A saga de
Henri Ford na Amazônia tem alguns capítulos interessantes. Um deles diz
respeito ao navio cargueiro “Lake Ormoc”, que partiu de Detroit, EUA, rumo à
Amazônia em fins de julho de 1928, trazendo um carregamento de material destinado
à implantação da empresa Ford no recém-adquirido terreno da Companhia, nas
margens do rio Tapajós. O “Lake Ormoc” chegou à Santarém no dia 16 de setembro
do mesmo ano, trazendo à reboque uma outra embarcação, o “Lake Farge”, sendo
ambas as embarcações saudadas por autoridades municipais que deram boas vindas
ao comandante e demais oficiais do comboio marítimo. O jornal “A Cidade”
daquela época assim registrou a chegada daquelas embarcações:
“O “Lake Ormorc” registra 1.469 toneladas,
calando à prôa 15,3 pés e à popa 18 pés. Sua máquina é de 1.000 HP.
É seu comandante o capitão de longo curso sr. K.
E. Prinz, que tem como imediato o sr. Nils Lorsen, radiotelegrafista o sr. R.
E. Hummes, chefe de máquinas o sr. F. J. Mann, 1º piloto o sr L. H. Hoodges e
2º piloto o sr. N. F. Pearson.
O “Lake Ormoc” trouxe os primeiros técnicos que
vão exercer suas atividades em Boa Vista e são eles os srs. Drs. R. D.
Chatfield e S. Lossila, engenheiros civis; dr. Lawrence Fallis, médico; dr.
Carl R. Bricka, engenheiro eletricista, dr. Roy G. Carr, químico; e os srs.
John Rogge e E. R. Babecock, maquinistas.
Fazendo parte da comissão, veio também o ilustre
jornalista, dr. Arthur M. Smith, representante e correspondente especial do
grande órgão americano “Detroit News” e da agremiação jornalística de Nova York
“North American Newspaper Alliance”.
Navio moderno, com excelentes acomodações, o “Lake
Ormorc” oferece todo o conforto e é recomendável pelo asseio que ali se nota.
Várias pessoas tem ido visitar o belo paquete do Ford
Motor, sendo recebidas carinhosamente por toda a tripulação e trazendo as
melhores impressões”.
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