Não é de hoje
que a população exige, e se assim o faz é porque sente a necessidade, pois o
problema não é dos dias atuais, tanto que a Câmara de Vereadores, em tempos que
já vão longe (quando ela funcionava), aprovou uma lei com a finalidade de
resolve-lo; entretanto, àquela altura dos acontecimentos, como tudo era na base
do deixa para mais tarde, o tempo foi-se passando, o povo sofrendo a
necessidade, e o problema não foi resolvido. Alegavam as pessoas que deviam
solucionar a questão que a falta de luz e a segurança advinda desse fato não permitia
que cumprissem o que determinava a lei, de forma que nem ao menos chegou a ser
regulamentada a fim de que pudesse ser exigida a sua observância.
Hoje, porém, o
número de estabelecimentos congêneres aumentou, possuímos já boa luz em toda a
cidade, ainda não se teve notícia de que algum estabelecimento comercial fosse
invadido por assaltantes e tudo indica que JÁ É TEMPO DE SOLUCIONAR O PROBLEMA.
Falamos do
assunto plantão de farmácia. Problema que para muitos pode passar despercebido,
mas que a outros tantos tem causado uma série de embaraços, contratempos e até
prejuízos irrecuperáveis, com a perda de entes queridos, por falta de um
medicamento no tempo exato. Só pode avaliar o problema, em toda sua extensão,
aquele que, durante a noite, em dia feriado ou domingo, viu um membro de sua
família debater-se entre a vida e a morte e, após encontrar o facultativo que
lhe prescreve um medicamento, procura uma farmácia para adquiri-lo e não as
encontra em funcionamento.
Esse estado de
coisas não pode mais perdurar em Santarém. Não podemos ficar assim tão
desprotegidos quando já possuímos um regular número de farmácias que bem podem
uma vez por semana permanecer durante as horas do dia ou da noite em plantão
permanente, assegurando àqueles que precisam a certeza de que terão, na hora
necessária, o medicamento para minorar a dor e o sofrimento dos seus entes
queridos ou a sua própria dor.
Justiça se deve
fazer, aqui, aos proprietários das farmácias Matos e Lider, que sempre estão
prontos a atender a qualquer hora do dia ou da noite aqueles que os procuram
com a finalidade de adquirir medicamentos. Mas não devemos e nem podemos
continuar como estamos. Devemos dar um pouco mais de descanso a esses abnegados
e organizar, como o fazem nas grandes cidades, o plantão das farmácias, a fim
de que aqueles que tiverem necessidades, não fiquem sem saber, na hora exata,
onde irão adquirir o medicamento para levar o lenitivo à dor que sofrem.
NOTA: Publicado
no Jornal de Santarém de 14 de junho de 1969.
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