A ocupação de
Santarém por elementos subversivos da lei e da ordem desorganizou por alguns
dias a marcha dos serviços da Colônia Z-11.
Delatores infames informaram aos revoltosos que os pescadores eram uma organização disciplinada e numerosa e, como tal, lhes poderiam prejudicar seriamente; daí uma série de perseguições, a que não escapou o próprio presidente da sociedade, que é também uma autoridade judiciária do município.
Com a chegada,
porém, das forças federais, pode o dr. Alarico Barata, após vinte dias de
exílio, voltar à cidade, assim como numerosos de seus habitantes que a haviam
abandonado.
As forças
legais, por oferecimento dos pescadores, estiveram aquarteladas na sede da
Colônia durante todo o tempo da sua estadia em Santarém.
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Para combater a
situação precária dos pescadores, consequente da ocupação da cidade, o dr.
Alarico Barata tem auxiliado monetariamente os associados mais necessitados,
esforçando-se muito para restabelecer a ordem em todos os trabalhos da Colônia.
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A Colônia Z-11,
por seu digno presidente, depositou na Caixa de Socorros da Pesca, aumento o depósito
já existente na caderneta Nº 68, da série A, a quantia de duzentos mil réis,
que será – conforme deliberação da diretoria – acrescida com remessas mensais.
NOTA: Texto
extraído da revista “A voz do mar” de 19 de dezembro de 1924. A invasão de que
o texto fala é relativa à revolta de 1924, chefiada por Magalhães Barata.
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