Mal encobrindo o fim principal do seu
artigo, vem um sr. B. C. em a “Folha de Óbidos” de 15 do corrente, afirmar,
graciosamente, que a renda do município jurutyense é prejudicada pelo desvio de
madeiras, castanhas e não sabemos que mais, para o município de Santarém.
Não tem razão o sr. B. C. A sua
afirmativa é falha de verdade e desairosa para nós.
Os produtos do rio Arapiuns e de seus
afluentes, são extraídos na zona pertencente a Santarém, e a pequena quantidade
de gêneros que vem do município de Juruty, apesar de embarcada no porto de
Santarém, é despachada antecipadamente pelos ficais jurutyenses, conforme o sr.
B. C. poderá verificar nos canhotos dos livros fiscais, lá em Juruty, ou em
casa dos comerciantes exportadores, aqui, em Santarém.
O sr. B. C. deve escolher outros
meios para atacar o governo do coronel Joaquim Amaral. Reclame contra a sua boa
ou má administração; nós nada temos com isso.
Mas, por favor, não afirme por “ouvir
dizer”, nem se estenda aos municípios vizinhos. Fiquem em Juruty, cultivando a
sua “terra preta” ou ensinando flauta à juventude jurutyense que “tem grande habilidade
e inclinação nativa para a música”.
Ora, muito bem...
NOTA: Texto extraído do jornal “A
Cidade” de 25 de agosto de 1923.
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