quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Alter do Chão e o Turismo como fonte de riqueza – 1971

Santarém, para gaudio de seus filhos, mereceu da natureza muita prodigalidade, aquinhoando-a com um dos mais belos recantos dessa imensa Amazônia, que não nos fartamos de afirmar que também é Brasil e, graças a Deus, está sendo integrada ao resto do plano de desenvolvimento nacional. Não sabemos, entretanto, aproveitar muitas das suas riquezas que, certamente, representam enormes fontes de divisas para a economia municipal. Vejamos, por exemplo, o Turismo: possuímos os mais belos recantos, as mais belas praias, lugares pitorescos, entre os quais destacamos a bucólica Vila de Alter do Chão com suas belas praias e o seu Lago Verde, onde, segundo os mais antigos, ainda se encontram os famosos muiraquitãs.

E a Vila não está muito distante de nós. Já existe uma estrada, em precárias condições, que nos liga, por terra, àquela aplausível localidade, faltando apenas receber melhoramentos, a fim de que a viagem se torne mais curta e agradável.
Se houvesse esse melhoramento, de certo muita gente que tem condições de o fazer, mandariam construir casas na Vila para nela passarem os fins de semana, fora do movimento e da agitação da sede; e isso não só daria um desafogo para recuperação das energias, como também daria àquele lugar melhores condições e novas fontes de renda.
Acreditamos ser oportuno um estudo da situação pela nossa Secretaria de Turismo que tem à frente o espírito empreendedor de Ércio Bemerguy, a fim de que apresente, ao gestor da Comuna, um plano capaz de aproveitar essa fonte de renda e dar à Alter do Chão, aquilo que há muito tempo lhe está sendo negado.


NOTA: Publicado no Jornal de Santarém de 31 de julho de 1971.

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