Por Flávio
Tapajós
Se há cena
triste e pungente,
Mais triste
ainda que um ai,
É ver-se um
pobre inocente
Sem teto, sem
mãe, sem pai!
Quão dolorida –
a Orfandade!
Mais dolorida é,
porém,
Se, em meio da
tempestade,
Conforto e
arrimo não tem!
Vós, porém,
lindas crianças,
O amparo tendes
da Cruz:
Nas horas das
esquivanças
MARIA é mãe, pai
– JESUS!
Bendita sejas,
bendita,
Ó Caridade, ó
valor,
Que abrandas
nossa desdita,
Que pão nos dás,
crença e amor!
Bendita a mão
que não cansa
Na doce faina do
Bem!
Ó mãe do pobre,
esperança
Do Só, do Nú, do
Ninguém!
NOTA: Poesia
escrita no dia 07 de fevereiro de 1929. Dedicada às orfanzinhas do Colégio
Santa Clara. O autor é pseudônimo do poeta santareno Felisbelo Jaguar
Sussuarana.
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