Em
pronunciamento feito na sessão da Câmara o vereador José Alves Sobrinho (MDB), voltou
a abordar o problema dos empregados do Comércio de Santarém, baseado desta
feita, em documento elaborado pelos Comerciários contendo mais de 200
assinaturas e, enviado as autoridades do Ministério do Trabalho, delegacia
local. Aliás, “A Província do Pará” publicou o texto do memorial em edição da
semana passada. É o seguinte o discurso de José Alves Sobrinho:
Senhor
presidente, senhores vereadores: volto novamente a Tribuna desta Casa para
reafirmar pronunciamento que já fez em favor dos Comerciários de Santarém,
desta vez não mais para denunciar a burla do horário, pratica sobejamente
comprovada e que já se tornou tradição no comércio local e, vão daqui as nossas
congratulações e subdelegacia do Ministério do Trabalho em Santarém, pelas
medidas adotadas no sentido de coibir os abusos, embora não tenha acabado com
mal, mas melhorou um pouco a situação dos Comerciários em sua jornada de
trabalho.
Como dizia antes, venho a esta Tribuna especificamente
para denunciar uma flagrante violação dos direitos do mesmo Comerciários. Trata-se
da falta de cumprimento das leis do trabalho em relação ao salário mínimo. Já
não bastam as horas que trabalham a mais, também não recebem o salário mínimo e,
nesse particular, usam o nefasto sistema de “comissões”, não a título de
incentivo ao empregado, mas de complemento salarial: dão uma cota comissão e
uma cota fixa para alcançar o salário mínimo e muitas vezes nem chega isso. Diante
disso fica patente que em Santarém existe a classe de Empregados do Comércio,
cujos patrões cumprem de fato o estabelecido em lei, mas existe também a dos
sub-empregados, que por um sistema injusto de comissões, ajudam aos seus
supostos patrões a acumularem riquezas.
Senhor presidente, senhores vereadores: tenho
em mãos o memorial dos Comerciários de Santarém, enviado as autoridades locais do
Ministério do Trabalho e, nas suas reivindicações, denunciam o sistema de
comissões e pedem punição aos infratores, que abusam violam os direitos dos que,
pelo menos deveriam ser considerados como empregados. Pedem uma fiscalização e
solicitam que o pagamento de comissões seja no sentido de elevar o salário
mínimo como aviltante complemento. Para melhor fundamentar o meu pronunciamento,
passo a ler o documento, por sinal com mais de 200 assinaturas, que demonstra a
insatisfação da desprestigiada classe dos Comerciários santarenos.
Em seguida
vereador do MDB leu o texto do memorial, no qual os Comerciários solicitam
providências das autoridades para o caso.
NOTA: Publicado
no jornal A Província do Pará 10 de junho de 1979.
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