Foi uma bela serata a levada a efeito
em a noite de 4 de agosto corrente, no salão do Olympia.
Às 8 e meia em ponto assomou ao
tablado improvisado no salão de projeções, o sr. Tavares Rodrigues que pronunciou
palavras de justificativa, de agradecimento e de escusas: de justificativa
dizendo da conveniência de amparar a ideia de da organização do Jazz, porque
Santarém que já possuiu várias agremiações recreativas, é hoje uma cidade
morta, onde não temos com que recrear o espírito, seja por meio de festas
literárias, dançantes ou esportivas, seja pela manifestação da sublime arte de
Carlos Gomes; de agradecimentos ao público pelo bom acolhimento dado ao
Festival e à empresa do Olympia pela manifesta boa vontade com que auxiliou a
comissão cedendo-lhe o salão e o “film”; de escusas pela modificação que teve
de sofrer o programa, em virtude do embarque da senhorinha Astréa Buarque de
Lima para Belém e da repentina doença do menino Ruy Barata.
Fez um apelo ao diretor do Jazz para
que compreenda que este deve ser considerado um patrimônio de Santarém, não
devendo, por isso, ser daqui deslocado.
Executou o Jazz Band o fox-trot “Beside
a gardem wall”, depois do que deu-se início á primeira parte do programa,
servindo de “cabaretier”, o sr. Tavares Rodrigues que ia anunciando cada número,
pela seguinte ordem:
1º. A ÚLTIMA CONFIDÊNCIA – de Guilherme
de Almeida – pela senhorinha Nair Macedo.
2º. IN EXTREMIS – de Olavo Bilac –
pelo sr. Gustavo Sirotheau.
3º. SUÍTE – fox-trot – ao violão pelo
sr. João Fona.
4º. MEU RELÓGIO – de Violeta Branca – pela senhorita Antonieta
Teixeira.
5º. QUANDO A MORTE É TRISTE – de Alceu
Wamosy – pelo sr. Gustavo Sirotheau.
6º. AMOR PAGÃO – valsa cantada pelo
sr. João Fona, com acompanhamento.
7º. SCEPTICO – de Roberto Gil – pelo jovem
Osman Bentes.
8º. IDEALIZANDO A MORTE – de Alceu Wamosy
– pelo sr. Apolônio Fona.
9º. SABIÁ – canção sertaneja – pelo sr.
Arlindo Costa.
Todos os números foram grandemente
aplaudidos, tendo sido bisado o “Sabiá”.
Encerrou-se a primeira parte com a execução,
pela orquestra, do fox-trot “Belived to you”, seguindo-se a segunda parte que
constou da exibição do empolgante film “Quarto Poder”.
NOTA: Texto extraído do jornal “A Cidade”,
de 09 de agosto de 1930.
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