Em sua
edição do dia 17 de janeiro de 1897 o jornal Alenquerense noticiou, entre
outros fatos, o de um incêndio ocorrido no “quarteirão” Curumu de Alenquer, conforme
descrevemos abaixo:
“Na noite de 9 deste mês, por volta das 7
horas, manifestou-se terrível incêndio na propriedade de Domingos Xavier de
Souza, no quarteirão Curumú, deste município.
Deu causa ao lamentável acontecimento a
imprudência com que se houve Antônio Marinho, genro de Xavier, no ato de encher
querosene numa lamparina de folha, tirando apenas o bocal desta e deixando
escorrer o líquido junto do pavio que estava acesso; o fogo ateou-se logo
dentro da lata que foi imediatamente elevada ao espaço e ali rebentando,
distribuiu chamas em todas as direções, e com a maior rapidez o incêndio foi
completo.
Da habitação incendiada ateou-se o fogo a um
palheiro e deste a outra casa contígua, ficando todas reduzidas a cinzas,
inclusive uns 15 a 20 paneiros de farinha. Maior parte dos moveis salvou-se ,
dando-se apenas um incidente um pouco grave de ter um indivíduo que
esforçava-se para salvar os objetos ameaçados do fogo, caído e deslocado uma
costela, chegando no momento a perder os sentidos; felizmente acha-se em
convalescença.
É o resultado ainda de tais imprudências que
nunca servem de exemplo ao povo”.
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