segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Eu vou para o Sairé...



Eu vou para o Sairé...
Para o encanto que espanta: Espanta cão, o cão espanta. Espanta tristeza, o desencanto, espanta e encanta...
Eu vou para o Sairé...
Para ver “Turiua”, a Alegria! Salve! Salve! A dança, a festa, o gingado alegre, da moça que dança a dança de fita...
Eu vou para o Sairé...
Sairé de Alter do Chão, da terra, do chão, do arco que passa e abençoa, em Alter, do Alto, à irmã e o irmão...
Eu vou para o Sairé...
Para a praia, para a serra “Piroca” (para outros “Pira-oca”), para a maloca, na praia, no lago, será a minha oca...
Eu vou para o Sairé...
Com “S” do Marambiré, do Lundu, do Cruzador Tupi, ou com o “Ç”, do boto, do show, de dançar até o amanhecer...
Eu vou para o Sairé...
Da moça bonita, morena encantadora, que refaz a lenda na realidade, e da mãe que acalenta o filho que nasce...
Eu vou para o Sairé...
E quem não vai não espanta o cão, não espanta a tristeza, não se encanta, não vive o amor, a alegria e a fé...
Eu vou, vou sim, eu vou para o Sairé!

Santarém, 15 de setembro de 2019.

NOTA: Texto do editor do blog. Foto que ilustra este texto é do Barracão do Sairé quando da realização da festa na década de 1980. Foto do acervo ICBS.


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