terça-feira, 26 de junho de 2018

Sobre Ruas e Homenagens...


Me pediram para escrever umas linhas sobre este assunto. É espinhoso e, desde já, peço que meus leitores usem mais da razão do que de simplória emoção. Vamos lá...
Particularmente já celebrei várias Exéquias em velórios desta minha querida Santarém. Neles, vejo que os mortos não têm mais domínio sobre si mesmo (aliás, nem queiram saber o que fazem com nossos corpos depois que nossa alma volta ao Altíssimo, seria incômodo publicar aqui o que já vi). No entanto, a vida “post mortem”, que deveria ser um “descanse em paz” acaba por trazer várias desavenças entre os vivos, principalmente quando tem herança envolvida no meio da história; mas, também, quando se trata da memória do ente querido.
É o caso das homenagens “post-mortem” ou “in memoriam”. Particularmente sou a favor de homenagens “in vitam”, em que a pessoa esteja lá para receber e se sentir agradecida pela homenagem recebida. Mas, em atenção à necessidade de se conservar a memória coletiva e histórica de uma comunidade, algumas homenagens são mesmo justificáveis.
Sendo assim, acho muito justo que os nobres edis de nossa cidade façam homenagem a pessoas que contribuíram para a história e a cultura local, sejam elas médicos, advogados, empresários, políticos, jornalistas... mas, também a professores, peixeiros, garis, e até mesmo aqueles que trabalham nos bastidores da Câmara ou da Prefeitura Municipal, servindo a água ou o cafezinho ou fazendo as atas das reuniões, etc...
No, entanto, existe um conselho antigo que “não se deve descobrir um santo para cobrir outro”. Ou seja, a Câmara e a Municipalidade não deveriam, para fazer uma homenagem, descreditar uma outra já feita. É o caso de que agora vejo as reações aqui nas redes sociais.
Para quem não conhece a história, as travessas 15 de Agosto e 15 de Novembro, fazem menção a duas homenagens da municipalidade (aprovadas pela Câmara e sancionadas pelo Prefeito) para com dois eventos históricos de grandeza para o País e também para a Amazônia. A primeira faz jus à Proclamação da República e a segunda à Adesão do Pará à Independência do Brasil (data em que deixamos de ser portugueses para sermos brasileiros). Sendo assim, os atuais edis estão sendo injustos com os que lhes antecederam (até mesmo pais e avós de alguns que hoje ainda estão no poder legislativo), ao mudar nome de homenagens já feitas pelos ex-vereadores e prefeitos.
Uma sugestão: ao se fazer homenagem, colocando nomes de pessoas já falecidas, que se façam para novas ruas ou logradouros que são mais recentes. A cidade cresce e carece de novas ruas, bosques, escolas, creches, jardins, praças e bairros, que podem homenagear os entes queridos da tapajônica Santarém. É justiça para com os precisam ser lembrados e bom para os que moram nas atuais artérias, já acostumados com a nomenclatura existente.
Em outro momento também já fiz uma lista de nomes que ainda hoje estão esquecidos de homenagens municipais e que poderiam ser homenageados nestes novos bairros e artérias que surgem em nossa urbe. Seria bom fazer um levantamento desses ainda “Esquecidos”, para que justamente sejam também homenageados.
Como se diz no jargão atual dos jovens: #ficadica!

Santarém, 26 de junho de 2018.
Pe. Sidney Augusto Canto

sábado, 16 de junho de 2018

Uma das primeiras notas da Colônia de Pescadores de Santarém


Em 1920, a Colônia de Pescadores de Santarém, que havia sido recém fundada por iniciativa da Marinha do Brasil, realizaria pela PRIMEIRA VEZ a FESTA DO PADROEIRO DOS PESCADORES. Entretanto, boatos circulavam no comércio da cidade de que ocorreriam os mesmos fatos que aconteceram na revolta de 1913, causando, assim, graves prejuízos ao comércio local. Por conta disso, o presidente da Colônia emite a nota que ora reproduzimos, acalmando os ânimos do comércio, na véspera da realização da Festa de São Pedro.



Vista aérea de Santarém no início dos anos 1970


Vista aérea do município de Santarém, no início dos anos 1970, podendo-se ver parte do Centro da Cidade (Colégio Santa Clara logo abaixo) no sentido de quem olha para o bairro da Prainha.



sexta-feira, 15 de junho de 2018

Boi-bumbá apresentado em Santarém no início da década de 1980


Outro folguedo junino tradicional da cidade de Santarém era a apresentação de Boi-Bumbá. No início da década de 1980 esses grupos folclóricos animavam as quermesses da Tapajônia, como o que podemos ver nesta foto do acervo ICBS.



Cordão de Pássaro em Santarém no início dos anos 1980


Havia vários cordões de “Pássaros” em Santarém no início dos anos 1980. Aqui apresentamos o registro da apresentação de um desses pássaros durante a quadra junina em nossa cidade. Foto do acervo ICBS.



quarta-feira, 13 de junho de 2018

Quadrilha de Belterra em quermesse da década de 1970


Hoje é festa de Santo Antônio e muitas comunidades realizam as tradicionais quermesses juninas em homenagem ao santo padroeiro. Em Belterra, na década de 1970, uma animada quadrilha animava uma das muitas quermesses que eram realizadas na quadra junina. Foto acervo ICBS.




Cordão de Pássaro Junino em Belterra na década de 1970


Apresentação de um pássaro junino na Vila 129, em Belterra, na década de 1970. O pássaro junino é uma encenação em que, geralmente, um caçador mata o pássaro que é ressuscitado por um pajé ou curandeiro. Existem algumas variações a essa história. Era uma apresentação frequente em diversos lugares. Hoje há poucos grupos que ainda trazem a lembrança dos cordões juninos de pássaros em quermesses de nossa região. Foto acervo ICBS.



Igreja Matriz de Santo Antônio de Mojuí dos Campos


No dia de Santo Antônio, padroeiro da paróquia que tem como sede a cidade de Mojuí dos Campos, nossa homenagem através da publicação da Igreja Matriz, dedicada ao santo, na década de 1960, quando ainda não havia sido construído o campanário ao lado do templo.



Igreja Matriz de Santo Antônio de Belterra


No dia de Santo Antônio, padroeiro da paróquia que tem como sede a cidade de Belterra, nossa homenagem através da publicação da Igreja Matriz, dedicada ao santo, na década de 1950, antes de ser demolida para dar lugar à construção do atual templo.



terça-feira, 12 de junho de 2018

A Travessa 15 de Agosto em 1962

Outra obra de pavimentação feita durante a gestão do prefeito Ubaldo Corrêa foi a pavimentação da Travessa 15 de Agosto. Somente o trecho situado no centro da cidade recebeu a pavimentação, àquela época. Uma das ruas importantes do centro urbano de Santarém, tem seu nome como homenagem pública do município da Adesão do Pará à Independência do Brasil. Foto cedida ao blog pela senhora Eunice Côrrea.



A pavimentação da Travessa dos Mártires em 1959


Uma das primeiras obras do então recém-eleito prefeito Ubaldo Corrêa foi pavimentar a Travessa dos Mártires em toda a sua extensão (na época, da Rua João Pessoa até a porta do Cemitério Nossa Senhora dos Mártires). Uma curiosidade: o motivo da urgência dessa obra era facilitar o tráfego durante os enterros em Santarém que, geralmente saíam da Catedral e subiam por aquela via até o cemitério. Na foto: Ubaldo Corrêa fiscaliza as obras de pavimentação. Fotografia cedida ao blog pela senhora Eunice Correa.





Construção da nova Igreja Matriz de São Sebastião


Logo após a realização do Concílio Vaticano II, a antiga capela de São Sebastião (construída em 1872) deu lugar à uma nova construção, obra de Frei Nestor Windolph, OFM. Nesta fotografia podemos ver o novo templo ainda em construção, em meados da década de 1960.



Frente da cidade de Santarém em 1981


O rio Tapajós banhando parte da Rua Adriano Pimentel e da Praça Barão de Santarém em um dia do mês de agosto de 1981. Em destaque o prédio da então Prefeitura Municipal (hoje Centro Cultural João Fona).



domingo, 10 de junho de 2018

Momento Poético: SAUDADES...


Por Carlos Estevão de Oliveira

Saudades! Águas passadas!
Nuvens que o vento levou!
Brancas ruínas sagradas
De um templo que desabou!

Do rio de nossa vida
Tristonhas garças reais;
Sonhos que voam, querida,
Mas, ai de nós! Para traz!... 

O dia que Alenquer ganhou um grande prêmio...


Em 27 de dezembro de 1939, o município de Alenquer foi contemplado em um sorteio de 100:000$000 (cem contos de réis), sorteado pela Empresa Construtora Universal Ltda. A prefeitura, na pessoa do seu prefeito, dr. Amadeu Burlamaqui Simões, entrou em entendimento para a construção de uma escola. Entretanto, o Governador do Pará, dr. José Malcher, interferiu na história para que ao invés da Escola, outros estabelecimentos fossem construídos, como podemos ver no que segue:



Outras Dez Curiosidades sobre a cidade de Alenquer



Por Pe. Sidney Augusto Canto

01. Alguns dados sobre a Educação em Alenquer...
Em 1871, o então juiz de direito da Comarca de Santarém (do qual Alenquer fazia parte) e também presidente da Província do Pará, dr. Abel Graça, promoveu uma circunscrição em benefício da construção de uma Escola para aquela Vila. A população atendeu ao apelo do juiz e presidente e arrecadou-se 1:000$000 (um conto de réis), com o qual se deu início a construção de uma Escola para o ensino primário. Em 1877, a Escola de Ensino Primário de Alenquer possuía a matrícula de 105 alunos (meninos) e era regida pelo professor normalista sr. Moraes, possuindo a frequência média de 96 alunos. Merecendo um elogio publicado no jornal “Baixo Amazonas” (de Santarém) que dizia o seguinte: “É lisonjeiro o estado desta escola devido a dedicação e inteligência do professor, que consagra todo o seu cuidado no desenvolvimento moral de sua escola e o adiantamento dos seus alunos”.

02. Sobre o primeiro Tribunal do Júri em Alenquer...
Em 15 de dezembro de 1874 foi instalada a Primeira Sessão do Tribunal do Júri no Termo Judiciário de Alenquer (então pertencente à Comarca de Santarém). O primeiro processo julgado pelo júri foi o de um furto praticado pelos réus João Soares de Oliveira (vulgo João Redondo) e o negro Gaspar Felippe Landegario, acusados de subtrair cerca de cinco contos de réis em ouro, que havia sido encontrado enterrado nas imediações da cidade de Alenquer.

03. Sobre viagens a vapor de Alenquer...
No ano de 1876, um viajante que quisesse viajar de embarcação a vapor de Alenquer para Santarém ou Óbidos, pagaria o valor de cinco mil réis pelo bilhete de passagem. Entretanto, se a viagem fosse de Alenquer para Belém, o viajante desembolsaria 55 mil réis e, para Manaus, 45 mil réis. Para se comparar, o preço médio de um boi na região, na época girava entre 15 e 20 mil réis.

04. Sobre uma antiga parteira alenquerense...
No dia 11 de abril de 1886, falece em Alenquer, com a avançada idade de 118 anos, a senhora Raymunda Maria Correa, que desde o século XVIII, exercia a profissão de parteira. Apesar de ser cega e viúva desde os 88 anos de idade, ainda gozava plenamente de suas faculdades mentais quando faleceu. Tinha 13 filhos, 61 netos, 79 bisnetos e 19 tataranetos.

05. Sobre o Telégrafo em Alenquer...
Em 31 de março de 1896, a Amazon Telegraph Company colocou em concorrência pública a estação da agência telegráfica de Alenquer. Naquela época, cada palavra que fosse emitida em um telegrama, custaria ao alenquerense o valor de 800 réis. O telegrafo começou a funcionar neste mesmo ano, entretanto, o cabo subfluvial entre Alenquer e Santarém seria cortado pouco depois de começar a funcionar e só voltaria a ser reconectado pouco mais de oito anos depois, em 12 de janeiro de 1905.

06. Um presente alenquerense ao governador...
Em 1902, os jornais paraenses noticiaram um fato inusitado. As férteis terras alenquerenses produziram uma enorme melancia que pesava 24 quilos. O que foi feito dela? Bem, o enorme cucurbitáceo foi oferecido de presente ao dr. Fulgêncio Simões, então Senador Estadual do Pará, que por sua vez, a deu de presente ao governador paraense Augusto Montenegro.

07. Sobre a enchente de 1908...
Enchentes na Amazônia são anuais. No entanto, em alguns anos foram registradas grandes enchentes que trouxeram grandes transtornos e prejuízos. Em 11 de junho de 1908, o sr. Manoel Siqueira, residente no Paraná de Alenquer, estabelecido com casa comercial, teve que abandonar toda sua propriedade que foi invadida pelas águas, dando-lhe um prejuízo de 20:000$000 (vinte contos de réis). Como ele, vários outros comerciantes e fazendeiros tiveram enormes prejuízos com as cheias além do normal.

08. Sobre arqueologia alenquerense...
No dia 31 de agosto de 1910, circula na capital do Estado do Pará a notícia de que, em Alenquer, foram encontradas diversas igaçabas contendo muitos ossos humanos e utensílios indígenas. É um dos mais antigos registros de achados arqueológicos dos antepassados indígenas que iniciaram a história da ocupação humana em Alenquer. A descoberta se deve, em parte, aos estudos etimológicos realizados pelo Promotor Público da Comarca alenquerense, dr. Carlos Estevão de Oliveira.

09. Sobre eleições em Alenquer...
A eleição realizada a 30 de janeiro de 1912 na cidade de Alenquer teve muitas curiosidades, entre elas destacamos: um eleitor, de nome Manoel Cardoso Monteiro, que votou duas vezes; e o primeiro caso do que possa ter sido uma mulher votando no período Republicano, o lapso foi constado na assinatura que, além de ser uma letra muito “feminina” o nome assinado foi o de Pedra Francisca Ferreira.

10. O Carnaval alenquerense em 1928...
A animada quadra de Momo agitou a cidade de Alenquer há 90 anos atrás. Diversos blocos percorriam as ruas da pacata e animada cidade ximanga. No entanto, um deles, composto apenas de mulheres chamava a atenção da sociedade alenquerense. Tratava-se do bloco “Mimosas Gatinhas”, composto, entre outras beldades, pelas seguintes brincantes: professora Rosita Lima, dra. Glorita Silva, Nazareth Simões, professora Yayá Silva, farmacêutica Yayá Bentes, Ecila Bentes, Analia Costa Homem, Flora Alves, Felícia Alves e (a mais jovem delas) Celma Nunes.

Foto ilustrativa: Grupo Escolar da cidade de Alenquer na década de 1970, cedida ao blog pelo amigo Luiz Potyguara Siqueira. Fontes: Acervo pessoal do autor, acervo ICBS e acervo da Biblioteca Nacional.

sábado, 9 de junho de 2018

Trabalho de abertura da rodovia Translago


Feita pela iniciativa de Frei Gilberto Wood, a abertura de uma estrada que ligasse a Vila de Curuai a outras comunidades da região do Lago Grande, foi feita, em grande parte, pelo trabalho comunitário, que faziam o serviço de limpeza e destocamento da picada que deu origem à estrada, conforme podemos ver nesta fotografia do início da década de 1970.



Paisagem do rio Tapajós a partir de Alter do Chão em 1956


Trecho do rio Tapajós visto a partir da Vila de Alter do Chão, podendo-se ver, além da destacada Serra Piroca (que no ângulo desta fotografia aparece no formato piramidal), a Ponta do Cururu, ao longe. Nesta época, fazia-se a sondagem para pesquisa sobre existência de petróleo naquela localidade.



sexta-feira, 8 de junho de 2018

Interior da Matriz de Belterra em 1952


Registro fotográfico de uma cerimônia religiosa no interior da Igreja Matriz de Santo Antônio, em Belterra, na década de 1950, fotografia tirada provavelmente do antigo “Coro” da igreja.



Comunitários na frente da Igreja em Alter do Chão


Alguns dos comunitários de Alter do Chão, em frente à Igreja de Nossa Senhora da Saúde, padroeira daquela comunidade, durante visita do padre franciscano Frei Osmundo Menges, OFM (dentro do veículo), na década de 1950.




Casas em Mojuí dos Campos em 1969


Algumas das casas típicas da Vila de Mojuí dos Campos em 1969. Vila tipicamente habitada por imigrantes cearenses, as casas eram feitas de taipa de mão, geralmente coberta com folhas de palha.




quinta-feira, 7 de junho de 2018

Um cruzamento santareno na década de 1960


Cruzamento das atuais Avenida Barão do Rio Branco com a Rua Maestro Wilson Fonseca. Antes era um salão da Paróquia da Catedral. Hoje, a parte de baixo ainda pertence à Paróquia, em cima, entretanto, há um novo andar, onde funciona o Centro Diocesano de Pastoral.




Memória da Propaganda: Ubirajara Bentes e terrenos à venda


Um dos mais destacados advogados da cidade de Santarém, o dr. Ubirajara Bentes de Souza, também tratava de venda de diversos terrenos e residências na Santarém do ano de 1955, conforme podemos ver nesta propaganda publicada no Jornal de Santarém.



Crianças em Belterra no ano de 1953


Grupo de crianças na Vila de Belterra, em 1953. Estavam preparando palha para ser usada como cobertura ou construção de barracas, possivelmente para as que eram feitas por ocasião das quermesses. Ao fundo a Igreja Matriz de Santo Antônio e a residência paroquial dos padres franciscanos.




A visita do Embaixador de Israel à Belterra


O Embaixador de Israel no Brasil, Itzhak Harkavi (no centro da foto, vide a seta), esteve em visita à então Vila de Belterra, no dia 06 de maio de 1971. Foi recebido por diversas autoridades civis, militares e eclesiásticas, na pista de pouso daquela localidade.



Igreja Matriz de Santa Ana, em Itaituba – 1956


Localizada às margens do rio Tapajós, a Igreja Matriz de Santana aqui aparece em uma fotografia de 1956 (atualmente é Igreja Catedral da Prelazia). Ao seu lado pode-se ver o antigo Convento, hoje residência episcopal.




Comunidade Nossa Senhora das Graças em fins da década de 1970


Vista do Salão Paroquial e da pequena pracinha da Comunidade de Nossa Senhora das Graças, localizada no cruzamento da Avenida Borges Leal com a Travessa Silvino Pinto, em Santarém. Fotografia de fins da década de 1970.



quarta-feira, 6 de junho de 2018

As quermesses do Asilo São Vicente no ano de 1955


A comissão patrocinadora dos festivais em favor do Asilo de São Vicente, nesta cidade, tem o prazer de convidar as autoridades civis, militares e eclesiásticas, as associações de classe e religiosas, o Comércio, a Indústria, o Operariado e o povo em geral para cooperarem nos dias 22, 23 e 24 do corrente, comparecendo às quermesses em benefício dos pobres velhinhos ali asilados.

A guerra às “bombas juninas” no ano de 1929


Está merecendo a atenção da polícia o emprego que vem sendo feito, todas as noites, dessas bombas explosivas, que outra coisa não são senão um atentado ao sossego noturno e à integridade física do incauto transeunte. As paredes das habitações são as que mais sofrem com essas bombas cuja nefasta ação, todos conhecem.

A festividade de São Pedro em Santarém no ano de 1951


Movimentaram-se os pescadores dos nossos rios para as comemorações do dia de São Pedro, glorioso padroeiro da grande classe que moureja sobre as águas, em dias solarentos, sobre a canícula escaldante ou em noites chuvosas e escuras, quando as tempestades agitam as águas, fazendo balançar as pequenas e frágeis canoas que galgam as ondas altaneiras, transpondo enormes montanhas líquidas, vencendo os perigosos abismos que se cavam entre o elemento revolto.
Nesses instantes de perigo, o pescador, homem de fé e confiança, tem como seu guia e protetor o seu grande padroeiro, que também exercera o espinhoso ofício nas águas da Palestina.

O Cordão “Passarinho de Ouro” em Santarém – 1935


Com muita alegria verifiquei que, em Santarém, já se procura viver com certa felicidade. O conforto, o desprendimento de muitas coisas materiais, traz às agruras humanas uma certa parcela de bem viver. Tudo deve espairecer, muito embora tenhamos de esconder muitas tristezas dos que moram na alma.
Nesse fito, assisti a exibição do cordão Passarinho de Ouro, que nada deixa a desejar desde a indumentária até o ensaio, tudo leva a dar momentos de grande alegria aos que assistiram o desempenho desse cordão joanino.

Levantamento do Cruzeiro das Santas Missões em Belterra – 1954


Como marco comemorativo das Santas Missões Populares, os membros da Igreja Católica, na Paróquia de Santo Antônio, em Belterra, ergueram um grande cruzeiro na Praça, em frente à Igreja Matriz, no dia 26 de setembro de 1954. Esse cruzeiro foi substituído por outro no ano de 1971.




Frei Roberto em uma rua de Mojuí dos Campos – 1969


O religioso franciscano Frei Roberto Schmieg, OFM, em visita a alguns dos moradores em uma das ruas da então Vila de Mojuí dos Campos no ano de 1969.



Vista parcial da frente de Itaituba em 1969


Parte da orla fluvial da cidade de Itaituba, em 1969, podendo-se ver o casario junto à Igreja Matriz de Santa Anna (atual Catedral).




terça-feira, 5 de junho de 2018

Momento de lazer no Seminário São Pio X


Um grupo de seminaristas do Seminário São Pio X (estudantes do ginásio) aproveitam o tempo livre para a prática de lazer na mesa de ping pong, na década de 1960.




Igreja da Comunidade Mulata, Monte Alegre, em 1969


Construída pelo franciscano Frei Othmar Rollman, OFM, a capela da comunidade Mulata, na zona rural de Monte Alegre, apresentava esse aspecto no ano de 1969.



Vista do conjunto paroquial de Belterra em 1952


Composto da Igreja Matriz de Santo Antônio, da Casa Paroquial e do Salão Paroquial, assim podia-se contemplar, em uma visão de conjunto, o complexo paroquial em Belterra no ano de 1952.




O primeiro Barco “Cor Jesu” da Prelazia de Santarém


Em 1958 este era o barco que favorecia o transporte missionário dos padres franciscanos em nossa região. Ele iria naufragar alguns anos depois desta fotografia, dando lugar ao “Cor Jesu” segundo.




O atendimento religioso em Mojuí dos Campos em 1969


Na imagem podemos ver o religioso Frei Roberto Schmieg, OFM, chegando em seu jipe depois de visita missionária pelas comunidades de Mojuí dos Campos em uma tarde de domingo do mês de março de 1969.



Porto de Miritituba em 1973


Localizado no lado oposto à Itaituba, esse era o aspecto do porto de Miritituba, na margem direita do rio Tapajós, no ano de 1973. A pista faz parte da rodovia Transamazônica, recém-aberta pelo governo militar.




Prédio da Rádio Rural de Santarém em 1969


Fundada em 05 de julho de 1964, a Rádio Emissora de Educação Rural de Santarém já ocupava o prédio denominado de “Sistema Radioeducativo”, conforme podemos ver neste registro do ano de 1969.



segunda-feira, 4 de junho de 2018

A antiga “Vila Farias” em Santarém na década de 1950


Localizada no Bairro da Prainha, foi mandada construir pelo senhor Manoel Gomes de Faria, daí o nome popular dado ao conjunto de casas. Fotografia cedida ao blog pela senhora Eunice Correa.



Vista de parte do litoral do Bairro da Prainha, em Santarém


Parte do litoral santareno, onde podemos ver o Bairro da Prainha, com o casario existente na primeira metade da década de 1980, inclusive a Casa de Saúde São Sebastião e a então Prefeitura Municipal de Santarém. Fotografia cedida ao blog pela senhora Neide Lira.




Embarque de madeira no Cais do Porto de Santarém


No final da década de 1970, um dos grandes produtos exportados pelo Cais do Porto de Santarém era a madeira. Infelizmente, a maior parte dela saía sem grande beneficiamento, como podemos ver na foto, para ser industrializada fora de Santarém. Fotografia cedida ao blog pela senhora Neide Lira.



sábado, 2 de junho de 2018

Trecho de Alenquer alagado pela enchente...


Uma das grandes enchentes da Amazônia, ocorrida na década de 1970, alagou boa parte da cidade de Alenquer, como podemos ver nesta fotografia cedida ao blog pelo amigo Luiz Potyguara.



Trabalhadores da extração da balata em Alenquer...


O trabalho de extração do látex da balateira (manilkara bidentata) no interior de Alenquer na metade do século XX. Fotografia cedida pelo amigo Luiz Potyguara.



Alunos da Escola Santo Antônio em Belterra



Alunos do então “Ginásio Normal Santo Antônio” em Belterra, em idos dos anos 1970, fazendo fila em frente à escola para cantar o hino nacional e receber orientações. As duas fotos são do acervo ICBS.

União Esporte Clube de Belterra em 1976


Um dos mais tradicionais times da “Bela Terra” em pose para uma fotografia no ano de 1976. Fotografia do acervo ICBS.



sexta-feira, 1 de junho de 2018

Avenida Curuá-Una no ano de 1985


Antiga “Estrada dos Americanos”, depois Avenida Engenheiro Luiz Alves e, finalmente, Avenida Curuá-Una, apresentava esse aspecto em idos de 1983, na altura próxima ao cruzamento com a Avenida Tropical. Fotografia cedida ao blog pela senhora Neide Lira.



Parte da orla de Santarém no início da década de 1960


Com uma vista do encontro de duas ruas da então “orla fluvial”, a Rua João Pessoa (antiga Rua do Comércio) com a rua Adriano Pimentel. O antigo Trapiche Municipal completa a paisagem da cidade que aprecia a “foz de um rio azul”. No governo Everaldo Martins, por volta do ano 1965, seria construída uma orla em concreto, que ainda não é vista na imagem em questão. Foto enviada ao blog pelo amigo Raimundo Silva.



O mês de junho em nossa história regional...



01 de junho – Depois de ter sido abolido o sistema de Senado da Câmara (com um presidente e três vereadores) foi instalada, neste dia, a primeira Câmara Municipal da então Vila de Santarém, que após eleição, foi assim composta: Presidente, Pe. Raimundo José Auzier; vereadores, Belchior Rodrigues de Melo, Manoel Frutuoso da Costa, Bento José Rabelo, Antônio Veloso Pereira, Pedro José de Bastos e José de Sousa e Silva Seixas; secretário João de Deus de Leão (1829).
02 de junho – Dom Frederico Benício de Sousa Costa, nascido na Vila de Boim, em Santarém, toma posse como Bispo de Manaus. Foi o segundo Bispo Diocesano daquela Diocese (1907).
03 de junho – Ordenação Presbiteral de  Frei Crisóstomo Adams, OFM, em Salvador, BA. No ano de 1911, esse frade franciscano chegou a Santarém para assumir a função de Comissário Franciscano na Prelazia de Santarém (1894).
04 de junho – O Juiz de Direito da Comarca de Itaituba, dr. Joaquim Mariano Franco de Sá, instala, no município de Aveiro, o 2º Distrito Judiciário da referida Comarca (1896).
05 de junho – Após uma reforma geral e melhoramentos no Estádio São Franciscano (que posteriormente foi conhecido como Elinaldo Barbosa), que recebeu nova arquibancada, aramado para a separação dos espectadores, etc., o prefeito Idelfonso Almeida, com a presença de autoridades civis e religiosas (entre as quais Frei Ambrósio Philipsemburg) inaugura o que seria o “Palácio do Esporte” por mais de seis décadas (1932).
06 de junho – Falece o Padre Felippe Santiago, pároco da Vila de Santarém. É sepultado no interior da nova igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição (atual Catedral), que ainda se encontrava em construção (1775).
07 de junho – O barco a motor “Cabiará” faz a sua primeira viagem para a Missão Cururu. A embarcação foi feita para ajudar o trabalho missionário dos padres franciscanos junto aos indígenas do rio Tapajós (1927).
08 de junho – Chega ao Brasil Frei Pelino de Castrovalvas, OFMCap. Ele se tornaria o missionário e fundador da Missão de Bacabal onde atendia as tribos dos índios Mundurucus e os defendia da exploração de seringalistas da região do Alto Tapajós (1870).
09 de junho – Assinado o “Termo de Paz feito entre os povos de Monte Alegre e Vila de Santarém”. A mesma aconteceu por conta da instabilidade política da Província, logo após a adesão da mesma à independência do Império do Brasil. A primeira das condições impostas pelo referido termo diz o seguinte: “Que nenhuma das Vilas (Santarém e Monte Alegre) pegarão jamais em Armas para se ofenderem uma a outra ficando assim por uma vez acabadas todas as rivalidades que por falta de Inteligência se tinham erguido entre as mesmas” (1824).
10 de junho – É solenemente instalado na cidade de Alenquer, o Museu da Cidade de Alenquer – MCA, por ocasião da celebração do aniversário do referido município. O Museu fica localizado na Rua Rosomiro Batista nº 445, no bairro central de Alenquer, em imóvel gentilmente cedido por seu proprietário, o senhor Luiz Mota de Siqueira Filho (2010).
11 de junho – Ordenação Episcopal de Dom Esmeraldo Barreto de Farias (que mais tarde seria Bispo Diocesano de Santarém), em Santo Antonio de Jesus, BA, por Dom João Nilton dos Santos Sousa, tendo como co-sagrantes: Dom Jairo Ruy Matos da Silva e Dom André De Witte, além de outros Bispos presentes (2000).
12 de junho – Nasce, nos Estados Unidos da América, Frei Benjamin Link, OFM. Ordenado sacerdote juntamente com Frei Vianney Müller, foi missionário em diversas paróquias da Prelazia de Santarém (1928).
13 de junho – Em Monte Alegre, é fundada, por inciativa do senhor Antônio Pereira da Silva e de outros cidadãos humanitários, a Sociedade Abolicionista “13 de Junho”, com o objetivo de promover a gradativa liberdade aos escravos monte-alegrenses (1884).
14 de junho – Na cidade de Óbidos, assume o cargo de diretor do Grupo Escolar daquela cidade, o professor Romeu de Andrade (1911).
15 de junho – Dom Lino Vombommel, até então Bispo Auxiliar, é designado Bispo Coadjutor da Diocese de Santarém, com direito a sucessão de Dom Tiago Ryan (1983).
16 de junho – A Junta Defensiva de Santarém determina a Francisco Alves Guimarães, vereador de mais idade da Câmara da Vila de Alenquer, que assuma as funções de Juiz da Vara, por conta do assassinato do Juiz Ordinário daquela Vila (1824).
17 de junho – O Presidente da República, Floriano Peixoto, por meio do Decreto nº 886, cria o comando superior de Guarda Nacional da comarca de Itaituba, no Estado do Pará. Antes disso, a Guarda Nacional de Itaituba estava subordinada ao comando superior de Santarém (1892).
18 de junho – Depois de passar pela ponta de praia denominada Cajutuba, cujos únicos moradores era uma enorme quantidade de “formigas de fogo” aladas que estavam mortas na praia, Henry Walter Bates prossegue: “Às sete da noite achamo-nos na embocadura de um riacho que ia dar numa lagoa chamada Aramanaí, e como tivesse parado o vento, atracamos, guiados pelas luzes na praia, perto da casa de um colono por nome de Jerônimo, que eu já conhecia e que logo nos indicou uma pequena e acolhedora angra onde podíamos passar a noite em segurança” (1852).
19 de junho – Após alguns meses de suspensão, por conta da perseguição movida pela autoridade policial do Estado, volta a circular, nesta data, o jornal santareno denominado O MOMENTO (1937).
20 de junho – A Viagem de Henry Bates pelo rio Tapajós avançou de Piquiatuba até a entrada do canal de Itapaiuna, onde hoje fica a comunidade de Prainha, na margem direita do mesmo rio. “Tivemos um vento fraco e inconstante o dia todo, e às seis da tarde tínhamos avançado apenas cerca de vinte quilômetros; como o vento parasse de soprar nessa hora, ancoramos à entrada de um estreito canal denominado Tapaiuna (grafia do autor), que passa entre uma grande ilha e a terra firme. Às três da tarde passamos defronte de Boim, um vilarejo situado na margem oposta (ocidental). A largura do rio ali é de nove ou dez quilômetros, e tudo o que conseguíamos ver do povoado era uma indistinta mancha branca no alto do barranco, sendo impossível distinguir as casas separadamente devido à distância” (1852).
21 de junho – Chegam a Belém, provenientes de Portugal, dez Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Para Alenquer se dirigiram seis religiosas e as outras quatro para Monte Alegre (1911).
22 de junho – Encerramento do 3º Congresso Eucarístico de Santarém, que teve como tema: “A Eucaristia e o Migrante”. Neste mesmo dia, com a presença de Dom Alberto Gaudêncio Ramos, Dom Tiago Ryan e Dom Eurico Krautler, é instala a Diocese de Santarém, tomando posse, como seu primeiro Bispo Diocesano: Dom Tiago Ryan, durante a Missa de Encerramento do Congresso Eucarístico (1980).
23 de junho – Pela Lei de Nº 140, desta data, o município de Alenquer, retoma a condição de Vila, que lhe havia sido tomada em 1833, agregando seu território à Santarém.  A reinstalação da Vila conforme o disposto na dita Lei, deu-se no ano seguinte, tomando posse a nova Câmara Municipal que foi presidida por Teodósio Constantino Batista (1848).
24 de junho – É realizado com a presença do prefeito Municipal e com o incentivo do Governador Fernando Guilhom, um festival folclórico na Vila de Alter do Chão, que tinha como objetivo resgatar as tradições daquela Vila, entre as quais o Sairé, que havia sido proibido cerca de 30 anos antes pelos frades norte-americanos, recém-chegados dos Estados Unidos (1973).
25 de junho – Conforme a lei Nº 299, desta data, o município de Aveiro passa a constituir o 2º Distrito Judiciário da Comarca de Itaituba (1895).
26 de junho – A Associação Comercial de Santarém elabora uma lista de melhorias para a cidade de Santarém. O documento seria posteriormente entregue ao Governo do Estado do Pará (1947).
27 de junho – A Congregação Mariana da Paróquia de São Raimundo Nonato, de Santarém que, neste ano, tem como seu presidente Manuel da Conceição Albarado, faz uma visita à Vila de Curuai, no Lago Grande. Junto com os Marianos foram 14 seminaristas do Seminário São Pio X, de Santarém, componentes do Coro do Seminário, para cantar a “Missa em Português”, que a primeira vez foi cantada em vernáculo naquele lugar (1965).
28 de junho – Com a presença do Intendente Municipal Inácio José Corrêa e de demais autoridades e do povo de Santarém, é inaugurado o “Teatro 15 de Janeiro”, cujo nome mais tarde foi trocado para Teatro Vitória. Hoje, passados mais de 115 anos, Santarém continua a carecer de uma casa de espetáculos à altura dos dias gloriosos do nosso Teatro Vitória (1896).
29 de junho – É fundada, em Alter do Chão, a banda musical “29 de Junho”. Quem formou esta banda de música foi o Prof. Juvêncio de Moraes Navarro Filho. Depois dele vieram os professores Luciano Lopes dos Santos, Raimundo Fona e Luís Barbosa Filho (1919).
30 de junho – Início da demolição do Altar Mor em mármore da Catedral de Santarém. Algumas de suas partes foram parar em casa de particulares, alguns destes fragmentos foram recolhidos posteriormente e fazem hoje parte do acervo do Museu de História e Arte Sacra da Diocese (1966).