quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Momento poético: DEFINIÇÃO

Silvério Sirotheau Corrêa

Tive o capricho tolo e a bizarria
– extravagantemente originais –
De saber, de entre todos os mortais,
Quem melhor definira “Hipocrisia”.

E li Bluteau, e Aulete, e as magistrais
obras de Beaurepaire... Todavia,
notei que nenhum deles definia
melhor que Figueiredo ou que Moraes.


E na ânsia infrene de que em vão não fosse
a tarefa empreendida, consultei
Larousse, que nenhuma luz me trouxe.

Mas eis que em meu auxílio apareceste: –
porque a melhor definição achei
lendo as cartas de amor que me escreveste.


Escrita em Santarém, Pará, esta poesia ganhou o prêmio de segundo lugar, em verso, do Concurso Literário da Revista Vida Doméstica, sendo publicado em fevereiro de 1930.

4 comentários:

  1. Pelas informações com familiares do Dr. Silvério Sirotheau Corrêa, ele obteve o 1º lugar no concurso de âmbito nacional promovido pela Revista “Vida Doméstica”, do Rio de Janeiro (RJ), no ano de 1929.

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    1. Caro anônimo, na revista publicada em fevereiro de 1930, onde está publicada a poesia acima (do qual extraímos esta postagem), a indicação é de que a mesma ficou em segundo lugar. Se existe informação contrária é bom que se averigue a fonte da informação. Para o blog, conforme a nota, usamos como fonte a revista que se encontra no acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

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  2. Sobre o concurso literário da Revista Doméstica

    Realizado em 1929, teve como poesia ganhadora do primeiro lugar, publicada na referida revista, em janeiro de 1930, o soneto “A CHEIA”, de J. F. Sobrinho – Recife.
    No mês seguinte foi publicada, como soneto ganhador do segundo lugar, a poesia do santareno Silvério Sirotheau Corrêa.
    No entanto, lê-se na “Antologia dos Poetas Santarenos”, obra publicada em 1998, que a mesma ficou em primeiro lugar. Fato também descrito na obra “Meu Baú Mocorongo”, de 2006, do maestro Wilson Fonseca.
    O blog usou como fonte, as publicações da própria Revista Doméstica, do ano de 1930.

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  3. Lindo soneto! Embora Sílvério Sirotheau, meu pai, tenha deixado poucos poemas,temos que reconhecer que era laborioso na arte de fazer versos. E esse poema,há alguns anos recitei e interpretei na aula do professor Paes Loureiro!

    Sílvia Mourão

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