O Prefeito de
Santarém, pode-se afirmar, é uma autoridade esvaziada. Primeiro, sua condição
de nomeado, portanto, dependente pela confiança do governador do Estado. Segundo,
por um dever de lealdade, chega mesmo a esquecer os princípios da autonomia
administrativa, transformando-se de prefeito em mero secretário extraordinário
para assuntos de Santarém.
Fala-se agora
que o futuro Governo do Estado (executivo) pretende descentralizar várias
secretarias para operar em Santarém. Essa provável descentralização não virá a
criar um maior esvaziamento da autoridade Municipal? Ou haverá uma tendência de
substituir em definitivo a figura do prefeito consagrada na Constituição? Questões
da maior importância que devem ser repassadas em pensadas pelas autoridades
responsáveis.
De 1973 a 1979
Santarém já teve nada menos do que cinco prefeitos, dando média um ano de
administração para cada gestor. Seria ótimo que a Administração Municipal fosse
um sistema que funcionaria, independente de quem estivesse na chefia. Isso,
entretanto, não ocorre. Muito pelo contrário, tudo fica na dependência da
chefia que assume.
NOTA: Publicado
no Jornal do Baixo Amazonas de 20 de janeiro de 1979.
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