Eu vou para o
Sairé...
Para o encanto
que espanta: Espanta cão, o cão espanta. Espanta tristeza, o desencanto,
espanta e encanta...
Eu vou para o
Sairé...
Para ver “Turiua”,
a Alegria! Salve! Salve! A dança, a festa, o gingado alegre, da moça que dança
a dança de fita...
Eu vou para o
Sairé...
Sairé de Alter
do Chão, da terra, do chão, do arco que passa e abençoa, em Alter, do Alto, à
irmã e o irmão...
Eu vou para o
Sairé...
Para a praia,
para a serra “Piroca” (para outros “Pira-oca”), para a maloca, na praia, no
lago, será a minha oca...
Eu vou para o
Sairé...
Com “S” do
Marambiré, do Lundu, do Cruzador Tupi, ou com o “Ç”, do boto, do show, de
dançar até o amanhecer...
Eu vou para o
Sairé...
Da moça bonita,
morena encantadora, que refaz a lenda na realidade, e da mãe que acalenta o
filho que nasce...
Eu vou para o
Sairé...
E quem não vai
não espanta o cão, não espanta a tristeza, não se encanta, não vive o amor, a
alegria e a fé...
Eu vou, vou sim,
eu vou para o Sairé!
Santarém, 15 de setembro de 2019.
NOTA: Texto do editor do blog. Foto que
ilustra este texto é do Barracão do Sairé quando da realização da festa na
década de 1980. Foto do acervo ICBS.
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