terça-feira, 13 de julho de 2021

A colônia de pescadores Z-11 de Santarém em 1924

A ocupação de Santarém por elementos subversivos da lei e da ordem desorganizou por alguns dias a marcha dos serviços da Colônia Z-11.

Delatores infames informaram aos revoltosos que os pescadores eram uma organização disciplinada e numerosa e, como tal, lhes poderiam prejudicar seriamente; daí uma série de perseguições, a que não escapou o próprio presidente da sociedade, que é também uma autoridade judiciária do município.

Com a chegada, porém, das forças federais, pode o dr. Alarico Barata, após vinte dias de exílio, voltar à cidade, assim como numerosos de seus habitantes que a haviam abandonado.

As forças legais, por oferecimento dos pescadores, estiveram aquarteladas na sede da Colônia durante todo o tempo da sua estadia em Santarém.

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Para combater a situação precária dos pescadores, consequente da ocupação da cidade, o dr. Alarico Barata tem auxiliado monetariamente os associados mais necessitados, esforçando-se muito para restabelecer a ordem em todos os trabalhos da Colônia.

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A Colônia Z-11, por seu digno presidente, depositou na Caixa de Socorros da Pesca, aumento o depósito já existente na caderneta Nº 68, da série A, a quantia de duzentos mil réis, que será – conforme deliberação da diretoria – acrescida com remessas mensais.

 

NOTA: Texto extraído da revista “A voz do mar” de 19 de dezembro de 1924. A invasão de que o texto fala é relativa à revolta de 1924, chefiada por Magalhães Barata.

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