Em 1973, quando
foram iniciadas as primeiras obras de infraestrutura urbana em Santarém, o
ministro Reis Velloso, do Planejamento, juntamente com o ministro Costa
Cavalcante, do Interior, trouxeram a Santarém importantes homens de negócios do
Centro-Sul do País, de tal peso que um dos acompanhantes observou “se cair um
destes aviões, a metade da economia do País ficará sem seus principais
executivos”. De fato, lá estavam executivos principais de grandes empresas.
Dessa visita, ao que se tem conhecimento, serviu apenas os empresários observarem
as obras que estavam sendo realizadas. De positivo muito pouco restou da
euforia desenvolvimentista daqueles anos.
Os projetos privados aqui implantados
devem-se mais à crença e pioneirismo que caracterizam as empresas e seus feitos
e, numa escala mais modesta, pequenos empreendimentos de gente vinda do Rio
Grande, do Paraná e São Paulo. A estes, que nada pediram, mas investiram nos
seus objetivos, hoje já podem dar mostras dos primeiros resultados. Vários
grupos visitaram Santarém, solicitando ao Prefeito doação de terrenos para
instalação de indústrias, cujas máquinas estariam compradas e, quase sempre,
desejam a “boca do igarapé do Mapiri”. Os primeiros ainda chegaram a
entusiasmar o staff da Prefeitura para verificar depois que, na sua maioria,
eram simples aventureiros, nada podendo, portanto, acontecer.
NOTA: Publicado
no Jornal do Baixo-Amazonas de 10 de fevereiro de 1979.
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