Hoje, conversando
com um jovem empreendedor do turismo em Santarém (e aproveitando outra conversa
anterior), me veio a necessidade de fazer uma reflexão a partir da seguinte
pergunta: Porque não se agregar mais valor histórico à paisagem e potencial
turístico de Santarém?
Explicando...
Geralmente se mostram pontos turísticos tradicionais do centro da cidade
(centro de ocupação historicamente portuguesa), tais como museus, igrejas,
praças, etc., e pouco se fala (e se mostra), por exemplo, aos austríacos e
franceses: que o bairro da Aldeia tanto encantou os membros da Expedição
Langsdorff (patrocinada pela primeira Imperatriz do Brasil) que contou com a
participação de ilustres membros destas duas nações.
Aos britânicos
não se mostram os lugares onde estiveram alguns dos botânicos mais famosos do
Reino Unido (Richard Spruce, Henry Bates e, principalmente Alfred Russel
Wallace – coautor da Teoria da Evolução), levando os turistas aos lugares onde
esses grandes cientistas estiveram (Mapiri, Laguinho, Maicá) coletando
espécimes que hoje se encontram nos museus da Europa.
Pouco exploramos
os arredores do Diamantino, onde os confederados norte-americanos foram colonizar
após a Guerra Civil Americana (e também onde o famoso inglês Henry Wickham
cultivou e preparou as mudas de seringa que foram enviadas para a Inglaterra).
E o bairro do Maicá, onde os Riker fizeram a primeira experiência de plantação
de seringuais (muito antes de Henri Ford).
Não aproveitamos
turisticamente os bairros do Ipanema e Cambuquira (além dos lugares adjacentes,
que serviram de lar para os primeiros imigrantes cearenses que aqui vieram).
Isso sem falar
nas colônias japonesa (que possuía campo de beisebol, em Santarém), alemã,
italiana, portuguesa, espanhola e tantos outros povos que ajudaram a construir
nossa cidade, agregando valor histórico ao nosso potencial ecológico, paisagístico
e turístico.
Esses exemplos
são somente para ilustrar a reflexão que proponho aos amigos e amigas que
trabalham o potencial turístico de Santarém... (com meu obrigado ao Karin e
Rafael pela colaboração no parto desta reflexão).
Santarém, 07 de
fevereiro de 2017.
Pe. Sidney
Augusto Canto
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