Em visita de cordialidade e a fim de contribuir
com seu modesto concurso para maior brilhantismo da suntuosa festa do glorioso
Santo Antônio, padroeiro da encantadora cidade de Alenquer, seguiu, segunda-feira
última, na “Marilita”, o nosso conjunto musical Euterpe.
Ao chegar à vizinha cidade, foi recebido com
gerais manifestações de simpatia recebendo, ainda à bordo, os cumprimentos dos
senhores dr. Ignácio Simões e Cássio Guimarães (nosso cônsul ali), sendo
conduzidos à residência da família Antônio Simões, onde foi servida farta
refeição matinal.
A cidade estava engalanada e o templo-matriz
regurgitava de pessoas. A missa da festa foi acompanhada a grande instrumental,
com toda solenidade do ritual.
Ao “Sanctus” da missa, girândolas de fogos
fenderam os ares e uma salva de morteiros se fez ouvir.
À tarde, teve lugar a procissão, com
acompanhamento de extraordinário número de romeiros.
Das 7 às 8 horas da noite o “Euterpe” ocupou o
coreto da praça, deliciando o povo com a execução de um repertório escolhido e
novíssimo, recebendo confortadoras ovações do povo que, satisfeito, não lhe
regateava aplausos.
Às 10,30 da noite teve lugar, no “Club União”,
centro de diversões do escol alenquerense, esplendida festa, tendo o “Euterpe”
apresentado saltitante programa que agradou sobremodo.
Às 3,30 da manhã de 14, regressava a esta cidade a
“Marilita”, conduzindo o Jazz e várias famílias santarenas que ali foram tomar
parte nas festas.
A festa em Alenquer esteve deveras encantadora.
O “Euterpe-Jazz” penhoradíssimo agradece à família
Antônio Simões a maneira fidalga com que os tratou ali, bem como ao nosso amigo
“cônsul” Cássio Guimarães, enfim, torna extensivo seu agradecimento à família
alenquerense.
NOTA: Publicado
no Jornal de Santarém de 17 de junho de 1933.
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