Ao professor José Bentes de Sousa

Nascido na Vila de Brasília Legal, nas margens do rio Tapajós (município de Aveiro), no dia 23 de junho de 1942, véspera da grande festa daquela vila, cujo padroeiro é São João Batista. O jovem José Bentes de Sousa começou a lecionar aos 16 anos de idade e se tornou querido como professor de muitos alunos do ensino médio e universitário e um grande estudioso das coisas da Amazônia.

Foi professor de língua portuguesa e latim no Seminário São Pio X, que eu o conheci, em 1991. Ele, um ex-seminarista de Ipuarana, dedicou-se a contribuir na formação de alguns dos padres da Diocese de Santarém. Foi também um dedicado estudioso das Letras, área em que se graduou e realizou seus estudos de Mestrado e Doutorado.

Quando da minha especialização em História da Amazônia, pela Faculdades Integradas do Tapajós – FIT, o professor Francisco Edson o convidou para um seminário sobre “Cultura Amazônica” (ocasião em que registrei sua presença com a foto que ilustra estas linhas). Mais recentemente, ele nos ajudou na transcrição de alguns documentos do século XIX sobre nossa querida cidade de Santarém.

José Bentes também tinha um grande amor por música e pela vila de Alter do Chão. Falecido no último dia 23 de setembro, seu pedido de ser enterrado naquela vila, junto ao rio Tapajós, foi atendido, ao som da boa música que tanto amava. Que descanse em paz!