Por Silvério
Sirotheau Corrêa
Coração, meu
grande amigo,
Refreia a tua
loucura:
Pois é loucura,
também,
A gente pôr-se a
esperar
Por uma qualquer
ventura
Que se demora e
não vem.
Reprime a tua
ambição
E esse desejo de
louco,
Por demais inconcebível:
É bem feliz todo
aquele
Que se contenta
com o pouco
E não deseja o
impossível.
Não apeteças os
frutos
Que vivem
dependurados,
Fora do alcance
da mão,
Porque – não vês?
– os melhores
São os que vivem
jogados,
Esquecidinhos no
chão.
Venturoso,
afortunado,
Quem, padecendo
e lutando,
Vem na vida
realizando
Os ideais com
que há sonhado!
É mais ditoso,
porém,
Aquele que se
contenta
Com o quase nada
que tem.
Reprime a tua
loucura,
Coração! Meu
coração!
Pois é loucura,
também,
O pôr-se a gente
a esperar
Por uma qualquer
ventura
Que se demora...
e não vem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário