Por Pe. Sidney Augusto Canto
01. O dia em que prenderam todos os vereadores de
Santarém...
Os conflitos
políticos na época do Segundo Império, entre Liberais e Conservadores levaram a
fatos inusitados. Um deles foi a prisão de todos os vereadores (conservadores)
da cidade de Santarém, pelo delegado de polícia (que era liberal), no ano de
1880.
02. A invasão cabana, antes da Cabanagem...
No dia 03 de
agosto de 1834 (cinco meses antes dos cabanos invadirem a Capital), por volta
das cinco horas da manhã, cerca de 300 cabanos invadem o arsenal de armas da
Vila de Tapajós, exigindo a expulsão de todos os portugueses residentes na Vila
e redondezas. Depois de uma assembleia extraordinária, cerca de 25 pessoas
foram expulsas de Santarém e seguiram para a capital.
03. Sobre a educação em Santarém no ano de 1844...
Nesse ano,
Santarém tinha uma ÚNICA escola, que contava 32 alunos. No dia 12 de janeiro
desse ano, a Câmara Municipal informava ao presidente da Província que a
conduta civil do professor de Santarém era boa, mas sua moral era escandalosa e
repreensível.
04. A arborização das praças em 1894...
Enquanto a Praça
da Matriz era desprovida de arvoredos, a Intendência Municipal (hoje
Prefeitura) mandou plantar mudas de “magnólias japonesas” nas praças da República
(hoje Rodrigues dos Santos) e da Intendência (hoje, Barão de Santarém).
05. O poço de água pública...
A questão do
abastecimento de água é coisa muito antiga. Antes se bebia do rio ou de
cacimbas cavadas na areia da praia (tradição indígena). Em 1850, a
municipalidade mandou abrir um poço na Praça do Pelourinho (hoje Rodrigues dos
Santos), mas tinha água ruim e foi soterrado em 1856.
06. A primeira Associação do Comércio de Santarém...
No dia 16 de
setembro de 1923, os comerciantes de Santarém se uniram e fundaram a Associação
do Comércio de Santarém (a primeira ACS). Antes mesmo de ser fundada, quando
ainda era apenas uma ideia entre os comerciantes locais, a imprensa local a ela
se dirigia como a “Congregação do Contrabando”.
07. Já foi proibido banhar-se nas praias da
cidade...
Em 1873, o
artigo 80 do Código de Posturas da cidade de Santarém, proibia os banhos nas
praias em frente da cidade. Quem fosse encontrado num gostoso banho no rio
Tapajós ou era preso por dois dias ou pagava uma multa de 5$000 (cinco mil
réis).
08. A Câmara gratificava quem matasse onças e
jacarés...
Na sessão da
Câmara de Santarém de 13 de dezembro de 1830, o vereador Domingos José Martins
de Albuquerque, propôs que se gratificasse o cidadão que matasse onças e
jacarés nas ruas da então Vila de Santarém. A Câmara pagava 4$000 (quatro mil
réis) por cada onça morta e 2$000 (dois mil réis) por cada jacaré morto.
09. O funcionário padrão do município em 1850...
Naquele
longínquo tempo, na metade do século XIX, o Agente do Correio da cidade de
Santarém era, ao mesmo tempo, Escrivão da Coletoria Provincial (Atual
Secretaria da Fazenda Estadual) e Secretário da Municipalidade (Câmara
Municipal). Um santareno 3 em 1.
10. A grande enchente de 1918...
Ela aconteceu há
100 anos atrás. Foi maior do que a grande enchente de 1859 (a primeira grande
enchente documentada). A enchente de 1918 trouxe grandes prejuízos para
Santarém: 75% do rebanho bovino e 90% do gado cavalar morreram em decorrência da
enchente, trazendo grandes prejuízos.
Parabéns pelo belo trabalho sobre a história de Santarém.
ResponderExcluirPermita minha humilde sugestão, informe a(s) fonte(s) bibliográfica(s).
Estimada Daniela
ExcluirOs tópicos (exceto o da Cabanagem, que é do acervo da Biblioteca Nacional) foram retirados de diversos exemplares do Jornal A Cidade, do acervo do ICBS, em Santarém.