quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Momento Poético: Soneto

Por Emir Hermes Bemerguy

Já vai o sol, caindo no poente,
E em crepúsculo belo, fulge agora!
Ave Maria! O piedoso crente,
Cessa o trabalho e ajoelhado, ora.

Dezoito horas! Uma prece ardente,
Murmura o mundo, à Divinal Senhora,
Tudo comove! A brisa redolente
Num sussurro, faz crer, que também chora. 

Ao badalar, tristíssimo dos sinos,
A humanidade humilde se prosterna,
E aos céus suplica os favores divinos.

Minha alma, então, em santa nostalgia,
Célere sobe, ascende à glória eterna,
E volta só depois de ver Maria!

NOTA: Poesia escrita em Belém, no dia 20 de abril de 1953.


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