Passou ontem o
dia dos mortos. Como todos que têm um dever a cumprir, estivemos no Campo Santo
e notamos que vem decrescendo a concorrência de pessoas à visitação anual aos
que se foram.
Notamos também a
proliferação da classe dos mal-educados que, sem respeito aos mortos, vão aos cemitérios
para galhofar, para fumar, para flanar de chapéu à cabeça como se estivessem na
casa da sogra.
Na rua, à frente
do portão da velha necrópole, vendeiros de todas as categorias, como se ali estivessem
numa feira livre.
Indubitavelmente
vamos caminhando desassombradamente...
NOTA: Publicada
no Jornal A Cidade de 03 de novembro de 1928.
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