Silvério Sirotheau Corrêa
Tive
o capricho tolo e a bizarria
–
extravagantemente originais –
De
saber, de entre todos os mortais,
Quem
melhor definira “Hipocrisia”.
E
li Bluteau, e Aulete, e as magistrais
obras
de Beaurepaire... Todavia,
notei
que nenhum deles definia
melhor
que Figueiredo ou que Moraes.
E
na ânsia infrene de que em vão não fosse
a
tarefa empreendida, consultei
Larousse,
que nenhuma luz me trouxe.
Mas
eis que em meu auxílio apareceste: –
porque
a melhor definição achei
lendo
as cartas de amor que me escreveste.
Escrita em Santarém, Pará, esta
poesia ganhou o prêmio de segundo lugar, em verso, do Concurso Literário da
Revista Vida Doméstica, sendo publicado em fevereiro de 1930.
Pelas informações com familiares do Dr. Silvério Sirotheau Corrêa, ele obteve o 1º lugar no concurso de âmbito nacional promovido pela Revista “Vida Doméstica”, do Rio de Janeiro (RJ), no ano de 1929.
ResponderExcluirCaro anônimo, na revista publicada em fevereiro de 1930, onde está publicada a poesia acima (do qual extraímos esta postagem), a indicação é de que a mesma ficou em segundo lugar. Se existe informação contrária é bom que se averigue a fonte da informação. Para o blog, conforme a nota, usamos como fonte a revista que se encontra no acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
ExcluirSobre o concurso literário da Revista Doméstica
ResponderExcluirRealizado em 1929, teve como poesia ganhadora do primeiro lugar, publicada na referida revista, em janeiro de 1930, o soneto “A CHEIA”, de J. F. Sobrinho – Recife.
No mês seguinte foi publicada, como soneto ganhador do segundo lugar, a poesia do santareno Silvério Sirotheau Corrêa.
No entanto, lê-se na “Antologia dos Poetas Santarenos”, obra publicada em 1998, que a mesma ficou em primeiro lugar. Fato também descrito na obra “Meu Baú Mocorongo”, de 2006, do maestro Wilson Fonseca.
O blog usou como fonte, as publicações da própria Revista Doméstica, do ano de 1930.
Lindo soneto! Embora Sílvério Sirotheau, meu pai, tenha deixado poucos poemas,temos que reconhecer que era laborioso na arte de fazer versos. E esse poema,há alguns anos recitei e interpretei na aula do professor Paes Loureiro!
ResponderExcluirSílvia Mourão