quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Fordlândia e suas relações com o Instituto Agronômico do Norte em 1939

Como um dos problemas a ser entregue ao Instituto Agronômico do Norte será o da borracha, o diretor geral do C.N.E.P.A. visitou as plantações de seringueiras, que a Cia. Ford possui no Estado do Pará, à margem do rio Tapajós, em Belterra e Fordlândia, onde teve a mais cordial acolhida, recebendo pormenorizadas explicações sobre o que ali se realiza em matéria de seringueira e outras plantas tropicais, nas propriedades agrícolas da aludida companhia. Existem, além disso, na “Fordlândia”, outras culturas como do Tung, de Timbó, Derris, etc., que são de real interesse para o Brasil.

A técnica da enxertaria foi observada em todos os detalhes, bem como o espaçamento da plantação da “hevea”, etc., o que colocará o Instituto Agronômico do Norte em condições de se valer das observações e pesquisas já efetuadas na Fordlândia e Belterra e, consequentemente, logo de início, contar, com dados ótimos para encarar o problema da borracha, em caráter experimental, tendo, assim, facilitada sua tarefa nesse setor de atividade.

E, para se avaliar a vantagem que representa esse fato, é bastante lembrar que, na obtenção e dados experimentais, em relação à seringueira, no Pará, a Companhia Ford dispendeu, só no ano passado, mais de 12.000:000$000 (doze mil contos de réis).

 

NOTA: Texto extraído do Relatório do Ministro da Agricultura, Fernando Costa, de 1939.

Nenhum comentário:

Postar um comentário