As críticas ao
projeto do Terminal Rodoviário de Santarém estão evoluindo. A primeira entidade
a tomar posição definida contra a execução do presente projeto foi a Associação
Comercial de Santarém, cujo Boletim informativo de janeiro traz o assunto em
destaque. Segundo o Boletim, “pelo que nos foi dado ver, o Terminal de Santarém,
por suas acanhadas instalações, ao ser concluído já será obsoleto, e isso levou
a nossa Associação, juntamente com o Clube de Diretores Lojistas a tomar
posição contra mais esse absurdo”.
A Associação Comercial
de Santarém remeteu expediente ao governador do Estado, ao futuro governador Alacid
Nunes, à direção da Fundação dos Terminais Rodoviários do Pará – FUNTERPA, à
Câmara Municipal é à Assembleia Legislativa, denunciando a obra cujas dimensões
pequenas demais, não atendem o movimento de entrada e saída de ônibus
atualmente verificado na cidade.
GRAVE ERRO
As denúncias,
agora as públicas, dos comerciantes, sobre a inadequação do projeto do Terminal
Rodoviário de Santarém visam “obter das autoridades competentes o aumento das
instalações, para que não se repita o grave erro cometido com a construção do
terminal de passageiros do nosso novo Aeroporto”.
O terminal
rodoviário já começou a ser construído na confluência das Avenidas Cuiabá e
Magalhães Barata (antiga Rodagem), em forma triangular. Os dois pavimentos
previstos ocuparam uma área de apenas 1500 metros quadrados, com capacidade
somente para 4 ônibus entrando e 4 saindo, na explicação de um técnico da ENGEPLAN,
firma responsável pela construção do mini-terminal. Iniciada a 15 de janeiro, a
obra deverá estar pronta, se não houver modificação do projeto, dentro de sete
meses, a um custo de 6 milhões e 800 mil cruzeiros.
A decisão de
construir o Terminal Rodoviário de Santarém foi tomada no ardor da campanha política
passada e a área prevista para a implantação era bem maior que a atual. A
população de Santarém ficará sumamente agradecida se o governo do Estado
determinar a imediata paralisação da obra que, sem dúvida, será uma fonte de
problemas a curto prazo em virtude do cotidiano aumento do volume nas entradas
e saídas de ônibus para o interior, assim como dos intermunicipais e
interestaduais. A nova estação não ser obsoleta dentro em breve, ela já está
nascendo obsoleta, é uma criança que está nascendo velha e deficiente. A cidade
precisa de coisa melhor e não de um improvisado terminal rodoviário.
NOTA: Publicado
no Jornal do Baixo Amazonas de 17 de fevereiro de 1979.
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