O Rio assistirá,
nestes dias, a uma das festas mais lindas do ano e que terá uma significação
altamente social e humanitária. É a que se vai realizar em benefício da
Catequese de Índios Mundurucus, no Alto Tapajós, no Estado do Pará. Quem sabe o
valor da catequese e sua ação beneficiadora dos costumes, não hesitará em
concorrer para o brilhantismo dessa festa, tão bela quanto oportuna. O local
escolhido, acertadamente, é o Theatro Municipal, e a festa terá o êxito encantador
de um espetáculo de gala de que é promotora a distintíssima senhora Firmo
Braga.
Para o brilho
desse certame elegante, é de louvar o esforço da seleta comissão composta das
senhoras: Firmo Braga, Delfim Moreira, Antônio Azeredo, Eugenio de Barros, condessa
Frontin, Theotonia Britto, Augusto de la Roque. Realçarão o sarau, preparado
com ordem e fino gosto, um concerto vocal e instrumental e um trecho de
declamação. Na parte seguinte, que se organiza também caprichosamente, estreará
no canto a senhora Firmo Braga, uma das mais perfeitas vocações, e que é, sem
lisonja alguma, ornamento dos mais preexcelentes do meio social brasileiro. Tomarão
parte ainda no canto as senhoras: Kendall, Angela Vargas e Barbosa Vianna.
Na declamação, far-se-á
ouvir Figueiredo Roxo.
Dirigirá a
orquestra o festejado maestro Chiafitelli.
Sabemos que esta
festa será, simultaneamente, oferecida em homenagem à senhora Epitácio Pessoa
em seu regresso da Europa.
NOTA: Publicado
na revista Bahia Ilustrada, edição 019 de 1919.
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