Está em Belém,
desde alguns dias, uma das figuras mais expressivas mais idealistas e
cativantes do PSD, no Pará: Aricine Andrade.
Conhecemo-lo
ontem, digamos assim, porque do mês derradeiro do ano passado data a primeira
vez que nos encontramos. Foi quando a “Caravana da Vitória” sulcou o Rio Mar em
busca dos leais caboclos, inteligentes e honestos, que lhe habitam as margens.
Em Alenquer
formos encontrar um dos mais curiosos fenômenos sociais sócio-políticos que nos
foi dado observar entre os municípios que percorremos: identificação quase
absoluta de sua população com seu governante. E é preciso notar: estivemos
frente a prefeitos estimados com exaltação por seus munícipes, como os Araújos
de Óbidos e Santarém, por exemplo.
O que, porém,
mais impressiona no caso Aricine, digamos, é a unidade de vistas e sentimental
com que o aprecia uma sociedade onde as diferenças culturais e econômicas podem
ser já verificadas em camadas distintas.
Aricine Andrade,
tem, no entanto, o delicado tato que só a compreensão arguta pode dar no trato
da coisa pública. Uma espécie de instinto social, que lhe permite apreender as
sutilezas da urdidura indivíduo-coletiva e o habilita, por consequência, à
execução de um plano administrativo com o mínimo de resistência.
É verdade que,
toda sua perspicácia, toda sua inteligência e toda sua habilidade bem pouco
valeriam, não fosse ele, ao mesmo tempo, justo, trabalhador, amigo, honesto e
devotado. Felizmente essas virtudes não faltaram à estrutura moral do mesmo
patriota.
Só há, pois, uma
forma de o apreciar: é um caráter, é um homem.
Aldo Passos.
NOTA: Texto
extraído do jornal O Liberal de 04 de março de 1947.
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