do Seminário São Pio X e Vigário Geral da Diocese de Santarém (1975).
27 – O Juiz de Paz de Santarém pede a todos os Distritos do Baixo Amazonas que se conserve a paz e a união fraternal com os portugueses que se naturalizaram brasileiros (1831).
28 – Nasce em Lippstadt, Alemanha, Dom Frei Eduardo Herberhold, OFM, filho de Henrique Herberhold e Teresa Utzel Herberhold. Conhecido como o “Bispo do Adoremus”, foi Bispo Auxiliar de Santarém e depois Bispo de Ilhéus, BA, onde existe um movimento para instaurar o processo de sua canonização (1872).
29 – A “Sociedade dos Pescadores” (segundo o jornal “O Mariano”, a Colônia Z-24) promove a PRIMEIRA procissão fluvial em honra a são Pedro pelas águas do rio Tapajós. A festa ao santo já existia antes, mas a tradicional procissão começou somente a partir desta data. Posteriormente a Z-24 passou a ser Z-20 (1937).

30 – Por meio da Lei Nº 29, é criada pelo Governador Lauro Sodré, a Comarca de Faro, sendo nomeado o seu primeiro Juiz de Direito o Dr. Gaspar Vicente da Costa, que a instalou no dia 24 de dezembro do mesmo ano e que nela seria titular até 1902, ano em que faleceu (1892).