Por Silvério
Sirotheau Correa
Vimo-nos uma
vez, há muitos dias,
E nunca mais nos
vimos. Apressada,
Deixaste-me e te
foste pela estrada
Da vida, em
temerosas correrias.
E saudoso fiquei
quando partias,
Saudoso e
triste. Na ânsia alucinada,
De rever-te,
palmilho, embalde estrada
E estrada, à luz
de amargas agonias.
Mas... eu, que
tenho o coração de artista
E que jamais
esqueço o que me ocorre
De mal e bem na
vida tão fugace,
Recordo-me de
ti, visão benquista:
– O teu olhar é
como um sol que morre
E o teu sorriso
como um sol que nasce.
NOTA: Poesia
escrita pelo autor no dia 02 de outubro de 1927.
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