quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Mais um ano para a história... Feliz 2016!

O blog se despede de todos os seus leitores neste ano findo, esperando ter contribuído, neste ano de 2015, para o conhecimento da nossa história e cultura e desejando que 2016 traga novas luzes sobre nosso passado, para que possamos, juntos, refletir e agir na construção de uma história melhor para o futuro.

Boas festas! Feliz Ano Novo!

Documentos pombalinos: Carta sobre os Jesuítas no rio Tapajós

A carta abaixo, escrita pelo governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado e endereçada ao seu irmão Sebastião José (futuro Marques de Pombal), comentando sobre algumas atitudes dos religiosos jesuítas no rio Tapajós, nos dá ideia das tensões existentes e que acabaram levando à expulsão dos missionários religiosos da Amazônia.

Colégio Santa Clara em fins da década de 1920

Abaixo publicamos uma fotografia do então Orfanato Santa Clara (hoje Colégio Santa Clara), casa mãe da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, ordem religiosa feminina, fundada em Santarém pelo Bispo Dom Amando Bahlmann e por Madre Maria Imaculada. A fotografia é de autoria do santareno Apolônio Fona.


Sobre a Segurança Pública em Óbidos - 1873

Corria o ano de 1873, o Delegado de Polícia de Óbidos, nomeado que fora para tal posto, não morava na cidade. Proprietário de fazenda, preferia o mesmo cuidar dos seus rebanhos do que da segurança do povo. E para isso alegava desculpas tais que o tempo ia passando sem que nada de acerto acontecesse.

Diante desse fato, um dos membros da câmara de Vereadores, Leonel da Silva Fernandes, pediu urgentemente que se fizesse um apelo aos poderes constituídos, para que se buscasse uma solução. Em sessão de 20 de outubro daquele ano, o sobredito edil apresentava a seguinte INDICAÇÃO:

Memória da propaganda: Fotografia em Monte Alegre – 1887

Abaixo publicamos propaganda do “Photografo” estabelecido na cidade de Monte Alegre em 1887. Trata-se do senhor M. T. Pull, que estabeleceu seu atelier na cidade baixa e que nos dá, por meio da sua propaganda, indicações da importância da fotografia na segunda metade do século XIX.




Crônica esportiva de Santarém em 1938

No mês de outubro do ano de 1938 ocorreu a fundação da Liga Atlética Santarena – LAS. E logo em seguida realizava-se o primeiro campeonato de futebol promovido pela referida entidade. Abaixo transcrevemos a crônica, publicada no mês de novembro, sobre esse primeiro campeonato da LAS, publicada no “O Mariano” daquele mês. A propósito, este é o registro da primeira goleada registrada em favor do time do São Francisco em campeonatos santarenos.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Praça e Igreja Matriz de Juruti na década de 1960

Fotografia do “coreto” da Praça da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde da cidade de Juruti em meados da década de 1960. Acervo do IBGE.


Atas da Câmara Municipal de Santarém – 5ª sessão da 3ª Reunião – 1855

Presidência do Sr. Rodrigues dos Santos, em 07 de agosto de 1855.

Aberta a sessão pelas nove horas da manhã, achando-se presentes os srs. Santos, presidente, Gomes Pereira, Argemiro Soares, Alves de Souza, e suplentes Reverendo Padre Auzier e Garcia; faltando com causa os srs. mencionados nas atas antecedentes.
Lida a ata da antecedente foi aprovada.

Praça do Pescador, em Santarém, na década de 1970

Vista da recém-criada Praça do Pescador, na cidade de Santarém, na segunda metade da década de 1970. Antes, toda a área da praça era ocupada pela praia (no verão) e pelo rio Tapajós (no inverno). Acervo do IBGE.


O grupo Cênico Mariano e a sua atuação artística.

A população santarena, ao que parece, julgou efêmero o aparecimento do Grupo Cênico Mariano, muito embora prometesse fazer um papel fulgurante, que, aliás, soube desempenhar nos nunca esquecidos dramas “O Mártir do Dever”, “O Falsário” e outros bem guardados na memória dos que tiveram a ventura de vê-los como deveria ver.
Daí, para dissipar ou melhor desanuviar essa imaginação enturvada mantida por Santarém sobre o Grupo Cênico Mariano, os componentes deste preparam-se para a representação da dramática e triste ocorrência da erupção da montanha Pelada, ocasionando o soterramento da cidade de S. Pedro, na Ilha de Martinica, pequena das Antilhas Francesa, fato esse dramatizado num único ato, assim denominado “Honrarás Pai e Mãe”.

Isto foi notícia: Um fato inusitado nas praias de Santarém



O semanário santareno “A CIDADE” publicado no dia 05 de junho de 1926, entre os mais variados acontecimentos daquela época, nos deixou uma notícia que mereceu destaque entre os tapajônicos frequentadores da praia da Coroa de Areia. Eis a mesma:

Quadro da educação de segundo grau – 1854

O quadro abaixo mostra a situação da educação de segundo grau no interior da Província do Grão-Pará no ano de 1854. Nota-se a situação das cidades de Santarém, Cametá e Bragança, além das cidades de Óbidos e Macapá (nas observações).


Ofício Sobre a Colônia Norte Americana

Palácio do Governo da Província do Pará, 5 de Março de 1869.
Ilmo. e Exmo. Sr.
Ligando o Governo Imperial à maior importância á imigração para o País, julgo conveniente levar ao conhecimento de V. Excª. o que tem ocorrido nesta Província sobre semelhante assunto.
Como V. Excª. sabe, o major Lansford Warem Hastings, cidadão dos Estados-Unidos da América do Norte, celebrou em 7 de novembro de 1866 um contrato com a  Presidência desta Província, na forma das instruções dadas pelo Governo Imperial em Aviso nº 7 de 22 de agosto daquele ano, para o estabelecimento de uma colônia de compatriotas seus que quisessem imigrar para esta Província e nela fixar sua residência efetiva e permanente.

Posse de Dom Floriano em Óbidos – 1958

Outra fotografia da instalação da nova Prelazia de Óbidos e posse de Dom Floriano Loewenau, seu primeiro bispo Prelado. Na porta da nova Catedral o novo Bispo, acompanhado de outros bispos presentes na instalação.


Sobre a emancipação da Província do Baixo Amazonas – Conferência de 28 de dezembro de 1884

O nosso ilustrado e jovem comprovinciano dr. Américo Campos iniciou na cidade de Santarém uma série de conferências, que tem por fim despertar o espírito público a favor da criação da Província do Baixo Amazonas.
Na primeira dessas conferências, que teve lugar à 28 do passado, recordou o ilustre médico os serviços prestados à causa do Baixo Amazonas pelos deputados exmos. Srs. João Victor e dr. Fulgêncio Simões, nosso chefe de redação, conseguindo geral aplauso e os mais significativos cumprimentos ao terminar sua importante alocução.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Santarém durante a cheia de 1953

Fotografia de parte do litoral Santareno durante a grande cheia de 1953. Pode-se ver a praça da Matriz e a antiga loja “O Castelo”. Não existia ainda a Avenida Tapajós, cujo espaço era ocupado, no verão, pela praia e, no inverno, pelo rio Tapajós.


Carta sobre possível existência de prata no Rio Tapajós

Abaixo transcrevemos carta do Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, destinada ao ministro Diogo de Mendonça Corte Real, sobre a possível descoberta de prata no rio Tapajós.

Edital sobre eleição em Monte Alegre

Abaixo publicamos um edital sobre a eleição para um dos Senadores da Província. Interessante observar o método usado para proceder a eleição, bem como a composição da mesa eleitoral.

Posse de Dom Floriano como Bispo Prelado de Óbidos

Registro fotográfico da instalação da Prelazia de Óbidos e posse do seu primeiro Bispo Prelado, Dom Floriano Loewenau, ocorrida no dia 02 de fevereiro de 1958. O registro nos mostra a procissão para a Igreja Catedral de Sant’Ana, vendo-se além dos arcebispos Dom Alberto Ramos (Belém), Dom João Lima (Manaus), o novo Bispo de Óbidos, Monsenhor Arcangelo (de Parintins) e Frei Tiago Ryan (recém-nomeado Bispo de Santarém).



Contrato para a importação de imigrantes norte-americanos (Love)

Aos seis dias do mês de dezembro de mil oitocentos sessenta e sete, nesta cidade de Belém, Capital da Província do Pará, no Palácio da Presidência, estando presente o Exmo. Sr. Conselheiro de Guerra Presidente da Província, Vice-almirante Joaguim Raymundo de Lamare, compareceu o cidadão dos Estados Unidos da América do Norte, Roberto I. Love para o fim de contratar o estabelecimento de uma colônia de compatriotas seus, que quiserem imigrar e estabelecer-se permanentemente nesta Província, e tendo-se em vista as ordens do Governo Imperial relativas a este objeto, o mesmo Exmo. Sr. Presidente da Província, e o referido Roberto I. Love estipularam as condições abaixo mencionadas, as quais ambos aceitaram e obrigaram-se a cumprir, a saber:

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Frente de parte da cidade de Santarém em 1966

Vista do Solar do Barão de Santarém e do Bar Mascote em frente à cidade de Santarém, no ano de 1966. A foto foi tirada durante o período de cheia. Pode-se ver o muro que dava o charme naquele trecho da Rua do Comércio. Acervo do IBGE.


Situação das Paróquias do Baixo Amazonas em 1840


Os impactos da Companhia Ford em Santarém

Não é de hoje que grandes projetos econômicos causam impactos na economia santarena. Em 1931, pouco tempo depois da implantação da Companhia Ford em Fordlândia, os preços de alugueis em Santarém dispararam “às alturas”. Isso trouxe prejuízo para algumas pessoas, lucro para outras e preocupações para um dos redatores do Jornal “A Justiça” que assim se pronunciou sobre o assunto:

Parte do Litoral Santareno em fins da década de 1920

Mais uma foto que mostra parte do litoral da cidade de Santarém em fins da década de 1920, de autoria do santareno Apolônio Fona (com assinatura). Nela podemos ver o casario que ficava entre o “Quartel do Sol” e a antiga “Usina de Luz”, vendo-se também o antigo “Largo da República” (atual Praça Rodrigues dos Santos).



Contrato para implantação de uma Colônia Norte Americana - Hastings

Termo de Contrato celebrado com o Major Lansford Warren Hastings, para estabelecer uma colônia de compatriotas seus nesta província.

Aos sete dias do mês de novembro de mil oitocentos sessenta e seis, nesta cidade de Belém, capital da província do Pará, no palácio da presidência, estando presente o Exmo. Sr. Presidente da província dr. Pedro Leão Velloso, compareceu o major Lansford Warren Hastings, cidadão dos Estados Unidos da América do Norte, para o fim de contratar o estabelecimento de uma colônia de compatriotas seus, que quiserem emigrar para esta província e nela fixar sua residência efetiva e permanente; e tendo-se em vista as instruções dadas pelo governo imperial em aviso nº 7 de 22 de agosto do corrente ano pelo competente ministério, o mesmo Exmo. Sr. Presidente da província e o Sr. Major Hastings estipularam as condições abaixo mencionadas, as quais ambos aceitaram e obrigaram-se a cumprir, à saber:

domingo, 27 de dezembro de 2015

Bailes de “Réveillon” em Santarém



As festas de réveillon em Santarém, assim como as festas de carnaval, eram inicialmente festas familiares que, pouco a pouco foram tomando ares sociais e passando a ser realizadas em “salões”, promovidas por clubes da sociedade santarena. Vejamos duas notas publicadas no jornal “A Cidade” sobre alguns dos réveillons que ocorreram no passado santareno.

Atas da Câmara Municipal de Santarém – 4ª Sessão da 3ª Reunião – 1955

Presidência do Sr. Rodrigues dos Santos em 06 de agosto de 1855.

Aberta a sessão pelas 9 horas da manhã, achando-se presentes os srs. Rodrigues dos Santos, presidente; Gomes Pereira, Argemiro Soares, Alves de Souza, e suplentes os Srs. Garcia e Revdo. Pe. Auzier; faltando com justificados motivos os Srs. já declarados nas atas antecedentes.
Lida a ata da antecedente foi aprovada.

Memória da propaganda: médico em Alenquer – 1895

Uma das propagandas médicas na região do Baixo Amazonas, no final do século XIX, na cidade de Alenquer. Naquela época muitos dos médicos atendiam em suas próprias residências, conforme podemos ver no anúncio em questão.


Um “Mercado” e um “Castelo” no litoral de Santarém

Dois prédios icônicos da Santarém de fins da década de 1920, em fotografia feita por Apolônio Fona, durante o período de cheia do rio. Aparecem na foto o Mercado Municipal e a loja “O Castelo”. Ambos já foram demolidos “em nome do progresso”.


Sobre os missionários da Missão de Óbidos

A história da Missão Religiosa em Óbidos teve, como outras, os seus altos e baixos. A carta régia que publicamos abaixo, sobre o provimento de Missionários Franciscanos na Missão junto ao Forte Pauxis, nos mostra que houve períodos em que a existência da Missão foi ameaçada por falta de missionários. Outro fato interessante: para proteger os trabalhos junto aos indígenas, os missionários tinham a missão junto da foz do rio Trombetas, e não junto ao forte militar, assim, evitava-se maiores conflitos.

sábado, 26 de dezembro de 2015

A saúde em Santarém em 1924

Depois de um ano em que a cidade temeu a varíola e registrou um surto de hidrofobia, além da sempre temida febre amarela e de outras doenças que afligiam os santarenos daqueles anos (inclusive verminoses e doenças venéreas), os serviços do “Posto de Saúde Gaspar Viana”, sob a direção do Dr. João Pinto de Oliveira, então médico responsável pelo saneamento rural da cidade de Santarém, estivam a todo vapor, conforme se pode constatar pelo Relatório de serviços do mês de maio de 1924, que passamos a publicar abaixo:

O movimento geral de doentes do mês foi de 2.726. Destes, 708 eram novos, os quais se matricularam: no serviço contra o impaludismo, 216, no serviço de combate às verminoses, 415, e nas doenças venéreas, 24.
No serviço de combate ao impaludismo, foram aplicadas 1.771 medicações; destas, 518 foram injeções. No serviço de verminose foram ministradas 411 medicações, sendo em domicílio, 318 e no ambulatório, 93. No laboratório do Posto foram feitos 772 exames sendo, de fezes 353, para pesquisa do hematozoário de Laveran, 212, e diversos, 7. Fizeram-se 443 exames de sangue para verificação da taxa de hemoglobina.
No serviço de Saneamento Rural, inspecionaram-se 305 domicílios. O número de pessoas vacinadas e revacinadas foi de 365.
No gabinete anti-venéreo foram atendidos 144 doentes, que receberam tratamento constante de injeções de mercúrio e curativos de ulcerados.
Sobre outras doenças e no serviço de policlínica foram atendidas 398 pessoas dando-se 107 consultas. Ainda neste serviço fizeram-se 7 pequenas intervenções cirúrgicas e 134 curativos diversos”.


Interessante constar que esse total de atendimentos contemplava uma população urbana de no máximo cinco mil habitantes (numa estimativa otimista), o que nos dá uma ideia do quanto os serviços prestados pelo posto de saúde, em apenas um mês, foi importante para a vida dos santarenos daquela época.

Vista da Igreja Matriz de Alenquer – 1966

Outra foto que mostra a Igreja Matriz de Santo Antônio, em Alenquer, desta vez com o panorama dos fundos da Igreja e da lateral de suas naves. Foto do IBGE de 1966.




Sobre o Batalhão de Monte Alegre

Abaixo transcrevemos a portaria com nomeações para o Batalhão de Monte Alegre. O 5º Batalhão de Infantaria de Guardas Nacionais do Município de Monte Alegre era o braço armado do Estado naquele município em meados do século XIX.

O Presidente da Província, em virtude d artigo 49 da Lei n° 602 de 19 de Setembro de 1850, e respectivas instruções, tendo em vista não só a proposta do Tenente Coronel Comandante do 5º Batalhão de Infantaria de Guardas Nacionais do Município de Monte Alegre, mas também a informação que sobre ela deu o Comandante Superior, resolveu nomear para o dito batalhão os oficiais abaixo nomeados:

Vista do litoral Santareno em fins da década de 1920

Uma visão do litoral em Santarém durante o período de cheia no final da década de 1920, em fotografia do santareno Apolônio Fona. Pode-se ver o antigo Trapiche, além do “Morro da Fortaleza” e do casario próximo do antigo “caisinho”.


Uma visita ao 4º Batalhão em Óbidos

No dia 28 de dezembro de 1911, deixava o porto de Belém, com destino a Óbidos, o general Antônio Ilha Moreira, inspetor Região Militar, acompanhado de sua família e do tenente-coronel Manoel Luiz de Mello Nunes, para fazer uma visita de inspeção ao 4º Batalhão de Artilharia de Posição, lotado na cidade de Óbidos. Tendo chegado na cidade pelas comemorações do ano novo. Somente nos primeiros dias de 1912, realizou o general a inspeção a que tinha vindo. Como resultado desta visita, retornando a Belém, o general nos deixou um breve relato que transcrevemos abaixo:

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Torre de sondagem de petróleo em Alter do Chão

A foto mostra uma das torres de sondagem de pesquisa de petróleo na Bacia do Rio Tapajós, em Alter do Chão, na década de 1950. As pesquisas sísmicas e geológicas descobriram gás natural e evidencias da existência de petróleo em nossa região, além de apontarem para a existência do maior aquífero do Brasil: o Aquífero Alter do Chão. Foto do IBGE.


Óbidos na era do “Telégrafo”

Antes da era da internet ou do celular, receber notícias dependia da ação dos Correios. Saber uma notícia da Capital do Estado, do País ou do Mundo demorava dias, meses ou até mesmo um ano. No entanto, no final do século XIX, um evento mudou significativamente essa situação: a chegada do Telégrafo.

Em 1890 começaram os trabalhos de implantação da linha telegráfica em Óbidos. A cidade foi escolhida como um dos pontos estratégicos de ligação entre Manaus e Belém (bem como todo o restante do país). A zona entre Manaus e a cidade de Prainha, onde supunha-se apresentar as vantagens e facilidades para a construção de uma linha aérea, foi dividida em quatro secções de exploração terrestre, que seria efetuada por outras tantas turmas, ocupadas: a primeira secção ficaria entre Manaus e Itacoatiara, a segunda entre Itacoatiara e Faro, a terceira de Faro a Óbidos e a quarta de Óbidos a Prainha.

A Rua Siqueira Campos no início da década de 1950

A fotografia nos mostra como era a Rua Siqueira Campos no início dos anos de 1950, quando ainda não havia o asfalto. Pode-se ver as calçadas livres e padronizadas, bem como a limpeza impecável e o bonito casario secular, boa parte destruído para dar lugar às atuais casas comerciais de hoje.


Nomeações para o Batalhão de Vila Franca

Apresentamos abaixo a portaria do Presidente da Província do Pará, fazendo nomeações para Batalhão Militar de Vila Franca. O documento mostra a importância que aquela Vila tinha dentro do âmbito militar do período. Era no distrito de Vila Franca que ficava o quartel cabano mais famoso da região: o quartel de Ecuipiranga. O Batalhão era composto por pessoas que moravam não somente em Vila Franca, mas também na região do Lago Grande e de Arapixuna.

Memória da Propaganda: Casa “Sul-América” – 1936

De propriedade de Geraldo Alho & Cia., a Casa “Sul-América” apresentava em sua propaganda de final de ano os ditames da moda em meados naquele ano de 1936, além, é claro, do apelo comercial voltado aos brinquedos para presente do “Papae Noel”.


Carta régia sobre um missionário de Gurupatuba

Abaixo transcrevemos uma Carta Régia mandando que volte ao Reino (Portugal) o Missionário de Gurupatuba (Monte Alegre), Frei Pedro de Redondo, por ter se negado a fornecer indígenas para a campanha militar promovida pela Fortaleza do Tapajós (Santarém) em socorro da Casa Forte do Rio Negro (Manaus). Deixamos no texto a grafia original da Carta (Aldea Serupataba) escrita pelo Rei ao Governador do Grão-Pará e Maranhão no ano de 1710.

Seringueiro em Belterra no ano de 1953

Registro fotográfico de um seringueiro de Belterra no ano de 1953. Além de portar seus instrumentos de trabalho, apresenta um balde cheio do leite da borracha extraído das seringueiras nas antigas plantações da Companhia Ford.


O lugar de origem da humanidade

Poucas pessoas sabem, mas o lugar da origem da humanidade fica às margens do rio Tapajós. Ao menos na mentalidade dos nossos antepassados indígenas, conforme nos dia o Padre João Daniel, em seu “Tesouro Descoberto”. Vejamos o texto que até hoje nos provoca admiração e cujo estudo ainda está pouco aprofundado (os grifos são meus):

Avenida Adriano Pimentel no início da década de 1970

Vista da calçada da Avenida Adriano Pimentel no início da década de 1970. Pode-se ver em primeiro plano o local onde foi colocada a “águia” que adornava o “Theatro Victória” antes de ser transformado em Câmara Municipal. Ao fundo o antigo Trapiche Municipal. Não havia ainda o “Mascotinho”, lugar que era ocupado pela praia. Foto do IBGE.


O novo Órgão da Catedral - 1958

No ano em que assumiu o pastoreio da então Prelazia de Santarém, Dom Tiago Ryan trouxe dos Estados Unidos um bonito órgão eletrônico para o Coro da Catedral de Santarém. A chegada do instrumento foi cercada de um mistério, pois apesar de noticiado que o Bispo foi o doador, mais tarde o mesmo revelou (dias depois do falecimento de sua genitora) que o havia recebido como doação, e que foi obrigado a prometer não revelar o nome da “doadora” (posteriormente soube-se que tratava-se de pessoa familiar do Bispo).

O Órgão foi fabricado pela empresa norte-americana “Hamond Organ Company”. Depois da extinção do Coro da Catedral entrou em desuso e deteriorou-se seu mecanismo. Chegou a ter parte de sua mobília (em madeira) queimada, durante a tentativa de furto. Hoje encontra-se no acervo do Museu Diocesano de História e Arte Sacra. Emudecido, mas confirmando seu passado de atividade artística e litúrgica na Catedral de Santarém. O instrumento foi oficialmente inaugurado na noite do natal daquele ano de 1958, conforme a notícia abaixo:

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

"O Diabo na Cidade" em Alenquer – 1909

Apesar de incentivar o teatro religioso, Dom Amando impunha severas criticas ao teatro de comédia popular. Um fato interessante aconteceu em Alenquer, cidade que à época pertencia à Prelazia de Santarém e registrado em suas “Memórias Inacabadas”. Eis o fato:

Vitórias-Régias do Lago Pixuna (Tapará) – 1860

Mais um dos desenhos do norte-americano James Wells Champney, desta feita de vitórias-régias amazônicas, por ele desenhadas no lago Pixuna, na região do Tapará, próximo ao município de Santarém, no ano de 1860.




Atas da Câmara Municipal de Santarém – 3ª Sessão da 3ª Reunião – 1855

3ª Sessão, em 4 de agosto de 1855 – Presidência do Sr. Rodrigues dos Santos.

Aberta a sessão às 9h da manhã, acharam-se presentes os srs. Rodrigues dos Santos, presidente, Gomes Pereira, Argemiro Soares, Alves de Souza, e suplentes Garcia e Revmo. Padre Auzier; faltando com justificados motivos os srs. Pinto Guimarães, Pereira de Miranda, Augusto e Silva, Paz, Maximiano de Souza, e Miranda.
Lida a ata da antecedente foi aprovada.

Memória da Propaganda: Uma peça de teatro em Santarém – 1855

Publicamos uma propaganda das muitas peças de teatro que aconteciam no chamado “Teatro Particular”. As apresentações de teatro em meados do século XIX eram comuns em Santarém e fizeram nascer o gosto pela arte dramática em terras tapajônicas. As peças eram patrocinadas pela elite da época, em especial pelo futuro Barão de Santarém, o coronel Miguel Antônio Pinto Guimarães.


Comércio de gado do Barão de Santarém

Os ofícios abaixo transcritos remetem ao comércio de gado existente entre a região do Baixo Amazonas com a Província do Amazonas na metade do século XIX, além de evidenciar a influência econômica e política do futuro Barão de Santarém, proprietário de diversas fazendas de gado na região.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Nossa Senhora da Caxipará profanada pelo vigário de Alenquer

Corria o ano de 1908 quando aconteceu a história que abaixo publicamos. Era vigário de Alenquer o padre italiano Secundo Bruzzo, para o qual o autor da notícia pede o apoio do rebanho alenquerense diante do fato ocorrido. A história revela não somente as crendices populares do povo alenquerense como a reação que advém da Igreja dita “oficial” para coibir desvios da doutrina da fé católica. Eis a história publicada em 25 de outubro de 1908:

Rua Floriano Peixoto na década de 1940

Esta fotografia, publicada no álbum “Santarém”, em comemoração do centenário de elevação da cidade, no ano de 1948, mostra como era a antiga Rua Floriano Peixoto, que atualmente é a Rua Wilson Fonseca. Nota-se ao fundo o “Theatro Victoria”.


Um discurso para o Governador em Óbidos – 1890

Em 1890, durante a visita do Governador Justo Chermont à cidade de Óbidos, foi feito um discurso pelo representante dos comerciantes de Óbidos, o senhor Francisco Augusto de Araújo Vieira, agente consular português, que retratava a realidade não somente de Óbidos, como da região, logo nos primeiros momentos da República. Eis o texto:

Litoral Santareno em 1860

Vista do litoral santareno no ano de 1860, desenho do norte-americano James Wells Champney, que esteve no Baixo Amazonas em viagem que lhe inspirou diversos desenhos, um dos quais o que ora apresentamos onde, além da praia, se pode ver a Igreja Matriz da cidade já sem as torres originais.


Descrição de um viajante: Itaituba em 1875

Abaixo transcrevemos a descrição da então Vila de Itaituba no ano de 1875 feita pelo primeiro tenente reformado da armada nacional e imperial, Rufino Luiz Tavares, comandante do vapor Óbidos, da Amazon Steam Navigation Company Limited.

Visita da Imagem Peregrina de Fátima a Santarém



FOTO: Procissão com a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, em registro fotográfico quando da passagem pelo Bar Mascote. (Acervo Ignácio Neto).

Por Pe. Sidney Augusto Canto

O dia 20 de setembro de 1953 foi marcado pela visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima à cidade de Santarém. Vinda de Manaus e descendo por barco o Rio Amazonas, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima saiu de Portugal cinco anos antes visitando, antes do Brasil, 30 países católicos.

Proposta de divisão das Missões Religiosas – 1693

Proposta apresentada pelo Conselho Ultramarino de Lisboa ao Rei de Portugal para as “Repartições” das Missões Religiosas, datada de 28 de janeiro de 1693. Fac-símile do documento faz parte do acervo documental do Conselho Ultramarino de Lisboa.


Documentos históricos: Carta régia da repartição das Missões

Até o ano de 1693 os missionários que primeiro chegassem a uma Aldeia e nela fixassem residência missionária tinham o controle daquela área missionária. Com o crescimento do número de missionários e a vinda de novas províncias religiosas para o Grão-Pará, começaram os conflitos pelo descimento e estabelecimento de missões. Por isso o Rei tomou a decisão de repartir as missões religiosas, conforme se vê na carta abaixo.

Internas da Colônia São José na década de 1930

Grupo de internas da Colônia São José, no planalto santareno, em fotografia de Apolônio Fona, na década de 1930. A Colônia São José foi criada com o objetivo de produzir alimentos que ajudassem a manutenção das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição. Com o tempo também se dedicou à educação e catequese do povo que vivia no planalto, principalmente imigrantes nordestinos.


Sobre o Júri de Monte Alegre – 1885

Abaixo transcrevemos um edital judiciário de convocação do Júri de Monte Alegre no ano de 1885. Participavam do Júri cidadãos das paróquias de Monte Alegre e Prainha (que compunham a comarca) e as sessões eram realizadas no consistório da Igreja Matriz de São Francisco de Assis.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Uma carta do vigário de Alenquer – 1876

Abaixo transcrevemos uma carta do Vigário de Alenquer, o padre João Cândido Rodrigues de Mello, rebatendo algumas calúnias contra ele levantadas pelo major Luiz de Oliveira Martins. Pe. João Cândido foi um dos padres que mais tempo ficou à frente da Paróquia de Santo Antônio de Alenquer, (1855 a 1885).

Documentos históricos: Salários em atraso

Não é de hoje que há atrasos no pagamento dos servidores públicos. A seguir apresentamos o Ofício e Relações sobre pagamentos em atraso de professores e padres da Província do Pará. Note-se que os salários dos anos de 1843 e 1844 (referentes aos anos de 1842 e 1843) só foram autorizados a ser pagos em 1847. A demora foi tanta que alguns dos beneficiados já haviam falecidos sem sequer ver a “cor do seu dinheiro”.

Vista da Praça Barão de Santarém na década de 1930

Vista de quem estava na sacada do antigo Hospital São José (hoje Colégio Dom Amando), vendo-se o panorama da antiga Praça da Municipalidade (hoje Praça Barão de Santarém) em fotografia de Apolônio Fona na década de 1930. Destaca-se o antigo “cata-vento” da bomba de água do Hospital. Também se pode ver, além da antiga Igreja, o “Coreto”, o Obelisco e o Paço Municipal (hoje Centro Cultural João Fona).


Sobre a Matriz da Vila Monte Alegre – 1860

Transcrevemos abaixo as impressões sobre Monte Alegre, tirado do relato da viagem que fez o presidente da Província do Grão-Pará, dr. Antônio Coelho de Sá e Albuquerque fez pelo interior da Província entre os dias 20 de março e 05 de abril de 1860, a bordo do vapor “Monarcha”, da Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas, e que trata especificamente das condições da Igreja Matriz de São Francisco. Eis o trecho:

Memória da Propaganda: Venda de Sobrado em 1855

Venda de um sobrado e de algumas “braças de chão” no ano de 1855. O anúncio também chama atenção para o nome que algumas ruas da cidade de Santarém naquele distante ano. Alguém saberia dizer o nome atual das antigas: Rua da Fortaleza, Travessa da Bolla e Rua Santa Cruz?


Atas da Câmara Municipal de Santarém – 2ª sessão da 3ª Reunião – 1855

Ata da 2ª Sessão, em 2 de Agosto de 1855: Presidência do Sr. Santos

Aberta a sessão às 9h da manhã, achando-se presentes os srs. Rodrigues dos Santos, P., Gomes Pereira, Argemiro Soares, Alves de Souza, e suplentes Raimundo Auzier e Mello Garcia; faltando com causa justificada os srs. já mencionados na ata do 1º corrente: lida a ata da antecedente foi aprovada.
Tratando-se do expediente o sr. presidente deu a leitura um ofício do Comandante dos Trabalhadores desta cidade, em resposta ao seu de 24 de julho último, comunicando não lhe ter sido possível arranjar os trabalhadores por ela requisitados para a obra da casa da câmara e cadeia, mas que por estes oito dias, os prontificará; depois de lido foi arquivado.

Capela da Colônia e Orfanato São José, em Santarém

Vista da capela e de parte do orfanato São José, no planalto santareno, em fotografia de Apolônio Fona, nos primeiros anos da década de 1930. Apesar do nome São José, dado ao sítio das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, a capela é dedicada a São Francisco de Assis.


Outra partida de futebol entre Óbidos e Santarém

Ontem publicamos a crônica da partida entre o Amazônia de Óbidos e o Mariano de Santarém, em 1937, quando da vinda do primeiro a Santarém. Dois anos mais tarde, em 1939, foi a vez do time santareno do “Mariano Sport Club” retribuir a visita ao “Amazônia Sport Club”. O jogo, realizado na cidade de Óbidos a convite do presidente do time obidense, o Tenente Mauro Gouvêa da Costa, que organizou a partida em confraria com o cônsul santareno residente em Óbidos, Sr. Samuel Figueira. Vejamos a crônica do evento:

Grupo de padres da Prelazia de Santarém

Alguns dos padres que trabalharam na Prelazia de Santarém no início dos anos de 1930. Na foto ainda se pode identificar Dom Amando Bahlmann, ao centro, tendo ao seu lado esquerdo o seu secretário particular, o padre diocesano João Mayer (norte-americano). Entre os frades, conseguimos identificar Frei Ambrósio Philipsemburg (em pé, atrás de Dom Amando), Frei Alberto Kruse (em pé, lado esquerdo de Frei Ambrósio) e Frei Rogério Voges (sentado, na extrema direita de Dom Amando). Os outros frades não me foram precisos identificar.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Litoral de Santarém no ano de 1965

Vista do litoral santareno em fotografia do IBGE, no ano de 1965, vendo-se a praia tomada pelas barracas que se erguiam sobre a areia no verão. Ao longe a ponta da Vera Paz, ainda sem o Cais do Porto que seria construído poucos anos depois...




Atas da Câmara Municipal de Santarém – 1ª Sessão da 3ª Reunião – 1855

Presidência do Senhor Rodrigues dos Santos

Ao primeiro dia do mês de Agosto de mil oitocentos e cinquenta e cinco, trigésimo quarto da independência e do império, nesta cidade de Santarém e paço da câmara municipal, onde se achavam reunidos os membros da mesma os srs. Joaquim Rodrigues dos Santos, presidente, João Gomes Pereira, Bernardino de Sena Argemiro Soares, Joaquim Alves de Souza, e os suplentes Antonio de Mello Garcia e Revdo. Raimundo José Auzier: faltando com causa justificada os srs. Miguel Antonio Pinto Guimarães, Antonio Gentil Augusto e Silva, José Ignácio Pereira de Miranda, João Maximiano de Souza, Manoel de Oliveira da Paz, e suplente João Severiano de Miranda, e sendo aqueles acima reunidos para darem à presente sessão ordinária na forma da lei, o sr. presidente abriu a sessão as 9 horas da manhã e deu conta à câmara dos negócios seguintes:

Cena de uma pescaria em Óbidos em 1966

Uma das cenas características e marcantes da paisagem do Baixo Amazonas é a do pescador. Nesta foto do IBGE, podemos ver um pescador jogando a tarrafa no porto de Óbidos, no ano de 1966.


Amazônia Sport Club de Óbidos X Mariano Sport Club de Santarém

Duas partidas memoráveis das crônicas foram registradas entre o time obidense do “Amazônia Sport Club” e o “Mariano” de Santarém. Como ambas estão registradas no jornal “O Mariano”, passamos a transcrever os detalhes registrados em duas partidas da década de 1930. A primeira delas, realizada em Santarém, no dia 14 de novembro de 1937, teve a seguinte crônica:

Vista do litoral da cidade de Alenquer em 1898

Vista parcial do litoral da cidade de Alenquer durante o período de seca no ano de 1898. Além do casario que ficava na frente da cidade, vê-se os varais onde as lavadeiras costumavam deixar a roupa secar.


Visita do Presidente da Província a Vila de Prainha – 1860

Transcrevemos abaixo as impressões sobre Prainha, tirado do relato da viagem que fez o presidente da Província do Grão-Pará, dr. Antônio Coelho de Sá e Albuquerque fez pelo interior da Província entre os dias 20 de março e 05 de abril de 1860, a bordo do vapor “Monarcha”, da Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas.

O Boi-bumbá de Santarém em 1883

O Boi-bumbá é um auto pastoril, onde se conta um enredo com música, dança e teatro. Em Santarém, esse auto pastoril existe desde a metade do século XIX. O escritor português Sanches Frias fez um desenho do boi-bumbá santareno em 1883, realizado no Bairro da Aldeia (note-se as casas de palha), um boi-bumbá onde havia a predominância da cultura negra (sob a vigilância de capatazes) e que aqui reproduzimos: 


A estreia da peça “Eu vou Telegrafar”

Corria o ano de 1925 e Santarém vivia uma intensa vida cultural. Nessa década tínhamos três bandas de música, dois cinemas (que ainda exibiam filmes mudos), diversos folguedos juninos, arraiais e festas de santos (além dos padroeiros dos três bairros da cidade: Nossa Senhora da Conceição, São Raimundo e São Sebastião, ainda havia as festas de São Benedito, São Pedro, Santo Antônio, Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora do Rosário, Mês Mariano, sem citar as festas realizadas pelo interior). E havia também o glamour do “Theatro Victória”.

Além das Companhias de Teatro que, de passagem entre Belém e Manaus, ora ou outra, paravam pela cidade, Santarém possuía seus próprios atores, que se reuniam em “grupos cênicos”. Um destes grupos, chamado “MANOEL GUIMARÃES”, sob a batuta do teatrólogo santareno, Felisbelo Sussuarana, apresentou pela primeira vez, no ano supracitado, a revista teatral “EU VOU TELEGRAFAR”. Um marco para a história teatral da cidade, cuja estreia foi assim noticiada pelo jornal “A Cidade”:

Vista do Palco do “Theatro Victória” em Santarém

Fotografia tirada do palco do “Theatro Victoria” durante um evento político realizado em fins da década de 1930 e início da década de 1940 (na foto aparece o poeta Felisbelo Sussuarana, falecido em 1942). O “Theatro Victória”, após os seus “dias de glória” era usado para diversos tipos de eventos, a maioria de caráter político, isso perdurou principalmente pelas décadas de 1940 e 1950 até a sua destruição no ano de 1965.




Memória da propaganda: O Teatro Nossa Senhora da Conceição - 1877

No mês de novembro do ano de 1877 a cidade de Santarém acolheu no Teatro Nossa Senhora da Conceição apresentações do renomado ator José de Lima Penante. Uma dessas apresentações, realizada no mês de dezembro, foi em benefício da Confraria de São Sebastião e da construção da Capela do Santo protetor da peste, que estava sendo edificada no bairro “Mundo-Novo” (atual Prainha). A temporada permaneceu na cidade até a noite do dia 06 de janeiro de 1878, quando apresentou um último espetáculo, que assim foi noticiado pelo jornal “Baixo-Amazonas” de 05 de janeiro de 1878:




domingo, 20 de dezembro de 2015

Paisagem fluvial em desenho de 1860

Mais um desenho de paisagem fluvial feito pelo norte-americano James Wells Champney, que visitou a região do Baixo Amazonas (fazendo diversos desenhos de Santarém e Monte Alegre) no ano de 1860. O caboclo remando sua canoa, próximo do aningal e da mata é, ainda hoje, uma paisagem visível na região...


Sobre cobrança de Décima Urbana

A cobrança de impostos municipais em Santarém também tem sua história. Abaixo publicamos um edital da Câmara Municipal sobre a cobrança da “décima urbana” e as punições aos que relutavam no pagamento da mesma:

Memória da propaganda: Escravo fugido de Monte Alegre

Propaganda publicada em jornal da capital do Pará no ano de 1855, sobre um escravo fugido de Monte Alegre, de nome Porfírio, propriedade do senhor Antônio Ignácio Pinto.


A Praça da Matriz na década de 1920

Nesta fotografia de Apolônio fona, tirada de cima da loja denominada “O Castelo”, temos uma bonita visão da Praça da Matriz em fins da década de 1920. Com seu arvoredo singular, pode-se ver, além da Igreja Matriz, o prédio do “Canto Redondo”, o antigo “Coreto”, o Cine Guanabara, o “Quartel do Sol”, o “Theatro Victória” e a antiga “Usina de Luz e Força”.


O Centro Cívico Jackson de Figueiredo

Em 1943 foi fundado, em Santarém, o “Ginásio Dom Amando”, por iniciativa de Monsenhor Anselmo Pietrulla, prelado de Santarém. O Ginásio estava, a princípio, sob a direção dos padres franciscanos, posteriormente vieram os Irmãos de Santa Cruz para cuidar especificamente do Ginásio. A vida estudantil dos primeiros anos do Ginásio era movimentada não somente pelos estudos, assim também como diversos outros trabalhos e eventos, graças à atuação do movimentado Centro Cívico “Jackson de Figueiredo”, cuja notícia de fundação transcrevemos abaixo, sendo publicada originalmente no O Mariano Nº 94:

sábado, 19 de dezembro de 2015

Memória da Propaganda: Fábrica de Calçados – 1953

O comércio santareno já teve também algumas indústrias, entre as quais destacamos hoje a Fábrica de Calçados São José, que tinha matriz na Rua João Pessoa (atual Lameira Bitencourt) e filial na Rua 24 de outubro.


Artigo: Petróleo na Amazônia



NA FOTO: Poço de perfuração de petróleo em Alter do Chão, nas margens do rio Tapajós, na década de 1950.

Por Borba Tourinho

As primeiras sondagens na Amazônia tinham por fim a descoberta de carvão de pedra, pois nenhum afloramento de petróleo era conhecido naquela região para justificar as perfurações.

Internas trabalhando no Orfanato São José

Fotografia de Apolônio Fona, na década de 1930, mostrando um pouco do trabalho das internas do Orfanato São José, na região do Planalto Santareno, além do estudo, algumas das alunas internas também trabalhavam nos afazeres domésticos e também no cultivo de alimentos.


Sobre Castanhais de Alenquer

Abaixo transcrevemos um documento interessante. Trata-se de um edital da Câmara Municipal da então Vila de Alenquer, proibindo a entrada nos castanhais fora do período próprio da colheita da castanha. Eis o texto:

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O Hospital São José em Santarém

Vista do recém-construído Hospital São José (hoje Colégio Dom Amando), em Santarém. A fotografia foi tirada dos fundos da antiga capela de São Sebastião, podendo-se ver o matagal que dominava o morro onde o referido hospital foi construído. Foto de Apolônio Fona, tirada no final da década de 1920.


Uma loteria para construir um teatro em Santarém

Corria o ano de 1856, e o ator Antônio Maximiano da Costa, juntamente com sua esposa, a atriz Carolina Helpidia da Costa, tinham a intenção de construir um Teatro em Santarém. Para isso recorreram ao Governo da Província do Pará, que por meio da Lei Nº 289, de 03 de outubro de 1856, concedeu ao casal de artistas a permissão para realizar uma loteria em benefício desta obra. Abaixo transcrevemos a referida lei, bem como o plano de execução da loteria:

Trapiche de Monte Alegre em 1899

Mais um cartão postal da série de fotografias tiradas no Baixo Amazonas pelo fotógrafo Horácio Silva (Fotografia Fidanza), desta feita do trapiche e praia de Monte Alegre em fins do século XIX, onde se destaca, também, o casario colonial da “Cidade Baixa”.