Santarém, para gaudio de seus filhos, mereceu da
natureza muita prodigalidade, aquinhoando-a com um dos mais belos recantos
dessa imensa Amazônia, que não nos fartamos de afirmar que também é Brasil e,
graças a Deus, está sendo integrada ao resto do plano de desenvolvimento
nacional. Não sabemos, entretanto, aproveitar muitas das suas riquezas que,
certamente, representam enormes fontes de divisas para a economia municipal.
Vejamos, por exemplo, o Turismo: possuímos os mais belos recantos, as mais
belas praias, lugares pitorescos, entre os quais destacamos a bucólica Vila de
Alter do Chão com suas belas praias e o seu Lago Verde, onde, segundo os mais
antigos, ainda se encontram os famosos muiraquitãs.
E a Vila não está muito distante de nós. Já existe
uma estrada, em precárias condições, que nos liga, por terra, àquela aplausível
localidade, faltando apenas receber melhoramentos, a fim de que a viagem se
torne mais curta e agradável.
Se houvesse esse melhoramento, de certo muita
gente que tem condições de o fazer, mandariam construir casas na Vila para nela
passarem os fins de semana, fora do movimento e da agitação da sede; e isso não
só daria um desafogo para recuperação das energias, como também daria àquele
lugar melhores condições e novas fontes de renda.
Acreditamos ser oportuno um estudo da situação
pela nossa Secretaria de Turismo que tem à frente o espírito empreendedor de
Ércio Bemerguy, a fim de que apresente, ao gestor da Comuna, um plano capaz de
aproveitar essa fonte de renda e dar à Alter do Chão, aquilo que há muito tempo
lhe está sendo negado.
NOTA:
Publicado no Jornal de Santarém de 31 de julho de 1971.
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